domingo, 30 de dezembro de 2012

A estante de 2012

Depois da Anna e da Tary, chegou a minha vez de contar o que foi que eu andei lendo durante esse ano. Fui olhando minha lista e fazendo comentários gerais sobre os livros, muito mais emocionais do que técnicos, portanto, se tiverem paciência, aí está! Embaixo do vídeo, copiarei descaradamente o formato de post criado pela Anna, elencando os livros e eventualmente fazendo algum comentário sobre. Até 2013!

1. Alta Tensão – Harlan Coben
- O pior que li dele, não me pegou não. :(
2. A Guardiã da minha irmã – Jodi Picoult
- Dolorido e muito amado.
3. Diário de uma paixão – Nicholas Sparks
- Terrível. Troféu abacaxi do ano.
4. Água para elefantes – Sara Gruen
5. Emma – Jane Austen
6. Cena Hum Dramaturgia – George, Airen e Hum.
- Uma coletânea de peças de 3 professores meus! Amo a primeira página dele..
7. Leite Derramado – Chico Buarque
- Grata surpresa!
8. Morangos Mofados – Caio F.
- O título diz tudo!
9. A Cabana – William P. Young
10. A Preparação do ator – Constantin Stanislavski
11. Clarice, – Benjamin Moser
- A Felicidade Clandestina do ano.
12. Memórias de uma gueixa – Arthur Golden
13. Contos de fada – Irmãos Grinn et. al
- Um presente de aniversário delicioso e desenhadinho!
14. Para uma menina com uma flor – Vinícius de Moraes
- Outro encantador presente de aniversário!
15. Jogos Vorazes – Suzanne Collins
16. Em chamas – Suzanne Collins
17. A Esperança – Suzanne Collins
18. Quarto – Emma Donoghue
19. Felicidade Clandestina – Clarice Lispector
20. Feios – Scott Westerfeld
- Esperava mais.
21. A vida secreta de Marilyn Monroe – J. R. Taraborrelli
22. Pedras de Calcutá – Caio F.
23. Preciso dizer que te amo – Cazuza
- Maravilhosamente poético…
24. Meu pé de laranja lima – José Mauro de Vasconcelos
- Facada no coração do começo ao fim. Presente lindo de aniversário!
25. Ao sul de lugar nenhum – Charles Bukowski
26. Ciranda de Pedra – Lígia Fagundes Telles
27. A Culpa é das Estrelas
- Okay.
28. O ator invisível – Yoshi Oida
29. Bela Maldade – Rebeca James
30. Resposta Certa – David Nicholls
- Decepção do ano.
31. Precisamos falar sobre o Kevin – Lionel Shriver
- Incrível.
32. Fazendo meu filme 1: A estreia de Fani – Paula Pimenta
33. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres – Clarice Lispector
- Pessoalmente dolorido e calmante pra alma!
34. Por isso a gente acabou – Daniel Handler
- Tão mal escrito…
35. 49 contos de Tennessee Williams
- Outro presente liiiindo de aniversário!
36. Cotoco – John Van de Ruit
37. Linhas – Sophia Bennet
38. A Idade dos milagres – Karen Thompson Walker
39. Grace – Robert Lacey
40. As vantagens de ser invisível – Stephen Chbosky
41. Por favor cuide da mamãe – Kyung-Sook Shin
42. Persuasão – Jane Austen
43. Aos meus amigos – Maria Adelaide Amaral
- Maravilhoso e dolorido.
44. Renato Russo, o filho da revolução – Carlos Marcelo
- Polêmica pessoal.
45. Para sempre – Kim e Krickitt Carpenter
- Fiquei irritadíssima com a auto-ajuda disfarçada

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Quem tem as flores também precisa.

Quando eu estava no colegial, fomos estudar Fernando Pessoa em literatura. A professora dividiu os pseudônimos do moço entre a turma, e pra mim, sobrou Alberto Caeiro. Eu comprei o livro, e abri no meio dele pra ver o que encontraria lá dentro. E me dei de cara com um “poema” de uma linha, solto, no meio de uma página amareladinha. E lá estava escrito: Quem tem as flores não precisa de Deus.

