quinta-feira, 30 de agosto de 2012

#VentoinhaDay

Hoje é aniversário da criatura capixaba que eu encontrei pela internet! Sim, fui nascer em Vitória e conhecer a pessoa depois que já morava em Curitiba. Coisas do destino! O que importa é que eu conheci!

Rafaela tem 18 anos hoje. 18 anos, 45% de juízo, 100% de vozeirão. Rafaela. Rafaela que tenta esconder a menina doce que existe por trás da cara de séria e da voz de pessoa totalmente madura. Rafaela, cheia de ídolos, viciada em vampiros, que escreve um blog delicioso (pausa para o merchan) e que aprendeu rapidinho que toda vez que eu saio pra bater perna com alguém eu vou precisar parar pra tomar um sorvete!

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Rafaela que eu conheci em janeiro e chegou toda tímida, mal abrindo a boca. Eu, tagarela que sou, praticamente tive que sustentar no fôlego a primeira hora de conversa, até que a menina resolveu mostrar a que veio! Cheia de histórias, viagens e paixões, o pano deu manga pra milk shakes e batatinhas além do sorvete! E ainda vai dar pra muita coisa nessa vida!

Amiga, feliz aniversário! Te desejo tudo de bom nessa vida, e um pouco mais de juízo, pelo amor de Deus (eu, no cargo de amiga mais velha tenho a obrigação de recomendar juízo, gente). Ainda vamos tomar muitos sorvetes, eu vou te dar um milhão de broncas, nós vamos rir escandalosamente em lugares públicos, e cantar Legião Urbana no Karaokê! Te amo!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Histórias de Jacuzzi

A casa dos meus avós de Baixo Guandu sempre foi um parque de diversões. Varanda gigante, banhos de banheira, muitos primos, bicicletas, patins e patinetes. A gente armava aquela piscina de plástico de mil litros tudo trabalhado no luxo e se divertia horrores.

Já o apartamento dos meus avós de Vitória sempre seguiu mais a linha Museu. Eu e Helena somos as únicas netas. Enquanto na casa dos avós do Guandu todo mundo briga por um espacinho no mural de fotos, na casa dos avós de Vitória tem fotos minha e de Helena espalhadas pela casa inteira. Tem um sofá vermelho que minha vó adorava de paixão, um quadro do Preto Velho (?) e umas samambaias penduradas. E nada, nada, jamais, saiu do lugar. Eu tenho 20 anos e acho que as únicas coisas que mudaram naquele apartamento foram a cadeira de balanço e as televisões, que mudaram de cômodo. Fim.

Acontece que todo museu tem sua porcentagem de diversão. E no apartamento deles tinha uma máquina de escrever, um autorama velho de papai, e ela. A Jacuzzi. A Jacuzzi retangular e comprida, no meio do banheiro social. A Jacuzzi que eu e Helena mal podíamos chegar lá e já começávamos a ronronar na perna de vovó, feito duas gatinhas mimadas miando, até olhar com a maior cara de pidonas do mundo e bradar: –Vó… a gente pode tomar banho de banheira?

Claro que podia. Dona Aparecida podia se fazer de difícil nos primeiros 3 pedidos, mas nunca se fazia de rogada por muito tempo, e rapidinho estaria no fogão esquentando água. Sim, porque desde que me entendo por gente o aquecedor da banheira está quebrado. Ninguém nunca consertou aquele troço. E lá ia vovó, esquentar barriga no fogão para colocar água quentinha na banheira. E era sempre a mesma história.

Ela ligava a torneira fria, temperava com a água quente, pingava algumas gotas de óleo pra fazer espuma e fazia que ia levar embora pra gente não colocar mais e fazer bagunça. A gente sempre fazia cara de santa, pedia pra ela deixar ali apenas para casos de emergência (vai que a espuma toda some, vó?) e era só ela virar as costas que a gente virava meio litro de óleo na banheira e pronto. Nos transformávamos nas abomináveis meninas das neves. Nós e o banheiro. Tudo embaixo de espuma. E ficávamos horas ali. A glória era quando papai entrava junto! Como era gostoso brincar naquela banheira!

