quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

TAG das 20 músicas

Esses dias estourou no youtube brasileiro a TAG das 20 músicas, traduzida pela Karol Pinheiro, e aí minha amiga Rafinha me convidou para responder. Como o YT é meu novo vício, fiquei dias pensando seriamente em responder em vídeo. Acontece que ainda não baixei um editor bom e quero deixar o amadorismo de lado - de forma que óbvio que resolvi procrastinar mais ao invés de tomar uma atitude decente e aqui estou eu, respondendo em texto mesmo. O que também não é uma má ideia já que o blog está capengando, coitadinho. Vamos lá.


1. Música Favorita
O bom dessa TAG é que ela já começa mostrando a que veio, né? Então. Eu sou uma pessoa que fica muito nervosa quando alguém me pergunta meus favoritos porque levo a sério demais e sempre acho que vou responder errado e me arrepender disso o resto da vida (?) mas vamos lá que quem não sabe brincar não desce pro play. Eu acho que a minha música favorita é A Thousand Years, da Cristina Perri. Nada a ver com Crepúsculo, mas é que acho essa letra maravilhosa, acho a minha cara, acho o ritmo lindo e nunca vou conseguir passar se ela de repente começar a tocar no aleatório do meu IPod.


2. Música que mais odeia
Lazy Song, do Bruno Mars. Gente, eu nunca superei minha birra com essa música. Só de imaginar aqueles assobiozinhos eu já me estresso. E o pior é que eu sei que, como castigo por eu estar dizendo isso, dentre todas essas 20 possibilidades será ESTA que ficará ecoando na minha cabeça o dia inteiro após eu terminar de responder a TAG.

3. Música que te deixa triste
Essa vai ser minha resposta mais aleatória da vida porque na verdade minha tristeza não tem a ver com a música em si, mas sim porque lembro de ter ficado ouvindo a coitada no repeat enquanto viajava para o velório da minha avó em 2007. Não sei nem dizer se estava viciada de verdade nela na época ou se foram momentos de insanidade mesmo, só sei que toda vez que a coitada me surpreende tocando no aleatório do IPod eu lembro do dia que minha avó morreu e meu coração aperta. Estou falando de Things I'll never say, da Avril Lavigne.


4. Música que te lembra alguém
Eu poderia cantar Último Romance inteirinha para o meu namorado sem ressalva nenhuma porque essa letra foi escrita para nós dois e para todos os outros casais do mundo. Acontece que como eu sou poser de Los Hermanos e ele é fã de verdade, quem "cantou" para mim foi ele, mandando a letra no whatsapp mesmo, no meio de uma conversa (e eu nem sabia de que música ele estava falando), menos de uma semana depois que a gente se conheceu. Fui pesquisar e descobri que, olha que coisa, é dela aquela famosa frase que eu tanto amava: até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei. Foi essa quote, inclusive, que usei de legenda para postar nossa primeira foto #instagrammer


5. Música que te deixa feliz


Não consigo disfarçar um sorriso quando escuto essa música. Acho a letra e o ritmo de Quase sem querer, do Legião Urbana, maravilhosos. Toda vez que ela toca eu fico pensando nas conexões que eu tenho com as pessoas legais que apareceram na minha e que fazem toda a diferença porque vêem o mesmo que eu. Não é o máximo lembrar disso?

6. Música que te lembra de um momento específico


Olha, eu não sei vocês, mas eu sou totalmente o tipo de pessoa que escuta música romântica e pensa nas amigas e Sparks Fly sempre vai me lembrar A Gente, vivendo, pulando, gritando, rindo e cantando, mas especialmente dA Gente fazendo tudo isso no casamento da Couth, Tudo o que girou em torno dessa cerimônia teve brilho demais e... faíscas de felicidade voando. 

