Foi na aula de cinema, hoje cedo. Aquela quarta feira cinza e fria, depois de feriadão. Sala de aula cheia e todo mundo bem empolgado. Só que ao contrário. A professora então resolveu atiçar. Era pra gente fingir que ia fazer um filme e criar um roteiro. Mandou alguém jogar um tema, a menina falou AMOR, todo mundo riu, eu resolvi fechar meu livro e ver o que ia rolar de interessante.
A professora falou que a história ia começar na primeira carteira e terminar na última, do outro lado da sala. Eu sou a quarta da primeira fileira. A primeira disse amor, a segunda disse que era uma menina jovem, a terceira disse que a menina jovem estava apaixonada pelo homem mais velho, e quando a sala inteira ria e falava que eles iam casar eu acabei com a graça falando que o homem mais velho era casado e não ligava a mínima pra menina. Todo mundo riu, e a história continuou. Só que a galera pirou, claro.
Sei que quando estava na terceira fileira eu desisti de ouvir o que estavam falando. Não porque o pessoal não tivesse ideias legais, mas é porque eu já tinha criado o meu roteiro e não queria ninguém metendo o bedelho nele. A galera colocou pais, faculdade, tempos contemporâneos e drogas na história. Até sobre bissexualidade eu juro que ouvi alguém falar. E enquanto isso, a minha protagonista se chamava Alice, tinha 18 anos, tinha nascido no Brasil e mudado para Paris aos 2. Alguém tinha dito que esse cara mais velho era professor dela. Achei interessante. Sendo assim, Alice, a mocinha de 18 anos que só usava cor-de-rosa e boinas brancas, se apaixonou por seu professor de pintura. Claro, aulas de pintura! E só pintava margaridas, a Alice. Alice guardava essa paixão doce por seu professor, no maior esquema platônico way of love, até porque, ela é uma entusiasta do amor eterno. Jamais se declararia a um homem casado. E lá ia Alice, pintando suas margaridas e viajando nos olhos do professor, Pierre, enquanto ele explicava sobre tonalidades e pincéis. Até que um dia, ao sair da aula, Alice esbarra com Luca, que deixa cair seus livros. Os dois se encantam, é amor a primeira vista! Logo ela descobre que Luca é o filho do professor, e tem os mesmos olhos. Os olhos que ela tanto ama. E aí ela e Luca se apaixonam pra sempre, se casam, tem duas filhinhas (Pauline e Violeta) e são felizes para sempre. Ah, sim, o filme é todo em um tom meio sépia, algo como o efeito Anos 60 do Picasa.
É isso. Enquanto a galera criava confrontos matrimoniais, pais entrando na briga, professor pegando outro homem e clínicas de reabilitação, eu já estava com a cabeça encostada na janela, sonhando acordada com a história da minha Alice, suas margaridas e seu Luca.
Ai de mim que sou romântica!
Aaah que fofa essa história. Que tal escrever ela e mostrar pra nós? Eu leria com muito gosto. hahaha
ResponderExcluirBeijo Amor de AnaLu. <3
Adorei a história da Alice. Nem tudio tem de ser tão difícil, não é?
ResponderExcluirOiwn meu Deus. Eu tentando voltar à ativa e já vem logo essa doçura toda, Analu? Adorei a Alice e suas margaridas. E faço o mesmo nas aulas, sempre acabo inventando começos, meios e fins pra milhares de histórias e roteiros que se passam na minha mente. Beijos, saudade *-*
ResponderExcluirAi de nós que somos românticas! hahaha
ResponderExcluirAchei uma lindeza o seu roteiro. *-*
Bem que daria um belo filme, né?
Gente, vocês não tem noção de quanta barbaridade aquele povo da sala falou. E essa história da Nalu vai virar um filme mesmo *-* VIVA VIVA VIVA O AMOR! VIVA VIVA VIVA O AMOR A PRIMEIRA VISTA!!
ResponderExcluirAh, mas sem dúvidas que prefiro sua história de Alice, em tons de sépia, do que brigas, drogas e clínica de reabilitação! Quem sabe um dia realmente sua história se transforme em filme, seu roteiro já é de uma delicadeza sem igual. Beijo, Analu!
ResponderExcluirO começo da história me lembrou muito aquele filme, Educação que te indiquei outro dia! Você vai gostar! :D
ResponderExcluirBeijo, Nalu! <3
Essa história super acontece em algum filme que eu vi! Tenho certeza que já vi disso de a garota ser apaixoinada pelo prof e depois mudar pro filho dele, talvez tenha até sido na vida real hihihi
ResponderExcluirAula de cinema na faculdade deve ser muito amor, mas escrever roteiro é MUITO chato. Meu segundo ano de ensino médio é a prova. Enfim, espero que seu filme fique bonito e você continue a espalhar suspiros por aí <3
Ah, esse ano meu professor do inglês inventou de fazer uma brincadeira desse tipo e, sabe, as pessoas não sabem criar uma coisa bonitinha, é de praxe elas aloprarem as histórias. Acredito que se eu estivesse em seu lugar, também criaria algo bem bonitinho, bem parisiense. Essas mentes românticas...