Achei um absurdo. Peguei raiva de Fernando Pessoa, li o livro emburrada, e apaguei da memória tudo o que sabia a respeito dele. Não lembro de quase nada, só que ele tinha pseudônimos. Nunca mais quis ler nada da criatura. Falta de maturidade.

Hoje minha tia resolveu sair tirando livros dele pelo armário, e eu fiquei pensando na tal frase que tinha lido anos atrás e conclui que eu tive um ataque de rebeldia desnecessária, porque ele pode ter tido vontade de dizer que as pessoas geralmente são assim, e que deviam acordar pra vida. Pode ter sido uma crítica. E uma carapuça muito bem servida, porque quando a gente está feliz demais, geralmente, a gente esquece.

Eu confesso que rezo muito mais quando estou num momento difícil. Mas aprendi, inconscientemente, a rezar quietinha, no meio dos momentos felizes, pra agradecer. Assim, silenciosamente, e com um sorriso no rosto. Os momentos onde isso mais acontece é quando estou com a minha família inteira.

Eu geralmente paro, quietinha, no meio daquela bagunça deliciosa, pra analisar e agradecer pela família em que eu fui nascer. Descobri que minhas primas faziam a mesma coisa, e agora, geralmente, no meio da bagunça, a gente só encontra olhares, pisca, e sabe que estamos agradecendo juntas. De coração.

Dia 24 de dezembro meu avô fez 90 anos! Nosso baixinho com cabelos ainda pretos. Nosso maior presente. Comemoramos deliciosamente juntos. Nós temos as flores. Nossa família, nossos momentos, a vida do vovô. E quanto mais eu reparo nessas flores, mais eu preciso de Deus. Preciso que Deus abençoe esse presente, pra que ele continue acontecendo. Preciso contar, feliz e segura, com mais muitos anos de vida pro meu avô. Pra que a gente consiga realizar nossos sonhados planos de comemorar seu centenário. Pra que nunca percamos nossa união. Pra que os abraços continuem sendo verdadeiros, e continuemos chorando e agradecendo juntos por termos nascido na família em que nascemos. Pra que tenhamos muito, muito mais o que comemorar, a cada dia que passa.

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90 anos é um infinito, e tudo que eu quero é um infinito ainda maior de números na vida do meu avô e na de todos nós! São 90 anos, e tudo o que eu peço é mais tempo! E peço agradecendo, porque há 90 anos, muito antes de nós nascermos, nasceu o maior presente que poderíamos ganhar na vida. E a gente nunca vai cansar de comemorar.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Eu perco tempo com essa gente

Teve um dia na minha vida que eu abri um blog que ainda não conhecia. Aposto que foi em algum #BlogDay da Bavis expondo as intimidades em público. Era um blog de fundo branco, escrito com letra simples, preta, e os posts eram enormes. Prato cheio. Adoro fundos simples com textos enormes e bem escritos. Li o blog de cabo a rabo. Foi assim que eu conheci a Renata.

Renata. Tão autossuficiente e adulta, que eu comecei a comentar em todos os posts dela na certeza de que ela nunca me responderia. Até o dia que ela me respondeu. E seguiu me respondendo, e um dia me citou no seu post fim de maratona de posts sobre o Bon Jovi.

Um dia a gente se adicionou no MSN (sim, isso ainda existia. Tempos remotos) e começou a conversar bem de leve. Não mais que de repente, a gente conversava todos os dias e ela já tinha se tornado meu porto seguro. Renata. Aquela amiga adulta. Adulta e braba, que sabe de todos os seus pontos fracos, sabe dos seus dramas, vive te dando bronca e te mandando acordar pra vida. Renata aquela amiga que eu rapidinho aprendi que não tinha como viver sem.

Renata hoje faz aniversário! É #ReDay, gente! É dia de comemorar Renata! E eu não canso de comemorar o fato de ter resolvido perder tempo comentando no blog daquela pessoa que jamais me responderia… Adoro perder tempo com essa gente!

