segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Aventuras na Cidade do Rock (parte 1)

Saímos “de casa” por volta das 15h, acredito eu. Tio Marcelo nos deixou no ponto do ônibus “Cidade do Rock”, e logo entramos em um. Andamos todo o trajeto na maior vibe Sardinha Enlatada, é claro. E tinha trânsito, é claro. A maior parte desse trânsito, logicamente, composta apenas por ônibus da Cidade do Rock, que ficavam apostando corrida. Após muito conversar (e ouvir muita conversa alheia), chegamos ao ponto final e andamos um enorme tanto até chegarmos à bilheteria, onde a Mi finalmente resgatou seu ingresso, e então, mais um enorme tanto até a entrada. Depois da entrada, ainda se anda um tanto até chegar ao local em si, mas essas andadas todas nem cansam muito, porque na ida, é claro, toda a empolgação ajuda. Parei incontáveis vezes no meio do caminho para tirar fotos da Roda Gigante, da Roda Gigante 1cm mais perto, da Roda Gigante 10cm mais perto, das pessoas andando, da gente sorrindo, da gente sorrindo em preto e branco, e coisas do tipo.

Chegamos. Chegamos e olhamos em volta. Milena com aquele olhar de gente que mata as saudades e eu com aquele olhar de “prazer em conhecer”. Mal respiramos lá dentro e já resolvemos encarar a fila da Roda Gigante. Nas 2h30 que passamos na fila o sol se pôs, conversamos com a mulher que estava em nossa frente na fila, descobrimos que, aparentemente, roda gigante é um desporto, descobrimos que se tudo der errado e o brinquedo despencar a culpa é nossa e não do Rock in Rio, passamos raiva com adolescentes que furaram a fila, arrasamos no gogó cantando Elis e, quando faltavam umas 4 voltas da roda para finalmente entrarmos no brinquedo, saímos correndo da fila ao som de “Exagerado”, porque o tributo ao Cazuza havia começado e estávamos ali por este motivo.

Corremos o trajeto Roda Gigante-Palco Mundo como se não houvesse amanhã, enquanto cantávamos Cazuzinha a todo pulmão e ouvíamos o som ficar cada vez mais alto. Fomos nos enfiando lindamente no meio da multidão e conseguimos chegar no meio da pista. E foi bem ali que curtimos o show. Gritando no meio da galera, com gente empurrando toda hora, tentando pular na ponta dos pés para enxergar alguma coisa, mas com muito amor e catarse no coração. Foi ali que ouvi Ney Matogrosso cantando Codinome Beija Flor, foi ali que vi fogos de artifício ao fim de Para o dia nascer feliz, e foi ali também que vi Bebel Gilberto bem louca, mas cantando ao vivo minha tão amada Preciso dizer que te amo. Foi ali. E foi muito bom, mas um show no meio da muvuca era demais pra nós, e por isso, ao fim dos fogos, tratamos de caçar um lugar mais tranquilo para organizar nossa vida.

Olhamos para o Bob’s, que olhou pra nossa fome, e resolvemos abrir o piquenique. Cangas no chão e lanches em mão, sentamos, comemos, e a fome era tanta que até hoje lembro do gosto maravilhoso daquele hambúrguer, que nem deve ser de fato bom. Terminamos de lanchar e arriscamos tentar encarar a fila da tirolesa que... era de 5h. Com muita mágoa no coração, tornamos a deitar e ali ficamos, falando bobagens e cantando Elis Regina até a hora que Ivete subiu no susto no palco enquanto ainda pensávamos que o segundo show seria o do David Guetta.

6 comentários:

  1. Lanchinhos <3
    Eu juro que cogitei a hipótese de comprar ingresso pra um dia chato no próximo RIR só pra ir em todos os brinquedos, mas se for pensar, deve sair mais barato ir em um parque de verdade. Se bem que um parque de verdade não tem uma tirolesa que te leva pra frente de um show, né.
    Ansiosíssima pro próximo texto <3

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  2. DOWN DOWN DOWN NO HIGH SOCIETY <3
    Tá cada vez mais doído ler isso.
    Saudade desse show, saudade do hamburger delicioso que nem devia ser bom, saudade da nossa vibe tão certa que o fotógrafo veio tirar foto. Saudade da nossa versão da Elis sontonizada.
    Te amo. QUE SAUDADE DE VOCÊ!

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  3. Vamos lá, recomentando:
    O que você e a Milena tem na cabeça pra perder o começo do show que vocês foram assistir? HAHAHAHAHAHAHA O dia que você for em um show comigo, pelo menos num show que eu queria ver, pode saber que eu vou estar parada em pé guardando meu lugar no mínimo com uma hora de antecedência e Renata há de me apoiar nisso.
    Roda gigante: acho lindo mas morro de medo.
    Essas comidas ruins de show são as melhores do mundo quando a gente tá morrendo de fome. Lembro que comi um cachorro quente podre de ruim no Paul McCartney, mas eu tinha ficado tanto tempo na fila e no sol que quando entrei no estádio e comi aquele troço de borracha parecia que eu tava no céu.

    Beijo <3

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  4. Admiro tanto (mas tanto!) os seus textos e o seu dom para narrar eventos cotidianos que se existir uma próxima vida, como dizem por aí, quero nascer com um "quê" de Analu. Sério.

    A meu ver, rodas gigantes são apaixonantes. Exceto aquelas dos parques de diversão que chegam (caindo aos pedaços) em minha cidade natal (que é minúscula). Mas sei lá. As luzes, a sincronia, a vista lá de cima... Tudo me remete à cenário de filme. haha

    Esperando ansiosamente pela segunda parte.

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  5. Oi Ana!

    fiquei feliz quando recebi um email escrito "Ana Luíza" e vi que era um comentário seu no meu "blog" (aspas por motivo de: é mais um lugar onde eu jogo informações quando estou com preguiça/tendinite atacada e não posso passar pro diário de fato do que um blog haha quase um esconderijo internetico sabe?)

    Sempre passo por aqui, quase nunca comento (não me odeie, sou tímida haha), uma amiga que me indicou seu blog uma vez, disse eu ia gostar porque "vocês duas falam coisas parecidas" hahaha e ela estava certa!

    Estou amando que você está contando sua aventura em detalhes (amo amo amo quem tem a delicadeza/coragem/paciencia de contar as coisas assim bonitinho!), que peninha que não deu pra ir na roda gigante! e espero que o lanche tenha incluído o milkshake! e ok que eu não conheço muito de Cazuza, mas parece ter sido super legal! :)

    beijos!

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  6. Gente, realmente tem que andar uma infinidade de quilômetros pra chegar e sair daquele lugar; só Jesus na causa. Não sei como vocês ainda cogitaram ir em algum brinquedo, só as filas são suficientes pra tirar todo o meu ânimo. E eu também achei o sanduíche bom, mas não comi o mesmo que você.

    Agora dá licença que vou ali ler a segunda parte ;D

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