domingo, 30 de janeiro de 2011

Casos de família

Para fechar um janeiro em que fiquei praticamente inteiro em Baixo Guandu, não podia faltar algumas histórias sobre vovô e vovó. Essas duas eu não estava aqui quando aconteceram, mas minhas primas me contaram e eu dei boas gargalhadas. Fica valendo pra simbolizar esse mês todo na companhia dessas duas criaturas fofas e engraçadíssimas que são vovô João e vovó Cida.

Sinceridade, nós trabalhamos.
Meu tio fez compras e trouxe para a casa da vovó e do vovô. Ele aproveitou os produtos não perecíveis e comprou MUITOS, mas assim, MUITOS, trazendo interminavéis sacos de arroz, feijão, sal, pacotes e mais pacotes de papel higiênico, enifm, coisas do gênero. Colocou as compras todas em cima da mesa, e ficou ali olhando para eles, enquanto meu avô contemplava todo contente, e comentava com a minha avó:
 – Nossos filhos são muito bons, muito cuidadosos conosco.
Ao que minha avó olha pra ele e completa, fazendo uma cara de ¬¬:
- Sim, sim, mas ele esqueceu o açúcar.

Masculinidade, a gente vê por aqui.
Meu avô acabou de completar 88 anos, e como eu não canso de dizer, deve ter 1 metro e meio. Sim, ele consegue ser menor que a Laís. O fato é que “toda essa altura” e idade não o impedem de sair por aí aprontando das suas.
Uma vez ele voltou das Casas lotéricas puto da vida. Entrou na fila de idosos e tinha um cara de 70 anos. Pois ele não resolveu arrumar confusão com o tal senhor? Dizia ele que o senhor tinha a obrigação de deixar que ele passasse na frente porque ele era bem mais velho. O senhor, que obviamente estava em seu direito, disse que não o deixaria passar, pois ele também era idoso. Meu avô bateu o pé e disse que ele deveria passar na frente. Não sei que fim teve a história, mas ele chegou puto em casa contando o ocorrido. É claro que levou uma bronca de todo mundo que escutou, afinal, o outro cara estava no direito dele, e porque ele já é velho demais e nanico demais pra sair arrumando confusão na rua. Sei que alguém disse pra ele que ele um dia poderia apanhar, e que seria perigoso. Ao que ele respondeu na lata:
- Tá pensando o que? Eu sou baixo, mas eu sou macho!

Então tá né?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um Meme deveras interessante

Foi assim que sua autora o intitulou. Confesso que enquanto eu lia as repostas dela já ficava pensando no que responder e parecia complicado, mas vamos lá.

1 - Qual é para você o cúmulo da miséria?
Pessoas que não sabem viver. A vida é muito preciosa pra jogarmos no lixo.

2 - Onde gostaria de viver?
Já diz aquela música: "Aonde tenha sol, é pra lá que eu vou". Brincadeiras à parte eu acho que o que realmente importa num local pra se viver é alegria, pessoas com quem contar, pessoas a quem abraçar, com quem rir e com quem chorar. Pra mim, se não existe isso, a gente não vive. Somente.. mora.

3 - Qual o seu ideal de felicidade terrestre?
Ficar velhinha do lado de um grande amor, com vários netinhos correndo em volta. 

4 - Quais as faltas que merecem sua indulgência?
Eu não sou muito de não perdoar. E não é querendo ser piegas, mas já fui considerada boba várias vezes. Pode até ser que eu diga: Nossa, essa pessoa aprontou feio comigo, já era. Mas aí no outro dia se ela chegar, sorrir pra mim e falar qualquer bobeirinha eu já esqueci porque estava brava. Então seria mais fácil perguntar o que eu não perdoaria..

5 - Qualidade que prefere no homem
Vou pular a parte física, porque né, muitos detalhes. É essencial que seja carinhoso e sincero. E uma característica geral, que pra mim é essencial pra todos: Saber viver.

6 - Qualidade que prefere na mulher
Tem que saber se valorizar. Não é machismo, mas tem muitas que não sabem..