Rê, amiga, feliz aniversário! Tudo de melhor na sua vida, muita luz, saúde e paz! Continue com essa autossuficiência e divisse incrível, mas sabendo que tem muita gente com quem você pode contar! Obrigada por nos dar a chance de comemorar essa data com você. Guarda um pedaço de bolo que em janeiro eu tô aí.

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sábado, 22 de dezembro de 2012

As águas de 2012

22 de dezembro. O dia 21 passou inteirinho me olhando com cara de quem estava super afim de acabar, só que não. Um céu azul. Um sol. Um calor. Do jeitinho que eu gosto. Já estou no meu Espírito Santo, na sala da vovó, embaixo do ventilador e olhando pra árvore de Natal. E claro, já comi alguns pedaços de pão e já tomei um belo banho de piscina. Faltam 8 dias pra 2012 acabar.

O que dizer desse ano? Foi doce! Pedi um ano doce, e acredito que consegui. Já comentei aqui antes sobre como pra 2013 eu pedirei leveza, porque preciso aprender a ser leve pra aproveitar melhor a doçura, mas tudo bem. Fora os pesos desnecessários que eu coloquei sobre mim esse ano e que me atrapalharam de enxergar a doçura de forma clara como deveria ter sido enxergada, foi tudo muito bom, tudo muito bem.

Passei um janeiro delicioso curtindo minhas últimas férias com minha prima estando solteira, passei o ano aproveitando uma Curitiba onde quase não fez frio, apresentei 5 peças, sendo que uma ganhou 6 troféus lindos, incluindo o de melhor espetáculo do ano. Comecei a estagiar na minha escola de teatro, que é um lugar que eu amo de paixão. Minha prima engravidou e me chamou pra ser madrinha do bebê!

Fiquei mais próxima de pessoas que eu já amava, vivi pérolas, abracei pessoalmente minhas amigas que eu tantas vezes já tinha abraçado através da tela do computador. Li quase 50 livros e passei o ano de mãos dadas com personagens incríveis. Grudei pra sempre em “A Culpa é das Estrelas”, que dificilmente sai do meu pescoço. Passei vários momentos dando risada com Friends, e derrubei algumas lágrimas ao lado de Grey’s Anatomy, uma das maiores paixões de 2012.

É. Acho que foi bom. Acho que estou terminando essa brincadeira com a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo. E isso é o que a gente sempre procura, no fim das contas, né? A tal da serenidade… Vamos ver o que 2013 anda reservando. Espero do fundo do coração que sejam sorrisos. E as lágrimas, quando vierem, que sejam apenas na quantidade necessária pra nos fazer lembrar de como os sorrisos devem ser melhor aproveitados.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A Insônia é o soro dos desesperos

Minha amiga costuma dizer que o sono é o soro da verdade. Eu acho essa teoria incrível, que gerou uma frase mais bonita ainda, mas não sei se isso pode se aplicar a mim, já que quando eu estou com muito sono eu começo a falar coisas sem sentido, e não exatamente a verdade. Naqueles momentos antes de apagar completamente, quando eu estou seriamente alterada pelo sono, eu começo a falar em inglês, ou jogar frases soltas, que mais parecem devaneios. E isso geralmente acontece quando estou com alguma amiga e já passa das 5h da manhã. Mariana, que me conhece desde os 12 e dormiu mil vezes na minha casa, sabe muito bem. Quando ela começa a perguntar se eu prefiro “Amarelo ou Vermelho”, e eu dou uma gargalhada e respondo: “Verdade, né, meu?” é hora dela me deixar dormir.

Essa introdução toda foi só pra comentar que pra mim, o sono é o soro da embriaguez, e não da verdade. Mas que, agora a pouco, pensando no assunto, fui obrigada a concluir que a insônia, essa com certeza, é o soro dos desesperos.

Não tenho nada contra as madrugadas. Aliás, as acredito incrivelmente poéticas. O mundo inteiro está em silêncio e você pode se encontrar com você. Deitada na cama, depois de um dia longo, com tudo escuro em volta. Dá pra conversar só com quem você quer conversar, assistir seu seriado, ler um livro, ou apenas desligar a luz, colocar a cabeça no travesseiro, e ficar olhando pra cima, sem enxergar nada, apenas curtindo o momento. Sim. Madrugadas são poéticas. Quando você está deitado tranquilo fazendo qualquer uma dessas coisas. Só que às vezes elas são assustadoras.

