terça-feira, 27 de março de 2012

Sobre uma tarde com vocês três.

Anna, flor, lembro da primeira vez que fui com você ao parquinho do restaurante. Você tinha uns 10/11 meses, eu mal terminei de almoçar e já fui toda orgulhosa levar minha boneca pra brincar no parquinho. Você sentou na piscina de bolinha, na casinha, na cama elástica, e como andou aos 9 meses, aos 11 já se sentia a própria maratonista, e corria no meio dos brinquedos e das crianças maiores, enquanto eu corria doida atrás de você, colocando a mão em todas as possíveis pontas, e tomando cuidado com as crianças tão grandes de 5 anos que poderiam te atropelar. Todo mundo falava que você era linda e me perguntava o seu nome, e eu respondia toda feliz. Meu assunto preferido sempre foi você.

Desde então, sempre que vamos a esse restaurante, eu já vou preparada pra almoçar rapidinho, levantar da mesa e ir brincar com você. Um pouco mais novinha, você já foi ficando mais esperta, claro. Mal sentava na mesa, já olhava pra mim e falava: “Parquinho, Lu”. Eu nunca resistia aos seus encantos. Comia 3 garfadas do meu almoço e corria levar você pro teu pequeno paraíso.

Domingo fomos lá de novo. Eu cheguei antes e fiquei esperando vocês na grade do restaurante, feito uma criança esperando o papai Noel. Aí vocês duas chegaram, lindas, loiras e encantadoras, como sempre. Tia Amélia veio antes com a Nina no colo, e eu rapidamente raptei. Ela estava uma coisa de polaca, com um vestidinho xadrez de branco com vermelho e uma faixinha na cabeça, e foi só dela que eu consegui tirar foto, porque ela ainda não tem capacidade de fugir da câmera:

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Pois logo chegou você, saltitando, com vestidinho rosa e lacinho rosa no cabelo. Eu estava amassando a Marina ainda, e você virou toda dengosa e sussurrou no ouvido da sua mãe: “Eu quero ir no colo da Lu”, já preparando o biquinho. Coitadinha da Marina, acho que nunca vou conseguir amassá-la o suficiente. Na hora já entreguei a pequena pra poder me fartar com você, que logo avisou: “Lu, sabe quem vai no parquinho com a gente hoje? O Gu!”. Gu, meu priminho Lord de quase 6 anos, uma das crianças mais educadinhas que já conheci, mas que eu vejo menos que as meninas. Ele é seu ídolo, né, flor? Você estava super empolgada com a futura presença do Gu no parquinho. Coisa linda.

Ainda estávamos na fila de espera do restaurante, garçons correndo pra lá e pra cá e aquele cheiro de comida que só Deus. Comentei: “Nossa Anninha, estou com fome!”. Você disse que também estava e fomos sentar no sofá com o resto da família. Não deu 10 segundos e você falou com sua mãe: “Mamãe, eu e a Lu estamos com fome, viu?”. Deus o livre passarmos fome, né, amor? Tem que contar pra todo mundo mesmo.

Te levei no parquinho enquanto ainda não tínhamos mesa, e logo depois, voltamos para almoçar. O Gu chegou, todo lindo e elegante, com óculos estilo ray-ban pendurado na camisa. Quase morro com esse menino, que eu não via desde o ano passado. Me abraçou forte e disse que estava com saudade. Quase roubei o bichinho pra mim. Almocei enquanto o Gustavo comia quietinho de garfo e faca, e fazíamos malabarismos pra você comer, do tipo de ter que colocar queijo ralado em cada colherada, pedir pra ver a bocona do leão, ou mesmo a sacada ótima do teu pai, que ensinou que o gnhocci tinha esse nome, porque na hora de comer a gente tinha que gritar: NHOC!

Pratos limpos e impaciências à parte, finalmente fomos para o parquinho. Eu, você e Gustavo, que a Nina ainda é pequena e estava no décimo sono. E então a mesma menina que aos 11 meses já saía correndo no parquinho, de repente subiu a escadinha de uma vez só e estava no alto da casinha de madeira, enquanto eu, morrendo de medo de você despencar de lá, ficava olhando por baixo e falando: “Vai pelo escorregador, Anna, vai!”. E não só você desceu rapidinho como depois já queria subir de pé, mas isso ainda é demais pro meu coração. Daqui a 2 anos eu deixo.

Mas você estava lá, tão desenvolta e linda, vestida de cor-de-rosa, que eu parei pra pensar que, meu Deus, você cresceu debaixo do meu nariz! Não muitos minutos depois, o Gu achou uma amiguinha da escola, que puxava ele pra tudo quanto era lado, te deixando bem magoada de ciúmes, e aí, você sentou no meu colo, fez o maior bico de sofrimento, e disse que queria brincar com o Gu. Tadinha. Tão novinha e já aprendendo o quanto essas coisas machucam. Confesso que fiquei com vontade de roubar o Gu só pra você e dar um sumiço na coleguinha espevitada. Pronto, falei.

Mágoas a parte, ainda voltei pra mesa pra tomar meu morango com chantilly. Logo depois a Nina acordou e eu aproveitei pra dar altos cheiros nela, até que você voltou, pediu meu colo de novo, mas a gente conseguiu te convencer de que a Nina também sente saudade da Lu.