7 - Porque personagem da literatura se apaixonaria?
Tomás Antônio Gonzaga. Por que pra mim um homem que escreve um livro chamado Marília de Dirceu merece muito respeito, mesmo eu nunca tendo lido o tal livro. 

8 - Qual o seu palavrão preferido?
Ele pode ser grande, e na hora da raiva rápida eu não lembro dele não. Mas tem vezes que nada é tão libertador quanto um sonoro Puta Que Pariu com todas as sílabas muito bem pronunciadas.

9 - Qual seria para você a maior desgraça?
Perder qualquer pessoa que eu amo. E o pior é que isso é meio inevitável né.. =S

10 - Como gostaria de morrer?
Essa pergunta é interessante. Porque né, ninguém gostaria de morrer. Mas já que tem que ser, eu queria o que a maioria quer. Morrer como um sopro, assim. Velhinha, e feliz. Simplesmente fechar os olhos e não os abrir mais. Pra mim isso não seria morrer. Seria dormir, para sempre.

Pronto! Agora as minhas indicadas:

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

457 velinhas

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- É grande demais! Disse uma de minhas avós. 
– É violenta demais. Disse a outra avó.
– É poluída demais. Disseram vários outros.

Sei que dos 8 aos 18 anos eu tive foi tempo de descobri que podia ser poluída, violenta e grande demais, mas que também era colorida demais, viva demais, agitada demais. Eu descobri que era simplesmente demais. E que não seria difícil amar demais.

Se dizem por aí que meu nascimento foi em Vitória, eu concordo e não nego as origens. Mas meu coração é paulistano. Foram 10 anos. Quando eu cheguei ali e me vi perdida e triste em meio a prédios e céu acinzentado, São Paulo só estava assoprando suas 446 velinhas. 10 anos pode não ter mudado muita coisa pra cidade. Mas pra mim, mudou. Eu posso não ter mudado nada na história dela, mas com certeza mudei a história de muita gente que nasceu ali, assim como eles mudaram e muito a minha.

Em 25 de janeiro do ano passado, meu post tinha um tom diferente. Era meio, desesperado. Completamente angustiado. Eu me mudaria pra Curitiba 3 dias depois. Agora já vai fazer 1 ano que eu me mudei. O tempo passou rápido, São Paulo girou muito rápido sem mim. A Avenida Paulista continuou lá, a Rua Turiaçu também. E claro, um enorme pedaço do meu coração.

Cidadezinha estranha, essa. Que nos faz odiá-la às vezes, e amá-la outras. Mas que sempre faz a gente sentir. Porque quando se está ali, não se vive em São Paulo. Se vive São Paulo. Simplesmente.

Parabéns, cidade querida. Que as luzes de sua madrugada estejam brilhando ainda mais no dia de hoje, mesmo eu não estando aí pra olhar isso pela janela.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

13 espigas de milho.

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Então que após a conclusão do post passado, eu, Laís e Rafaela fomos pra casa da vovó. Estávamos lá na cozinha comendo pão com muita manteiga, quando a vovó chegou e disse que já que estávamos ali atoa iriamos fazer feira com ela. Laís ficou toda empolgada, e disse que a feira era legal porque eles ficavam gritando ao oferecer pastéis (!). Zoamos da empolgação de Laís, mas fomos. Tenho que dizer que foi um momento engraçado.

Só para começar, vovó estava muito feliz de estar indo fazer feira acompanhada. Oferecia pra gente tudo o que via pelo caminho. Tentem imaginar a minha cara de empolgada enquanto ela comprava taioba, visto que eu não gosto de nada dessas coisas verdes.

Além de parecer conhecer todos os feirantes, vovó ainda fazia o favor de contar para todos eles que tinha trazido as netas “que não estavam fazendo nada em casa”. Era sempre o mesmo discurso, combinado com um sorriso de orelha a orelha quando as pessoas nos elogiavam por estarmos a acompanhando.