Sempre tem aquelas onde parece que qualquer posição te incomoda. Você senta, deita, deita de lado, vira de bruços, e nada. Fica com calor, fica com frio, embola o edredom, joga o travesseiro no chão, e nada. Assiste seriado e percebe que nem está lendo as legendas. Tenta ler, e lá pela terceira página, percebe que não sabe absolutamente do que a história está falando. Tenta umas músicas e elas só te agitam mais. A cabeça vaga longe. Mas bem longe, também, das estrelas. Até que você desiste de vez, deita com os olhos pra cima, e fica encarando aquele teto, com pupilas arregaladas. E então começa a passar aquele filme assustador pela sua mente, elencando todos os seus medos, culpas e preocupações. E se o mundo acabar mesmo? Quando meu avô morrer, o que vai ser da minha família? E se eu nunca passar na prova do Detran? Cara, quando eu tinha 7 anos eu aprontei na escola e deixei meu colega de sala levar a culpa, eu sou um monstro. AH, acabo de me lembrar que tenho que comprar um presente amanhã, e se eu não tiver tempo?

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E assim vai. Medo, preocupações e culpas atrás de medo, preocupações e culpas. E isso vai se tornando uma bola de neve, e então você se pega sentado na cama com os olhos vidrados no nada, parecendo um zombie. Edredons já estão no chão, travesseiros idem, algum cachorro desandou a latir lá fora, e alguma porcaria de galo já resolveu começar a cantar. Você sente as suas olheiras, mas já não tem espírito nenhum pra dormir, afinal, o mundo está caindo e dormir é uma frivolidade. A insônia É o soro dos desesperos.

A madrugada, vez ou outra, tem o poder de te mostrar que tudo na sua vida vai bem errado e assustador. E o pior: Você não tem ideia de como começar a resolver. Ou de repente, tem. Um milhão delas. Mas aí, chega uma hora, que você vira pro lado, e sem querer, adormece. E no outro dia tem sol. E com ele, de repente, metade dos medos foram guardados nas suas caixinhas de volta. Agora está de dia, e você pode começar a resolver as preocupações. E quanto à culpa? Uma colega disse uma vez que quando você faz alguma merda, você vai ter feito a merda de qualquer jeito, e já vai carregar isso no seu passado. Colocar uma tonelada de culpa junto só vai fazer o fardo ficar mais pesado, e não vai mudar mais porcaria nenhuma na vida de ninguém. Eu sei. Na teoria foi bonito, mas de vez em quando é bom pra acordar a cabeça, né. Ninguém morreu quando a professora deu uma bronca no teu coleguinha aos 7 anos porque você estava assobiando na sala. E tem outra, você já levou culpa no lugar de outros coleguinhas e também está viva pra contar a história.

A insônia da madrugada tem o poder de acordar todos os monstros que existem na minha cabeça. Mas meu consolo é que a aurora chega bem no fim da madrugada. E ela sempre vem carregada de uma dose de calma. Manhãs são um santo prozac, não? Sei lá. Elas, pelo menos, passam a sensação de que a gente tem tempo pra resolver a vida.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

I wouldn’t wanna be anybody else

A grama do vizinho é sempre mais verde. Claro que é. A gente não foi saracotear por ela pra sentir todas as formigas e arainhas que moram ali, se engarrafando no meio das folhagens brilhantes e orvalhadas. A grama do vizinho é sempre mais verde porque ela sempre nos parece puramente verde. Cadê as folhas meio marrons e envelhecidas que deveriam estar ali? Estão todas no meio do nosso jardim, claro. Nunca no dos outros.

