terça-feira, 29 de abril de 2014
A vida é ter pelo que esperar
sábado, 26 de abril de 2014
De novo pagando um mico na internet
quarta-feira, 23 de abril de 2014
"Posso não concordar com o que dizes...
terça-feira, 22 de abril de 2014
Nunca vou ler todos os livros que quero
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Os discos que marcaram a minha vida
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Da vida que eu carrego no pulso
Eu adoro detalhes. Adoro detalhes fofos que representam fatos. Adoro tudo o que for significativo, e sempre dou um jeito de significar tudo. Sou dessas que não nega apego errado: sou uma forte candidata, por isso, a aparecer um dia no programa Acumuladores por morar em uma casa soterrada de objetos.
Não sei exatamente o que esse parágrafo introdutório tem a ver com o texto. Aliás, meus parágrafos introdutórios quase nunca têm exatamente a ver com o texto, mas eu insisto em fazê-los. Enfim. Primeiro, vou deixar claro que isso não é um publi-editorial não. Sou só eu contando um pouquinho da minha história. E essa lenga lenga toda foi só para dizer que eu vou fazer 22 anos e ganhei de presente do meu pai a tal da pulseira Life by Vivara, enchi ela de pingentes e carrego um pouquinho da minha história no meu pulso. São detalhes significativos, ou seja: estou apaixonada. Batendo papo com a Couth, que também tem uma, resolvemos que iríamos postar para explicar cada uma de nossas escolhas de pingente. E é sobre isso que eu vim falar.
O combinado inicial com o progenitor era de que ele me daria a pulseira e seis pingentes. Mas eu fiquei tão alucinada com aquelas caixas de penduricalhos na minha frente, que estava quase chorando frente a tantas possibilidades. No fim das contas dei uma pirada, saí escolhendo tudo, tirei alguns e fiz cara de anjo na frente dos oito que sobraram, de modo que patriarca nem fez questão de deixar claro que notou que eu estava passando dos limites. Agora vou explicá-los.
Castelo da Cinderela: A primeira bandeja de pingentes que a vendedora colocou na minha frente era de itens relacionados a viagens. Talvez ela tenha pensado que eu sou uma exploradora. Sei que o coliseu era tão fofinho que preciso marcar uma viagem para a Itália urgente. E que a torre Eiffel banhada a ouro era tão, mas tão cara, que eu mandei papai agradecer eu nunca ter ido a Paris. Brincadeiras a parte, a única viagem de grande porte que fiz na vida foi para a Disney. Perguntei cadê o Mickey, e ela falou que tinha o Castelo da Cinderela. Claro, gente! A Cinderela! Não só representando a melhor viagem da minha vida, mas representando o meu maior e eterno sonho de criança, ali está, na ponta da minha pulseira, o lar da minha princesa da Disney favorita, cujo vestido eu sonhei em ter quando criança e acabei usando maravilhosamente na minha formatura.
Mala de viagem: Na verdade eu tinha pegado o aviãozinho, que achei uma graça. Mas depois de todas as escolhas, papai reclamou que estava tudo prata e simples demais, me obrigando assim a escolher algo colorido. Peguei essa malinha de viagem preta, que a principio não tinha gostado muito, mas agora acho bem lindinha. Não só minha vontade de viajar, essa malinha representa toda a bagagem que eu escolho ou não carregar e mim, e é também o item que eu decidi que representa a máfia, porque nós temos sempre que viajar para nos encontrar, e encher a mala para me divertir com minhas amigas em algum lugar é sempre um momento que eu amo viver.
Capelo: Está difícil enxergar na foto porque ele ficou de ponta cabeça, mas o terceiro pingente é o famoso capelo, borla, ou, para ser mais exata, chapeuzinho de formatura. Sem mais delongas, ele quer dizer exatamente que eu acabei de me formar.