7. Música que você sabe a letra inteira


Deus sabe a doença que 1989 foi na minha vida durante o fim de 2014 e grande parte de 2015. Foi o primeiro álbum inteiro pelo qual eu me apaixonei de verdade desde que começamos a baixar músicas aleatórias ao invés de precisar comprar o conjunto da obra, sabe? Mas se tinha uma música, dentre todas, que eu absolutamente não conseguia parar de ouvir e colocava para tocar em toda e qualquer situação possível essa música foi Blank Space. Eu poderia ser paga para dublar esta maravilha porque sei de cor cada segundo e cada trejeito dela. Minha mãe não se conforma que até os estalinhos da boca eu faço.

8. Música que te faz dançar
Vamos combinar que até que eu demorei a entrar em Taylor Swift numa TAG de música, né? Mas agora foram 3 respostas seguidas mesmo, nem peço perdão. A música que me faz dançar é Shake it off. Não consigo escutar essa beleza e ficar parada - e além disso ela também me lembra de um momento sensacional. Os outros convidados do casamento da Couth sabem muito bem o que aconteceu quando essa música começou a tocar repentinamente na pista de dança. 


9. Música que te ajuda a dormir
Na verdade não é uma música específica (também demorei a começar a roubar, né?) mas um álbum inteiro. Quando eu fico horas rolando na cama e o sono não vem, geralmente é Clarice Falcão que resolve com as delicinhas de seu Monomania. E eu disse geralmente porque se eu estiver agitada de verdade o que vai acontecer é que eu vou sentar na cama e começar a cantara as músicas e aí já era.


10. Música que você gosta em segredo
Desde que internalizei que essa história de Guilty Pleasure estava errada e que eu não devia ter vergonha das coisas que eu gosto eu, de fato, parei de gostar das coisas "em segredo". Só que aí agora eu acabei lembrando de uma música inusitadíssima que é 1) infantil 2) da Xuxa. Deixa eu contar para vocês que nem quando pequena eu gostava da Xuxa. Sempre fui team Eliana. Mas teve uma vez que fui passar férias na casa da minha tia e os filhos dela tinham o DVD (ou era VHS ainda) de um dos Xuxa só para Baixinhos. Tá bem, vai, eu sei que era o Xuxa Só Para Baixinhos 3 (agora que já estou passando vergonha mesmo não vou economizar e fingir que não sei dos detalhes) e eu infernizei a vida dos meus primos porque pedia para assistir O TEMPO TODO. Eu devia ter, sei lá, bem uns 13 anos e nenhuma vergonha na cara porque viciei num CD da Xuxa. E essa música aqui, aka O sapinho saiu pra passear é, até hoje, minha ruína. Não consigo pensar na história dos sapinhos e não cantarolar. Acontece.


O sapinho saiu pra namorar e com a sapinha quis casar AHAM AHAM AHAM

11. Música com a qual você se identifica
Todos os caminhos nos trazem de volta para Taylor Swift em 90% dos casos e I don't know about you but I'm feeling 22. Olha, eu fiquei feliz da vida que a moça lançou esta maravilha de música um tempinho antes de eu fazer 22 anos, porque aí pude ansiar por esse momento E comemorar bastante com ela. Acontece que eu já estou com quase 24 e continuo me identificando horrores. No fim, acho que os 22 anos viraram um estado de espírito, e estar happy, free, confused and lonely at the same time AND in the best way é a minha cara.


12. Música que você cantava e agora odeia
Viciar numa música e escutá-la inesgotavelmente ao ponto de, de fato, me esgotar, é a minha cara. Isso aconteceu com One last cry, da Marina Elali, tema que embalava o romance furado de Nanda e Léo, em Páginas da Vida. Eu era capaz de ouvir essa música no repeat por HORAS. Resultado: me saturei dela de uma maneira que quando ela toca do nada me dá até um azedinho. Que música CHATA.

13. Música do seu disco preferido
Acho uma sacanagem escolher um disco preferido. Depois que eu viciei em 1989 achei interessante essa ideia de voltar a conferir "o conjunto da obra" em alguns casos e não consigo decidir nem qual é o meu álbum preferido da própria Taylor. Tem dia que tenho certeza que é Speak Now, para então voltar para 1989 ou achar que é RED mesmo. Por hora vou de 1989 mesmo para ter a chance de usar Style nesta TAG.