Isso é ser humano, né? É avaliar o outro. É pensar em como a gente queria ser o outro, como a vida de fulano ou beltrano é muito mais descomplicada e feliz do que a nossa, em como tem muito mais louros. Quando eu era criança, meu sonho era ser a Arianne, minha melhor amiga. Ela era morena, inteligente, organizadíssima. Aos 5 anos, estendia a toalha no banheiro, enquanto eu deixava jogada e molhada em cima da cama. Eu tinha certeza que a minha mãe queria ser mãe da Arianne. A vida da Arianne devia ser muito mais incrível, porque ela era organizada e estendia suas toalhas!

E assim a gente segue a vida. Mirando milhões de vidas que se entrelaçam com as nossas, e pensando em como tudo deve ser mais feliz e descomplicado ali, na cabeça dos outros. Queria ser a Laís, ela sabe cozinhar. Ou senão a Rafaela, que é alta e bonitona. Não. Preferia ser a Anna, pra ela, escrever é tão natural. Quem sabe ser a Tary, que tirou um 10 no TCC. Ou: OLHA SÓ A EMMA WATSON, CARA. ELA FEZ HARRY POTTER. Meu sonho era ser a Emma Watson.

Ai, porque será que justo a minha vida tinha que ser a mais banal, desimportante e trabalhosa de todas? É aquilo que disse a Mafalda: Tanta gente no mundo e justo eu fui escolhida para carregar o fardo de ser a minha pessoa.

E sabe o que eu penso hoje, quando eu estou feliz, leve, e contente com a minha vida, as minhas vitórias e tudo o que eu tenho dentro de mim? Penso que eu não daria a minha vida por nenhuma outra. Porque as outras são verdes! São verdes e orvalhadas, mas céus, são lotadas de formigas e arainhas! Se as minhas não são? E como são! Mas não trocarei as minhas folhas brilhantes que eu conheço e amo tanto pelas formigas dos outros, que me são desconhecidas. Não troco as minhas conquistas e felicidades pelo conjunto do outro, que vem, certamente, lotado de problemas, tanto quanto o meu conjunto. Se os problemas dos outros parecem menores? Isso é porque estão na cabeça deles, e não na minha. Problema por problema? Mesmo que me pareçam gigantes, fico com os meus, porque com eles eu ando aprendendo a lidar há 20 anos! Dos monstros desconhecidos estou aceitando abrir mão. Porque hoje eu confio em mim. Eu amo a minha vida, sustento as minhas escolhas, acredito no meu taco e coloco a cabeça no travesseiro pra dormir sem peso e com poesia.

(Tomara que dure até amanhã)

domingo, 9 de dezembro de 2012

O que rola no meu Skoob

A Amandinha, aquela gênia noiva e recifense com um sotaque que eu adoro, inventou um meme Skoobiano e me chamou pra participar! Eu, que tardo mas nunca nego um fervo, aqui estou para responder às perguntas, que configuram uma verdadeira análise da minha estante virtual no Skoob. E pra abrir o post, vou usar a foto que uso no perfil do skoob.

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1 - Quantos livros você tem na aba LIDO?

233.

2 - Qual livro você está lendo?

São 3. Estou lendo “Renato Russo: O filho da revolução”, e estou super enrolada com ele porque sua leitura coincidiu com semana de estreia de peça, e fiquei alucinada! Agora que estou retomando, estou na página 102. Além disso, estou lendo “A Rosa do Povo”, livro de poesias do Drummond, e estou lendo “Toda Mafalda”, pego pra ler tirinhas quando me apetece. Ganhei em abril, mas não leio correndo por motivos de não quero terminar! E o livro é enorme, porque tem realmente todas as tirinhas, então faltam boas páginas ainda.

3 - Quantos livros você tem na aba VAI LER?

182. Essa aba é infinita. Cada um que eu tiro de lá equivalem a uns 3 novos. Morro e não leio tudo. Infelizmente.

4 - Você está relendo algum livro? Qual?

Não. Tenho vontade de reler alguns às vezes, mas tenho tanta coisa que ainda não li, que me sinto mal de repetir…

5 - Quantos livros você já abandonou?