O apartamento continua lá, a banheira também. Vovó, infelizmente, não. Mas fica o amor e ficam as histórias. As duas mais engraçadas, obviamente, foram sobre o dia em que eu resolvi mergulhar na banheira achando que estava no próprio Oceano Atlântico. Dei com o supercílio no “chão” da banheira. Abriu e começou a sangrar. Só tinha homem em casa. Calculem 3 homens desesperados, uma criança sangrando e a mais nova sozinha na banheira. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos, e quando mamãe e vovó chegaram eu já estava com remédio e gelo no machucado, nem sangue saía mais, e papai se sentia orgulhosíssimo de seu papel como consolador de filha & enfermeiro. A segunda vez engraçada foi o dia que o aquecedor da banheira explodiu. Sim, aquele troço nem funcionava, mas resolveu explodir no meio de um banho nosso. Foi um barulho absurdo, vovó e vovô saíram correndo, o banheiro ficou todo preto e cheio de fumaça, mas nós, graças a Deus, terminamos a aventura sem nenhum arranhão.

E eu resolvi lembrar de tudo isso hoje porque eu e a Anna Vitória estávamos dissertando no FaceChat sobre como todos deveriam ter banheira em casa. Porque banhos são momentos tão nossos, não? Eu adoro entrar de cabeça no chuveiro e me desligar do mundo. E uma banheira certamente me deixaria com um bocado de peso na consciência a menos, porque eu estaria imersa em água parada ao invés de estar vendo toda aquela água se esvair do chuveiro para o ralo enquanto eu canto a música do dia pela 10ª vez, ainda antes de ter tido coragem de passar o shampoo. Uma banheira me faria muito bem no fim de um dia. Eu apagaria as luzes, acenderia um incenso, ligaria uma música baixinha e provavelmente morreria afogada, porque acabaria dormindo durante o processo e viveria todo um momento de relaxamento em meio a água quente e sais de banho. (Pois sim. Pelo menos na primeira semana. Porque na segunda eu certamente nem lembraria da pobre da banheira).

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Se o telefone for pra mim, pode dizer que eu morri

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Siga aquela flor amarela

A flor amarela foi aquela que nasceu bem no meio de um jardim. No meio de um jardim metade florido, metade não. Ela uniu em suas pétalas a emoção de ser a primeira com a felicidade de já ter muitos esperando. Ela nasceu carregada de vida. De vida que precisa ser espalhada.

A flor amarela não tem medo de amar. Ela entrega seus brilhos e o calor de suas pétalas a quem estiver disposto a receber sua energia. Mas ela é um ser vivo. Um ser vivo que vive. E erra. Que fecha o miolinho quando está de mau-humor. Ela sabe que esse peso é desnecessário na sua bela vidinha de flor, mas ainda não consegue se dominar por inteiro. Quem consegue? – ela se pergunta.

A flor amarela sorri e chora com toda a força de seu coração. Ela se alegra demais e sofre demais. Intensidade é uma palavra chave em sua existência. Ela tem medo disso em muitas vezes. Mas é seu jeitinho. Já aprendeu que cada um tem o seu. Dentro do jardim, as flores apenas parecem iguais. Mas não são!

A flor amarela tenta ser poesia pura, mas muitas vezes se reflete toda em prosa. Tem nada não! Toda a literatura junta é que faz sua vida bailar pela grama da forma que baila e saltitar pela relva da forma que saltita.

A flor amarela acredita no seu jardim. Acredita na sua casa. Acredita nas outras flores. Ah, ela acredita, pura e simplesmente, com toda a força de sua raiz. Ah, sim! Ela ama suas raízes! Mas jamais deixará que elas se sobressaiam sobre suas asas. Sim, as asas. Aquelas que não ficam à mostra nem no miolo, nem nas folhas, nem nas pétalas. As asas são aquelas que ficam no coração da flor. E que às vezes todos acham ser inexistentes. Mas não. As asas estão ali, e são tão importantes quanto as raízes. E raízes e asas caminham juntas. Porque a flor amarela sabe que você deve querer voar, mas nunca deve se esquecer do lugar de onde saiu. É pra esse lugar que o coração sempre volta.

A flor amarela é puro amor, energia e intensidade! Loucura, poderiam dizer as rosas, tulipas e violetas. E no fim das contas, ela tenta nem se importar. Pois tem a verdade sobre si guardada no coração e exposta no brilho de seus olhos. Ela não se esconde: Está simplesmente aí. Pra quem tiver a sinceridade de querer descobrí-la. Se tiver, siga.

Siga aquela flor amarela.

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“E que sua loucura seja perdoada!
Pois metade dela é amor.
E a outra metade…
também!”

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Lua de Cristal

“Tudo pode ser. Se quiser, será. O sonho sempre vem pra quem sonhar.”