Panda: Acho que esse foi o que mais gerou curiosidade. De 5 pessoas que falaram comigo sobre a minha pulseira, 4 perguntaram na hora qual o motivo do urso. Na verdade não é um urso, é um urso panda, e isso faz muita diferença. Mas ainda assim, ele não é só um panda, ele é o Wildon. Wildon é um pandinha de pelúcia que eu ganhei aos sete anos. Eu nunca fui o tipo de criança que saía na rua e ficava pedindo tudo para os pais. Até porque, segundo a lenda familiar conta, quando eu criança eu fiz birra uma vez na vida. Eu tinha 2 anos, ameacei me atirar no chão porque meus pais me negaram alguma coisa, e meu pai ficou tão bravo e me travou no colo dele que eu nunca mais arrumei confusão. E eu lembro que sempre que eu ia no mercado eu achava incrível uma estante que era cheia de bichinhos fofos, desses pequenos, recheados de areinha, sabe? Aquelas pelúcias pesadinhas? Então. Eu estava com a minha tia, olhei para a estante e falei que amava os bichinhos. Ela me deixou escolher um, eu passei por uns minutos de êxtase e me agarrei no pequeno panda, que nomeei Wildon na hora. Foi amor a primeira vista, todo mundo comentava que o nome do bicho era engraçado, e Wildon foi ficando, e ficando e ficando. Comprei uma esposa pra ele quando fui à Disney, e o filhote dele veio no McLanche Feliz. Não sei que rumo a esposa tomou, mas Wildon e seu filhote seguem firmes na minha estante. Agora ele está no meu pulso.
Olho grego: De longe o pingente mais bonito da pulseira, cheio de pedrinhas. Ele está ali porque proteção contra energias ruins nunca é demais. E pensando mais a fundo um pouco, ele pode estar aí também porque meu olho é azul, e eu adoro. E isso é ainda mais legal porque vovó disse que sua primeira neta ia nascer no dia de seu aniversário e teria olhos azuis. Já contei essa história aqui pelo menos umas três vezes, mas nunca canso de contar que, contrariando todas as expectativas eu realmente nasci no dia do aniversário dela e com um par de olhos azuis puxados diretamente da minha bisavó, porque nenhum dos meus pais nem quatro avós tem olhos claros. Meu olho azul é uma ligação que eu sempre terei com a minha avó, que já morreu, mas certamente foi uma das pessoas que mais poderia ter me amado na vida. Esse olho da pulseira, então, me protege do mau olhado e me mostra que a minha vó estará sempre comigo.
Cachorro: Não é um cachorro qualquer, é óbvio. Esse cachorro é a Kimmy, a criatura peluda mais incrível e mágica do universo inteiro e eu poderia ficar falando dela por horas a fio, mas vou poupar a paciência de todos.
Câmera: Bem auto-explicativa essa câmera também, né. Representa, no geral, minha obsessão por registrar a vida. A pessoa é nostálgica, gente. A câmerazinha é a coisa mais fofa do mundo e para mim é a miniatura da Elizabeth, minha Canon.
I <3 SP: Eu já tinha praticamente fechado minha cota quando esse pingente surgiu aleatoriamente no meio dos outros e, obviamente, foi amor à primeira vista. Não podia carregar no meu pulso uma vida que não tivesse São Paulo encalacrada em sua alma. São Paulo, a cidade mais erradamente perfeita do mundo, a dona do meu coração.
E está aí. Estou apaixonada pelo fato de poder olhar para partes icônicas da minha vida e vê-las contadas num fio de pulseira. Ainda assim, devo deixar claro que fiquei boladíssima que entre cinco ou seis caixas lotadas de pingentes simplesmente não tinha UM livro e/ou nem uma máquina de escrever. Eu escrevo e leio muito, Vivara. Favor providenciar. Ah, e tinha um pingente de pizza também que, não fosse tão amarelo, iria parar no meu braço também, porque pizza é absolutamente incrível, representa minhas origens italianas & minha amada São Paulo também. E por hora é isso. O dia que eu acrescentar mais coisas, faço um update.