ResponderExcluirBeijos! :)
Toda vez que venho aqui esses gatos ficam me observando. Seu blog jamais será o mesmo!
ResponderExcluirNão gosto de participar dessas 'brincadeiras' porque meus roteiros são sempre destruídos pelo realismo alheio. Pra mim, Alice poderia ser aluna de uma escola pra mutantes, mágicos, bruxos, superdotados ou qualquer coisa assim. O professor poderia ser, na verdade, o vilão da história que quer matar a mocinha ou tem um amor obsessivo por ela e resolve sequestrá-la. Vai vendo...
Ola Taryene, eu entendo que ficar na nossa zona de conforto e seguir apenas o nosso roteiro é muito mais facil. Mas sua historia alem de infinamente delicada, foi cliche né? O professor pierre, gostosao, que da aulas de pintura em Paris? Quem sabe se voce tivesse ouvido toda a historia da sala, por mais maluca que fosse voce se abriria para novas aventuras?
ResponderExcluirUm super beijo!
Eu amei a tua história infinitamente delicada e clichê. <3
ResponderExcluirUm beijo, Taryene.
Clichês assim podiam acontecer na vida de todos! Afinal, drogas, sexo e rock'n'roll já passou da época, né?!
ResponderExcluirMega beijo, Taryene!
Awwwn, bem a sua cara mesmo o roteiro que cê criou! *-* Quem te conhece (eu, beijo) até imagina você no papel de Alice. E na boa, eu sou igual a você: crio meu próprio roteiro. Coisa chata nessa vida é gente metendo o nariz (as mãos, as ideias) nas nossas histórias. Coletividade é para os sem imaginação. E na minha humilde opinião, os clichês dominam o mundo ;)
ResponderExcluirBeijo, TA-RY-E-NE ^^
PS: Então, Taryene, eu morria de achar que seu nome era AnaLu, olha que estranho! O.o
Amei tua história, definitivamente!
ResponderExcluirAin, preciso comentar de novo, Taryene, porque seu clichê é o mais lindo, que arranca suspiros de qualquer pessoas com sentimentos. Você sabe que amei, né amiga. Se for pra escrever desse jeito meigo e doce, nunca saia da sua zona de conforto, hahahaha. Beijos.
ResponderExcluirAi, Taryene, melhor ser romântica e clichê do que.....
ResponderExcluirenfim!
Beijos!
@ Taryene, às vezes tudo que a gente precisa é de um grande amor em Paris.
ResponderExcluirbeijo!
Típica a historia da menina que se apaixona pelo cara mais velho (e professor). Isso é Nabokov fazendo escola.
ResponderExcluirLegal o jogo. Beijo.
Um amor verdadeiro, em Paris, escolha perfeita de trama e local.
ResponderExcluirTambém sou romântica, um prolema hoje em dia, eu diria.
http://denovomaisumavez.blogspot.com/
Nana Luísa,
ResponderExcluirAdorei. Simples assim.
Bjs
Eu achei lindo e poética o seu roteiro. Consegui até imagina-lo num filme com trilha sonora francesa, tipo Amelie Poulain. Compro total a sua ideia. E sou sua companheira de história romântica e de finais felizes. De dura e complexa já basta a vida.
ResponderExcluirBeijo, Tariene Naçu!
Que bonitinha a história! Não sou muito romântica, mas tem histórias que são realmente legais de se ouvir, ler ou ver. Adoro histórias de garotas se apaixonando por professores e fico triste por nunca ter tido aula com um professor bonito ):
ResponderExcluir"A galera colocou pais, faculdade, tempos contemporâneos e drogas na história. Até sobre bissexualidade eu juro que ouvi alguém falar. "
ResponderExcluirdorgas, bissexualidade? AEAEHuaEHuahuaehuauhae até parece festa casperiana....AEuhaeuhaEuhaEuhaehueahuaehuauhae pqp
"A galera colocou pais, faculdade, tempos contemporâneos e drogas na história. Até sobre bissexualidade eu juro que ouvi alguém falar. "
ResponderExcluirdorgas??? sexualidade? eauhaehuahuae até parece festas casperianas....eauhaehuaehuaehuaehueauheahueahueauhahuhaehuaeae
Nossa muito legal!
ResponderExcluirImaginei a história na minha cabeça.