4. Iracema, porque, gente. Não dá. Sobre essa obra, só sei que Iracema virgem dos lábios de mel com os cabelos tão negros quanto a asa da graúna e então, desisti. José de Alencar, me perdoe. Não consegui passar da primeira página.
O diário de Zlata, porque peguei na estante e comecei a ler por falta de opção, e se não me engano, no mesmo dia chegou um livro que eu tinha comprado, e então, eu desisti. Mas nada pessoal. 
Feliz ano velho, que eu morro de vontade de ler. Acho que peguei pra ler na época/idade errada, e não consegui passar da metade. Mas pretendo encarar de novo!
O triste fim de Policarpo Quaresma, porque só Deus na causa dessa chatice em forma de literatura.

6 - Quantas resenhas você tem cadastradas no Skoob?

Nenhuma! E nunca li a de ninguém, morro de preguiça!

7 - Quantos livros você já avaliou?

226. Procuro avaliar assim que acabo de ler, só deixei passar alguns por esquecimento mesmo.

8 - Quantos livros você tem na aba FAVORITOS? Cite alguns deles:

Nunca lembro de atualizar essa categoria, mas tenho 39 livros ali. Todos os do Harry Potter, A Culpa é das Estrelas, A obra completa da Florbela Espanca, Longe é um lugar que não existe… <3

9 - Quantos livros você tem na aba TENHO?

Nunca mexi com essa aba! Tá zerada!

10 - Quantos livros na aba DESEJADOS?

Também nunca mexi nessa! Os desejados fazem parte dos que estão na aba de “vou ler”.

11 - Quantos livros emprestados no momento? Quais?

Nunca registei um empréstimo no skoob, mas sei que “Um dia”, “A Guardiã da minha irmã”, “Pequena Abelha”, “Sushi”, “Férias” e “As virgens suicidas” estão emprestados. E eu estou morrendo de saudade deles!

12 - Você quer trocar algum livro? Qual?

Não, sou apegadíssima!

13 - Na aba META, quantos livros você tem marcados? Conseguiu cumpri-la?

Tem 28 livros lá. Eu uso essa aba para definir prioridades, porque senão eu coloco o livro na lista de “vou ler”, esqueço dele, e passo mil outros na frente.. Por enquanto estão lidos 19 dos 28. E mesmo assim eu vivo passando outros na frente. Falta de vergonha na cara.

14 - Qual o número do seu paginômetro?

67.485.

15 - Qual o link do seu perfil no Skoob?

http://www.skoob.com.br/usuario/3891-analu

sábado, 8 de dezembro de 2012

Do que é feito um ídolo

Segundo o dicionário, ídolo é um substantivo masculino que designa uma pessoa à qual se prodigam louvores excessivos, ou uma figura que desfruta de grande popularidade. Eu nunca fui de ter muita paciência com essas coisas.

Assim, quando eu era criança, não podia ouvir o nome da Sandy que corria desesperada pra frente da TV. Tive todos os CDS e fui em 2 shows. Também fui fã de Avril, tenho várias músicas no IPod e fui em um show. Adoro os meninos da seleção brasileira de vôlei, e tenho foto com quase todos eles, bem como uma camisa linda oficial autografada por vários. Está escrito GIBA no peito dela, e eu dei um abraço tão forte nele neste dia, que fiquei com vergonha. E então ele me deu um beijinho no rosto quando eu me virei para ir embora.

Tirando isso, não consigo me lembrar de outros grandes episódios. Eu adoro Friends, adoro Harry Potter, acho aquelas pessoas incríveis por terem feito o que fizeram, mas apenas isso. Tive minha fase de ter pôsteres colados dentro do armário, mas nunca me importei com o que aqueles rostos realmente significavam. Adoro Cazuza, Caio F., Florbela Espanca e Renato Russo, mas não tenho mais nada o que fazer com eles além de apreciar as obras e suas trajetórias com o coração mareado. Foi depois de grande que eu descobri, sem perceber, o que um ídolo realmente significa.

Não quero julgar ninguém, mas as pessoas passam grande parte de seu tempo babando por alguém que nunca vai saber o nome delas. Chorando, gritando, passando 2 semanas numa fila pra um show. Pra mim, isso é um sofrimento tão desnecessário. E não quero diminuir o sofrimento ou o objeto de paixão alheia, porque essas coisas não se explicam. Só quero expressar o quanto agradeço por ter nascido com uma cabeça e um coração que decidiram que um ídolo é alguém que está muito além disso.