Eu poderia tentar resumir esse final de semana em muitas frases, mas não vejo como não usar essa. Porque é nela que eu penso o tempo todo, desde quando o encontro foi oficialmente marcado e faltavam longos 89 dias, até hoje, quando tudo passou e eu estou sentada na frente do computador esperando minha ficha cair.

Eu sonhei quando sonhei com cada uma de vocês. Sonhei quando escutei a voz de cada uma no Skype. Sonhei quando recebi mensagens de texto. Sonhei em cada troca de confidências e sonhei quando digo pra quem quer ouvir que vocês são grandes amigas. Sonhei com cada abraço. E hoje isso é real.

É real porque o sonho vem pra quem sonha! É real porque a gente fez o sonho acontecer. Sei que é real porque esse final de semana foi intenso demais, e porque hoje eu estou com o cheiro do perfume no pulso, com o coração dolorido de saudade, tem um bóton na minha bolsa e eu estou rouca e falando com uma mistura de sotaques engraçadíssima.

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É real porque agora eu tenho fotos. Fotos que eu não canso de ver. É real porque agora mais do que nunca, eu leio o que vocês escrevem ouvindo vozes e vendo expressões faciais. É real porque eu olho para as fotos de perfil e fico esperando que elas se mexam.

São Paulo nos recebeu com um dois dias maravilhosos de sol e céu azul em pleno agosto. Nos abraçamos, rimos, trocamos lembrancinhas, tomamos guaraná Jesus, fizemos compras juntas, fizemos fervo no shopping, andamos muito de metrô e andamos a Avenida Paulista quase inteira cantando, todas abraçadas, de Legião a Kelly Key!

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Sabe aquela coisa de se sentir completa e não querer estar em nenhum outro lugar, em nenhum outro momento? Então. Eu adoro sentir isso. Sempre sinto quando estou com a minha família. E sempre sinto quando percebo que achei mais uma família. Adoro achar casas novas.

Tudo pareceu um sonho. Mas eu sei que é real. Sei que é real porque agora, além de todo o carinho e da amizade enorme, existe um enorme buraco de saudade no meu peito. Mas.. como disse a nossa sábia gênia Little Pônei, vamos assumir que a saudade seja um preço razoável a se pagar pelos momentos maravilhosos que vivemos. E prometemos a nós mesmas: Foram só os primeiros.

Agora a gente volta pra nossa casa. Pra nossa máfia. Que sempre foi e sempre vai ser o nosso lugar. Onde estamos sempre juntas, mesmo que milhas e milhas nos separem. Porque longe é um lugar que não existe. E de onde quer que estejamos, e isso é fato, todas sempre vemos a mesma lua.

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“Todos somos um. E juntos não existe mal nenhum”

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sobre o que é ser para sempre.

“Sempre: Advérbio de tempo”, bradariam os gramáticos se eles tivessem sido convidados a pitaquear no meu post. “Sempre: Advérbio de intensidade”, brado eu, na minha humilde insignificância.

Sim. De intensidade. Gente, SEMPRE é tempo demais. Portanto, é uma quantidade de tempo que nem existe, venhamos e convenhamos. Por isso as pessoas tem mania de dizer por aí que “O pra sempre sempre acaba” e transformar em uma das grandes leis do Universo. Não, gente. O pra sempre não acaba, porque ele é pra sempre. Acontece que vocês encaram tudo da forma errada, e aqui quem fala é Ana Luísa, a dona da verdade Universal, porque aqui no meu blog apito eu. Mas eu vou me justificar. Prossigam na leitura.

Repito: SEMPRE não é tempo. É intensidade. E é por isso que quem diz que ama para sempre não está mentindo. Ninguém tem como prometer que vai amar por 1 ano ou 10. E isso não é falta de romantismo, porque, gente, eu sou a última das românticas. Isso é só uma dose de realidade. Uma coisa é certa: Nunca sabemos o dia de amanhã. Um belo dia você pode acordar e descobrir que está casada com um assassino em potencial, ou pode descobrir que seu namorado fica com chulé em todas as primeiras quinta-feiras do mês, e simplesmente não amar mais. E não, eu não estou aqui para problematizar amor, porque amor é complicado demais. Estou aqui para falar de SEMPRE, o advérbio. De Intensidade.

