tag:blogger.com,1999:blog-3519509627745673712024-03-14T01:52:20.885-03:00Minha vida como ela éAna Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.comBlogger825125tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-58588804701954502312016-05-04T16:23:00.003-03:002016-05-04T16:23:33.976-03:00Uma pincelada sobre os perigos da insegurança, a síndrome do impostor e a fragmentação<div style="text-align: justify;">
A pessoa aparece depois de mais de 1 mês sem dar as caras e já começa de um jeito horrível: abordando que ficou um tempão sem dar as caras. Não estava pensando em tocar nesse assunto, mas acho que me tornei algo que sempre achei curioso: uma blogueira ocasional. Eu já percebi que "trabalho" com rotina e que se eu deixo com que algo pare de fazer parte do dia-a-dia e, consequentemente, pare de me fazer falta, as coisas saem do prumo. Isso foi uma parte do que aconteceu com o blog.</div>
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As outras partes tem a ver com esse título enorme que eu joguei ali em cima: estou longe de estar na minha melhor fase em relação à escrita. Esse negócio de ter virado alguém que escreve mais ocasionalmente que rotineiramente só tem me feito implicar cada vez mais com o que escrevo. "É só mais do mesmo", "como foi que me disseram que eu sabia fazer isso e eu quis acreditar" e outras coisas do gênero. Não é desejo de confete, é insegurança e descrença mesmo - e se vocês conhecem o sentimento de de repente ter certeza que não faz a menor ideia de como fazer algo que sempre acreditou que conseguia fazer bem vocês imaginam como eu ando me sentindo. </div>
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Basta uma pitada de insegurança e uma boa dose de síndrome do impostor para a gente ter certeza que nunca mereceu o lugar onde esteve. Penso em textos bons que já escrevi e ao mesmo tempo que penso que nunca mais conseguirei escrever outro daquele penso que é melhor nem ir lá relê-lo, já que o risco é grande de que, no fim das contas, NEM ELE seja bom. É complicado.</div>
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Junto com tudo isso vem a fragmentação. Paloma comentou sobre isso no blog dela dia desses e caiu feito uma bomba no meu colo: se eu resolvi falar do cotidiano na newsletter, fazer reflexões literárias na Pólen e guardar os temas mais complexos para mim mesma já que acho que não estou conseguindo escrever direito sobre eles... bem, o que sobra para o blog? As teias de aranha? Espero que não. A questão deve ser tentar se reinventar, de certo. Ou reinventar isso aqui. Ou tentar inserir de novo na rotina. Ou voltar a acreditar minimamente que eu sei o que eu estou fazendo. Ou tudo isso junto. </div>
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É engraçado como a gente cospe para o alto e deixa cair no meio da testa: uma coisa que eu sempre detestei em blogueiros ocasionais era essa mania de aparecer uma vez por mês no blog e... falar do sumiço. Falar que vai voltar. Falar que está tentando. Pois sinto que é isso que estou fazendo aqui desde outubro do ano passado, com alguns intervalos de drops interessantes. A maré tá horrível, mas eu sei fazer melhor que isso. Ainda tem alguém aí?</div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-547501066817591992016-03-13T20:09:00.000-03:002016-03-14T01:01:57.614-03:00Desculpa (por existir e por me desculpar tanto)<div style="text-align: justify;">
Eu não sou uma pessoa rancorosa. Eu carrego esse anti-rótulo (?) comigo mesma há muito tempo, acho que desde um dia, lá na época do colégio ainda, quando eu aprendi que eu nunca queria ficar brigada com as pessoas e que não tinha problema nenhum em pedir desculpas - mesmo que a culpa não fosse minha - só para acabar com a briga de uma vez. Sempre tive pra mim que isso era muito nobre, inclusive, pedir logo desculpas, independente do que estivesse acontecendo, para cessar a briga de uma vez e aproveitar a vida, "que é muito curta para ficar brigada com alguém", outra dessas verdades de botequim que eu sempre entoei na minha cabeça e na dos outros.</div>
