domingo, 22 de fevereiro de 2015

Aquele com a Mônica Iozzi

Deixa eu contar para vocês que eu vim passar uma semana no Rio de Janeiro em um projeto de intercâmbio cultural para conhecer melhor o trabalho dos atores de televisão. Isso, portanto, incluiu passeios ao Projac com direito a fazer figuração em novela.

Eu amo Boogie Oogie. Gosto bastante de Império. Assisto às duas sem perder um capitulozinho sequer – obviamente não dou conta de assistir pela televisão. Vejo no celular, mais tarde, sem propagandas e ó, é uma maravilha. Mas enfim, foquem no detalhe de que eu assisto Boogie Oogie e Império e claramente fui escalada para participar da gravação de… Alto Atral. Eu nunca assisti Alto Astral na minha vida.

Depois de passar vergonha na porta de um dos estúdios sorrindo feito uma idiota para o Caio Blat, vi entrar uma atriz de cabelos curtinhos e óculos escuros que eu não fazia a menor ideia de quem era. De Alto Astral, claro. Quando chamaram os figurantes para subir, o cabelereiro do elenco achou prudente mandar pentearem meu cabelo de novo – e eu acabei perdida na sala de cabelo dos atores, que estava vazia de gente conhecida a não ser pela tal da moça que tinha passado aquela hora lá embaixo. O cabelo curto agora estava cheio de grampos, escondido embaixo de uma touca preta enquanto ela lia texto.

Em 5 minutos deram um jeito no meu cabelo e eu rapidamente saí de lá. Andando dentro do projac sendo alguém de nenhuma importância você aprende que é melhor não olhar para os lados. Acho que se entrar lá de novo, levo um cabresto. Olhar para o lado só faz sofrer: ai de ti se um fiscal te pega pedindo pra tirar foto com um ator. É praticamente um crime de pena máxima. Esbarrei com Rodrigo Simas e levei um susto tão grande que enquanto ele arregalava o olho pra mim eu bati cabelo e fiz a fina: desfilei pelo corredor com jeito de “nem ligo” enquanto só conseguia pensar que cacete eu esbarrei no Rodrigo Simas e ele tava com roupa de Boogie Oogie, tava indo gravar, Jesus.

Entrei no estúdio e fiquei ali, com cara de encantada, sem saber o que olhava primeiro. Juro que os cenários são coisas de louco, nunca mais vou conseguir ver novela da mesma forma – não que não fossem como eu imaginava, mas imaginar é diferente de ter certeza.

Enquanto eu babava no que via à minha volta, os atores das cinco cenas que seriam gravadas começaram a entrar. Gente, a Giovanna Lancelotti é ainda mais bonita pessoalmente. Ela e o Leopoldo Pacheco começaram a ensaiar a cena deles e nisso entra, feliz da vida, de peruca, óculos fundo de garrafa e super simpática, a tal da atriz-de-cabelo-curto-e-óculos-escuros lá do começo.

Olhou pro nosso grupo e disse: “oi gente, boa tarde” e eu disse: “oi!”. Assisti às cenas dela e dei boas risadas. “Essa mulher é boa”, pensei. Ao fim da gravação, como ela tinha sido simpática no início, uma de minhas colegas achou que seria ok cutucá-la no ombro e dizer: “Mônica, você é incrível, eu amo muito o seu trabalho!”. Eu estava logo atrás e vi a tal da Mônica Who sorrir de verdade, agradecer à minha colega e dar um abraço simpático nela. “Gente, que fofa, que simpática”, – pensei, mas segui a fundo na minha política de não tietar quem eu não faço ideia de quem é. A proximidade facilita muito a ideia de ser poser, mas até que foi tranquilo evitar. A tal da Mônica Who era engraçada mesmo, pela cena que vi. Se assistisse à novela, saberia que ela era boa mesmo e quem sabe me daria o direito de elogiar e dar um abraço também (?). Mas não fazia ideia de quem ela era. Nem sobrenome a tal da menina tinha até então. E era melhor que continuasse não tendo.

Pausa. No caminho até a saída, depois do fim das gravações, passamos pela Bianca Bin, vestida de Vitória, com um texto na mão, sendo transportada para a cidade cenográfica em um daqueles carrinhos de golfe. Não consigo esquecer esse segundo desde então. Foi duro sair pela portinha dos figurantes morrendo de vontade estar no lugar dela. Não ao invés dela, claro. Mas ali também. Despausa.

