quarta-feira, 30 de março de 2011

24, Laís.

Ei Laís! Esse é seu primeiro post de aniversário! Confesse, você estava morrendo de ansiedade para ler. Também, com uma prima enrolada que nem eu, que desde 2009 te promete um post de aniversário e não faz.. Mas aqui está!

Esse ano a gente se viu MUITO. Acho que, fazendo um balanço do ano até agora, 30 de março, nós passamos mais tempo juntas que separadas. Ou pelo menos 50%, não foi não? Se eu estiver exagerando, é porque foi tão bom passar tardes a fio curtindo um tédio com você que eu ampliei essa temporada no meu cérebro, haha. Mas vamos ao que interessa. Hoje é 30 de março.

Você faz 24 anos. Eu escrevo esse número e não acredito. Você tem que convir que parece mentira. Lembro nitidamente da gente sentada no chão brincando de Barbie. Lembro que quando você tinha 13 anos e eu 8, eu achava a sua idade o máximo. 13 anos devia ser o ápice. Que bom que não é. Depois dos 13 ainda temos muitos ápices para viver, haha.

Queria dizer que eu amo o fato de, no dia 30 de março de 1987 você ter aparecido no mundo. Porque 5 anos depois eu cheguei, e já tinha uma grande amiga. O que a gente já discutiu nessa vida não está escrito. Confesso, na maioria das vezes por pentelhação minha. Mas é que a minha mente de 10 anos não compreendia porque você, com 15, não tinha a mesma vontade de brincar de Polly que eu. E mesmo assim passamos altas tardes brincando. Eu sempre te convencia.

Obrigada, Laís. Por sempre me deixar te convencer. Obrigada também por quando eu não te convenci. Obrigada por ter tanta paciência comigo, com minha vontade de comer pastel às 15h da tarde, entornar leite condensado às 16h, e chorar porque não consigo fazer uma droga de um template pra colocar no blog. Aliás, obrigada por ter tentado 3000 modelos de topos que me agradassem. E obrigada também por ter aprendido a comentar no meu blog, eu fico tão feliz de saber que você lê!

Você sabe muito bem como é especial pra mim, e como eu queria que morássemos mais perto. Mas o importante é que nos momentos em que podemos estar juntas nós nos divertimos muito, seja indo pra casa da vovó às 9h30min da manhã (quando eu estou morrendo de sono) ou voltando de um casamento às 4h30min (quando a morta de sono é você).

E por você ser tão querida e especial é que hoje eu te desejo muita felicidade, saúde, paz, amor, sucesso, realizações, e tudo o mais que se deseja nessa data. Agora, preciso te zoar. 24 hein filha? Mais 6 e são 30. (Nessa parte eu finjo que só você envelhece, sem me tocar que, se você passou dos 13 aos 24 em um pulo, eu também estou indo direto dos 8 pros 19, no meio de abril).

Te amo!

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Olha aí a Laís. Uns 23 anos atrás. Não que ela tenha crescido muito, mas falem sério: Que coisa pirralhuda e bochechuda fofinha ela, né não??

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ah, a vida!

zmonit

Foi ontem, na aula de ética. A professora comentou que a vida tinha altos e baixos. E citou um monitor de UTI. Ela perguntou: “O que, em um monitor de UTI quer dizer que a pessoa está viva?” Nós respondemos, fazendo mímicas para indicar as subidas e descidas. Ela então falou: “Pois é. E nós teimamos sempre em não aceitar que a vida tem altos e baixos. Queríamos viver no alto, sempre. Mas não tem jeito, gente. A única estabilidade que existe é a morte. Ela é a linha reta. Só ela.”

Pode ter sido algo bobinho. Qualquer um podia ter pensado nisso já, mas eu nunca tinha. E quando a professora falou o silêncio reinou geral na sala. E aí, acredito que a galera parou de querer uma vida sempre estável, porque né, essa linha reta só existe uma vez.

Para completar, no intervalo, uma menina simplesmente viu que seu carro não estava mais na rua. Tinha sido levado. Ela entrou tremendo na sala e disse para a professora que precisava ir embora, que tinham lhe levado o carro. A professora a abraçou e perguntou se tinha seguro. Ela disse que sim, que o pai dela já tinha acionado, mas que ela não tinha condições de ficar na aula. A professora lhe deu outro abraço, pediu que ela se acalmasse antes de ir embora. A menina prometeu que faria isso e saiu da sala. E então a professora só olhou para a gente, fez a mímica das subidas e descidas e falou, de novo: “É a vida, gente. Vão-se os anéis, ficam os dedos. Ela está inteira.”