Não acostumada a fazer feira de noite, pois geralmente ela faz de manhã, vovó estava curtindo aquilo à beça. Chegou em casa toda esfuziante, contando para o vovô que tinha até barraquinha de churrasquinho, que inclusive a Rafaela tinha comprado um, e que dava pra tropeçar em gente, tamanha a movimentação. Pra completar, ela contou pro vovô que todos elogiaram as netas deles, e que viu uns carinhas olhando pra gente. “Teve um que chegou a me chamar de vovó, só por causa das meninas, pode uma coisa dessas, Joãozinho?”, dizia ela ao vovô, que fez uma cara séria enquanto ela morria de rir.

O programa terminou enquanto contávamos as espigas de milho que compramos. Vovó se perdeu na conta enquanto comprávamos, e jurava que ainda não tinha completado uma dúzia. Eu e Laís teimamos que já haviam 12. O feirante riu e disse que poderíamos colocar mais um então. Chegamos em casa, e deixamos pra tirar a prova ao final. Tinham 13 espigas de milho na sacola. Sabíamos o tempo todo. Mas, nada como uma espiga de milho a mais para completar esse saldo positivo de um passeio que foi no mínimo bem interessante, não?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Os laços nunca erram.

Lembram da Laís? Aquela minha prima muito boazinha que foi a estrela do post passado? Então. Laís tem um jogo que se chama Situação limite. A caixa está velha, toda remendada, com as peças e cartas todas soltas lá dentro. Mas a ideia dele é que as cartas possuem perguntas que expõem situações fortes, e 4 alternativas de uma possível resolução. E então a jogada é saber o que a outra pessoa faria numa situação dessas. Exemplo: Se está na vez da Laís, ela lê a pergunta, escolhe uma alternativa e vira a plaquinha da alternativa escolhida pra baixo. Enquanto isso, os outros jogadores tem que escolher a alternativa que acha que Laís tenha respondido. Anda quem acertar. Enfim, o propósito do jogo é esse.

Ontem, depois de fofocar pra caramba, estávamos jogadas no quarto, eu, Laís, e Rafaela, como sempre. Eu enchi tanto o saco delas que fomos jogar o tal jogo. Acertávamos algumas coisas, e errávamos outras. Quem assistisse poderia até dizer que nos conhecíamos bem pouco.

Depois de meio jogo, cansamos e fomos pra sala. A ideia era ver Big Brother, mas já tinha acabado, então continuamos fofocando, e morrendo de rir ao notar que temos muitas manias iguais, levamos o mesmo tempo para tomar banho, e temos vergonha das mesmas coisas.

Minha conclusão é de que às vezes conversamos menos do que deveríamos, pela distância e pelo tempo. E talvez percamos um pouco do eixo de ter certeza ao falar o que a outra faria em tal situação. Mas o que realmente importa, a gente nunca perde. São esses, os laços, de amor, amizade e família, que com certeza carregaremos pela vida toda. E isso está em detalhes minúsculos, que nunca esquecemos, por exemplo, a forma em que cada uma gosta de comer sua pipoca. E isso, com certeza, é muito mais importante do que saber o que qualquer uma de nós faria se nos deparássemos com um sobrinho usando drogas, que foi uma das perguntas do jogo onde cada uma de nós respondeu uma coisa diferente.

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bem boazinha

Quando eu nasci eu já tinha vááários primos. No meio deles, tinha uma 5 anos mais velha. Eu cresci um pouco, e aprendi que o nome dela era Laís. Logo comecei a chamá-la de Laís boazinha. E todo mundo tirava sarro. Mas vejam bem. Laís é boazinha.

Laís tem 23 anos, pouco mais de 1 metro e meio, e pesa 42 kg. Mas com certeza ela tem escondido ali um coração gigante e umas 10 toneladas de paciência. Laís faz tudo, pra todo mundo. Laís faz almoço, Laís faz batata frita, faz pipoca, me traz leite condensado, faz a unha de todo mundo que fica com preguiça de ir pro salão..