PS: Ia colocar só um gif para não encher o post de vídeos MAS esse clipe é uma obra de arte e eu não resisti.

14. Música que sabe tocar em algum instrumento
HAHAHAHAHAHAH, do-ré-mi-fá no pianinho infantil conta?

15. Música que gostaria de cantar em público
Achei que nada poderia queimar mais o meu filme que a história da música do Sapinho, mas acontece que talvez isso seja pior ainda: minha vontade secreta de cantar Folhetim, do Chico Buarque. A versão que eu escuto é na voz da Luiza Possi e é tão bela, mas tão bela, e tão "suavemente sexy" que eu morro de vontade aprender essa jogada para cantar com plateia. Coitada de mim.

16. Música que gosta de ouvir dirigindo
Eu não tenho carteira porque eu ficava nervosa na prova a reprovei 3 vezes na baliza, essa é minha história de vida. Acontece que ENQUANTO eu fazia auto-escola e sofria porque meu instrutor era um ogro, um dia eu peguei uma rua movimentadíssima e estava tocando Part of me da Katy Perry. Eu nem gosto tanto dessa música, mas esse momento me marcou. Eu provavelmente estava a 35km por hora, mas no meu imaginário eu estava correndo magnífica com um conversível vermelho e cabelos ao vento falando que tudo aquilo era parte de mim. ´


17. Música da sua infância
Todas de Sandy & Júnior, mas como eu tenho que escolher uma vou de Maria Chiquinha, música com a qual eu brilhava muito no karaokê. O melhor era que eu imaginava todo o cenário da música acontecendo e só anos depois fui entender o que, de fato, Maria Chiquinha tinha ido fazer no mato. Não preciso nem dizer o quão assombrada fiquei quando me toquei de como Genaro, meu bem, iria aproveitar "o resto".

18. Música que ninguém imagina que você goste
Acho que depois do Sapinho vocês não duvidam de mais nada, né? Ainda assim eu tenho uma na manga porque todo mundo se surpreende quando eu, casualmente, coloco para tocar Do I wanna know do Arctic Monkeys. Não conheço mais nada da banda, mas adoro essa música?


19. Música que quer que toque no seu casamento
Desde que All of me, do John Legends, tocou como música ambiente no casamento da Couth (é a terceira vez que este casamento é citado nesta TAG) que eu não consegui superar e fico pensando que QUERO QUERO E QUERO. A versão que eu escuto começa com um solinho de violino tão mas TÃO maravilhoso que eu fico com altas ideias malucas de mixá-lo no início da marcha nupcial quando eu for casar.

20. Música que quer que toque no seu funeral
Posso ser dramática e querer que as pessoas estejam chorando de saudade de mim? Então. Aí eu ia querer que tocasse Vento no Litoral, do Legião Urbana, porque acho essa música lindamente melancólica - e não consigo perder a chance de imaginar as pessoas sentindo minha falta enquanto escutam aonde está você agora além de aqui dentro de mim. Sei que eu sou abusada.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Todo mundo adora uma história de amor (5 e além)

Parte 5: O mundo desfocou e só se via a gente

Bem, depois que eu decidi que "ficar num bar no Rio de Janeiro com um desconhecido" era uma ideia muito mais razoável do que eu tinha acreditado a vida toda que seria, a vida ficou bem mais fácil. Paloma foi embora, eu disse pro mocinho que tinha que voltar pra casa às 23h30 mas de repente era 1h da manhã e a gente não tinha visto passar.

Assim como tínhamos feito no whatsapp, conversamos por horas sobre o tudo e sobre o nada, dessa vez com muitos sorrisos, abraços e beijos no meio. Lá pelas tantas um bêbado parou na cerca do bar, bem do lado na nossa mesa, e desejou uma boa noite "para o senhor e a sua esposa". Mocinho olhou pra mim e disse que o bêbado era muito audaz porque tinha acabado de prever o futuro. Rimos. Nos beijamos de novo.