(Foi um post meio aleatório, eu sei, mas eu saí meio emocionada dessa aula.. meio com cara de quem aprendeu uma lição.. sei lá. E precisava postar pra não esquecer nunca. É bom pra fixar. A vida nunca é uma linha reta. Ah, é legal falar também que eu não estou postando isso porque estou em um momento baixo, porque eu não estou em um momento baixo, HAHAHA. Foi só porque aconteceu o diálogo mesmo, ^^)

terça-feira, 22 de março de 2011

Sobre Professores e professores

Eu sempre fui daquelas que gosta de ser amiga dos professores sabe? Passei a vida inteira sendo chamada de puxa-saco por muita gente, mas nem ligava. Eu simplesmente sabia, desde pequenininha, que eles podiam ser (e eram) algo muito além do que alguém que é pago para nos dar aula. Minha primeira professora foi praticamente uma mãe, a santa tia Suely. Gente, eu amava ela. Tem até um vídeo engraçadíssimo do aniversário de 2 anos da minha irmã, onde a Tia Suely, que obviamente havia sido convidada, chega na festa, e eu e Arianne (melhor amiga de infância, também aluna dela) vamos tão contentes recebê-la que praticamente derrubamos a pessoa no chão.

E pensem que eu liguei quando passei do Jardim I pro Jardim II e mudei de professora? Claro que não. Afinal, a tia Maria também poderia ser ótima! Lembro que na primeira semana de aula a Tia Suely foi fazer uma visitinha e perguntar como estávamos e eu, do alto de meus quase 5 anos virei e falei: “Pode ir embora, a nossa tia agora é a Maria!” Hahaha, um exemplo de doçura, vai falar? Mas é que eu queria o meu direito de amar a nova professora também, sem interferências, poxa vida.

Aí um ano depois veio o pré. Pausa: Gente, eu prometo que não vou relatar todos os anos do pré até a faculdade, mas essa introdução é necessária. Despausa. E no pré eu conheci um monstro. Era uma professora gigante. Com cabelo cacheado preto gigante. O nome dela era Zuleide. E ela era uma bruxa. Minha mãe jura que eu sonhei, mas eu tenho certeza que ela falava pra mim que eu era feia, que ninguém gostava de mim, e que minha mãe não ia aparecer pra me buscar na escola. E eu tinha pavor dela. Pra completar, eu não conseguia escrever o F cursivo de jeito nenhum, e ela sempre mandava eu escrever no quadro. Felizmente não durou muito, porque no meio do pré a escolinha faliu e eu e Arianne, minha fiel escudeira, mudamos para outra escola. E aí a professora era uma coisa fofa chamada Cláudia, também grande, também com  cabelo cacheado preto, mas muito mais parecida com uma fada do que com uma bruxa. Ela só me chamava de doce-de-batata-doce, uma graça!

Agora eu paro com a cronologia. Estou fazendo esse post porque ontem eu estava muito revoltada na aula de um professor horrível, e estava pensando pela milésima vez que tem gente que absolutamente não tem nenhum dom pra dar aula, e mesmo assim, o faz. Talvez porque não tenha conseguido nada melhor, talvez porque queira mesmo, mas enfim, não sabem o ofício. E isso me dá muita raiva, porque ser professor é algo muito importante, querendo ou não, a pessoa forma cabeças. E professores medíocres me irritam. Fica a minha mensagem para 2 atuais professores meus, que não vou citar o nome, mas que fazem com que eu tenha vontade de me atirar pela janela durante a aula. E também alguns outros que houveram nessa minha vida de salas-de-aula.

E também, claro, não posso deixar de mandar aquele abraço, e um eterno obrigada aos Professores, esses sim, com P maiúsculo, que eu tive a sorte de conhecer na minha vida. Muitos desses viraram muito mais que Professores, e sim, amigos e confidentes, como a minha querida Tia Suely, a amada Tia Nara (da terceira série), as Tias Carla e Maristela (da quarta), a fofa da Rosa (ciências), a minha amigona Priscila (de biologia), a doce Vera (de química), o parceiríssimo Reinaldo (de matemática), a novíssima Gab (de teatro). Finalizo a lista com uma vírgula, tendo a certeza de que faltaram alguns nomes, mas se eu fosse colocar todos, ia gastar um parágrafo inteiro com isso. Enfim. A vocês, Professores, o meu muito obrigada. Ser Professor é uma arte, e pra mim, vocês sempre foram exímios nela.

zglee

domingo, 20 de março de 2011

O primeiro post em que eu falo de você!