E depois do almoço fomos todo mundo pra casa dos seus avós. E teve uma hora que eu deitei no divã com a Marina sentada em cima da minha barriga, o Gustavo de um lado, e você do outro, os dois adulando a pequenininha, e eu ali, no meio dos 3. Um daqueles momentos que a gente quer pausar pra viver por um bom tempo…

Gustavo, Anna Beatriz, Marina. Vocês são o meu maior presente.

12 comentários:

  1. Nana Luísa,
    Amei o seu texto. Ou melhor, a narrativa de um dia feliz.
    Me vi um pouco em você, quando eu trocava os melhores programas para passar horas com você e sua irmã.
    Beijos e muitas saudades.

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  2. Todas baba nos gurizim, môdeuso! *-*
    Vou roubar todos um dia! Espera pra ver, rs
    ;*

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  3. Babei na foto da Marina. Os três parecem ser as coisas mais fofas do universo, Nalu! Também sou louca por crianças e tenho 4542534456... primos, mas eles já estão crescendo. A menorzinha vai fazer 2 anos, dá vontade de apertar até os olhinhos saltares. Esses pequenos são gostosos demais!

    Beijos

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  4. Esse texto me lembrou que quando eu tinha uns 7 anos era responsável pelos filhos da minha prima, que viviam na minha casa e são meu xodó até hoje, vivo dizendo que os criei. Um dia eu estava cansada de brincar com eles e deitei no sofá pra fazer drama e eles vieram pedir pra brincar e eu disse que não porque eles não me amavam, daí três crianças fofas, as mais fofas do mundo para mim na época, correram e pularam em mim, me encheram de abraços e beijos e disseram "é claro que a gente te ama! Sempre vamos te amar!" e foi tão lindo e enfático que sempre que estou triste me lembro daquilo. Lembro que aquelas três crianças me amam. Mesmo que seja só pra eu ir brincar com elas. E eu fui brincar depois disso e foi a brincadeira mais feliz da minha vida. Porque amor de primo, ainda mais desses fofos que a gente vê nascer e crescem no nosso umbigo, é o melhor e mais sincero que pode existir. Temos sorte!
    Beijos

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  5. Ah, que amor de texto, amiga! Eu bem sei do seu amor lindo e doce pelos teus priminhos. Marininha e Anna são umas coisas! E em breve vou poder presentear as duas ;)

    Gustavo! Eu acho esse nome liiiindo demais e suas descrições dele já me deixam com vontade de apertar esse bonitinho.

    Eu sou muito apegada com os meus priminhos, de verdade, mesmo os maiores. Basta a gente se reunir pra morrer de tanto dar risada (:

    Beijo!

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  6. Ai AnaLú, querida, que post gostoso.
    Me deu vontade de chorar porque lembrei dos meus pequenos (por aqui são Bruno, Duda e Miguel) e me dói no coração ver que eles estão crescendo. Você já ouviu "Never Grow Up" da Taylor Swift? Então para tudo, tudo o que você está fazendo, coloca no Vagalume, acompanha a letra e choreeee amiga.
    Eu sei como é, você sabe como é, e ela canta tão lindo...

    Beijos, querida!

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  7. AHHH QUE GRAÇAAA!! <3
    Adoro sua relação com seus priminhos, fico encantada! A minha não é tão diferente, mas o problema aqui é que não nos vemos com tanta frequência - e eu quase morro de saudade.
    E, ah! A Marina tá cada vez mais lindaaaa!! <3

    Beijos, amiga

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  8. Nalu você é tão mãe que assusta! hahahahahaha seus filhos vão ser as coisas mais mimadas EVER, mas de um jeito bom.

    Beijos

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  9. Quanto amor em um almoço de domingo! Fiquei logo imaginando tudo isso acontecendo no Madalosso, pq, pelo o que você disse, super encaixava lá! E lendo seu texto lembrei de que eu era assim com meus irmãos, que são mais novos do que eu. Tomava conta deles, morria de medo quando subiam nos brinquedos - enquanto eles não ligavam a mínima pra lei da gravidade. ;D Pena que eles cresçam tão rápido!
    Beijo!

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  10. Que amor esse dia que tu teve com as crianças. Eu amo passear com a minha afilhada linda maravilhosa.
    Crianças são o ar da graça. :)
    Beijo Amor de AnaLu.

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  11. Às vezes leio estes seus posts e fico pensando: Como ela consegue? Porque olha, não tenho paciência com criança. Por mais fofa e educada que seja (e essa neném da foto parece a coisa mais angelical desse mundo!)

    Não é crueldade. Não consigo socializar com adultos, imagine com pequenos que são 1000x mais espertos. Eles passam a perna em mim :( hahahaha

    Mas mesmo assim, você descreve tanta fofura, que dá vontade de continuar tentando ^^

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  12. Delíciiiia. Gente, dá vontade de apertar os três cada vez que você fala nessas crianças lindas, Nalu. Mas já que tenho o meu Luquinhas aqui, vou apertar ele também, porque você me deixou doida de vontade um carinho de bebê :)

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