Era fim de domingo e eu resolvi
vencer a preguiça que costumeiramente me assola nesse momento da semana e sair
de casa para ir ao teatro. Já tinha combinado há alguns dias com a minha amiga,
e era o último dia que a peça ficaria em cartaz. Fomos.
A peça era bacana. Tinha “Poe” no
título, advindo de Edgar Allan Poe, e eu, que nada li sobre o moço, já estava
com medo de me assustar. Sim, sou dessas que anda na montanha russa mas não
entra de jeito nenhum no trem fantasma. Entrei e lá estavam cérebros, pessoas
sujas de sangue e ataques de zumbi.
Repito que a peça foi legal, mas
não posso negar que a melhor parte do espetáculo foi o fim, que estava fora do
script. Quando o público menos esperava, mas ainda antes de se cansar, o
namorado de uma das atrizes levantou, se encaminhou até ela, ajoelhou e tirou
uma caixinha do bolso. E é essa cena que vai ficar marcada em mim sobre esse
domingo.
O povo adora falar por aí sobre
fim de mundo, apocalipses zumbis, essas coisas. E essa cena linda que aconteceu
ali só me confirmou o que eu já sabia: Realmente o amor é o que fica. Já sobrevivemos a tantos fins de mundo e nada. Enquanto isso, o amor continua ali. Quando
aquele moço levantou e pediu a namorada em casamento, daquela forma, na frente do público,
eu sorri de orelha a orelha. Analisei a cena e me emocionei de notar que a menina tremia tanto
que nem lembrava em que dedo se usava a aliança. Ele ainda falou algo do tipo:
Esse é o presente que eu tenho pra te dar após esse 5 cinco anos onde você foi
o presente da minha vida.
Eu estava ali. Eu vi essa cena. Eu fui ver a peça no exato dia que deveria ter ido. Fui no dia que aconteceu o fim dos zumbis e prevaleceu o amor. Saí de casa esperando morrer de medo de Poe e saí apaixonada pela vida. Porque às vezes a vida faz muito sentido. Saí de casa pra assistir uma peça e o que acabei assistindo foi um filme de romance. E o mocinho beijou a menina na hora certa, muito antes do público se cansar.
Eu estava ali. Eu vi essa cena. Eu fui ver a peça no exato dia que deveria ter ido. Fui no dia que aconteceu o fim dos zumbis e prevaleceu o amor. Saí de casa esperando morrer de medo de Poe e saí apaixonada pela vida. Porque às vezes a vida faz muito sentido. Saí de casa pra assistir uma peça e o que acabei assistindo foi um filme de romance. E o mocinho beijou a menina na hora certa, muito antes do público se cansar.
AI QUE LINDO!!!!!!!!!!!!!! Morri!
ResponderExcluirNem sabia da existência dessa peça, mas queria ter ido porque parece boa, porque Poe é muito legal e eu adoro coisas assustadoras, mas confesso que tambem adorei esse final inusitado e essa cena linda, porque se alguém me pedisse em casamento assim eu juro que aceitava!
Nada melhor que isso pra acabar um domingo :D
Quando você me contou esse episódio eu fiz aquela cena típica de suspirar e falar "ooooown". Pode parecer piegas, mas tem horas que a vida devia deixar de ser cretina e ser piegas pra variar. E vivo repetindo que alguns clichês valem a pena. O amor é um que vou defender sempre.
ResponderExcluirEsse domingo só perde pro domingo em que a gente desfilou amor na Paulista.
Beijo! <3
E a vida sempre nos surpreendendo, né? Adoro esses momentos inesperados, que marcar nossas vidas. <3
ResponderExcluirPor esse e um dos motivos que vale MUITO a pena viver!
ResponderExcluirOlha, tem que ser assim bonita, poética e hot-sentimental-sexy-sem-ser-vulgar de vez em quando pra fazer algum sentido tudo isso, sabe? Ou pelo menos pra música da Clarice fazer algum sentido.
ResponderExcluir<3
'ele ajoelhou' <3 <3 <3 Morri e você sabe o motivo. Tá vendo como faz diferença? Ai de mim que sou romântica, eu sei. Nunca vi um pedido de casamento assim, ao vivo. Espero poder ver o meu, pelo menos, hahaha! Porque eu acho isso a coisa mais bonita do mundo, sabe? Ir lá, ajoelhar (SIM) e dizer que quer passar o resto da vida com aquela pessoa. Amei a relação que você fez com a música da Clarice. Amo essa música <3
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