terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Para as viagens seguintes.

Oi, meu nome é Ana Luísa e eu odeio arrumar malas. Ok, muita gente odeia, mas minha irmã ama, arruma a mala tipo 10 dias antes de viajar, e eu sou a ovelha negra da família. Eu odeio arrumar malas.

Eu deixo para arrumar 10 minutos um dia antes de viajar. Minha mãe sempre prega que eu vou esquecer várias coisas importantes, então, para não esquecer, eu coloco TUDO na mala. Tipo. Tudo. Nessa viagem, por exemplo, onde o roteiro era 1 mês no Espírito Santo, entre casa de primas e avós, eu só não coloquei casacos. As blusas e o shorts coloquei todos, e até aí, tudo ok, afinal de contas, usei uns 9/10 disso. Agora. 4 pares de sandálias de salto alto. 3 vestidos de festa. 3 saias de balada. WHY ON EARTH?

Até meu avô saiu dizendo que eu não ia conseguir fechar minha mala nunca nessa vida, e perguntou se eu pretendia ir em algum baile, afinal de contas, pela quantidade de sandálias e vestidos, era bem provável. Não, vô. Eu não pretendia ir em nenhum baile, mas eu achei que.. ah, sei lá, vai que precisava? É. Quando eu arrumo malas eu decido que TUDO o que eu encontro no meu guarda-roupa é um item de última necessidade. Até DUAS SAÍDAS DE BANHO sendo que eu só fui à praia UMA vez.

Além disso, há que se considerar o fato de que eu não ando sozinha. Não senhor. Eu carrego uma BIBLIOTECA comigo, porque não existe a possibilidade de eu ficar sem nada para ler, porque isso seria um bom estopim para a 3ª guerra mundial. Eu posso até passar um dia sem ler, mas o livro tem que estar do meu lado para eu olhar pra ele e saber que caso eu necessite, eu tenho algo para ler. Ah, vai, gente, melhor que ser dependente de álcool. Antes 10 livros debaixo do braço que uma garrafa de vodka.

Junte a isso o seguinte dado: Entrei em livrarias durante as férias. Comprei e ganhei livros. A minha sorte é que minhas tias pediram livros emprestados e eu deixei 5 pra trás, o que fez com que sobrassem 4 dentro da minha mala e 3 na bolsa de mão. A pessoa anda com 7 livros em uma viagem de avião.

Que mais? Ah sim. Minha bolsinha de couro onde ficam guardados meus colares e meus batons. SUMIU misteriosamente, sendo que eu tinha visto na mala no dia anterior. O que eu fiz? Fiquei tonta de nervoso e TIREI TUDO de dentro da mala e espalhei pela sala. Achei a bolsinha depois de prometer 100 pulos a São Longuinho, e depois, arrumei as coisas de volta na mala enquanto pulava pela sala, porque eu jamais prometo a São Longuinho em vão.

Até agora eu fechei a mala e jurei que não abro mais. Consegui enfiar a nécessaire na bolsa de mão, mas ficou um perfume pra fora. Porque com ele dentro da nécessaire, adivinhem, ela não fecha. MAS ELE VEIO LÁ DENTRO, ou seja. DUENDES. Eles fizeram minhas coisas aumentarem magicamente de tamanho. Além disso, sumiram com minha escova de cabelo NO ÚLTIMO dia de viagem. Eu perco uma por verão, e minha mãe me odeia. E dessa vez eu estava supimpa porque estava voltando com a escova pra casa. Mas não. Comemorei cedo demais e ela sumiu. Mas o mais inusitado foi o carregador de celular que sumiu NA MINHA FRENTE. ele estava em cima da mesa. PLUGADO no celular. De repente não estava mais e o celular continuava ali, sorrindo pra mim, sem o carregador enfiado nele. OH GOD, WHY ME?