Mais tarde, no hotel, fomos compartilhar as experiências com os que tinham gravado outras coisas, até que a Bia, a colega que abraçou a Mônica mais cedo, foi contar a história de novo e comentou, pela primeira vez, que não conseguia lembrar o sobrenome. Até então eu já estava quase pensando que a pobre da moça era Mônica e apenas isso, porque a possibilidade de um sobrenome sequer havia sido citada até então. E tudo estaria melhor assim, eu estaria de consciência e alma limpas por não ter aproveitado a oportunidade e elogiar e abraçar a tal da Mônica que eu não sabia quem era, mas aí uma outra colega disse, serenamente: “Iozzi, o sobrenome. Mônica Iozzi”.

Mônica Iozzi. MÔNICA IOZZI. Claro. Era ela. De peruca, de óculos fundo de garrafa, tinha tempo que eu não via, mas ERA ELA. Eu nunca vi Alto Atral, eu nem sabia que a Mônica Iozzi tinha virado atriz na globo, mas eu era fãzoca dela no CQC. Se alguém me perguntasse que jornalista de televisão eu sonhava em ser, eu nunca responderia Fátima Bernardes. Responderia Mônica Iozzi. Sempre achei que essa mulher era fantástica. E passei pelo menos 2 horas no mesmo estúdio que ela. Com ela na minha frente. Me cumprimentando simpática. Vendo minha colega elogiá-la e abraçá-la sem ter aproveitado a chance.

Deslizei na cadeira do restaurante quando ouvi o sobrenome anteriormente desconhecido. Fui parar quase no chão. Iozzi. Era Mônica Iozzi. Era Mônica Iozzi o tempo todinho. E eu não fazia a menor ideia de que estava “cara-a-cara com um ídolo”. Muito prazer, meu nome é Ana Luísa Bussular Marques e eu como moscas desde 1992.

IMG_2559Mônica, cê arrasa, nega. <3

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Das epifanias

Vocês sabem que dificilmente eu gosto de uma música na primeira vez que escuto, vide os dois posts completamente controversos que fiz sobre 1989 né. Então. Agora devo prolongar a história dizendo que, mesmo depois de passar a amar o álbum num conjunto, sempre sobram aquelas musiquinhas, geralmente as do meio pro fim, que ficam no maior estilo ~bombom fim de caixa~. Demorou pouco tempo para que eu me apaixonasse por New Romantics, até porque, ‘cause baby I could build a castle out of all the bricks they through in me não deixa margem para muita coisa além do amor.

Mesmo assim, confesso que garrei uma birra enorme com Wonderland e You are in love. Acontece que mesmo quando eu garro birra eu continuo escutando, pra ver se o negócio deslancha (e porque tenho toc mesmo, se resolvo ouvir o cd inteiro não fico pulando músicas, enfim). E foi justamente ontem, por um acaso do destino, que Wonderland me pegou.

Terminei meu banho e continuei pelo banheiro, pendurando toalha e ajeitando o cabelo enquanto o final da música tocava e foi no meu caminho até a área para pôr a roupa no cesto (#detalhes) que a letra ecoou nos meus ouvidos pela primeira vez: life was never worse but never better.

E desde então essa frase, tão clichê, coitada, não parou de ecoar na minha cabeça. Porque, gente, se vocês já estão nessa fase deliciosamente horrível entre os 20 e os 30 vocês sabem muito bem que a vida nunca foi pior, mas nunca foi melhor também.

Eu e minhas amigas, embarcadas nessa fase, não poderíamos estar melhor representadas por Wonderland. Vivemos chorando pitangas sobre confusões de identidade, paixões mal resolvidas, saudade, nostalgia e os dramas da vida adulta. Mas basta uma oportunidade para que joguemos, mesmo que por pouco tempo, tudo para o alto, embarquemos para o Rio de Janeiro e fiquemos muito ocupadas dançando para dar ouvidos para a parte chata do mundo.

Essa fase onde a gente já é adulto, mas não é, realmente não tem como ser pior – e nem melhor. Porque é bem nessa fase, mesmo que no meio dos enroscos, que a gente pode se dar ao luxo de fazer o que nossas próprias perninhas querem e começamos a entender que, realmente, the best people in life are free – e que nós somos essas pessoas.

taytay

No fim das contas estamos todas enfiadas até o talo no país das maravihas e, repito, a vida nunca foi pior. Mas nunca foi melhor também.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Minha história em dez músicas

Aqui vamos nós na nossa velha lenga-lenga do “quem não tem texto posta meme mesmo”. Juntando a fome com a vontade de comer, a Anna indicou esse meme aqui pra Máfia inteira e aqui estou eu cumprindo minha tarefa como se deve. Ou pelo menos quase.