Ela passa o dia comigo, e a gente enche o saco uma da outra o dia inteiro. Ela me faz levantar do sofá e ir pra casa da vovó. Em menos de 1h que chegamos lá ela já me faz levantar e vir pra casa dela, pra meia hora depois querer voltar pra casa da vovó. Ela não para quieta no lugar em que está. Mas tudo bem, isso a gente supera. É bom que diminui o sedentarismo.

Ela também é brava. Me obriga a almoçar, e diz que eu tenho que comer direito, mesmo eu já tendo 18 anos. Ah, e claro, ela faz tudo isso comendo menos ainda que eu. E olhando pro prato com uma cara de quem quer que a comida saia correndo dali pra ela poder sair da mesa logo. Eu conheço a peça.

Se eu estou aqui em Baixo Guandu até agora, e ainda ficarei mais um tempão, é porque dia 5 de fevereiro tem festa! A festa dela! Porque apesar de ter só 1 metro e meio, ela já está se formando! Em engenharia química! Minha prima minúscula tá tão importante!

Ah, Laís! Esse post mega antecipado é pra te dar os parabéns! Porque eu tenho muito orgulho de você, sempre! E pra dizer que por mais que o tempo passe, e você me pergunte no msn como se escreve a palavra insignificante, eu adoro você, e acho você incrível e boazinha como eu já achava aos 5 anos. E também aos 8, quando, mesmo você tendo 13, você passava a tarde toda brincando de barbie comigo e com a Rafaela.

E mesmo que você fique reclamando que eu mando você trocar sua imagem de exibição, e diz então que vai se recolher à sua insignificância, eu te digo que você pra mim tem é muito significado! Te adoro demais, prima!

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Essa era a foto que eu mandei ela tirar da imagem de exibição. Fala sério gente, me sentia conversando com um pavão. Eu hein.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Porque tem certas coisas que só em casa.

Dia 18 de dezembro de 2010 eu saí de casa em torno das 21h pra ir pra festa da escola de teatro. Sei que desde essa hora eu não piso mais no meu lar doce lar. 
Não que meu apartamento tenha fugido, mas eu fugi. Direto da festa viajei pra Baixo Guandu, passando uma noite dormindo numa pousadinha de meio-de-caminho, com 3 micro-aranhas no banheiro que me fizeram tomar um péssimo banho, num chuveiro que mal pingava água. Mamãe e papai reclamaram da frescura, e frisaram que era só uma noite, ué. Eu sabia, ué. Depois do banho aterrorizante, comi e apaguei. Acordei no outro dia, pulei daquela cama e já fui apressando todo mundo. Queria a casa da minha avó logo.
E cheguei lá por volta das 14h do dia 20 de dezembro. É claro que mal abracei a parentada e já fui correndo pra cozinha atrás do pão que só a minha avó faz, e da manteiga da roça que só ela compra. Me entupi, me estirei no sofá com o ventilador ligado e pensei: Férias! 
Depois disso, começou a chegar a família, o lugar no sofá começou a ficar disputado, mas quem se importa, não era mesmo hora de sentar, era de rir, de curtir, de arrumar confusão na hora de tirar papel de amigo secreto e coisas do gênero.
Passou o amigo secreto, passou o dia 25, os barulhos foram diminuindo e eu zarpei pra Vitória. Lá teve réveillon, teve praia, teve parque aquático, teve o meu afilhado fofíssimo e aí eu fui pro Rio de Janeiro, onde fui pro pão-de-açúcar, tomei um sorvete maravilhoso no morro da Urca, e fugia dos meus pais munidos de câmeras que sempre querem me transformar numa turista empolgada. DETESTO, hahaha. 
De lá, fui pra Cabo Frio, onde teve 1 dia de praia e outros de ócio, rede, Dostoiévski e paciência spider. Ah, também teve o fato de que com 18 anos de vida eu finalmente entendi a lógica do Campo Minado! 
De Cabo Frio voltei pro Rio, xinguei o aeroporto mal organizado, peguei o avião e vim pra Vitória de novo. Aqui eu twitto, leio, jogo master, jogo conversa fora, e chupo sacolé de coco. 
Amanhã eu vou pra Baixo Guandu de novo. Cansaram? Eu também.
Adoro viajar, mudar a rotina, estar com meus primos, comer comida de vovó, mas essa brincadeira só acaba dia 7 e só de pensar nisso eu canso. Não que esteja ruim, mas é que como diz o título.. tem certas coisas que só em casa. 
Lá tem a minha cama, onde eu posso jogar o meu celular na minha cabeceira e me embolar no meio das minhas almofadas como se não houvesse amanhã. Lá tem a minha parede listrada, que eu adoro passar a mão enquanto o sono não vem. Tem o meu chuveiro, o meu banheiro, onde eu não tenho que me preocupar se tirei o shampoo, a toalha e a calcinha de lá. Lá tem o meu armário, e eu não tenho que me estressar com mala toda vez que quero pegar um short que esteja lá no fundo… Ai, cansei só de enumerar. 