Ei, neném! Vou te chamar assim porque ainda não sei seu nome, nem seu sexo. Mas o importante é que você já existe e já é amado! Só ia falar de você mais tarde, e poderia escrever essa carta começando com seu nominho em cima, mas quis falar com você já agora, desde o seu início!

Veja bem, bebê. Sua mãe descobriu você aí não tem muito tempo, e quando ela contou a novidade eu fiquei muito feliz! Já comecei a te imaginar, e sonhar com você. Já imaginei outra menininha com um vestido rosa e lacinho no cabelo. Imaginei também um menininho bem bochechudo, todo estilosinho com um all star. De uma forma ou de outra, te imaginei no meu colo, e imaginei meus olhos brilhando enquanto eu olho pra você, assim como eles brilham todas as vezes que eu olho pra tua irmã. Já me imagino sentada no chão da sala, numa ilha de brinquedos, com você sentado numa perna e tua irmã na outra. Prometo que vou te encher de beijos e carinhos assim como faço com ela. E também vou adorar te dar banho e te fazer dormir, cantando a música que você escolher.

Já espero ansiosa pelo tal dia de novembro que vai ser marcado por novos cheirinhos de talcos e fraldas. Dia em que eu vou praticamente acampar na porta da maternidade pra entrar no quarto e ver você ali, tão miudinho, e tão grande, ao mesmo tempo. Assim como você já é agora. Muita gente acha, bebê, que você é só 2 risquinhos num exame de farmácia, ou um número gigante num exame de sangue. Ou mesmo que você é apenas um grãozinho minúsculo no útero da sua mãe. Mas não, bebê. Pra gente, você é muito mais do que isso. Você é uma porção gigante de amor! E todos nós já te amamos muito!

Seja bem vindo, meu amor! Essa sua prima já está louca de vontade de te segurar no colo, mas muita água vai rolar até novembro. Ainda vamos descobrir o que você é, e descobrir qual será o seu nome. E você vai então se tornando cada dia mais real, cada dia mais uma pessoa. E nosso amor só vai crescendo!

Estamos te esperando! Venha com Deus!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Quase gente grande

E eu estava em casa, bem de boa, sentada na cama com as pernas pro ar e o notebook no colo quando a minha prima veio me perguntar se eu estava interessada em estágio. Não que eu estivesse exatamente procurando um agora, mas né, interessada nós sempre estamos. Aí eu falei que sim, e ela mandou que eu enviasse o meu currículo para a melhor amiga dela, que é jornalista e trabalha numa empresa de assessoria de imprensa que estava precisando de assistente de jornalismo. Mandei. Aí fui chamada pra entrevista, voltei pra casa, e susse. Pensei que ela não fosse me chamar, e ela realmente não me chamou, mas uma outra jornalista também estava precisando de assistente e quis me conhecer, e aí, deu-se que na segunda-feira de noite eu fui avisada de que tinha sido escolhida.

E o que eu fiz na hora? Chorei. Porque eu ia ter que largar a turma do teatro. Eu meio que não estava acreditando que iria dar certo, então estava bem de boa. Mas deu. E aí, repito, eu ia ter que largar o teatro.

Dia seguinte, terça, eu já devia ir para o estágio. Nem dormi de um dia pro outro, rolei na cama igual pipoca pula na panela. Depois da faculdade, almocei, passei no Cena (teatro) e chorei, chorei, chorei, abracei, abracei, abracei e transferi meu horário. Sim, claro, vocês não pensaram que eu ia sair do teatro né? Nem a pau Juvenal, me desdobro em 3 pra dar conta de tudo mas meu teatro eu não largo.

Aí, fora tudo isso, eu estou mega feliz com o estágio! O clima lá é ótimo, as pessoas são muito simpáticas, e eu me sinto muito importante sentada na minha própria mesa com um computador para mim e um e-mail corporativo, beijos me liguem.