A proposta é listar dez músicas, relacionando-as com algumas categorias que, aparentemente definam a sua vida. Vou evitar pensar demais porque senão esse post sai só em 2020, então vamos lá.

1. Uma música que te lembre um momento bom


Tempo perdido. Momento bom, pra mim, é momento infinito. Aqueles em que você é tão dona da felicidade que não gostaria de estar em nenhum outro lugar, em nenhum outro momento. Pensei, obviamente, em tudo o que se faz muito bem acompanhada. Me vieram momentos de bagunça em família e farra com os amigos. Quanto aos beijos, só consegui lembrar da música que tocava quando eles foram ruins. Quando foram ótimos, a música virou um plano de fundo não muito expressivo. Fiquei, então, com os momentos que vivi com as amigas. E juro pra vocês que poucas coisas são tão infinitas quanto cantar Legião Urbana  na Avenida Paulista enquanto o sol se põe. Ali o mundo era meu – ou melhor, nosso.

2. Uma música que defina a sua vida


Oitavo andar. Vamos com calma que a p**a ficou séria aqui e eu achei um abuso essa pergunta assim, na segunda posição, sem preliminar nenhuma. Achei que a bomba ia ficar para o final e não me preparei. Enfim, escolhi o subjetivo do subjetivo, vale? Retirem a parte da história de amor intrínseca na música e foquemos na metáfora de que eu, a princípio, encaro tudo com exagero e penso milhares de absurdos – até que consigo focar minha cabeça, meditar internamente, pensar com calma e lembrar que uma torta de amora (ainda) é uma opção melhor do que pular a janela.

3. Uma música que te faz dançar na balada


Dark Horse. Pela dificuldade em escolher acabei ficando com uma mais recente que ainda não tive a oportunidade de dançar mais de 2 vezes. Olha, tenho que dizer que Katy mandou bem demais nessa música e que só a batida dela me faz fechar o olho e me preparar para gritar o refrão enquanto desafio o mundo a vir brincar com a mágica.

4. Uma música que foi tema de algum relacionamento


Altar particular. Na falta de um relacionamento significativo (rs) vamos dos platônicos que rendem tantas (ou mais) músicas que os reais. Foi num contexto onde essa música vivia tocando que acabei me apaixonando por um sorriso que, para variar, se apaixonou pelo sorriso de outra. De qualquer forma, toda hora que lembro dessa música o coração dá aquele aperto que diz “mas e se tivesse…”. Filho, tu devia ter tomado tento com meu coração.

5. Uma música que sempre te faz chorar


Someone like you. Não sou de chorar com livro nem com filme, cês imaginem então com músicas. De qualquer forma, sei que na primeira batida dessa o meu olho enche. Escutar Adele, uma mulher maravilhosa dessa, engolir a dor e bancar a resignada ao cantar, com toda a classe do mundo, que deseja o melhor para os pombinhos (uma daquelas mentiras deslavadas que a gente insiste em contar sempre), faz qualquer um que tenha um coração no peito se arrepiar um bocado.

6. Uma música que seria toque do seu celular

Welcome to New York. Vai sem vídeo, infelizmente, porque ainda não tem no YT nada oficial. Então, gente. eu não curto essa história de música como toque de celular. Muito menos como despertador (já fui amadora a ponto de tentar e não deu em coisa boa. Não consigo ouvir “Here comes the sun” sem entrar num estado de adrenalina. É batata: o primeiro acorde da música toca e eu começo a pensar que estou atrasada). Depois desse trauma, jamais cometerei o mesmo erro. De qualquer forma, SE, e eu repito SE um dia eu fosse fazer isso sem correr risco de desgostar da música, iria de WTNY porque amo a batidinha inicial dessa música. O problema é que eu ia querer continuar ouvindo e não  ia atender o telefone jamais.

7. Uma música que você gostaria de tatuar



A Thousand Years. Ai gente, vou falar de uma música que tá tatuada na minha alma, tá? Não tem nenhuma que me dê vontade tatuar na pele. Vou de Christina Perri porque se tem uma coisa que eu faço incansavelmente nessa vida, essa coisa é morrer todos os dias esperando por alguém que eu já amo a mil anos e amarei por mil anos mais. Pensando bem essa seria uma boa resposta pra 2 também. Mas tô respondendo esse meme há mais de 3 horas e tô de saco cheio já, vai isso mesmo.

