sábado, 26 de fevereiro de 2011

Todos os dias!

A sexta-feira ontem começou tranquila. Depois de uma aula muito produtiva de telejornalismo, saímos da faculdade carregando uma turma de calouros que andavam de elefantinho pela rua até o local onde seria o trote. Eu não levei, então, não podia dar, mas fiquei assistindo e agitando, o que foi deveras divertido. Depois disso, vim pra casa.

Depois do almoço, eu estava curtindo um tédio de tarde quando o meu Skype começou a tocar. Era a Juju, que me viu online e teve uma vontade muito espontânea de bater papo. E nossa, como foi bom. Já prometi pra ela que também farei uma ligação espontânea qualquer dia desses. Batemos quase 2h de papo, uma delícia!

Depois disso, minha manicure veio aqui, e depois eu entrei no msn. Aí fui contar umas novidades pra Cinthia e ela ligou a webcam. Logo apareceu a Anninha, que me contou toda feliz que comeu mingau, que estava gostoso, e aí ela me chamou pra ir pra lá: Vem Lú, vem Lú! Ela dizia. Eu pedi pra minha mãe me levar lá, e ela topou. Não foi porque eu pedi, mas porque ela com certeza não resistiu aos pedidos da baixinha.

Cheguei lá e a Cinthia foi me buscar no portão com um guarda-chuva. Cheguei na porta da casa dela, ela deu um sorrisão enorme e pendurou no meu pescoço. Me deu um abraço MUITO forte, e depois mais outro, aí sorriu gigantemente, e apertou as minhas bochechas sorrindo! Me chamou pra ir ao quarto dela, pegou quebra-cabeça, nós montamos, montamos de novo, e de repente ela olhou pra mim, sorriu, me deu outro abração bem apertado e falou: Vem todo dia, Lu!

Todo dia! Ela queria que eu fosse brincar com ela todos os dias. Eu lembro que quando eu era criança eu queria fazer tudo o que eu gostava todos os dias, e foi muito legal ouvir isso dela. Eu adoro essa menina e ela sabe muito bem mostrar que me adora também. Com cada abraço apertado, beijinho estalado, e agora, com pedidos de que eu vá visitá-la todos os dias. Dá pra aguentar?

DSC04205Um foto minha e da pequenininha, em janeiro, num SUPER abraço daqueles deliciosos! Ah, lindinha, que bom que você existe!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O direito de escolher o que eu quero comer

zpor

Vejam bem, eu sou daquelas que acha uma delícia comer fora de casa pelo menos uma vez na semana, pra mudar um pouco de tempero. Não que eu goste de variar, porque tá pra nascer alguém mais fresca que eu no quesito comida. Sim, eu assumo. Sou daquelas insuportáveis, que torce o nariz para tudo a maioria das coisas que nunca vi, demora horrores para criar coragem de experimentar algo que pareça mais… exótico, e passa longe de um prato cheio de coisas verdes. Nada saudável, eu sei, mas essa sou eu, e não me odeiem por isso, hahaha.

Meus pais já estão carecas de saber disso. Meu pai já nem liga mais, me chama de boba e finge que nem é com ele quando eu vou espanando com um dos dentes do garfo qualquer coisinha mais ou menos verde que apareça na minha frente. Tá, isso foi um exagero, se ela for pequena mesmo eu como, mas enfim. Minha mãe desistiu de me fazer comer abobrinha e brócolis desde que eu tenho uns 10 anos. Minha avó faz tomates pra mim, porque é o único dessa turma que eu como. Minhas tias passam as férias inteiras dando chilique porque eu corro da panela de feijão como o diabo corre da cruz, sempre dando a desculpa de que entro de férias das comidas que eu não gosto mas tenho que comer. Sim, porque né, já que eu não como espinafre, tenho que fazer uma forcinha pra engolir o feijão, porque alguma fonte de ferro esse corpo branquelo merece.