Porque quando se ama PARA SEMPRE não se ama por 5 minutos, nem por 100 anos. Simplesmente se ama o máximo que se pode amar. Se ama aquele amor de explodir o peito. Se ama TANTO, que somente amar não é o bastante. Se ama para sempre! Naquele momento. Mas para sempre. Vinícius já disse, afinal: “Que seja eterno enquanto dure”. Porque é isso, gente. Ser eterno enquanto durar é intensidade pura. É amar tanto que o amor não cabe em 1 dia, nem em 2, precisa ser pra sempre pra caber. Mas isso não significa que no dia seguinte ele não tenha desaparecido. Eu juro que não vim até aqui para pregar a bipolaridade no amor, viu? Deus me livre. Eu também sonho com um amor pra vida toda. Só estou querendo dizer que o pobre do PARA SEMPRE não significa exatamente o que as pessoas acham que ele significa.

Sendo assim, o para sempre realmente não acaba. Porque tudo é para sempre. Cada minuto é eterno. Eu estou aqui agora, curtindo os primeiros minutos da quinta-feira 16 de agosto, digitando um texto todo trabalhado na mais pura filosofia barata e ouvindo a música de Amélie Poulain no Repeat. Pronto. Isso é para sempre. Os anos vão se passar e o mundo vai girar, mas o fato é que para sempre eu estarei fazendo exatamente isso, nessa exata hora e nesse exato contexto. Tudo é para sempre no tempo-espaço em que ocorre. E isso é intensidade. E não tempo.

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Para Sempre existe sim. E tudo é eterno. Enquanto durar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

“Mais amor no mundo”, o mantra.

Se tem uma coisa que me deixa profundamente magoada nessa vida é gente que tem prazer em ser cruel. Em se “preocupar” demais em cuidar da vida dos outros, twittar sobre a vida dos outros, julgar a vida dos outros. É o desamor gratuito, sabe assim?

Como disse a Tary: “A vida é como uma festa de aniversário. Infelizmente não dá pra convidar só gente legal”. Por quê, né? Gente que você nem percebe que está ali, e de repente é obrigado a começar a perceber que a pessoa da importância demais para o que você faz ou deixa de fazer na SUA vida. Sobre o que você SONHA ou deixa de sonhar. Sobre o que você É ou deixa de ser.

Engraçado que, aparentemente, minha vida não é nem um pouco interessante de ser vivida, mas extremamente interessante de virar pauta de assunto de pessoas que não deviam ter absolutamente nada a ver com isso, né? Tipo assim, acabou o assunto? Fale do jardim. Da grama que está crescendo. Do pólen que está sendo carregado pela abelhinha. Mas deixem a minha pacata e desinteressante existência longe das más energias. Eu, sinceramente, estou bem longe de precisar do amor de vocês! Isso graças a Deus eu já tenho, e muito! Só que o mundo também não precisa da plena expressão desse desamor.

Sério, que preguiça. Numa dessas eu encarno a Mafalda totalmente e tenho vontade de gritar pro mundo se salvar das pessoas. Tem muita coisa errada nesse mundo, gente. Já tem coisa demais dando errado pras pessoas saírem por aí colocando ainda mais energia negativa em tudo. Tenho muita falta de paciência pra desamor gratuito. Não querem jogar coisa boa no mundo? Não joguem nada. Querem insistir em jogar desamor? Se preocupem não! A Lei da ação e reação tá aí pra isso. Tudo o que vai, volta. E três vezes.

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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

E no dia de hoje, meu coração bateu por você.

Eu acabei dando uma de afoita, postando sobre as olimpíadas antes da hora e chorando minhas mágoas pela Victoria Komova, que nem brasileira é. Pois se a russa pequeninha conseguiu ganhar meu coração, tente imaginar o que você não fez comigo hoje.

Eu conheci você no primeiro sábado olímpico. Lá, naquela classificatória, naquele sábado de manhã. Eu nunca tinha sequer ouvido falar em teu nome. Mas sentei na TV pra ver ginástica, pra ver Brasil. Diego caiu, Sasaki estava mandando bem, e eu comecei a ouvir umas conversinhas dos apresentadores dizendo que você era tipo o Ás das argolas. Me encantei com teu sorrisinho e com tua prova. Que perfeição, que força, que garra. Ganhou um 4º lugar, se classificou com honras, e eu passei dias torcendo para que, quando a final chegasse, pelo menos um dos 3 primeiros fizesse alguma burrada que te presenteasse com a medalha de bronze. Como fui tola.

