quinta-feira, 13 de setembro de 2012

“E se” simplesmente não era pra ter sido.

É uma coisa que eu penso às vezes, sabe? Assim, a liberdade é um fardo, e isso, cedo ou tarde, todo mundo descobre. Fazer uma escolha já é difícil. Eu sofro todas as vezes que vou na lanchonete e tenho que decidir entre o sundae e o milk-shake na hora de pedir a sobremesa. Agora. Se já é sacal ter que escolher as coisas, porque diabos a gente inventa de ficar pensando depois em “como seria se” tivéssemos escolhido a outra coisa?

Eu sei. Eu obviamente não sigo as minhas próprias piras ensaiadas nesse post, mas faz sentido, não faz? Se eu já perdi o ônibus, não preciso ficar pensando que tudo teria dado certo “se eu tivesse” saído de casa 5 minutos mais cedo. Porque gente, o tempo não vai voltar. Se não foi, não foi, e pronto! Convenhamos juntos que, teórica e praticamente, o “E se” NÃO EXISTE. E pronto! Se não foi, não haveria de “e ser” nada!

Seguindo com mais uma dose dessas minhas alucinadas filosofias de boteco (deviam me proibir de ficar na frente do teclado com uma tela em branco de madrugada), lembrei de um amigo meu que ficava contrariado quando as pessoas usavam a palavra “Quase”. Eu sei, também é extremamente automático. Mas vamos pensar que ela é apenas um prêmio de consolação muito do mal inventado?

Se você chutou a bola lá nos cafundó de Judas, ou se ela bateu na trave, ela simplesmente não entrou no Gol e é isso aí! Ela não ter entrado no Gol por muita distância ou ela ter QUASE entrado no gol, não fazem, na prática, a MENOR diferença. E eu nem sei, na verdade, o que dói mais. Se é não chegar nem perto, ou se é chegar bem pertinho. Eu sempre acho que quem sofre mais numa disputa é o segundo colocado. Porque ele chegou muito perto. Mas isso é só mais uma filosofia.

Na teoria, nós, humanos que gostamos de pensar, sempre vamos lembrar do “e se”, e utilizar o tal do quase. Seja pra se confortar ou pra passar ainda mais raiva. E se eu estivesse dormindo ao invés de escrever esse monte de baboseira, amanhã eu acordaria com menos sono e esse blog quase seria algo mais normal de se ler.

11 comentários:

  1. As suas divagações estão ótimas, amiga. Pena que eu seja tão neurótica e viva pensando, falando 'e se' e 'quase'. Porque, sim, acho que é neurotiquice mesmo. Ficar matutando a respeito de algo que só vai te fazer mal deveria ser proibido.

    Beijos!

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  2. A frase final resumiu muito bem tudo, viu? HAHAHAHA Eu gosto dessas divagações e é triste saber que elas fazem total sentido, mas mesmo assim a gente simplesmente não consegue colocar em prática. Acho que nascemos estragados mesmo e que os zumbot são o futuro. É isso aí.
    Beijos de quem também tá bebada na madruga boladona
    <3

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  3. é bem verdade que os seres humanos tem essa concepção de "se" e "quase" para perderem a noção de absoluto (quando o absoluto é ruim,acho). mas, eu gosto do meio-termo,sabe? me cobro demais. acho que isso me deixa mais confortável comigo.

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  4. Ah, "e se" e "quase", duas velhas amigas (ou seriam inimigas?).
    Duas palavrinhas que eu preciso ir expulsando dos meus brainstorms.

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  5. Hoje eu estou exatamente assim com a minha vida. Parada em um ponto me perguntando sobre os "e se(s)" e me apegando aos "quase(s)". Vivendo na iludida esperança de que o "e se" aconteça e de que o "quase" se torne real.
    Sempre detestei fazer escolhas, enquanto minhas escolhas mudariam no máximo a cor da roupa que eu vestiria tudo bem, agora que elas mudam todo o meu futuro é que o bicho pega.

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  6. Eu preciso falar várias coisa pra ti e vou falar em uma frase só com as letras em caixa alta expressando tudo que eu senti neste post: CARALHO guria tu é MUITO FODA.

    Sério.. o que eu mais faço na minha medíocre vida é ficar com esse diabo de "e se" na porra da minha cabeça e isso me impede horrores de andar pra frente. Eu fico parada no "e Se". Que merda. Espero que esse seu post me ajude a andar um pouco mais pra frente e parar de andar pra trás.
    Te adorei, de verdade! *____*

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  7. 1) Se você nunca for atrás do que quer, nunca vai ter.
    2) Se você não perguntar, a resposta vai ser sempre não.
    3) Se você não der um passo a frente, nunca sairá do lugar.
    4) E se viver no "e se" sempre vai se torturar.
    Somos seres inacabados em constante evolução, é muito bom saber que você sabe disso, é muito bom sempre te ver evoluindo e se contestando. Somente quem tem coragem de se contestar chega em algum lugar!!!
    É muito bom te encontrar nessa louca estrada da vida! Beijos e cinco estrelinhas pra você ;)!

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  8. E se você não escrevesse na madrugada, seu blog não seria hiperativo como você (logo, não seria tão legal).
    Acho que o "e se" é um dos meus menores problemas. Consegui me livrar dele com a simples e perigosa ilusão do futuro. Se fosse pra ser, ainda será. E se eu tivesse tentado, e se a pessoa não fosse embora, e se eu mudasse de caminho. O futuro me dirá. Porque o passado não foi muito útil nesse sentido.
    Beijo <3

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  9. Ana Luísa,

    Eu odeio "e se" e "quase" num sentido de imaginar como as coisas teriam acontecido se as nossas ações tivessem sido outras...Se não foi, não foi e pronto. Não tem mais o que dizer, o que asescentar. Simples assim.

    Muito interessante a sua reflexão de madrugada!

    Beijos e bom final de semana.

    Michas

    http://michasborges.blogspot.com

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  10. Essa pergunta faz parte da vida, é próprio do ser humano se arrepender do que não fez, se perguntar se escolheu o caminho certo... eu me cobro isso semmmpre. Desisti do Jornalismo com 19 anos. Sempre me pergunto. E se eu tivesse terminado, hoje provavelmente, eu seria muito mais feliz profissionalmente.
    Eu gosto de pensar que estes questionamentos devem ser uma alavanca, pra eu melhorar e melhorar e melhorar...
    beijos!

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  11. Sabe, eu evito ao máximo pensar em como seriam as coisas se isso ou aquilo tivesse sido diferente. E nem faço muito esforço para isso, é algo natural meu. Penso dessa forma que você colocou no post: "e se" não existe, aconteceu assim e ponto final. Às vezes, acontece de eu ter uns devaneios e ficar pensando nisso, mas em geral, é só para chegar à conclusão de que o que aconteceu de verdade é o que importa e era o melhor que podia me acontecer mesmo.
    O "quase" já é uma realidade constante para mim. É como você disse, um prêmio de consolação. Às vezes me apego nele para não me sentir tão derrotada.
    Beijos, Dani.

    www.semformolnaoalisa.blogspot.com

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