Deu pra sentir o clima né? Então. Agora vamos voltar ao início. Eu amo comer fora. Mas eu ODEIO me servir fora de casa. Porque eu tenho a terrível sensação de que todas as pessoas do ambiente (seja a casa da vovó ou uma praça de alimentação lotada do shopping) estarão olhando pra mim, pro meu prato, e pensando “tsc-tsc”. Porque no meu prato vai ter arroz, batata, um pedaço de picanha ou uma massa, um punhado de milho, e um pouco de salada maionese. Só. Talvez tenha muita batata frita, o que também é um ato digno de olhares repreensivos. Se não for isso, é capaz que seja um cheeseburger, ou um cachorro quente. E eu fico achando um saco desfilar com a bandeja até a minha mesa, pois nessa minha mente maluca, todos estarão olhando e recriminando o que eu como ou deixo de comer, ao invés de se concentrarem em suas próprias comidas. E eu tenho vergonha quando como pouco, ou quando como muito. Uma vez resolvi enfiar o pé na jaca e pegar um morango split com 3 bolas de sorvete e muito chantilly em cima. Adivinha? Morri de vergonha de pegar aquela sobremesa gigante no balcão. Minha prima ainda zoou com a minha cara, dizendo que se ela também pesasse 48kg não sentiria vergonha nem de pegar a maior sobremesa do mundo.

Ah, tem isso também. Depois de toda essa revelação de que sou fresca pra comer, dizer que como besteiras no final de semana, e que demorei um século pra aceitar experimentar comida japonesa (e ainda sim só o fiz porque meu primo sempre faz biquinho e diz pra eu experimentar por ele. Eu me rendo né) eu ainda tenho que dizer que eu peso 48kg. Que são considerados míseros para todo mundo que sabe disso, mas que pra mim é o suficiente. E aí as pessoas dizem que eu preciso comer, que eu não posso emagrecer, que eu isso, que eu aquilo. E eu? Eu continuo colocando pouca comida no prato na maioria das vezes, e enchendo algumas outras vezes quando é algo que eu gosto muito. E me agarrando com um pedaço de pão da vovó e muita manteiga em cima, sem peso na consciência. Aliás, só um pouquinho de peso. Porque todos que estão na cozinha vão estar reparando que eu passo muito mais manteiga do que deveria. É caso de psicólogo?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Alice nos dois países

Lembram do amigo secreto blogueiro? É, eu sei, tem tempo, mas é que eu estava viajando e o presente que eu recebi estava emrbulhadinho aqui em casa esperando a minha chegada. Assim que eu cheguei no dia 5 de fevereiro já corri abrir aquele pacotão que a fofa da Evelyn me mandou. Eu já sabia o que que era porque ela já tinha feito um post sobre, mas a ansiedade não foi menor! Li o cartãozinho, guardei, e já comecei a ler aquele livro lindo em capa-dura com as 2 histórias de Alice! Alice no país das maravilhas e Alice através do espelho!

Eu sei que quando eu era bem pequenininha eu achava o filme da disney da Alice um saco. Mas logo que eu comecei a crescer eu comecei a amar. Gosto tanto dele que um dia foi procurar um pedacinho dele no youtube e acabei vendo o filme todinho, não resisti. Mas enfim, tinha tempo que eu estava com vontade de ler o livro, simplesmente amei o presente!

E foi bem curioso, porque eu descobri que o desenho mistura as duas histórias. Muitas partes dele são na verdade de Alice através do espelho, e tenho que aplaudir as escolhas de cada livro que foram para o desenho, porque eram sempre as partes que eu mais gostava. O maior diferencial é que o livro da um tom de doçura ainda maior à Alice, e eu me divertia com as indagações e desesperos da menina que se vê perdida com um monte de gente maluca só porque seguiu um coelho apressado ou porque resolveu atravessar o espelho.