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Vou me concentrar em comer muito pão, tomar muito banho de piscina e ficar estirada conversando debaixo de um ventilador. Pra não reclamar da falta disso depois.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Eu não ia querer saber

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Outro dia, no carro, ouvindo música e olhando pela janela, comecei a lembrar do filme peixe grande. Pra quem não viu, o filme conta a história de um cara, que, quando criança, junto com um grupo de amigos, visita uma mulher que mostra a cada um o momento em que eles vão morrer. Aí eu comecei a pensar mais uma vez em como eu jamais gostaria de ver o saber como será esse momento. No filme, o protagonista diz que é bom saber, porque, sendo assim, ele sabe que não vai morrer em tal fase, e consequentemente não tem medo de nada. Mas mesmo assim. Prefiro aturar os meus medos bestas e encará-los a saber quando vou morrer. Porque como eu não sei, eu, e acho que todas as pessoas, colocam na cabeça que está longe. Se eu soubesse a data exata, por mais que estivesse longe, estaria pertíssimo. E eu não aguentaria a pressão de viver com um contador regressivo apitando do meu lado, prestes a explodir. Prefiro viver na calma, talvez deixando de fazer algumas coisas porque eu achava que teria mais tempo, mas sem tentar fazer tudo atabalhoadamente por ter certeza que o tempo é curto. Porque sim. Por mais que a gente tenha tempo, é curto. Pra mim então, que sou a rainha do sofrimento por antecedência, seria o fim dos tempos. O dia da minha morte seria o dia em que eu soubesse que dia eu iria morrer. Porque com certeza pararia de viver direito e só pensaria nisso. Eu hein.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quase uma praieira

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Tudo bem que as praias que eu andei indo estão bem mais parecidas com aquela fileira de areia escondida pelas milhões de mesinhas com guarda-sol mas tudo bem, a foto foi só pra expressar, hehe. O que eu quero dizer é que nunca fui tantas vezes à praia em tão pouco tempo. E sim, eu sou capixaba. A questão é que nasci numa ilha, mas minha mãe odeia praia. Virei uma capixaba de meia tijela. Uma paulista meio mineira, que não tem a menor noção de como se agir numa praia. Mas nesse começo de ano até que dei uma aprendida. A começar pelo dia 31, onde fomos pular as ondinhas à meia noite. Pulei as ondinhas com a taça de espumante na mão. Olhei pro céu limpinho e fiz meus pedidos. Corri no mar com meu vestido branco, o que era praticamente um sonho meu. Enquanto isso, minha mãe gritava que eu ia sujar o vestido. E? Pra isso serve OMO. Aí chegou o dia primeiro, e eu acordei às 8h da manhã com a Anna Beatriz pedindo que eu acordasse. É lógico né, como ela não tem nem 2 anos e dorme antes das 22h não tem nada a ver com o fato de que nós dormimos muito mais tarde que ela. Dei umas enroladas ali no colchão, mas ela não desistiu da ideia de ver a Lu fora da cama. E como eu faço tudo o que ela quer, levantei né. Sei que tomei café olhando pro mar e pra Anna brincando. Pensei na hora: Nada melhor para a primeira manhã do ano! Depois, eu e Bianca fomos pra praia. Já era a segunda vez no ano! Dessa vez, sem vestido. Com biquíni mesmo e muito protetor, porque né, aprendi a lição. E levei CADA caldo, que vocês não imaginam. Resolvia que queria pegar jacaré e saia rolando na areia, virando uma Analu a milanesa. Bianca só ria, junto com todas as outras pessoas da praia. Sou ou não sou uma capixaba de responsa?