Fomos à pé para a casa de Paloma, onde ele me deixou, e logo começamos a conversar de novo no whatsapp. Ele que começou, 2 minutos depois de me deixar na portaria, dizendo "Foi incrível". E realmente tinha sido. No dia seguinte eu era uma pessoa de ponta cabeça na cama, rolando de um lado para o outro, enquanto falava no telefone com a melhor amiga que tinha conhecido o amor da minha vida, que era incrível, e que eu estava totalmente enchanted to meet him - e que tinha dito isso para ele.
  
O vídeo é ridículo e não oficial mas a música que conta

Saímos de novo dois dias depois - e de novo, dois dias depois. Cada intervalo de dois dias desses parecia um inverno inteiro. Eu virei o tipo de pessoa que queria levar o celular para debaixo do chuveiro; que ficava o tempo todo esperando a tela acender. Para a minha sorte ela nunca deixou de acender até hoje.

Depois desses três encontros chegou a hora de eu voltar para Curitiba e tudo o que eu sabia até então é que eu tinha deixado um livro emprestado com ele e que a gente ia se ver de novo. Além disso, tudo era um grande ponto de interrogação. Cheguei em casa numa segunda e continuamos nos falando sem parar, até que no início da madrugada de sexta para sábado, de 2 para 3 de outubro, ele me disse, sem preparação nenhuma e no meio de um assunto qualquer que ele estava completamente apaixonado. Eu disse que também estava. Foi ali que decidimos (ou entendemos) que estávamos, sim, falando de amor.

Eternos 26 dias depois ele chegou no aeroporto de Curitiba, por volta das 17h, enquanto eu paria (junto com ela) alces, dromedários, ovinos e eventuais galináceos de tanta ansiedade. Afora todos os dias de conversas ininterruptas no whatsapp, algumas madrugadas viradas e uns 3 skypes, não tínhamos olhado de fato na cara um do outro depois do grande momento. Mas foi tudo como se sempre tivesse sido. Ele foi lá pra casa e em 10 minutos a minha mãe também estava apaixonada.

Entre idas e vindas (agora a gente praticamente vive no aeroporto), antes do final de dezembro ele já tinha conquistado metade da minha família - e eu finalmente estou conhecendo quase todo o grupo de amigos dele. Dia 29 de janeiro fizemos 3 meses da data de pedido de namoro oficial. Eu sei que a vida não é um conto de fadas, mas de vez em quando ela faz de tudo para parecer.

E além

Namorar é uma loucura. Às vezes eu penso que ter "esperado demais" acabou me deixando mais despreparada, às vezes eu acho exatamente o contrário. Desconfio severamente que a Analu de 16 anos, que tanto queria conhecer um príncipe encantado, não saberia lidar com isso. É muito diferente de todas as outras relações que já construí na vida. Minha família jamais "terminaria" comigo do nada e nunca coloquei um ponto final numa amizade, mas namoros, aparentemente, são assim. Alguns são para sempre, outros não, e dentro desses outros existe aquela pequena possibilidade de um relacionamento terminar com os 2 não querendo mais e em paz. Mas é uma pequena possibilidade. Existe toda a outra porcentagem, onde um só desiste e o outro tem que aprender a se virar - e de repente passa a ser muito esquisita a sensação de estar com alguém que você ama e que pode ligar para você num sábado a tarde e dizer que não está mais afim.

Durante esses 3 primeiros meses a gente não teve nenhuma briga, mas mais conversas sérias do que eu imaginava, muito por causa da distância e do aprendizado de reparar as arestas que toda nova relação deve exigir. Aprender os limites de um e de outro, dar aquela requebrada nos estilos de vida quando eles não andam tão juntos. Tudo até agora resolvido na base de muito diálogo e muita tranquilidade dele enquanto eu chorava do outro lado. Eu sempre fui uma pessoa que chora, falar de coisa séria balança todos os meus ânimos, mas até agora a nossa boa vontade para conversar e para ser sincero tem feito tudo se desenrolar da melhor forma possível. Minhas amigas disseram que um namoro com premissa de sinceridade e diálogo tem tudo para dar muito certo. Amém. E além.