A Alice das páginas é ainda mais fofinha, tem muito mais confusão com comidas e bebidas que a fazem crescer ou diminuir, discute com insetos, com as flores, e bota moral nas rainhas, ou seja, ela é o máximo! Eu, que já tinha vontade de colocar o nome de uma das minhas futuras filhas (quero ter duas, poxa, hahaha) de Alice fiquei ainda com mais vontade. Preciso ter uma Alice tagarela e curiosa só pra mim, daqui a alguns anos, hahaha.

A minha frase preferida continua sendo aquela, do gato, que eu acho muito verdadeira: “Se você não sabe aonde quer chegar, então, qualquer caminho serve.”

alice

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Teses

Depois que eu postei ontem e li os comentários eu percebi que tinha ficado um ar bem baixo astral naquele texto. Como eu detesto baixo astral, já queria postar outro no mesmo dia, mas decidi esperar até hoje pelo menos. O fato é que eu estava meio pra baixo desde segunda, quem é que nunca fica? Mas como eu tenho mania de ser feliz sempre, eu nunca deixo eles durarem, e ontem, logo depois do post, ele começou a ir embora.

Quando ele já estava quase indo de vez, Rhaíssa, minha amiga da faculdade, resolveu piscar a janelinha do meu msn com uma daquelas declarações espontâneas de amizade, que a gente adora receber. Achei aquilo a coisa mais lindinha, me declarei de volta, e já estávamos todas felizes. Depois disso, aproveitei a deixa dela e resolvi dar declarações espontâneas pra outras amigas minhas, porque eu adoro falar para as pessoas que eu gosto delas, e sei como é bom ouvir. A Ju disse que me ama mesmo eu sendo sua amiga mais careta, e eu completei dizendo que a amo de volta, mesmo ela sendo de longe a minha amiga com menos juízo na cabeça. Já com a Mari, a gente se lembrou de altas histórias engraçadas que acompanham esses nossos 7 anos de amizade, reafirmamos os laços e pensamos no quanto já nos divertimos (e sofremos) juntas!

Sei que nisso a “bad” já estava beeeem longe daqui do meu quarto, eu já tinha ligado música animada no ambiente e estava praticamente dançando na frente do computador.

Depois disso, fui lanchar com minha mãe e Helena na cozinha e eu falei que eu precisava defender para elas uma tese que eu planejei observando minha vida. Helena já sabia que vinha algo engraçado e começou a rir, mas nem era tão engraçado assim. Eu falei pra minha mãe que ela e papai tinham “trollado” a minha vida quando me fizeram mudar de cidade 2 vezes. Eu sei, eu sei, o verbo é ridículo, mas na hora eu não consegui pensar em mais nenhum. O fato é que eu disse pra ela que a vida funciona assim: Se eu ainda morasse em Vitória, eu seria apaixonada por tudo que tem lá e não saberia de mais nada, portanto, não sentiria falta. Quando mudei pra São Paulo, sentia falta de Vitória e comecei a me apaixonar pelo que era de lá também. Mas aí eles inventaram de mudar de novo, o que significa que agora eu sou apaixonada por 3 vidas que eu tenho. Ou seja. É bom pelo lado de que eu tive oportunidade de conhecer muitas coisas que eu amo. Mas é horrível pelo lado de que, onde quer que eu esteja, eu vou sentir falta dos outros 2. Terrível isso né, vai falar? Helena concordou, mas mamãe decidiu mudar de tese. A tese defendida por ela, e aplaudida pela minha irmã, é de que eu SEMPRE tusso enquanto escovo os dentes de manhã. Mas assim, sempre. Eu tenho uma capacidade incrível de engasgar com a pasta e a escova. É óbvio que começamos a rir.

Enfim, entre declarações de amigas, risadas, e teses que não tem absolutamente nada a ver uma com a outra, eu tenho que dizer que a minha tese preferida é de que não há nada na vida como ter várias pessoas com quem contar, seja você sendo obrigado a sentir saudade delas ou não. E só para deixar a minha tese sobre as mudanças ainda mais inconclusa, eu tenho que dizer que, mesmo tendo que me sentir incompleta em cada um desses lugares, eu me sinto completa em cada abraço, sorriso, ou mesmo num bom dia. Porque estar completo ou não é algo muito complexo para ter uma definição. E se eu tenho motivos para sentir saudade de 2 coisas, onde quer que eu esteja, isso só quer dizer que eu vivo coisas que valem a pena em todos esses lugares, porque a gente só sente saudade do que importa. Certo? Tá aí outra tese, só que essa eu acho que posso dar como concluída!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Oi, faculdade.

