sábado, 21 de setembro de 2013

O dia que durou mais de 24h (parte 2)

E então eu cheguei no aeroporto e achei incrível que mal tinha pisado no Rio e já conseguia enxergar o Pão de Açúcar e o Cristo. Primeiramente pensei que era uma jogada de marketing incrível colocaram um aeroporto em um ponto tão estratégico. Depois reparei que o Rio é meio mágico, e de quase qualquer lugar que você esteja você consegue enxergar o Pão de Açúcar e o Cristo. A gente rodava rodava e rodava de ônibus e de repente eu olhava pela janela e… Olha lá o Pão de Açúcar e o Cristo! Chega a ser perturbador. Mas enfim, continuemos.

Como a dona Milena é um ser bagunçado, atrasou 1h pra me resgatar no aeroporto. Enquanto ela não chegava, ficamos trocando mensagens, e é claro que eu ri alto do lado de desconhecidos. Ameacei ficar com vergonha e… o desconhecido olhou pra mim e sorriu. Claro, estava no Rio! Qualquer curitibano me reprovaria com o olhar, mas eu estava no Rio e tudo ali podia, e as pessoas sorriam umas para as outras. Me encantei com uma criança de uns 2 aninhos que chegou ao aeroporto vestida de Branca de Neve, fiquei olhando o sol que batia lá fora, e lendo um pouco de John Green até que Milena me mandou uma mensagem perguntando onde eu estava. “Na frente do café Boulevard” respondi. “E você?” complementei. E ela respondeu: “Procurando o café Boulevard!” e logo em seguida dei de cara com ela chegando esbaforida, e gente, como não amar, né?

Aprontamos mais algumas no aeroporto procurando caixa de banco e uma lan house pra ela imprimir o comprovante do ingresso dela, e depois disso saímos do aeroporto e passamos por cima do Aterro do Flamengo, que fiquei muito orgulhosa de mim quando reconheci só porque tinha assistido Flores Raras há mais ou menos uma semana. Dali fomos até o Leblon, enquanto Milena se enchia para falar de sua cidade pela janela e eu criticava os prédios. Tirando as construções imperiosas, like "Theatro Municipal” (é tão chique esse H, gente!) e a Biblioteca Nacional, não gosto de construções antigas. E o Rio é muito velho. Aqueles prediozinhos pequenos, com portõezinhos e pastilhinhas caindo, e eu só pensava que derrubaria tudo e construiria prédios enormes com janelões de vidro. Milena me chamou de herege, é claro, e insistia em elogiar os prédios, até que eu falei: “Pelo amor de Deus, amiga. Olha a cor daquela janela”, apontando uma janela imunda. Ela riu tanto que resolveu me deixar reclamar em paz.

Chegamos ao Leblon, andamos mais um tanto, e pegamos outro ônibus para ir até a Barra. Dentro do ônibus, conhecemos uma menina que estava sozinha na cidade e não fazia ideia de como chegar à cidade do Rock. Acabou que ela foi almoçar com a gente e Milena ensinou pra ela como chegar lá, enquanto demos mais uma volta no shopping, compramos minha escova de dentes (he!), entramos na livraria só pra respirar o ar dos livros, e finalmente pegamos o ônibus que, depois de rodar por horas em ruas cheias de paralelepípedos, nos deixou praticamente na porta da casa de Paloma. E a família Engelke Muniz é uma entidade tão particular e incrível que merecerá um apêndice post só para eles.

7 comentários:

  1. Tantas e tantas vezes eu vá ao Rio, eu acho tudo encantador e mágico e lindo.

    E vou curtindo seus dias por lá.

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  2. Preciso dizer: HEREGE!
    Eu amo um trem velho e sou apaixonada por cidades antigas. Acho que construções novas não tem história e meu bairro favorito de Ubercity não por acaso é o mais velho. E se você vier aqui um dia e disser que prefere a parte nova à parte antiga, vou te tamancar a cara!
    hehe
    <3

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  3. Minha chateação foi justo o fato de eu só ter visto o Cristo através do aeroporto! Procurava por ele enquanto andava pela cidade e não enxergava! Palhaçada!
    Ler esse texto me deixou com TANTA saudades daquilo que se foi, que você nem faz ideia!
    E estou protelando horrores para o texto da família Engelke Muniz, porque acho que não vou conseguir escrever tudo que eles merecem.
    Mais triste que pensar que tudo acabou, é pensar que até os relatos estão acabando!
    Mas você tem que contar sobre o Marcelinho!! E sobre o dia na praia!!! E ai, você está tão prolixa nesses relatos que me sinto mal por estar tentando ser sucinta!
    Abraços!

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  4. Para tudo que eu fui chamada publicamente de ser bagunçado! SER BAGUNÇADO! Não sou bagunçada, é meu espírito carioca que me faz resolver tudo no limite pra ter emoção. hahahahaha
    Lendo esses posts fico com tanta, mas tanta saudade da gente! E do nosso fim de semana que durou uns bons e deliciosos anos!
    Sdds família Engelke Muniz.

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  5. Minha família é uma entidade e vai ganhar um post próprio - ponto. E só pra registrar: minha casa tem impressora, gente. Aproveitando para comentar o último post que eu perdi: uma vergonha você ter esquecido esse caderninho! E pode parar de falar dos meus prédios velhos, dona Ana Luísa.

    Toda vez que leio seus posts me dá uma saudade muita grande. Juro que ainda vou tomar vergonha na cara e escrever a minha versão - porque eu também achei tudo incrível.

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  6. Como você não ama os prédios do Rio, chefa? Meu Deus, enchi os olhos d'água de tão linda e maravilhosa que é aquela cidade. ♥ Ai, o Rio. ♥♥ SDDS.

    Olha, lendo os seus relatos, MORRO DE INVEJA e quero muito ir pro RiR com vocês em 2015. <3

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  7. COMO ASSIM você não citou o "tiozinho que tem uma birosca na esquina da casa da Milena?"
    Fiquei procurando em todos os posts sobre RIR... E era pra estar nesse! Mas enfim kkkkkkkkk
    Sdds Rio, sdds bibi :(

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