Tinha tempo que eu não ia em uma festa de 15 anos. A última foi em 2010, e foi ótima, por sinal. Participei do bolo vivo, dancei valsa ao som de UP e comemorei a madrugada toda com meus amigos. Há 3 anos atrás eu ainda era deveras adolescente.
Na verdade a gente nunca cresce. Na nossa cabeça, nunca somos adultos de verdade, penso eu. Mas vivemos recebendo indícios de que o tempo passa. E foi uma experiência antropológica engraçada analisar o terreno de uma festa de 15 anos quando você faz parte dos “adultos convidados”, e não do grupinho de BFFs da aniversariante.
A menina estava linda pra receber os convidados, de vestido sereia todo cheio de pedras, e um sorriso tímido no rosto. Daqueles de quem está até meio nervosa de ser o centro das atenções. Mais tarde, dançou valsa com um vestido lindo e engrenou numa coreografia de Street Dance, coisa que ela ama.
E ao redor, lá estavam todos eles, os adolescentes. As meninas desfilavam de salto alto pra lá e pra cá, achando o máximo se sentir tão glamorosas. Os meninos de terno e gravata, parecendo empresarinhos. Davam risada alto, passeavam todos pelo salão, tiravam fotos e descobriram a fonte da felicidade quando encontraram copinhos de chocolate com licor de amarula dentro.
Me diverti na pista de dança, mas fiquei meio perdida ao mesmo tempo. Saudades da época em que eu sabia as coreografias das músicas do momento. Me fartei em Macarena e naquelas outras coreografias antigas que continuam rolando, tipo “olha a onda, olha a onda”, mas quase enlouqueci tentando acompanhar o tal do “prepara” que Anitta inventou.
Não que eu seja muito adulta ou muito crescida, mas 3 anos fizeram uma mudança radical no grupo onde eu me insiro nas festas de 15 anos. Jantei. Não tirei os sapatos. Não fugi pro banheiro pra fofocar com uma amiga sobre algum babado do grupo. Mas fiquei observando curiosa a tudo isso acontecer. Ah, a linha do tempo da nossa vida.
Pra início de conversa, o que raios é um bolo vivo?
ResponderExcluirPra continuar a conversa, seu post me deixou com uma saudade enorme das festas de quinze anos. Fui em poucas porque era novata na escola e minhas amigas são chatas igual eu e não estavam a fim de fazer festa, mas aproveitei muito todas elas. Achava o máximo chegar depois das onze e voltar pra casa quase às cinco da manhã, dancei muita Macarena e meu momento favorito com minhas amigas era quando tocava Hot'n'cold, da Katy Perry. Era aquela hora que a gente fica brega e para o que está fazendo e sair correndo rumo à pista gritando: minha música! minha música!
Queria ir numa festa dessas de novo, para ver qual seria meu comportamento. Pelo menos Anitta eu sei dançar, hahaha
Beixo, Bananis <3
Parei pra pensar e não consigo lembrar da última festa de 15 anos em que fui. Não consigo!
ResponderExcluirForam tantas e tão cheias de histórias. Inclusive a minha e toda aquela coisa louca de ter zilhões de pessoas olhando pra você.
Não voltaria pros meus 15 anos. Sou mais feliz já sabendo que não posso usar salto, mantendo sapato a festa inteira e jantando com os adultos. Ainda me sinto meio adolescente, mas não dentro do mundo adolescentes. Que, vamos combinar, é um inferno.
Beijo! <3
Não fiz parte do bolo, e também não quis ter um bolo vivo. Eu e minhas amigas não gostávamos desse tipo de coisa, e preferimos outras opções de festas. Mas nos divertimos da mesma forma, e lendo você contar sobre suas impressões me lembro de como era ser adolescente. No meu caso já se passaram dez anos dos quinze, então a nostalgia é bem forte! Mas é legal ter esse tipo de memória pra curtir. E é legal, também, estar no outro grupinho da festa. A gente não conhece as coreografias do momento, mas estamos vivendo coisas novas também, ao nosso tempo. (:
ResponderExcluirNunca fui bolo vivo e sempre achei um saco o universo das "festas de quinze anos", mas fui a todas que fui convidada, claro, porque era comida boa de graça + meninos bonitos + músicas divertidíssimas durante a madrugada inteira. Até compensava colocar um vestido apertado e uma maquiagem exagerada. A única coisa péssima era ter que esperar meia noite pra começar a dançar e, claro, ter que aturar o bolo vivo. ô coisa chata, sem sentido e bleh.
ResponderExcluirNão sei como eu agiria caso voltasse a uma festa de quinze anos hoje em dia, garanto que sentiria um estranhamento ainda maior, mas na hora que tocasse "show das poderosas", ao contrário de você, eu ia me sentir no paraíso e ia esquecer todo o resto que estivesse a me rondar!
hahahahahahhahaha
<3
- acredito que seja a mesma sensação que sinto quando vou aos parques da cidade - eu costumava correr e não me importar em voltar para casa totalmente sujo. não que eu me importe com isso agora, mas dependendo da parceria para os eventos a política da relação pode mudar...
ResponderExcluirmas, de fato, você tem razão: a essência da vida plena é o espírito da infância.
Acho que a gente nunca cresce mesmo, só vai saindo de moda. Também tenho esse costume de observar os mais jovens; sempre penso "eu já fui assim", "eu fazia isso". É sempre uma sensação engraçada, né? Umas vezes eu tenho saudades, outras eu acho que o agora é melhor. No fim das contas, cada um tem seu tempo; mesmo que desse para voltar, não seria a mesma coisa.
ResponderExcluirAbracinhos, Analu.
Ah! Que nostalgia! Faz muito tempo que não vou a uma festa de 15 anos. Ultimamente só casamentos...e QUANDO tem! Que saudade do passado!
ResponderExcluirApenas quero dizer que nesse sábado, que eu nao tinha nada para fazer, aprendi toda a coreografia do Show das Poderosas. BJS. <3
ResponderExcluirJá comentei aqui antes como anônima..Ahhh fico impressionada como vc parece comigo e isto sem a graça da genética! rsrs..Eu tenho 21 anos e tb me sinto assim qnd vejo adolescentes..Tenho saudades desta época em que tudo é novo e o futuro é apenas um parente de quem a gente ouve falar, mas com o qual a gente não tem muitos vínculos! rsrs..Analu, minha vida seria menos linda sem o seu blog..te adooro!!
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