E aí que assim que postei o último texto, já que já tinha me exposto em público, desliguei o computador e fui tratar de resolver a minha vida. Tá, a vida eu ainda tô longe de resolver, mas fui dar um jeito no que podia, hahaha.

Arrumei coisas daqui, de lá, separei roupa pro outro dia, desisti de procurar meu pendrive, assisti Big Brother (podem tacar pedras, eu assisto mesmo. Xingo, mas assisto), tentei ler, mas larguei o livro na cabeceira, peguei o IPod, o álbum de foto que meus amigos de São Paulo me deram de presente quando me mudei, que está cheio de fotos nossas em vários momentos, e fiquei ali, ouvindo música e vendo o álbum. Depois de bastante tempo, quando finalmente consegui desligar o som e fechar o álbum já devia ter umas 2h da manhã. Apaguei a luz e continuei sonhando acordada antes de dormir.

6h30 eu acordei, seja bem vinda Ana Luísa, de volta ao mundo dos que tem que acordar cedo. E fui pra faculdade. Me estressei mais do que merecia pra um primeiro dia, onde calouros foram escoltados com segurança, como se fossemos esfaqueá-los, e ainda por cima uma segurança xingou a gente. OI?

Voltei pra casa puta da vida querendo ter era mais 1 ano de férias. Juntou com uns outros probleminhas e aí pronto. Estava declarado detonado o meu dia. Dormi pra ver se passava mas ainda acordei com eles na garganta. Depois fiquei até a meia noite desabafando com a Rafa e o Rafa (Tenho cisma com Rafas, só pode) e aí consegui dormir.

Terça já foi um pouco melhor, hoje algo do gênero. Tudo voltando ao normal e professores já avisando que vão tirar o nosso coro, mas que vai valer a pena. Que assim seja!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A tal da procrastinação

Tenho que confessar. Eu sou adepta do: “Se posso fazer amanhã, pra que vou fazer hoje?”. E o pior é que já quase me lasquei por isso. Não vou dizer que não aprendi, porque aprendi. Por uma ou duas semanas, e depois, abafei o caso, claro. E eu nem sei porque eu não tomei vergonha na cara, porque por mais que eu enrole para fazer algo, eu não sossego enquanto a coisa não está pronta. Então o que acontece? Acontece que eu deixo pra fazer a tal da coisa quando já quase não dá tempo, sempre falta alguma coisinha, e nesse meio tempo eu até fiz outras coisas melhores, mas fiquei pensando em como eu deveria estar fazendo aquela coisa mais importante, sabe assim? Essa sou eu.

Quando eu tinha 10 anos, precisava fazer um mapa para entregar segunda feira. É óbvio que não fiz na sexta. Nem no sábado. E no domingo eu ia fazer, mas fiquei a tarde inteira no parquinho, pensando que eu deveria estar fazendo o mapa. Subi às 19h e sentei pra fazer. O que aconteceu? Rasguei o papel vegetal. O único que eu tinha. Entrei em colapso nervoso, porque jamais deixaria de entregar uma atividade. No fim das contas, segunda de manhã minha mãe voou na papelaria, e, não encontrando o papel vegetal, trouxe um papel de seda e eu fiz o tal do mapa. Minha mãe mandou um bilhete gigante pra professora, pedindo desculpas pelo uso do papel errado, e perguntando se ela poderia aceitar, mesmo tendo sido considerado o tempo que ela tinha dado para fazer o mapa e eu não tinha feito.