No dia 3, passamos o dia numa outra praia em Vitória. Mas dessa vez era mar tipo piscina, só se eu fosse muuuuito lá pra longe pra levar um caldo, haha. Dessa vez brincamos na areia com Anna, pulamos as mini ondinhas com ela, e comemos batata frita a tarde toda, com muita coca-cola e excelente companhia. E pra finalizar, comemos aquela moqueca de cação e vários picolés de frutas.

Dia 5 foi dia de parque aquático. Outro dia delicioso. E dia 6, vim pro Rio de Janeiro. E depois fui pra Cabo frio, e aí, no meio do ócio, ainda fui mais um dia na praia, mas foi bem mais sem graça. Acabei fazendo uma tatuagem de hena e pagando de turista, detesto, hahaha. Mas agora acho que chega. Vou assumir o sangue de mamãe e passar o resto das minhas férias de molho na piscina. Areia e sal só são bons no réveillon, e depois, em vezes espaçadas, e com muuuita gente, pra animar.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

1 ano de livros

4 de janeiro e eu ainda falando do ano passado. Mas é que cometi um erro grave nas minhas retrospectivas e não falei de livros! Não há como falar de um ano e deixar os livros de lado. A Tary me indicou para um Meme literário, e então, juntando a fome com a vontade de comer, aí vai o post.

  • Os livros que li em 2010

O código da Vinci – Anjos e demônios – A sangue frio – A aventura da reportagem – Uma história crítica sobre o fotojornalismo ocidental – A prática da reportagem – A arte de fazer um jornal diário – A outra face – Plano perfeito – Romeu e Julieta – Fernão Capelo Gaivota – A cidade do sol – O caçador de Pipas – A hora da estrela – Orgulho e Preconceito – Casório – Melancia – Férias – O menino do pijama listrado – Gossip Girl – 1,2,3 e 4 – Dizem que sou louco – Os sofrimentos do jovem Werther – O guardião de Memórias – Manual do ator – Os 7 Harry Potters (reli)

Estão fora  de ordem, fui colocando à medida que fui lembrando e olhando no skoob, hahaha.

  • O casal literário mais fofo

Tariq a Laila, de A cidade do sol. Porque eles viveram um amor lindo na adolescência, e apesar de serem obrigados a sumir um da vida do outro, mantiveram essa paixão dentro de si. Menções honrosas à Elizabeth e Mr. Darcy, e à Rony e Hermione.

  • Virei a noite lendo

Virar a noite inteira assim eu não fiz com nenhum. Mas fiquei até altas horas da madrugada lendo A cidade do sol. Os Harry Potters também, e A sangue frio algumas vezes.

  • Soco no estômago

A cidade do sol. Porque é terrível imaginar que enquanto eu reclamo dos meus míseros probleminhas cotidianos as pessoas (principalmente as mulheres) passam tudo o que passam nesses países. É com certeza um livro que te tira do lugar comum, faz passar muita raiva, e ter vontade de chorar também. Menção honrosa: Caçador de pipas e o menino do pijama listrado.

  • Aquele em que chorei de soluçar

Não sou de chorar lendo, mas A sangue frio me deixou mal. Simplesmente porque é a história real do assassinato de 4 membros da mesma família. E eu lia, e olhava a foto deles e ficavam extremamente passada e com um nó na garganta. Parei de ler durante a madrugada porque ficava com medo, hahaha.

