“Do latim Cuor Agire. Quer definição melhor para ser corajoso do que agir com os sentimentos?”, disse Maria Ribeiro, certa vez, em sua coluna na TPM. Eu nunca mais esqueci essa frase, porque achei incrível.
Coragem é uma palavra muito bonita. E é forte. E é bom lembrar que corajoso não é aquele que não tem medos. É aquele que os enfrenta. E hoje eu estava pensando em Coragem, simples assim. Aquela coragem que vem do amor. E lembrei de 3 situações bem diferentes.
Uma delas foi quando eu peguei um avião pra São Paulo no dia 18 de agosto pra passar o final de semana passeando com uma porção de amigas que eu não conhecia. O povo gosta de meter o pau na internet, né. Falar que é um perigo e coisas do gênero. Até eu era retardada quando era mais nova e achava que sabia de tudo (Santa Adolescência) e achava um absurdo pessoas que se conheciam pela internet. Mas um dia eu tive coragem de fazer um blog e escrever por aí o que eu achava da vida. E aí eu tive coragem de perceber um belo dia que aquelas pessoas que apareceram por essas linhas eram minhas amigas. E então de repente todas nós tivemos coragem de confiar que existíamos, e então, finalmente, demos nossos abraços reais, depois de tantos virtuais trocados. E vejam só, ninguém era pedófilo, nem sequestrador, e todas saímos sem nenhum arranhão do passeio.
Outra foi quando eu, que há poucos anos atrás não tinha coragem nem de cantar um atirei-o-pau-no-gato na frente de 2 amigos, subi num palco em novembro do ano passado pra apresentar uma peça infantil, de peruca rosa na cabeça, roupa de paquita, e cantando dois solos. Foi tão feliz aquela sensação depois da estreia! Porque eu tinha tanto medo de cantar que eu já tinha medo do medo. Porque eu passei a noite quase que em claro, e tinha certeza que na hora ia me dar uma falha na garganta, ou um branco total na letra da música. Mas não. Eu fui lá, cantei, devo ter desafinado horrores, mas eu consegui!
Uma delas foi que quando eu tinha uns 14 anos eu li em um blog uma mãe falando que achava uma crueldade os bebês terem que levar agulhadas para tomar as vacinas. A ideia dela era que as mães tomassem e o bebê recebia os anti-corpos pelo leite. Eu, do alto de minha egoística-adolescência e do meu pavor de agulhas, dei de ombros e pensei: “Mas nem a pau! Já tomei todas as minhas, meu futuro filho que encare as dele, faz parte da vida”. Grande mãe, eu, aos 14 anos. Aí, há mais ou menos 1 ano e meio, lembro que meus tios e primos vieram aqui em casa jantar, e a Anna, claro, veio junto. E ela tava meio mancando, e toda magoadinha e com febrinha, porque tinha tomado vacina na coxa e estava com dor e com reações. E ela sentou no sofá, fazendo biquinho e magoada por causa da dor. E eu olhei nos olhinhos dela e chorei. Foi quando eu, do alto dos meus, então 18 anos, e também do meu pavor de agulhas, percebi que eu tomaria qualquer injeção no lugar dela só pra não ter que ver aqueles olhinhos magoados de dor. Eu. Tendo ideias sobre tomar agulhadas no lugar de alguém. E nem precisei esperar meus filhos!
Se isso não for amor.. Eu juro que não sei o que é.
Olha aí minha melhor amiga!
Amiga, que texto LIN-DO!! É uma graça isso, né? Isso que o amor faz com a gente. De um dia pro outro, nós nos tocamos que faríamos qualquer coisa por uma outra pessoa e, assim, sem pensar duas vezes. Existem tantas pessoas pelas quais eu faria coisas inimagináveis... Entendo muito bem - e acho lindo - esse seu amor pela Anna! Vocês duas são lindas. <3
ResponderExcluirBeijos
Que coisa linda, amiga! Lindo esse texto. Já disse que acho uma graça esse seu amor pela Anna, né? E essa foto está incrível, suas lindas! Essa coragem toda, amiga, é o afeto que traz. Pode ter certeza. E, sim, nós fomos corajosas naquele inesquecível dia 18. E nossas mães também. Que bom!