Fui tola. Porque ao invés de acreditar nos erros dos outros, tinha que ter acreditado, desde sempre, nos teus acertos. Fui pra faculdade hoje de manhã, pra falar a verdade, nem sei porque. Devia ter sentado no sofá com um balde de pipocas, isso sim. Mas não. Fui leviana a ponto de ir pra faculdade em plena final olímpica. Sei que antes do professor iniciar a discussão de um texto e de eu resolver fechar o notebook, deu tempo da minha amiga me avisar no twitter que estava na hora de você competir. Eu não sabia que você era o último. E nem o que aquela frase dela significaria em poucos segundos.

Pois no minuto seguinte, onde meu celular tremeu avisando que tinha twitt novo, eu só consegui ler, no caps lock animado da VanVan que você era ouro. Ouro, meu amor! Você é ouro! Não me cabia em mim dentro da sala de aula. Comecei a contar pros amigos, mandar mensagem pro pai, quicar na cadeira amaldiçoando até a minha décima geração por não ter matado aula pra confiar mais em você. Ah, sim. Naquele minuto que eu vi a palavra OURO na tela do meu celular, eu tive certeza: Nenhum dos 3 errou. Foi você que acertou tudo.

Cheguei em casa e fui aflita pra frente da televisão, louca pra SPORTV estar de bom humor e passar o VT. E eles passaram. Um milhão de vezes. E cada vez que eu via a repetição da sua prova eu chorava. E via seu sorriso em câmera lenta olhando a nota, e chorava. E escutei o hino chorando, enquanto você exibia o sorriso mais encantador das olimpíadas com aquela medalha linda no pescoço. Você sorria com o coração a mil, e eu chorava aqui, com um orgulho enorme de você.

Você acertou tudo. Sem ninguém precisar errar. A nota mais alta da competição foi tua, porque você mereceu. A medalha dourada foi tua, porque você mereceu cada quilate dela. A glória é toda tua, porque você lutou cada minuto por isso. Os sorrisos são todos seus, porque você merece cada um deles. E as lágrimas, ah, essas são minhas. E de muitos outros brasileiros. Porque hoje você nos deu um presente que dinheiro nenhum poderia comprar.

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Obrigada, Arthur. Hoje o meu coração bateu o dia inteirinho dedicado a você.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Arroz-chorão-de-olimpíadas.

Porque a Anna Vitória me apareceu com esse post, e eu, que já tinha certeza que precisava escrever alguma coisa, me senti ainda mais na obrigação de. Porque em meio aos jogos olímpicos, eu viro um ser completamente diferente do meu normal.

Como a Anna mesmo disse no post dela, eu sou daquelas que fica falando de esporte no twitter o dia todo, que narra o jogo inteiro, me metendo à besta. Sou eu que ligo a TV despretensiosamente e de repente entendo tudo de badminton, sem nunca ter assistido uma partida na minha vida. Sou eu que viro madrugada pra ver ginástica olímpica, e acabo ajoelhada na cama chorando. Sim. Essa é a minha mais recente descoberta.

Eu. Eu, que dificilmente choro com filmes, livros e novelas, descobri o meu lado manteiga derretida: As olimpíadas. Deve ser pelo menos motivo que o Amazing Spider Man me detonou de jeito: Humanos.

Eu vejo uma final, e vou chorar. Vou chorar se o Brasil perder, ou se ganhar. Assisto um vôlei e prendo a respiração se chegarmos a um Tie-Brake. Me arrepio assistindo uma competição de natação de 50m, porque é tudo muito rápido e antes de eu descobrir quem é quem já acabou. Agora. Quando chega a tal da ginástica artística eu saio completamente do prumo

Primeiro porque aquilo ali era o sonho da minha vida, e eu daria muita coisa para estar no lugar delas, mesmo com pescoções, mãos enormes e esquisitas, e um tamanho de anãozinho que não é muito diferente do meu. Eu acho que em outra vida eu devo ter sido ginasta, porque eu amo aquilo além do que eu possa explicar. Como as brasileiras não sobraram vivas pra nenhuma final, eu fui assistir pra ver o show mesmo. Porque as americanas fazem aquilo TÃO bem, que eu choro enquanto assisto, porque acho lindo demais pra ser verdade. E aí quando elas ganharam a final por equipes eu chorei junto com elas, pela alegria delas, pelos abraços, pela sensação de ter 17 anos e ter uma medalha de ouro pendurada no pescoço. E chorei também com as russas, que ficaram com a segunda posição. Chorei com a Victoria Komova, que fez besteira na hora de descer da trave. Chorei com olhar da menininha, que, mesmo com 16/17, parece que tem 14/15.