Não engoli isso até hoje, mas continuo enrolando para fazer as coisas, o que é MUITO suicida, porque isso não me faz bem! Sim, isso é um desabafo. Porque isso agora? Porque São 21h37. Amanhã começam as minhas aulas. Meu quarto está uma ZONA, eu quero lavar meu cabelo, preciso arrumar meu material, não faço a MÍNIMA ideia de onde está meu pendrive, não escolhi a roupa que vou usar, e ao invés de começar a organizar todos esses ítens eu estou aqui, sentada na cama, com um ventilador ligado nos pés, morrendo de calor com uma calça jeans que eu fiquei com preguiça de tirar, com o computador no colo, twittando, postando, “msnzando” e discutindo babados familiares com a Laís.

Falta de vergonha na cara é um problema SÉRIO.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Minhas crianças de São Paulo

Quando eu morava em São Paulo, eu tinha uma vizinha de porta. Um belo dia essa vizinha engravidou. Um outro belo dia, nasceu o neném.

Quando fui conhecer o Guilherme, eu não lembro quantos dias eles tinha de nascido, mas aquelas bochechinhas me encantaram. Depois de Guilherme, eu e minha vizinha nos tornamos bem amigas. Queria me ver feliz era ela tocar a campainha lá de casa com aquele bebezinho bochechudo no colo me chamando pra ir ali na casa dela, que ficava a menos de 1 passo da minha. E eu passava horas lá. Conversando com ela, e claro, com o Gui no colo. Ninei, beijei, fiz cosquinhas, dei banho, dei papinha, e um belo dia, a vizinha estava grávida de novo!

Tenho que admitir que a Letícia eu curti desde antes. Essa daí eu curti desde a notícia da gravidez. Quando a Camila (a vizinha!) bateu na porta da minha casa e disse que dessa vez era uma menina eu quase chorei de tanta alegria! Ia ter um casalzinho pra eu babar!

Morando longe da família, eles eram meus priminhos que moravam perto. E como moravam perto! Estavam há um toque de campainha de distância. Guilherme e Letícia eram minha alegria nas tardes ociosas – e também nas não ociosas: Larguei muitas lições de casa e livros de física para passar a tarde com eles, quando deveria estar estudando. Eram os abraços pequeninhos que eu adoro receber. Eram aqueles que chegavam no meu quarto e eu deixava pegar todos os bichinhos que queriam, mesmo sabendo que eu ia passar um belo tempo arrumando tudo na estante de novo.

Nem to falando da mãe deles porque deve ser meio óbvio né. Camila se tornou uma das minhas melhores amigas rapidamente, e passar horas na casa dela se tornou muito além do que simplesmente brincar com as crianças. Depois que elas iam dormir a gente batia altos papos, conversávamos sobre tudo.

Camila teve que se mudar de bloco, mas mesmo assim, no mesmo prédio, e eu lembro que ao entrar na casa dela e ver as caixas eu me escondi pra chorar. Porque ela não estaria mais ali do ladinho. Acho que não demorou um mês e quem recebeu notícia de mudança fui eu. Mas eu ia pra muito mais longe que o mesmo bloco de um prédio.

Foi difícil me despedir da Camila, mas daquelas crianças, doeu demais. Até hoje eu tenho pavor que elas me esqueçam. Da última vez que eu fui em São Paulo eles ainda sabiam quem era a “Anaísa”, mas eu tenho medo de um dia chegar lá e eles não terem noção de quem eu sou.

É provável que um dia isso aconteça, fazer o que. Mas o importante é que eles saibam que eu nunca vou esquecer aqueles 2, cheios de abraços, beijos, e sorrisos.

Porque eu resolvi falar isso hoje? Bom, porque eu abri a minha gaveta pra procurar um pendrive e dei de cara com isso:

DSC04496

Mamãe foi em São Paulo em janeiro. Camila deve ter mandado isso com ela, e ela com certeza esqueceu de me avisar que tinha colocado na minha gaveta. Sei que a surpresa foi boa. Eu fechei a gaveta com essas fotos na mão, e esqueci completamente do pendrive. Sorri e chorei olhando pra elas, pensando em como eu queria abraçar esses dois agora, e ouví-los me chamar de Anaísa, mesmo sabendo que eles já conseguiriam falar Ana Luísa perfeitamente.