E aí essa é minha nova vida. Com faculdade de manhã, teatro de noite 3 dias na semana, e estagio em todas as tardes. Hoje na faculdade eu estava doida pra vir pra casa, e aí lembrei que eu ia ficar fora a tarde inteira. E amanhã também. E depois também. Aí ouvi uma voz no meu cérebro: Tarde inteira em casa? Isso não te pertence mais!

É, é assim. Acorda, Alice. Bem vinda ao mundo de gente grande!

domingo, 13 de março de 2011

A saga de um casamento – Parte 3

Onde eu parei? Ah sim, na parte onde eu ia dormir. Dormi, acordei e já fomos pra casa da vovó. De manhã estava como sempre. Eu com sono, um sol de rachar, vovó temperando bife e os homens bebendo. Nem tinham se recuperado da ressaca de sexta feira, e ainda tinha um casamento a noite, mas né, vai tentar tirar a cerveja da mesa. Sei que tio Elson apareceu na cozinha pedindo o tal do mingau de fubá que eles sempre pedem pra curar ressaca. Minha madrinha começou a fazer e me mandou ficar lá mexendo. Estava eu lá, compenetrada, mexendo e morrendo de calor. É claro que meu avô ainda teve que passar e me perguntar o que eu estava fazendo ali. Quando eu disse que era mingau ele disse na hora: “VOCÊ FAZENDO? Eu é que não como isso.” Ok então vô, obrigada pela confiança. HAHAHAH, E ele nem ia comer mesmo, ele não bebe e portanto, não fica de ressaca. Humpff.

Depois disso sei que eu e Laís saímos e e voltamos pra casa de vovó umas 500 vezes, sempre tinha algo pra fazer. Depois do almoço, planejávamos sossegar um pouco, mas não. Meu vestido chegou. Peguei. Vesti. Tia Lu foi subir o zíper e.. Ele quebrou. Tia Denise, que fez o vestido, ficou em choque. Aí, no meio da tarde, ainda tivemos que caçar uma costureira que emprestasse a máquina pra tia Denise. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos, e eu quase morri de alívio às 8h da noite quando aquele zíper subiu inteirinho no meu corpo sem quebrar. Mas claro, antes de finalmente estar prontinha, fechada no vestido, de sandálias e brincos, foi uma boa tarde no salão.

Quando estávamos entrando no salão da festa meu tio me pegou pelo ombro e disse: Fica por aqui que você também vai ser testemunha. OI? Só porque eu chamei Laís de estepe, virei a válvula de escape. A questão foi que meu tio tinha errado as contas e chamado menos madrinha do que padrinho, e o Léo estava sobrando. Mesmo de última hora, amei o convite. Reordenamos uns pares, e eu entrei com Rodrigo.

Depois da cerimônia, a coisa demorou mais ou menos 1h pra engrenar, mas engrenou e foi uma delícia. Dançamos e pulamos como se não houvesse amanhã. E se meu tio disse que o casamento era para os sobrinhos ele cumpriu a promessa, porque ficou rodeando a gente um tempão, dançando ali e pulando conosco. Um momento memorável foi quando ele e Giselle subiram no palco. Ela cantou borboletas, do Vítor e Léo, e meu tio ia saindo sem cantar, mas nós, que estávamos todos ali em baixo de plantão assistindo, não podíamos deixar isso passar. Começamos todos juntos na mesma hora a cantar uma música tema do meu tio, que ele SEMPRE canta o dia inteiro, todos os anos, na casa da vovó. É aquela do Zezé de Camargo: O dia em que eu sai de casa. Sabem? Enfim, começamos a cantar todos juntos, meu tio voltou, pegou o microfone e cantou. E nós junto, claro. Foi uma vibração muito bonita!

Fora isso nem adianta eu tentar contar, porque a noite foi recheada de zoações internas que só a gente mesmo pra entender e rir. Daquelas que toda família tem né. Sei que eu estava enrolando pra postar porque a Rafa ainda não entrou no msn, e as fotos da câmera dela são as melhores, mas vou tentar resumir a festa que foi com as que tenho:

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Foto de começo de festa. Laís, eu, tia Lu e Bia. Só glamour, vai dizer?

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Eu e Rodrigo entrando.

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Algumas horas depois, a gente de rasteirinha na pista. O glamour já tinha ido pro saco, mas a diversão estava um must.