Descobri de repente que meus ídolos são pessoas às quais eu admiro pelo que fazem de forma tão bem feita e apaixonada, e que, também por isso, não se acanham em transmitir tudo para os outros. Meus ídolos sabem quem eu sou, eles torcem pra eu fazer direito, e entram correndo num camarim pra me abraçar apertado e dizer, com os olhinhos brilhando: “Eu sabia que você ia conseguir, que orgulho de você”. Meus ídolos, vejam só, têm a coragem de me abraçar dizendo serem meus fãs!

Eu sou fã de uma guria que é mais nova que eu. E eu vivo dizendo que, quando eu crescer, quero ser igualzinha a ela. Eu era sua fã desde que eu tinha 16 e ela 14. Hoje ela é uma das minhas melhores amigas, diz que é minha fã também, e que eu sou sua metade que gosta de verão, vejam só.

Meu ídolo é meu avô, que me deu a família mais linda do mundo de presente, ainda antes de eu nascer. É a minha avó, que faz docinhos maravilhosos pra eu comer. Meus ídolos são meus pais, que me ensinaram uma enorme parte de tudo o que eu sei nessa vida, e que me amam mesmo eu contrariando muitas das coisas que eles acham ser o melhor a ser feito.

Meus ídolos são de carne e osso. Eles existem. Eu os abraço, deito no colo, choro no ombro, e comemoro as alegrias com. Meus ídolos me abraçam apertado. Dizem que confiam em mim, que são meus fãs. Pra mim, todos os sentimentos saudáveis do mundo são vias de mão dupla. Eu jamais conseguiria idolatrar sozinha. E é por isso que eu agradeço aos meus ídolos não apenas o fato deles existirem, mas também o fato de eu existir na vida deles. Um ídolo é feito de reciprocidade, de entrega, e de carinho. Mútuo.

Que bom que eu encontrei os meus.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Varanda do Esquecimento, obrigada.

Nunca é fácil começar. Não é muito fácil falar das coisas boas. É maravilhoso viver pérolas. Viver algo que dá certo; começar a ver concretizado algo que demos duro pra dar certo. Aquela sensação deliciosa de colher os louros da própria vitória. E nem estou falando de uma vitória minha. Estou falando de nós.

Nós que nos encontramos no momento certo, pra viver uma coisa que já nos estava reservada há anos. Isso porque, já disse: A vida é a arte da sintonia. E quando ela acontece assim, tão magicamente sintonizada, brilha inteira em tons de pérola, e as coisas simplesmente acontecem.

Desde que eu entrei na escola de teatro, o semestre que eu menos queria fazer era o contemporâneo. Adoro quando a vida nos surpreende. Depois de viver uma improvisação deliciosa, uma leitura dramática avassaladoramente apaixonante e transformadora, um infantil alucinado e um época meia boca, o contemporâneo nos trouxe mais uma chance de brindar. Até agora, portanto, foram 3 brindes e meio em 5 semestres. Acho que dá pra comemorar. Mas agora não é hora de falar do todo.

É hora de falar “do um”. Porque é o momento dele. É o momento dele porque o semestre foi incrível. Turma, Diretor e Processo se encontraram completamente. Era destino, virou sintonia, resultou em paixão. E tudo isso com muito trabalho no meio. Aquele trabalho que cansava fisicamente, mas que nos alimentava psicologicamente a cada segundo. Aquele trabalho que nos fez ouvir de um diretor emocionado, ao microfone: “Estrearemos com a consciência limpa de termos nos dedicado, de sabermos o que estamos fazendo”.

E assim estreamos. Com imperfeições, mas com garra, com orgulho e com paixão. Com vontade de fazer melhor, mas com uma sensação deliciosa de estar mostrando ao mundo um trabalho tão cuidadosamente pensado, estudado, amado, VIVIDO. E é aí que a gente lembra que a batalha sempre vale a pena.