Meus amores, nunca se esqueçam: A minha porta não está mais a somente uma campainha de vocês, mas é só pegar um avião. A minha estante mudou, mas os bichinhos continuam ali e a Anna Beatriz ia adorar companhia para desarrumá-los!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Carinho em cada detalhe

Vocês bem viram que eu andei reclamando por aqui que simplesmente não conseguia colocar um layout novo no blog. Eu não sei, devo ter um defeito sério nos genes que permitam que nós saibamos mexer em photoshop, paintshop, ou qualquer coisa desse tipo. Mexia dali, mexia daqui, quase botei a Laís doida, e no fim, sempre terminava as tentativas estressadíssima e com vontade de arremessar o notebook, que, coitadinho, nada tem a ver com isso.

Ontem foi mais um dia onde eu decidi que iria fazer um layout novo e pronto. E óbvio que o final foi igual: Fechei todos os programas sem conseguir fazer nada que prestasse. E reclamei no twitter.

Foi aí que a Tary viu mais uma vez que eu não tinha conseguido. Ela estava me dando a maior força desde o início, mas aí ela resolveu me oferecer de fazer um pra mim. Eu quase morri de vergonha de aceitar, mas a situação era crítica, então, perguntei se não tinha mesmo problema. Quando ela respondeu que ela gostava de fazer isso, eu fiquei mais tranquila. Ela ainda perguntou se eu queria algo específico! Imagine. Falei apenas que não gostava de amarelo.

Fiquei imaginando como ficaria, já que os que ela faz pro blog dela são lindos demais! Até que a menos de 1h atrás chegou uma DM dela com os links. Um da imagem, e um da sugestão de pattern. Eu quase nem amei quando vi né?

Um topo todo delicadinho, com friends, livros, nuvens, corações, Harry Potter, e até uma foto do meu filme preferido ela teve o cuidado de colocar!

Fiquei MUITO feliz, e fui correndo ajeitar o modelo! Achei que ficou bem lindinho, e com certeza, a parte mais querida dele está aqui:

credi

Essa frasezinha que fica lá em baixo, na área dos créditos. É a parte mais querida porque vai deixar claro, sempre, que foi um presente esse layout. Um presente que eu adorei, e que foi feito, com certeza, com muito carinho da Tary!

Já agradeci, mas vou agradecer de novo! Muito obrigada flor, eu AMEI!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“Olha, o negócio é o seguinte…

… ela não quer ir embora, e ninguém aqui quer ela vá.”

Foi o que tia Denise falou no telefone para a minha mãe, no domingo à noite, enquanto eu pensava com meus botões se não estava esquecendo nada pra fora da mala.

Pensamos em perder o voo sem querer, tio João Carlos pensou em me sequestrar, Laís pensou em mandar uma boneca loira de olho azul que não parasse de falar no meu lugar. Nada foi concreto e portanto, às 8h35 de ontem eu pousei em Curitiba, depois de 51 dias fora de casa. Logo após o pouso, a aeromoça falou no áudio: Tenham uma semana azul! Olhei pela janela e não pude deixar de rir. É óbvio que estava tudo cinza.

Eu, que, contrariando completamente esse post aqui, não estava com a menor vontade de vir pra casa. Esses dias todos em Baixo Guandu e Vitória foram bem gostosos. Estava fazendo bastante calor, sol todos os dias, e companhia o dia inteiro, mesmo que só ficássemos esticados num sofá olhando um pra cara do outro sem dizer nada, ou as vezes, nem olhando na cara, só de estar no mesmo cômodo já era o suficiente.

