Alice bem que quis atender na minha frente, mas eu sou incrivelmente forte (no sentido literal da palavra) quando estou nervosa, e empurrei a pobre coitada no sofá pra eu poder chegar primeiro ao telefone. E era a minha mãe. Mães tem um dom incrível de ligar na hora que a gente está esperando uma ligação importante de outra pessoa. Mas tudo bem, pelo menos ela me acalmou um pouco. Mesmo assim eu tive que cortar o assunto e desligar de pressa. Podiam ligar do hospital a qualquer minuto.
Alice e Helena cismam em ficar em volta de mim. Já me ofereceram 10 copos de suco de maracujá, e eu nem sei por que. Ok, talvez eu saiba. Estou rodando há 2 horas em volta do telefone, simplesmente não consigo sentar. Já ameacei pegar a chave do carro e voltar pro hospital umas 15 vezes, mas, não sei como, elas ainda estão tendo o poder de me proibir de fazer isso. Eu estou ansiosa. Mas ele está na UTI. A única coisa que vai mudar se eu estiver lá é que estarei rodando em volta do sofá do hospital, e não do meu.
Ando, ando, ando, e só tomo um banho porque consigo convencê-las a me deixarem levar o telefone pro banheiro. Tento empurrar alguma coisa pra dentro do estômago, saco vazio não para em pé, e de repente percebo que são 2 horas da manhã. Por hora, acho até melhor que não liguem. Ninguém liga pra dar notícia boa de madrugada, né? Ou ligam?
Minhas amigas decidiram me convencer de que não, eles não vão ligar antes das 6h da manhã. Dou uma checada nos nossos 3 pares de olheiras e decido que precisamos dormir um pouco. Não sei como elas me obrigaram a dormir longe do telefone, mas elas conseguiram. Então acabei dormindo na minha cama, abraçada com a Liloca. Liloca é minha gata siamesa. Ela é mau-humorada, mas sabe quando eu preciso dela. E mesmo estando sem receber atenção nenhuma desde que todo esse desespero começou, ela faz questão de ronronar no meu ombro e se aninhar no meu braço pra dormir ali do meu lado, deixando claro que ela me ama e que estará ali pra tudo. Penso que não conseguirei dormir mais que 20 minutos, mas que ao menos as patinhas peludas dela vão me confortar. A sensação que eu tive foi de que eu tinha acabado de fechar o olho quando Helena apareceu cutucando meu ombro. Dei um pulo da cama e vi que eram 6h03 da manhã. Alice estava na porta, com o telefone sem fio na mão: - Ligaram do hospital.
OBS: Essa é a quarta parte de um conto mafioso escrito a muitas mãos para comemorar o 1º aniversário da máfia! A primeira frase do meu texto é um link. Na verdade, é o final do texto da Marcella, que foi a 3ª! A próxima parte da história você confere amanhã, no blog da Rhaíssa!
ahuahuaauh a entrada da Liloca foi amor <3!
ResponderExcluirAi, Deus! Eu sei que é a gente que vai continuar o texto, mas parar assim, ai, preciso saber o que vai acontecer! Porque ligaram? Quanta ansiedade, huahuauha.
ResponderExcluirmuito bom!
ResponderExcluirAcho que tá na hora de mudar pra [29], já que não serão trinta mesmo... Mas enfim, gostei bastante do seu texto! Você foi esperta e manteve as coisas no lugar, sem adicionar coisas demais pra não ficar sem conclusão depois e dando a ênfase necessária ao ato de se esperar um telefonema do hospital. Meu problema - acho que só meu - é que não consegui visualizar esses personagens ainda, pra mim eles estão muito longe de serem humanos e de possuírem sentimentos passíveis de serem reais, mas sua pegada quanto ao sentimento do telefone começou a quebrar isso em mim. Vamos ver o que vai dar!
ResponderExcluirTe amo <3
Peraí que eu vou lá sacudir a Rhai rapidinho pra ela me contar o que vai acontecer! Que dó da nossa Diana! Estou ansiosa pra chegar a minha vez.
ResponderExcluirAdorei a sua parte, Nalu! Gosto muito dos seus contos.
Beijos
ahhh mas eu devia saber desde o começo. Menina tava aqui com o coração na mão e aí lembrei que você tem mesmo uma irmã chamada helena e comecei a ficar desesperada achando que tinha algo a ver com algum familiar seu, tão cheio de verdade que esse seu trecho está! vou correr pra ler os outros, porque contos são os meus queridinhos!
ResponderExcluirps: vocês está lendo Kevin! você está lendo Kevin. olha. só digo: o melhor (e mais pesado e incrível livro) de 2012 pra mim. beijos
Também li Kevin, Flá. Livro intenso. História surpreendente. Mas confesso que achei o filme um lixo. Estranho direções não hollydianas rs
ExcluirO que será que vem nessa ligação? meu Deus!
ResponderExcluirTá muito intrigante!
Liloca é um nome muito fofinho! Adorei a presença de um bichinho na nossa história! <3
beijos, Analinda <3
Adorei a ideia!
ResponderExcluirCARALHO. Eu fiquei tensa, principalmente por continuar a história sem dar um desfecho pra ela! Que saco, prefiro coisas mais pautáveis. HAHAHAHA Mentira. To amando isso e tá ficando tão lindo, tão lindo. To apaixonada pela nossa história em conjunto!! AAAAAAAAAAAAAAA!
ResponderExcluirTe amo te amo!
beijos
Vocês são foda, bicho! Meu Deus! Amei que você acrescentou uma gata na parada, amiga, porque contribuiu pro cenário que eu pintei na cabeça...
ResponderExcluirAnalu, acho que você deu conta da angústia dessa espera. Eu li seu texto três vezes e em todas senti a angústia da Diana. E achei fofa a entrada da gatinha, viu?
ResponderExcluirAdorei, amiga! Ficou bom enquanto continuação e solto também. E, sim, a entrada da Liloca foi fundamental.
ResponderExcluirBeijo!
Peguei a série no meio, mas já tô intrigada pra saber quais foram as notícias do hospital!
ResponderExcluirAI QUE AFLIÇÃO!!!
ResponderExcluirJá amando e sendo Liloca.
<3
aff que aflição...ahahahahaha
ResponderExcluirTô quase chorando aqui! Liloca é eu apelido para a minha família! E quem começou a me chamar assim foi minha vó que já faleceu. Amo Liloca! Amo Analu!!!!
ResponderExcluirBeijos
Uau! Quero saber do resto. Adorei.
ResponderExcluirMeninas talentosas.
beijos paulistanos.