Agora, pra finalizar bem mesmo, sei que cheguei na festa sendo chamada de Marcela Temer… (por causa do penteado, sabe)

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E sai da festa sendo chamada de Amy Whinehouse. (Também por causa do despenteado)

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The tried to make me go to rehab, but I said No, No, No.

E olha que eu só bebi Coca cola, hahahaha.

sábado, 12 de março de 2011

A saga de um casamento – Parte 2

Não, ainda não chegamos aos finalmentes, porque o casamento é só hoje de noite. Eu queria fazer em 2 partes só, mas a sexta-feira merece um post exclusivo, então, vamos lá.

Pouco depois que postei boboalegremente (adoro inventar advérbios) sobre o fato de que “Yes, I can” ir a esse casamento, dormi. Acordei e entrei no carro para vir para Baixo Guandu. Meu vestido ainda não estava pronto, então tia Denise só vai trazer ele hoje. Ansiosa? Ah, imaginem.

Chegamos no meio do almoço e ouvi milhões de piadas sobre como eu estava vindo demais a Baixo Guandu esse ano. Me ofereceram inclusive inaugurar uma faculdade de jornalismo por aqui para eu poder me mudar de vez. Comi um prato de arroz e bife. Aquele bife que só vovó faz. E aí já me joguei na galera, que tem uma capacidade incrível de falar besteiras que me fazem rir do começo ao fim do dia. Impressionante como cada vez aparecem as zoações diferentes e claro, as zoações sobre os momentos engraçados do verão passado. E olha que, como esse é o segundo mega encontro seguido, as histórias de que ríamos ainda eram desse próprio verão, hahaha.

Já ri de Laís, que anda sendo chamada de Severina, por ser sempre a escolhida para quebrar galhos. Não falei que ela é muito boazinha? Aqui funciona assim: Acabou o açúcar? Manda a Laís no supermercado. Você não conseguiu marcar sua unha e o casamento é amanhã? Fique tranquila, Laís vai arrumar um salão. Acontece que uma das madrinhas do casamento não pode vir, e além de Severina, Laís virou a madrinha Estepe. Agora ainda não decidiram se chamam a menina de Severina ou de Estepe. Judiação!

Além disso, de tarde ainda teve o casamento no civil. Sei que meu padrinho seria uma das testemunhas e não parava de reclamar que queria mesmo era testemunhar o travesseiro. Faltando apenas alguns minutos ele saiu correndo de dentro do quarto dizendo que precisava sair para testemunhar um abestado que estava casando pela terceira vez. Nem preciso dizer que chorei de rir né?

A sexta feira então foi resumida assim. Chovia, parava, chovia parava. Marcávamos salão, fazíamos unhas, comíamos pão, dávamos risada, falávamos besteira, ríamos das besteiras dos outros, e já matávamos a saudade de um verão que ainda nem terminou. Enquanto  isso, o casal se casava no civil e bagunçava com a gente. De noite ainda teve uma benção para eles, lá dentro da sala da vovó, e muita pizza de tabuleiro feita pela tia Joana.

E agora é madrugada de sábado. Daqui a pouco a correria começa de vez. E daqui a 24h estarei me acabando de dançar com meu vestido que finalmente ficou pronto, mas eu ainda não vi, hahaha. Aguardem a parte 3, com muita correria, gritaria, dança, e risada, CLARO, porque essas nunca faltam.

sexta-feira, 11 de março de 2011

A saga de um casamento – Parte 1

Acho que começou no Natal de 2009, quando o meu tio apareceu com uma aliança de noivado no dedo. Até onde me lembro, ele estava namorando a moça há menos de 4 meses, e tinha saído a pouco tempo de seu segundo casamento. Aquela aliança no dedo dele gerou uma série de caras e bocas bem engraçadas, com comentários bem parecidos. Eram no estilo de: Tio, você joga pedras. Tio, você não acha que foi rápido demais? Tio, vai casar DE NOVO?

Sim, ele vai casar. Amanhã. Pela terceira vez? Sim, e daí? Todo mundo tem a chance de tentar ser feliz várias vezes, e se tem alguém que merece ser feliz, esse alguém é o meu tio. Quem conhece sabe porque. Um cara boa-praça, não consigo lembrar dele estando de mau-humor. Sempre brincando, cantando, contando piadas, se preocupando em estar próximo dos sobrinhos.. Aí é que tá, uma das desculpas preferidas dele para estar se casando de novo: Poucos dos meus sobrinhos assistiram a um casamento meu!