ResponderExcluirBeijos!
Que coisa mais linda esse texto, Analu. E agora que você falou de filhos, acho que o ato de ter um filho é o maior ato de coragem que alguém pode ter. Eu, pelo menos, já pensei muito em não ter um filho por medo. Medo de não ser boa mãe e estragar o pobre coitado pelo resto da vida como muitas mães erradas fazem, medo de não saber agir, de não conseguir cuidar, de não ter todas as respostas, de um dia querer jogar tudo pro alto. Parir demanda muita coragem, mas não é que a gente sonha com isso e um dia teremos nossas criar lindas e loiras ao nosso redor, sem duvidar um segundo de que foi a coisa certa a fazer?
ResponderExcluirAh, e uma das coisas mais legais de ter coragem é que depois que a gente enfrenta essa barreira, a recompensa é sempre tão grandiosa, né? É uma conquista mesmo. Tipo a gente. Ai ai ai. #bichas
beijos
coisa linda chefa! Todo mundo dizendo isso porque é verdade, ainda mais a parte da internet que eu fiz questão de compartilhar no FB, se tem coisa ruim na web? Tem, tem sim! E MUITA, mas tambem tem a máfia, tem amor, tem cumplicidade e tem a gente podendo ver essa fofura da Anna e todo o seu amor por ela!
ResponderExcluirCoragem é uma coisa engraçada e bem abstrata na minha opinião, mas é forte que nem o amor (;
bjbj
Abiga, primeiro que o primeiro parágrafo matou a pau. Não sabia de todo esse significado da palavra coragem. Tudo a ver! E véi, na boa. Acho que a gente acaba adotando os primos/irmãos como filhos, porque olha, surreal. Sentimento infinito. E ah, você tá diva absolut na foto. Te abo!
ResponderExcluirQue lindo esse texto! Amei o primeiro parágrafo e já pensei em fazer um texto inteiro relatando esse fato, mas ah... A Anna é tão fofa <3 E a Lucy era tão linda que não vejo a hora de poder revê-la! Te amo <3
ResponderExcluirque fofa vc, a gente depois de um tempo sempre descobre que os sentimentos são muito maiores que qualquer racionalidade
ResponderExcluirQue lindo o jeito que você fala de coragem, Ana Luísa! Principalmente sobre vencer o seu medo de agulhas para não deixar a linda menininha sofrendo! Aliás...ela é sua irmã? Muito fofa!
ResponderExcluirBoa semana para você!
Beijos,
Michas
http://michasborges.blogspot.com
aaaai que lindaaaaas *-*
ResponderExcluirque coisa mais liiindaa, e olha só, vc tem uma capacidade incrível de prender as pessoas ao texto do início ao final, muito bem!
ResponderExcluirAna Luísa, é este o seu nome, não é?rs.
ResponderExcluirÉ isso aí linda! Simples, direta e indolor - provando que ter coragem não é ter ausência de medo e sim, é ter persistência apesar do medo. Adoro seus textos! Bjukas sabor saudade!
A única coisa que quero dizer após ler esse texto é: aww *-* que coisa mais fofa. Sério. E isso de tomar vacina no lugar do outro para mim é uma das definições de amor. ♥
ResponderExcluirBeijo!
"Foi tão feliz aquela sensação depois da estreia!" lógico né...eu tava lá...como não seria feliz? AHAHAHHAA
ResponderExcluirainda volto pra curitiba pra ver outras peças dessa atriz lorinha sensacional que eu sinto tanta falta...
Que texto lindo, sem palavras *-* Teu blog é lindo!
ResponderExcluirseguindo(: Volto mais vezes!
http://jessicakelle.blogspot.com.br/
Coragem é uma palavra forte, e quando encarada na prática nos faz assumir tantos riscos, quanto nos faz surpreender com aquilo que conseguimos enfrentar depois de um gesto de coragem, e como o final do texto deixa bem claro, coragem é com certeza um gesto de amor, e é ai que ela acontece.
ResponderExcluirLindo texto!