8. Uma música que te deixa com vontade de ficar com alguém


Gone, Gone, Gone. Acho essa música tão gostosinha e tão a cara do amor recíproco! Além disso, toda vez que ouço lembro das cenas de “Amazing Spider Man 2” com o Andrew e a Emma apaixonados, e, apenas amor, amor, amor e mais vontade de amor.

9. Gente esse meme não acaba Uma música em que você está viciada agora


Back to december. Sou faísca atrasada mesmo, tenho 1231 músicas da Tay no meu IPod e só fui descobrir essa, que é das velhas, no finzinho do ano passado. Passei um dia inteiro escutando no repeat e toda hora tenho vontade de escutar “só mais uma vez”.

10. Uma música que faz as pessoas lembrarem de você


Os outros. Deixa eu contar uma anedota pra vocês. Eu tô irritadíssima com esse meme interminável que sentei pra responder há horas e não consigo terminar. Tá mais difícil que prova de física esse trem, de forma que achei justo pedir uma colinha pra amiga que tá sentada na mesa da frente e ela me deu o caminho das pedras. Minhas amigas lembram de mim quando escutam “Os outros”, e é porque depois de mim na vida delas os outros serão os outros e só e não porque eu cantei um solo dessa música no meu musical que elas vieram assistir, tá? 

ACABOU O MEME!!! 
ESSE MOMENTO MERECE ATÉ UMA MÚSICA DE BRINDE SÓ PRA COMEMORARMOS COMO SE DEVE.


We are the champions of the world

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Onze

Quando meu primeiro afilhado nasceu eu tinha 12 anos e estava completamente deslumbrada com o cargo de madrinha. Achava que isso me dava o direito de segurar o neném a hora que eu quisesse sem ter que sentar no sofá e pedir para alguém colocar ele no meu colo. “Eu sou madrinha dele, não priminha. Eu sei segurar.” Eu me achava muito grande, aos 12 anos, e me levava super a sério.

Imaginava que quando aquele bebê crescesse e tivesse a idade que eu tinha quando ele nasceu, eu seria uma adulta super descolada, bem resolvida e possivelmente teria um filho meu no colo já (risos).

Muito mais rápido do que eu imaginava o que era apenas um futuro distante chegou.  Foi assim, juro, num piscar de olhos. Ou: in a blink of an eye porque acho que essa expressão fica muito mais poética em inglês, cês me respeitem.

Diego está fazendo onze anos hoje. Onze. E eu já reparei que tenho mania de repetir o número sempre que falo da idade de alguém, mas é que a passagem do tempo me deixa meio abestada mesmo.

Sabe quando um bebê se aninha em você, pede colo, e você fica imaginando ele, pré adolescente, te empurrando quando você tenta esmaga-lo um pouquinho? Então. Foi mais ou menos isso que aconteceu: minhas previsões de futuro para a minha pessoa não estão nem perto de serem verdadeiras (não sou descolada, nem tenho filho, nem estou próxima de ter um e muito menos sou adulta), mas as previsões que eu fazia sobre o neném que eu apertava, essas sim.

Hoje ele já está quase do meu tamanho, me chama de Ana Luísa porque tem VERGONHA de me chamar de dinda e me dá abraços bem rapidinhos quando me cumprimenta, afinal de contas, tem muito mais coisa pra fazer. 

No dia de hoje eu desejo o que desejei todos os dias desde que ele ainda estava na barriga da mãe dele: que ele tenha muita saúde e luz na vida para correr atrás da própria felicidade, e que tenha uma alma linda, dessas capazes de fazer bem para o mundo. O mundo precisa anda precisando muito de gente com alma boa.

O adendo desse ano é um desejo mais específico para essa idade tão importante; um que me deixa com o coração ansioso e fazendo figuinha: amor, não falei com você hoje ainda mas estou aqui torcendo com todas as minhas forças que você tenha recebido a carta de Hogwarts à meia-noite dos seus onze anos, bem direitinho como manda o protocolo. Eu não tive essa sorte, mas você teve, aposto. Se tiverem permitindo o dia da visita cê me leva? 

É LeviÔsa, não LeviosÁ

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Sandy & Junior Book Tag

E então que a menina do Doces Rodopios voltou à vida e já colocou também o canal para funcionar, criando uma TAG novinha em folha (e deliciosa) e me indicando para responder. Como não brinco em serviço, tratei de gravar rapidinho e aqui está para vocês. Ah, no vídeo eu esqueci de indicar, então vai aqui mesmo: Paloma, Milena e Xará, a bola é de vocês e eu não aceito não como resposta. Ah, sim: Ana, você não é de gravar vídeos, mas se quiser responder, mesmo em forma de texto, vou adorar!