sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Quando adoro pagar a língua

Eu não paciência com haters, sabe? Aqueles seres humanos que vieram ao mundo para odiar, e ponto final? Que criticam tudo o tempo todo, principalmente o que todo mundo gosta? Então. Morro de preguiça desse povo, e acho que uma das frases mais sabiamente inventadas da atualidade é a tal do Haters gonna hate. Porque aí você respira fundo, lembra que tem gente que, por obra do destino, recebeu a triste missão de odiar a tudo o tempo todo, e continua feliz a sua vida enquanto a pessoa fala mal de tudo o que você gosta.

Obviamente que o fato de ter agonia de gente que odeia tudo não me livra do fato de cometer alguns deslizes de também sair odiando algumas coisas por aí que na verdade nem parei pra conhecer. E concluí que tem coisas que eu resolvo odiar por preguiça de amar, e, vejam só: Isso não faz o menor sentido, então preciso parar de ter preguiça.

Lembro de quando Adele começou a estourar por aí. Imagina que eu ia gastar conhecendo Adele um tempo que eu poderia muito bem aproveitar ouvindo cantores que eu já conhecia e amava, certo? Certo. E fui isso que fiz. Não clicava em nenhum vídeo que postavam, não dava trela pra nenhuma música. Ela começou a aparecer em blogs que eu conhecia, e eu rosnava pra tela do computador quando via mais uma amiga cair nas graças da tal da Adele. Até o dia em que me peguei cantarolando uma música que nem sabia de quem era e… Bingo. Pouco tempo depois eu tinha várias no IPod e estava torcendo pra ela resolver aparecer no Rock In Rio.

Lembrei também agora da época em que minha irmã começou a ouvir Taylor Swift. Minha irmã é quase 4 anos mais nova que eu, e obviamente hoje eu já aprendi a dar trela pro que ela descobre antes de mim. Mas quando eu tinha lá meus 17 e achava que ela era só uma pirralha insuportável com os míseros 14 anos que eu tinha tido há apenas 3, era só ela começar a amar primeiro pra eu pegar birra. E ela insistia em ouvir a tal da Taylor Swift no carro e eu virava o olho. Que bobice essa adolescente loira de cabelo cacheado que se faz de country e fica cantando a historinha de amor de Romeu e Julieta e… chega. Já caiu cuspe o suficiente na minha testa, porque, não é segredo pra ninguém, hoje a Taylor domina completamente o meu IPod, já me fez passar horas com repeat ligado, já me acompanhou em lágrimas e gargalhadas com suas letras, e, enfim. Taylor. <3

E só lembrei que já tinha odiado Adele e Taylor depois que tive a ideia de escrever o post, porque na verdade, ele veio de quando prestei atenção no meu diálogo com minhas colegas na faculdade essa semana, onde eu defendia Clarice Falcão das birras delas e dizia que as músicas da menina eram encantadoras e viciantes. Ninguém precisa saber, afinal de contas, que há menos de 3 meses eu torcia o nariz pra fama repentina dessa garota-sem-sal-nem-açúcar-que-só-tem-música-de-um-ritmo-só. Continuo achando que elas tem um ritmo só, e acho ainda mais mágico por terem esse detalhe tão particular. Tô quase sabendo cantar todas e cada dia tenho uma preferida diferente. Adoro pagar minha língua.

7 comentários:

  1. Nossa, já paguei minha língua inúmeras vezes também:
    Jessie J, Kylie Minogue; Algumas bandas Indie... Haha

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  2. Não sou uma hater. (Aliás, adoro a frase também!!). Certamente, porém, já odiei muitas coisas e depois paguei língua. Acho que, na maioria das vezes, não foi por preguiça... Não me vem à memória nenhum ódio que eu identifique como causado pela preguiça. O que me lembro é que, na época de pré e adolescência eu resolvia odiar as coisas porque meus pais achavam legais (?) HAHA, sim. E porque eram diferentes daquele universo particular de coisas que eu gostava. Nessa época de menina revoltada, passei a odiar várias coisas que gostava antes e que voltei a gostar depois de superar todo esse meu dark side. HAHA. Que bom!

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  3. Haters gonna hate esse texto, rs.
    Mas acontece com todo mundo, é igual não gostar de uma comida antes mesmo de prová-la.
    Tá tudo bem, a gente perdoa por isso ter resultado em mais um ótimo texto.

    Beijo.

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  4. HAHAHAHAHAHAHHah adoro isso Nalu, também torcia muito nariz pra Taylor até que uma amiga minha fez com que eu parasse >realmente< pra ouvir as musicas dela, mas sabe do que mais? Não importa se o tema é bobo, se o ritmo é o mesmo... A gente gosta e pronto né? Eu ja me incomodei muito com o gosto alheio, hoje em dia se eu gosto eu compartilho, senão é só aumentar o volume do ipod e seguir a vida. Espalhar ódio pra que né?

    beijos!

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  5. Haters gonna hate melhor frase realmente. Esse texto caiu muito bem na minha vida hoje, porque ontem passei nervoso com certos haters. Mas enfim. Adoro seus temas para postagens, abiga. Te amo!

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  6. Normal torcer o nariz e depois declarar amor eterno. O desconhecido é assustador, e o primeiro impulso é: falar mal. hahahaha
    Quando se conhece, na maioria das vezes, a opinião muda né?
    Não gosto muito de Taylor Swift porque a conheço pouco, mas Adele e Clarice, inlove forever. <3

    E cara, como o povo reclama e gosta de odiar tudo. Peloamor.Tem gente que dorme com a bunda descoberta todo dia, como dizia a minha avó. hahahaha

    Beijoca linda-linda.

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  7. Eu sou o inverso de você: tem coisas que sei que vou amar, já amo, mas nunca vou atrás. É assim com tanta música que eu não sei nem por onde começar, e aliás, que coisa pra me dar mais preguiça na vida é baixar música (mesmo sendo um cd que eu sei que vou amar, mesmo sendo de uma banda que eu gosto, de qualquer jeito).

    Eu lembro que você tinha birra da Clarice, e vou ser hipster e dizer que já gostava dela quando ela começou a lançar os vídeos no yt, e o primeiro que amei foi o do Picolé (com a mesma etiqueta no pé!)!

    Amo você, tanto!

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