Porque naquele momento onde estávamos de mãos dadas cumprindo nossos rituais de boas energias antes de entrar em cena, nós realmente unimos os corações para juntos podermos fazer o que sozinhos não conseguiríamos. Realmente nos empenhamos em fazermos como a águia, o beija-flor e a coruja, para sermos rápidos, belos, sábios, e voarmos por todo o universo com asas de luz. E depois daquele momento, quando a luz se afinou, mesmo que errada, e começamos a dar o texto, eu juro: Eu me senti infinita.

zzz

“Aqui,
onde o entardecer nunca acaba,
e o amanhecer jamais acontece,
vivemos nós.
Quem somos nós?
Esquecidos?
E vocês?
Quem são?”

Varanda do Esquecimento – Humberto Gomes

sábado, 1 de dezembro de 2012

Que de doce baste a vida.

1º de dezembro. Dezembro já é um mês meio limbo, né. É a cara do fim. É onde a gente vai terminando de cumprir as funções no purgatório do ano, e esperando pelo paraíso do descanso.

Curitiba brindou a chegada de dezembro com uma manhã inusitadamente ensolarada e um dia bem quente, contrariando completamente a sexta-feira cinza e fria. Eu, como ainda não cheguei nas minhas férias, acordei às 9h30 para curtir meu delicioso purgatório e ir ensaiar. O ensaio anterior tinha terminado às 23h20, o que nos deu menos de 12 horas de alforria da Varanda do Esquecimento onde estamos andando presos e esquecidos. Referências desconhecidas à parte, estreamos dia 5 e até lá é no sufoco. Mas também de sufoco se alimenta a paixão, então lá vamos nós.

Depois do ensaio deu pra almoçar com a amiga-mãe e ter aqueles papos necessários de toda vez, passando pelas coisas sérias, pelas confidências, pelas adolescentices e pelas risadas, com direito a compras no shopping depois e tudo o mais. E no meio disso, meu suco de maracujá veio quente e sem açúcar nenhum. De gelada e doce tá bastando a vida, é isso, garçom?

De tarde eu só variei entre estar em cima do palco ou estar sentada na plateia assistindo apresentações de amigos. Ainda deu tempo de pintar um pouquinho de cenário e de ficar de pernas pro ar batendo papo com outra das grandes amigas. Foi um dia bom.

Mas confesso que mesmo sem ter estragado nem que minimamente o meu 1º de dezembro, aquele suco não me saiu da cabeça. Porque eu brinquei reclamando da falta de açúcar, dizendo que de azeda andava bastando a vida, e deixei metade do suco largado no copo. Heresia, eu diria, porque não se desperdiça suco de maracujá nessa vida.

Eu terminei 2011 pedindo doçura, e esse, já tinha eu confabulado, terminaria pedindo leveza. E então já vou começar a pedir desde já. Porque não há forma de aproveitar a doçura se a falta da leveza não nos permitir percebê-la. 2012 me aparenta ter sido um ano pesado. O fluxo de pensamentos andou histriônico na minha cabeça, fazendo com que lá passasse eu, horas a fio (quando não, dias) me remoendo, rebatendo e roendo unhas por coisas desnecessárias. Não que não me fossem importantes, mas que não deveriam mesmo me ter causando a falta do sono e a inquietação exagerada. Coisas que se tornam pequenas frente a grandeza do universo, sabe assim? É isso.

Pra 2013 e tudo o que se seguir, pedirei leveza porque só uma alma leve consegue descansar direito quando põe a cabeça no travesseiro. Só uma alma leve consegue aproveitar serenamente as batidas do próprio coração. E só uma alma leve pode fazer jus a todos os outros pedidos possíveis. Porque a gente só consegue aproveitar todo o resto se houver leveza. É aquela questão de apontar para a serenidade, e remar. Se eu puder escolher quatro coisas para 2013, escolho a leveza, a serenidade, a fé, e mantenho a doçura. Porque quero terminar o ano tomando feliz um copão de suco de maracujá azedo, olhar na cara do garçom e dizer: É isso aí, meu chapa! De doce tá me bastando a vida.