  • A maior decepção do ano

Acho que foi o Guardião de Memórias. Não por ele ser ruim, mas porque eu acho que acabei esperando demais dele. Demorei MUITO pra ler, sentia que ele não desenrolava. Mas a história é bonita =]

  • O mais chato

Uma história crítica sobre o fotojornalismo ocidental, e acho que nem preciso explicar porque né? Pra começar, é óbvio que não peguei isso e fui ler por conta própria, foi coisa da faculdade. Era muito detalhe e se atrelava por horas na mesma coisa. Lembro de pouquíssima coisa dele, pra provar como eu consegui ler com atenção..

  • Quase morri de tanto rir

Não consigo lembrar de nenhum em especial que me fez rir assim. Mas acho que os 3 da Marian Keyes foram bem água com açúcar e divertidinhos =P

  • Aventura, fantasia ou infanto-juvenil

Harry Potter, claro! Amei ter lido os 7 de novo. A cada página eu me lembrava como aquilo era perfeito e mágico.

  • Bate-bola de personagens

Personagem masculino apaixonante: Mr. Darcy, de Orgulho e Preconceito

Personagem feminina admirável: Mariam, de A cidade do Sol.

Personagem mais chato: Mrs. Bennet, de Orgulho e Preconceito.

Personagem mais legal: Os gêmeos Weasley, dos 7 Harry Potters.

Personagem mais perturbador: Rashid, de A cidade do Sol.

Personagem que mais me identifiquei: Elizabeth Bennet, de Orgulho e Preconceito.

  • O melhor livro que li em 2010

Não gosto da ideia de escolher um melhor entre tantos tão diferentes. Mas meus premiados do ano certamente foram: A Cidade do sol, Orgulho e Preconceito e A sangue frio. Os Harry Potters não vão contar porque foram relidos, eu já sabia que eram ótimos, hehe.

É isso! Agora eu estou lendo Crime e Castigo, que está sendo o primeiro de 2011, embora eu tenha começado no final de 2010.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Vozes do pessimismo

Eu chego em casa ardendo de sol, com as pernas inchadas e sem conseguir sentar. Isso no dia 26 de dezembro. Faço um esforço danado para sentar no chão gelado, encostando o mínimo possível de corpo nele para arder menos. Eu, minhas tias e minhas primas rimos da situação. Principalmente eu, até porque, não tinha nem o direito de chorar o leite derramado. Eu sabia muito bem que devia ter passado protetor. E sabia mais ainda que não devia ter ficado deitada de bruços num colchão de ar do meio dia à uma da tarde. Sim, eu fui imprudente o suficiente pra isso, e restou a dor e as risadas, porque né, numa hora dessas, temos é que rir. Enfim, estávamos lá. Rindo. Meu avô aparece, todo baixinho e arrumadinho, olha pra mim de cima em baixo, e, do alto de seus recém-completados 88 diz: – Menina, você vai arder em febre essa noite. Minha madrinha já comentou em seguida: Vooooozes do pessimiismo. E aí, continuamos rindo mais ainda. Porque essas tais dessas vozes são clássicas por aqui. Meu avô as adora, e faz uso constante. Deve ser genético, porque alguns dos meus tios fazem tal e qual. Principalmente o Tio Luís, a mamãe e a tia Malu. É no estilo de dizermos: Amanhã passaremos a tarde na piscina! E um deles complementar: Vai chover o dia todo. Mas aí antes de pararmos pra ouvir, alguém já emenda: Vozes do pessimismo! E alguém já lembra em seguida: Eita João Bussular (nome do vovô). Agora mesmo alguém soltou uma dessas aqui, e minha prima Cinthia foi logo dizendo: Vozes do pessimismo. E já emendou: Posta sobre isso, Analu! Ta aí, acabou rendendo. =]

Sei que damos é risada. E que meu desejo mais profundo pro ano de 2011 é que hajam menos vozes do pessimismo por aí. Porque não precisamos de pessimismo na vida, não é mesmo? Desses estilo vovô que acabam em risadas a gente até aceita. Mas só se for para não serem levados a sério! Desejo um bom 2011 e muito otimismo pra todos vocês! E melhor ainda: Que toda a realidade se concretize nesse otimismo!