Sendo assim então, ouvi rumores (leia-se: Ele gritou a torto e a direito) de que essa festa é para nós, aka, os sobrinhos. Eu sei que ouvi isso um milhão de vezes. E né, eu sou sobrinha. E moro aonde mesmo? Curitiba. A tá, o casamento é em pleno março, em Baixo Guandu. Falou aí, tio, eu sei que você tá me passando essa data mais de 8 meses antes do casamento, mas meus pais não vão me deixar ir.

A coisa foi ficando próxima. Convenci minha mãe a ficar em Baixo Guandu mais tempo que o necessário nas férias de verão só para ir à formatura da Laís. E durante todo esse tempo não parei de ouvir falar nesse casamento. No fim das contas, meu tio já estava ameaçando o meu pai: – Se você não prometer que vai mandar a menina pro meu casamento eu simplesmente sequestro ela e só devolvo em março.

Se foi isso que convenceu meu pai ou não eu não sei, o fato é que estou aqui. Em Vitória, a algumas horas de ir para Baixo Guandu. Cheguei aqui na segunda feira, no meio do Carnaval, vou perder 3 dias de aula, mas estou aqui. Já tenho um vestido meio pronto, que aliás, a essa hora já deve estar pronto, na verdade, e sim, eu vou a esse casamento!

Já perdi tantos eventos de família por morar longe, que parece mentira que só neste ano já fui na formatura de Laís e estou aqui para o casamento. Não sei se deu a louca nos meus pais, ou seu eu virei gente grande e agora arrumo argumentos convincentes para conseguir o que eu quero, mas repito, o fato é que eu estou aqui, e estou muito feliz!

Nesse post, que é anterior ao casamento, preciso deixar os meus desejos: Que meu tio e Giselle sejam muito felizes, e lembrem-se sempre de cultivar todos os sentimentos importantes para que essa relação seja muito boa!

Agora, aguardem a segunda parte da saga, que imagino, virá cheia de casos sobre uma tarde maluca com milhões de primas e tias, salões de beleza, vestidos, sandálias, maquiagens, e também casos sobre uma noite muito divertida, com um casal se unindo, a gente dançando, muita música, e um pouquinho de vodka né, porque vamos combinar, ninguém é de ferro.

terça-feira, 8 de março de 2011

Jogatina!

Quando eu era criança eu adorava pegar a caixa de baralho da minha mãe e mexer naquelas cartas todas. Quando aprendi a ordem do baralho, adorava guardar tudo organizado, o que deixava os meus pais doidos todas as vezes que iam jogar e se deparavam com um jogo nada embaralhado.

Acho que ainda nessa idade eu já aprendi a jogar paciência no computador. Alguns anos depois a vovó resolveu me catequizar na coisa e me ensinou a jogar mexe-mexe, jogo pelo qual ela é apaixonada. E é engraçadíssimo: Ela fica extremamente rabugenta quando vê que vai perder.

Em duas férias, no hotel fazenda, um monte de jovens juntos e uns monitores engraçados. Sempre acabávamos as noites e as tardes de tédio nos enfiando no baralho. Aquela mesa com quase 30 pessoas e váááários baralhos juntos rendiam as partidas de mau-mau mais engraçadas da história. Isso sem falar em quando resolvíamos jogar tapão e um dos monitores chegou com um pedaço de madeira gigante, se propondo a jogar também.

Depois eu conheci a Rafa, e me acostumei com o fato de que, dentro da bolsa gigante que ela carrega de um lado pro outro, além de celular, carteira e óculos escuros, sempre tem uma caixa de baralho.

Por que esse post sem pé nem cabeça? Porque baralho é uma delícia, ué. Com 52 cartas na mão dá pra fazer de tudo um pouco. Tem os jogos mais sérios, os mais engraçados, os que se joga de 2, de 4, de 10, e até sozinho dá pra se virar com aquelas cartinhas. Não tem o que fazer? Saca um baralho e pronto.

cards

quinta-feira, 3 de março de 2011

A máfia das cartas

Começou ontem à tarde, no twitter. Eu estava curtindo um tédio e a Amandinha resolveu twittar inocentemente que adorava trocar cartas, mas infelizmente ninguém mais fazia isso. Eu, que adoro uma correspondência, me prontifiquei na hora a trocar cartinhas com ela. A questão é que haviam outras blogueiras no twitter naquele momento, e isso bastou pra que a twittada despretensiosa de Amanda se tornasse uma super mobilização para o envio de cartinhas. Em menos de 1h já tinha inúmeros endereços na minha caixa de DMS, e já tinha mandado o meu para várias também. E nós eufóricas no twitter, falando de cartas, papéis, canetas e adesivos, quase surtando os nossos followers, hahaha.