Ontem foi a final individual geral, e eu tinha certeza que só ia dar americana. Pausa para xingar o Cielo que acabou de ficar com bronze aqui. Acontece que a Alexandra começou a fazer bobeira, e a competição ficou entre Gabrielle e Victoria. E foi extremamente pau-a-pau. Victoria fez uma prova nas paralelas que não tinha ninguém pra bater. Chorei quando ela desceu de lá realizada. Chorei quando ela abraçou a técnica. Fomos para a trave, e foi a vez de Gabrielle, que brilhou muito. Chorei com a Alyia que caiu da trave, e chorei com Victoria porque a nota dela foi menor que a de Gabrielle. E então elas foram para o solo. Gabrielle fez um solo lindo, mas Victoria brilhou ainda mais. Chorei de orgulho da menininha, porque a apresentação dela foi impecável.

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Victoria e Alyia (russas) esperando a última nota

A nota dela foi maior, mas ainda assim, no quadro geral, ela ficou atrás de Gabrielle. E então eu chorei lágrimas de sangue pela minha russa queridinha, porque pra mim o ouro tinha que ser dela. Ameacei um ódio de Gabrielle, mas aí ela subiu sorrindo tanto em cima do tablado para comemorar, que eu chorei de emoção com ela também. E imaginei a sensação de ter 17 anos e colocar uma medalha de ouro olímpica no pescoço.

Stalker profissional que sou, achei a equipe americana inteira no twitter e estou seguindo todas elas. Chorei quando vi que Jorgin Wieber, a melhor do mundo, que também de 17 anos, quase desmaiou de emoção ao ver que Justin Bieber começou a seguí-la. Ah, gente, chorei! Chorei porque elas estavam lá, dando show, ganhando tudo, levantando medalhas pelo país, e mesmo assim, são crianças! São crianças que morrem de emoção ao ver Justin Bieber as seguindo no twitter! Mal sabem elas que, pra muita gente nessa vida, elas são muito, muito mais importantes.

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Se um dia o Brasil chegar aí, eu acho que fico chorando 15 dias

P.S.: Anna, como você pode notar, meu futuro no jornalismo esportivo também é extremamente promissor: Inevitavelmente estarei dando a notícia em meio às lágrimas.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Sobre dias em que o mundo sorri pra você.

Dizem as más línguas que agosto é o mês do desgosto. Eu não me lembro se já filosofei à fundo sobre o assunto. Sei que setembro do ano passado foi um mês tão trash, que apesar de ser o mês da primavera, eu passei a ser do time do Billy Joel e pretendo sair por aí cantando pra me acordarem só quando outubro chegar. Só que ainda estamos em agosto. E o primeiro dia foi tão gostosinho, que se todo o resto for assim…

Começou meio dublado, mas de repente, o céu estava azul e fazia sol. Fora que eu praticamente acordei ouvindo essa pérola da Roberta Sá, com voz tranquila e vibe ótima. Na faculdade chegou um professor novo que fez a gente rir a aula toda. No almoço, tinha bife só pra mim, só porque eu não gostava da outra comida que foi feita. De tarde, enquanto eu via um filme sessão da tarde way of life com uma das minhas turmas de teatro, e depois, participava de reuniões sérias e divertidas ao mesmo tempo, o Sérgio Sasaki ficava em 10º lugar no individual geral das olímpiadas. Ele prometeu que ficaria entre os 10 melhores. Quando eu saí de casa ele estava na 18ª posição. Mas ele conseguiu.

De noite teve a primeira e esperadíssima aula com o professor do semestre. Novo na nossa sala de aula, mas muito querido e conhecido anteriormente. Muitos projetos e estudos programados, uma apresentação de turma inusitada e divertida, insights novos, fotos da peça antiga chegando reveladas num envelope azul recheado de carinho, e metade da durma subindo a calçada juntos, batendo papo e tomando vento no rosto, só pra comer um salgado na esquina, com uma deliciosa coca-cola de 600ml tomada a três.

Aí você sai da aula e descobre teu amigo querido da outra turma te esperando no portão com um VASO DE MARGARIDAS, embalado com um super laço cor-de-rosa, só porque um dia você comentou que seu sonho era ganhar um. Para, né, gente. Vamos combinar uma coisa? O mundo vale muito a pena. Tem gente que dá conta de fazer ele valer! Ah, se tem!

Chegando em casa, o bônus do primo que veio do Espírito Santo pra passar quase uma semana conosco! Agosto, faz um favor? Seja doce, seja intenso, seja inteiro.

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Seja assim.