Agora, depois de já ter ficado tonta, chorado, dado soco em mala, amaldiçoado até minha quinta geração por ter feito uma mala tão grande, desamaldiçoado por ter lembrado que serão meus filhos, netos, bisnetos e coisa e tal, estou sentada no sofá, com ventilador ligado, e suando mesmo assim. Com os braços doendo, um perfume me encarando, um carregador não me encarando, e um celular com pouca bateria.

Com pouca bateria estou eu. Finais de férias já são deprimentes. Finais de férias me dando trabalho são DUPLAMENTE deprimentes. Amanhã vou ter que carregar mala em aeroporto, com bolsas de mão penduradas e tirar a mala da esteira sozinha. Queria piscar e estar lá, abraçando mamãe. Mas aí ela já vai saber que eu perdi a escova de cabelos DE NOVO (porque o carregador eu ainda tenho esperança de achar) e vai fazer DE NOVO o discurso de como-eu-devo-aprender-a-tomar-conta-das-minhas-coisas. E aí eu vou ter que chegar em casa, abrir a mala e DESFAZER. Não sei nem o que pode sair de lá de dentro. Acho que vou passar mais 1 mês aqui. Aí eu aproveito pra comprar uma escova de cabelo nova e achar meu carregador. Se bem que, será que em mais 1 mês as coisas quadruplicam de tamanho e minha mala não fecha nunca mais?

Voltando de viagem:

Expectations

zbo

- Mamãe, cheguei!!!

Reality

zbob

- Mamãe, socorro! (Jajá eu providencio outra escova de cabelos)

8 comentários:

  1. A sua irmã é maluca. NINGUÉM (nem eu, que tenho ascendente em virgem e mania de arrumação) gosta de arrumar a mala. E eu acho que 3 vestidos de festa e 3 saias de balada pra 1 mês tá ok. Não estava?

    E, não sei. Acho que 1 garrafa de vodca ia pesar menos que 10 livros. HAHAHAHA.

    São Longuinho é o santo salvador das pobres meninas oprimidas que se perdem nas coisas que resolvem enfiar na mala. FATO.

    DESFAZER mala é ainda pior do que fazer. Mas vou te consolar: pelo menos você não vai lavar sua própria roupa suja. Não é supimpa?

    Beijo!

    PS: Esse negócio da escova de cabelos é estranho, hein. Já pensou em trocar escovas por pentes?

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  2. Sobre o circo: eu também sempre gostei, me lembro de ter ido umas 3 vezes quando eu tinha de 5 a 10 anos. Eu achava bonito, mas já ficava chateada porque eu sempre tive a sensação de que maltratavam os animais, mesmo sendo muito nova pra entender qualquer coisa desse tipo. Meus animais preferidos até hoje são os felinos, que eu via ali no circo em formato de leões e tigres. E tenho verdadeira fascinação pelo tamanho do elefante. Lembranças remotas das poucas vezes que fui num circo.

    Mas não sabia dessa sua fascinação por circo (eu particularmente acho que o show do Cirque di Soleil não vale 200 reais. Muito menos 600. É bom e eu pagaria 50, somente), mas já que você gosta tanto assim, eu vim te contar que tenho amigos de circo. E que tinham um cirquinho de lona, pequenininho, montado no meio do Morumbi, em meio a prédios e edifícios comerciais. O circo deles é uma coisa que mistura circo moderno e teatro, voltado para o humor, e você ia amar. Coincidentemente, no dia que você escreveu esse post eu recebi uma mensagem deles dizendo que estavam dobrando a lona, porque o dono do estacionamento no qual eles montaram o circo pediu o espaço de volta. Por outro lado, eles trabalharam tantos anos por conta própria e agora a Petrobrás iria patrocinar o trabalho deles. Ou seja: triste ter dobrado a lona, mas algo muito melhor está por vir.

    Conclusão: da próxima vez que você vier pra cá, além de nossas longas tardes jogadas nos tapetes das livrarias, temo mais um plano de coisa pra fazer. E você vai amar. :)

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  3. Sobre o tempo: eu quando tinha 5 anos, queria ter 18. Quando tinha 10, queria ter 18. Quando fiz 15, queria ter 18. E quando fiz 18, quis ter de novo 14.