As férias foram fechadas com chave de diamante na formatura da Laís, e eu passei o domingo reclamando comigo mesma que tinha que voltar pra casa. Mas a vida é assim. Deixei um Espírito Santo bem quente e cheio de pessoas que eu amo pra chegar numa Curitiba meio fria, mas também cheia de gente que eu amo..

Minha mãe me deixou falar por horas sem reclamar que eu falo demais, minha irmã me deu um abraço de bom dia, e meu pai sorriu quando entrou no carro e meu viu, se perguntando se ainda lembrava o meu nome, hahaha.

Da Anna Beatriz eu ganhei aquela carinha maravilhosa  de felicidade natural que só as crianças sabem fazer. Ela então disse: Lu! E fomos correndo um abraçar a outra bem forte, como se não houvesse amanhã. E aí ela me deu de presente muito denguinho, e até quando bateu o joelhinho na mesa e começou a chorar, não quis que a tia Bianca desse um beijinho no dodói. Bradou: A LU! Eu obedeci explodindo de alegria, e claro, dei muitos beijinhos a mais do que o necessário para curar o tal do dodói.

Hoje já teve aula de teatro, mostrando que o semestre não vai ser brincadeira. A professora já passou trabalhos, já disse que vai querer 2 resenhas por mês, e que quer montar uma tragédia grega. Ou seja, o bicho vai pegar. Mas vai ser legal encarar (e vencer) esse desafio.

Segunda feira começará a faculdade, e aí, o ano começa de vez. Como eu disse, dessa vez, bem antes do Carnaval, porque ficar procrastinando até março ia ser um abuso.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Bailamos!

1Depois de dias de ansiedade, e porque não, um pouco de stress, finalmente aconteceu o baile de formatura da Laís! E não sei se posso dizer que estou muito alegre dele já ter acontecido, porque eu nunca gosto quando as festas pela qual espero muito acabam.. Mas tenho que dizer, foi boa a tal da festa. Se foi!

A arrumação foi um capítulo a parte, onde eu cheguei no apartamento às 19h com cabelo de Dona Florinda e tive que aguentar todos me chamando assim até a hora que finalmente soltei os tais dos cachos. Além disso, a galera estava com fome, e óbvio que resolveram me colocar na chapa para fritar hambúrgueres. Bando de homem abusado, hahaha.

Depois disso, enquanto João, Rafael, Ícaro, Lucas, Guilherme e Tio Rômulo praticamente esfregavam na nossa cara que eles tinham muito menos trabalho pra fazer antes de ir numa festa, eu, Laís e tia Denise nos perdíamos entre opções de brincos, cores de maquiagens e modo de arrumar o vestido no corpo. Depois de muita zona, correria e risadas, finalmente trancamos a porta de um apartamento de pernas para o ar e saímos. Ficamos que nem um bando de retirantes arrumados na calçada esperando chegar o microônibus que contratamos. Tudo isso com uma garrafa de vodka na mão.

Entramos no ônibus que já nos esperava com a outra parte da nossa galera, fomos cantando, zoando e gritando até chegar no salão, uns 40 minutos de percurso, onde o motorista precisou parar para o meu primo fazer xixi no matinho, porque né, Deus o livre aguentar chegar até o local.

Chegamos, sentamos, levantamos, tiramos fotos, bebemos, uns beberam bem mais que os outros, dançamos pra caramba, nos divertimos, e só saímos de lá 5h20min da manhã porque estavam praticamente nos varrendo.

3 Nem preciso comentar sobre a volta no microônibus, onde os mais bêbados cantavam sem parar e faziam discursos zoneados, enquanto os mais sóbrios só faziam rir.

Sei que entramos de volta no apartamento em torno das 6h05 da manhã e a vontade que deu foi de chorar quando vimos que nenhuma fadinha tinha arrumado a zona que tínhamos deixado ao sair. Simplesmente saímos jogando os colchões no chão e brigando pra ver quem ia tomar banho primeiro. Roubaram o chuveiro de mim duas vezes, mas finalmente consegui entrar de cabeça nele, e sair alguns minutos depois com o corpo renovado, porque tinha um copo de whisky derramado no meu braço, suor dos homens, que quando bêbados resolvem nos abraçar sem parar, e um pé simplesmente PRETO, e olha que eu fiquei de rasteirinha.