Sai, e quando voltei, comecei a me organizar para escrever as cartas. É óbvio que organizar não é bem a palavra certa, porque a mesa se transformou num mar de papéis de carta com cartelas de adesivo boiando no meio. E o notebook do lado. O mais engraçado era que a tal da máfia das cartas crescia assustadoramente, e mal eu escrevia uma, alguma menina nova entrava na jogada, e lá ia eu separar mais um papel, enfim, uma loucura, e uma delícia também!

Escrevi 9 ontem à noite, vejam o tipo da criatura:

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Coloquei todas em cima da mesinha de cabeceira e fui tratar de dormir. Hoje quando cheguei da faculdade vi uma porção de envelopinhos lindos na mesa, ao lado das cartas. Mamãe diz que eu não tenho mais nada pra fazer da vida, mas super colabora com as fofurices, hahaha. Escrevi a carta da Isa, que foi a que ficou faltando, tomei cuidado com os endereços, conferi tudo, e espero do fundo do coração não mandar carta pra uma no endereço de outra, hahaha.

E aí, vejam só, como estão lindas as minhas cartinhas, só esperando que eu vá amanhã colocá-las no correio:

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E em breve, Amanda, Anninha, Tary, Nathy, Deyse, Rúvila, Gabi, Gab, Isa e Kamilla estarão recebendo, como disse muito bem a Dê no post dela, um pedacinho de mim em suas casas! Não vejo a hora delas receberem, e também não vejo a hora de receber as minhas!

terça-feira, 1 de março de 2011

Águas de março

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Ontem eu vi a Luiza comentar no twitter que já era 1º de março e que logo já estaríamos falando que estamos no fim do ano. Dei RT na hora porque, embora seja um clichê gigante, tenho que repetir que cada ano parece passar mais rápido, minha nossa. O réveillon foi ainda ontem, e pluft, já é março.

Março este que começou com um dia nublado e com um frio chatinho que só. Reflexo de ontem, último dia de fevereiro, que até então estava sendo quente, mas já me fez sair de casa com uma blusa de manga longa e gola. Fininha, mas mesmo assim né..

Hoje já teve uma apresentação de trabalho na faculdade, o primeiro seminário do ano. Foi até uma aula agradável, os temas eram bem interessantes e a professora parece ter gostado muito de tudo o que viu.

Antes havia tido uma aula sonífera de radiojornalismo, e no meio delas, um intervalo em que eu, Nathy e Rhai passamos sentadas na escada comendo nossas coxinhas e fofocando. Sim, comi coxinha às 9h da manhã e não me julguem por isso, já basto eu aturando a minha falta de vergonha na cara. Mas é que se vocês conhecessem a coxinha do nosso laboratório, também cometeriam esse deslize às vezes, hahaha.

Na hora de ir embora, frio. Garoa. No carro, viemos fofocando e rindo das besteiras que o Gustavo cismava em falar. Desci do carro e vim tomando garoa na calçada, porque a preguiça mata e eu só abro meu guarda chuva se estiver caindo o mundo em água, senão é muito empenho pra pouca coisa. Vim andando e pensando no ano, pensei que já era março, e aí não pude deixar de lembrar do querido Tom Jobim e suas águas de março. Água, água mesmo ainda não caiu não, mas pro tempo do fim de fevereiro mudar tanto em simplesmente um dia, já tá confirmado que março veio pra fechar o meu verão, a minha estação preferida do ano, que demora uma eternidade pra chegar e se vai num suspiro. Mas vou me ater então na outra parte da música: é a promessa de vida no teu coração. Não que a vida não estava muito boa até agora, mas já que ele reforça essa promessa no fim do verão, prefiro me agarrar a ela, né. Frio, já que você tem que vir, venha. Calor, te espero de novo em dezembro, porque eu sei que você tarda, mas não falha! E que haja muita vida em todas as temperaturas!