    Hoje eu tenho 32 e sou feliz PRA CARAMBA com a minha idade. Porque eu já fiquei muito assim igual você, querendo que o tempo passasse rápido. O que eu aprendi disso: que a gente tem que aproveitar a idade que tem. Eu NUNCA ia querer voltar a ser criança como um monte de gente aí, porque a minha infância nem foi lá essas coisas de inesquecível, eu já tinha vários problemas ocupando a minha pobre cabecinha. Tudo o que eu sempre quis foi ser adulta e independente, e hoje aos 32 eu consegui. Amo a minha idade. Tenho sim saudade da escola e da adolescência, mas essa foi a fase em que eu era insegura e não sabia o que estava por vir. Queria coisas que não tinham tanto valor assim, só porque os outros queriam também. Mas foi gostoso ser adolescente. Só que não tanto quanto ser adulta. Eu não trocaria a maturidade que tenho hoje por nada nesse mundo. Esse saber aproveitar meus momentos, saber que o que vale é o agora, viver hoje pra ter lembranças depois. Eu quero chegar na idade da minha avó tendo várias coisas pra contar, várias coisas para lembrar. Hoje eu quero que o tempo passe devagar. Pra eu aproveitar meu momento perfeito e poder saborear devagarzinho todas as outras coisas felizes que ainda estão por vir na minha vida. Mas o tempo não para. <3

    (Tary curtiu a última frase do meu comentário)

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  4. Aninha :)
    Eu sou o contrário, coloco o mínimo possível na minha mala e quando a viagem dura demais uso roupas da minha prima ou roupas sujas mesmo, quem liga hahah sempre esqueço shampoo, toalha ou qualquer outra coisa.
    E a mala sempre volta maior, Duendes mesmo, cheguei a conclusão que malas de viagem são iguais ao plástico do ovo de páscoa: nunca conseguimos colocar do mesmo jeito que chegou.
    Chegando em casa a mala fica lá, cheia por mais de um mês.
    beijos

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  5. Nossa,a Rê escreveu uma biblia nos comentarios.
    Mas enfim,ninguem gosta de arrumar as malas mesmo Nalu,mesmo que mala no caso seja só uma mochila pra levar como bagagem de mão,e depois da viagem a gente se pergunta mesmo como é que fez tanta coisa caber naquele espaço que ou encolhe, ou faz as coisas ficarem maiores.

    Tambem sou mestra em perder escovas de cabelo, só aqui em Dublin tenho duas, sabe como é né? Com a juba não se brinca! haha

    beijo!

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  6. Oieee Analu! Hahahah eu espero que você ache sua escova e que seu carregador apareça, porque as coisas desaparecem sozinhas né? hahahahaha!Sua viagem parece ter sido legal o que fez além de perder muitas coisas e não conseguir fechar sua mala?.Seu blog é muito lindo, quando entrei aqui lembrei daquela música "A vida como ela é, mais cada sabe a algria..." .Como você pode ver eu fiz um blog com uma amiga, se puder dá uma passada lá *.* beijooos Giovanna Zotino!

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  7. Te entendo DEMAIS. Na minha viagem, levei TODAS as roupas que considerava importantes, inclusive vestidos, mesmo tendo consciência de que iria enfrentar um frio de números negativos e nunca iria usá-los.
    Resultado? Usei duas/três calças e sempre as mesmas duas blusas, porque o resto era sempre casacão (que eu só levei um e comprei o resto todo lá).
    Perdi um MONTE de coisas, inclusive um daqueles negócios de arrumar os cílios. E já tive PESADELOS (sim, acredite, pesadelos) por não tê-lo mais :(

    Lição final: levar só o necessário. Afinal, se faltar, a gente pode sempre usar como desculpa pra comprar roupas novas! Ihul!

    Beijos, Nalu <3

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  8. Amei esse Ana, aliás eu amo todos...rsrs, bjs já carregados de saudades!!!!
    PS: Sua mãe sobreviveu à perda da escova??? kkkkkkk

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