Sai do chuveiro, com o cabelo encharcado, enfiei a cara no travesseiro e assim fizeram todos os outros. Acordamos lá pelas 11h, e a vontade de dormir foi menor que a de ficar de pijama olhando pras caras cansadas comentando sobre a festa. Com olhinhos inchados, vozes roucas, alguns com muita ressaca, e muita, muita alegria. Foi um dia maravilhoso, e a Laís fechou esse ciclo de sua vida em meio a muita agitação, um vestido pink deslumbrante, um super boá branco, uma coroa e um copo que piscavam.

4 Nem precisam me perguntar se não paro de sonhar com a minha formatura né?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O que fevereiro traz.

Era pra começar trazendo um post super animado com um layout novinho em folha, mas começou foi trazendo uma tarde inteira de calor e duas cabeças quebrando em cima de um computador sem conseguir nada descente para colocar no topo desse blog. Sim, duas cabeças, porque a Laís é MUITO boazinha, nunca se esqueçam. Sei que há tempo já estava me dando na telha que esse template já deu o que tinha que dar. Hoje eu resolvi me aprofundar nessa ideia, me mexi dali, me mexi daqui, fiquei com dor nas costas, suei o cérebro em cima desse notebook, consegui editar um modelo que à minha vista ficou perfeitinho e.. nenhum topo que ficava à altura. Laís se compadeceu do meu desespero, sentou do lado com o computador dela, futucou, futucou, futucou e a cada topo pronto olhávamos uma pra cara da outra com um semblante decepcionado. ENFIM, um dia, espero que amanhã logo, esse template chegue, porque eu nós somos brasileiras e não desistimos nunca.

Mas continuando.. Chegamos em fevereiro né? É.

Fevereiro. Aquele que não é janeiro, mas que simboliza um começo também. Porque é o começo, digamos, da parte mais séria do ano. Ainda mais que esse ano fevereiro não vai trazer carnaval, e, portanto, não dá pra esperar o fim do carnaval pra engrenarmos o ano.

Fevereiro vai trazer um primeiro final de semana bem divertido, sendo o baile de formatura da Laís no sábado, dia em que, enquanto ela estará no salão, nós estaremos em muitas mulheres dentro de um apartamento nos matando para ver quem vai maquiar quem, ou quem vai ajudar quem a colocar seu vestido sem atrapalhar a escova. Vamos gritas, nos estressar, deixar os homens malucos, e no final, vamos sair todos felizes e dançar até o chão, saindo daquele salão só depois das 6h. Aí sim hein?

Depois disso, fevereiro vai trazer a minha casa, o que parece até estranho depois de tanto tempo. Vai trazer as aulas de teatro, e logo depois vai trazer a faculdade, cheia de matérias novas que eu estou louca para ter. Já me vejo sentada na quarta carteira da fileira da janela, abrindo ansiosa o meu caderno e esperando que o professor encha o quadro de coisas, afinal, se tem coisa que eu sinto falta nas férias é de copiar matéria. E sim, isso logo passa, claro, mas adoro essa empolgação inicial.

Só estou com medinho é que fevereiro traga o frio de volta pra minha vida, porque né, desde o dia 18 de dezembro, fatídico dia em que eu saí de casa para ir a uma festa e não voltei mais, ou seja, dia em que eu fugi de uma Curitiba que nunca esquenta, não sinto um pingo de frio a menos que esteja enfiada num quarto com ar-condicionado super potente. Tem mais de 1 mês que eu só uso shorts e blusinhas, e tenho vontade de lavar o cabelo todos os dias. Tudo que é bom acaba rápido, eu sei, mas queria que fevereiro continuasse me trazendo sol e calor, avisando pra Curitiba que verão é uma estação do ano como as outras, e deve ser respeitada e obedecida.