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Estava pensando nisso tudo esses dias, mais uma vez, após conversar com a minha amiga e conseguir elencar para ela tudo aquilo que eu devia conseguir elencar sozinha: às vezes, também, é muito importante ter pra gente mesmo que NÃO, nem tudo é nossa culpa e que NÃO, às vezes não é legal assumir qualquer frustração do outro e/ou desentendimento superficial ou sério somente para que tudo pareça mais tranquilo, a conversa se resolva logo e a gente ainda saia feliz por ter sido o "maduro" da situação - ou chateado por acreditar piamente que a culpa é toda sua.</div>
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Refletindo sobre esse ato, o de se desculpar, lembrei de algumas passagens:</div>
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<li style="text-align: justify;">De uma vez que fiquei muito brava quando um amigo meu me disse, depois de anos de amizade, que 90% das vezes que brigamos foi claramente culpa dele e eu sempre tinha sido a pessoa a pedir desculpas. Quando ele disse isso, rindo, eu me senti tão ridícula que não tive resposta para dar. </li>
<li style="text-align: justify;">De uma vez que um outro amigo ficou brigado comigo por meses a fio, sem sequer me dizer o motivo, enquanto eu, insistentemente, pedia desculpas TODOS OS DIAS sem nem saber o que eu tinha feito. Até hoje ele nunca me contou o que aconteceu, mas um dia, do nada, voltou a falar comigo, disse que a raiva tinha passado e, <i>de quebra</i>, me contou que o fato de eu ter ficado todos os dias pedindo desculpas sem nem saber porquê conseguiu irritá-lo mais do que o tal do motivo da briga: "Se você me pedia desculpas tão tranquilamente sem nem saber se realmente se sentia culpada pelo acontecimento, quer dizer que não se importa tanto, que pedir desculpas para você é banal". Mais uma vez fiquei sem palavras.</li>
<li style="text-align: justify;">De um texto que eu li sobre como é errada essa mania de impor às crianças, feito robôs, que elas devem olhar para o amiguinho e pedir desculpas imediatamente após tê-lo machucado. A situação deve ser conduzida de outra forma, e não de uma forma que induza uma criança a pedir desculpas sem que ela esteja se sentindo culpada, porque assim parece que um pedido de desculpas, ainda que fajuto, será sempre capaz de resolver tudo - ou, ao menos, de botar panos quentes.</li>
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Isso tudo me faz pensar que tem palavras que a gente diz demais e que acabam perdendo o sentido no meio do caminho. Me faz pensar que a gente, talvez, não tenha que pedir desculpas quando não se sente culpado só para dar um jeito nas coisas: por mais que a intenção seja, a princípio, nobre, não é bacana (principalmente) consigo mesmo aceitar estar numa relação onde você tem sempre que se assumir culpado para ficar tudo bem. Uma hora a bomba acaba estourando, de um jeito ou de outro, e você ainda pode ser obrigado a ouvir, de alguém dando gargalhadas, que você pedia desculpa até quando a culpa não era sua. Me faz pensar no quão errado é tornar automático o pedido de desculpas quando você simplesmente não se sente culpado ou nem sequer sabe o que fez. E <i>last but not least</i>, me faz pensar no quão perigoso e pouco saudável é a ideia de se culpar o tempo todo.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHiA3WlAJajNSycSHLUkUh7K5YAEkT9-7HyCG64XH4dCQ5VTeuN-aQWq4cWT3rvw2szDvDATzvG6hBns0lX6cWFRHOS-AY1LXMqf7KTvQ-kEl6EUbPL7GmnzDhaaRnv5OhMTWy2sDfc7Y/s1600/adele+sorry.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHiA3WlAJajNSycSHLUkUh7K5YAEkT9-7HyCG64XH4dCQ5VTeuN-aQWq4cWT3rvw2szDvDATzvG6hBns0lX6cWFRHOS-AY1LXMqf7KTvQ-kEl6EUbPL7GmnzDhaaRnv5OhMTWy2sDfc7Y/s510/adele+sorry.gif" width="510" /></a></div>
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São dois caminhos porque, no meio dessa análise toda, consegui compreender dois lados distintos da questão: o de pedir desculpas toda hora sem se sentir culpado e o de pedir desculpas toda hora por se sentir culpado sempre. Tem algum pedidor de desculpas lendo esse texto maluco? Então vamos frisar junto/as: <b>nem sempre somos culpados</b>. Na grande maioria das vezes nem existe um culpado em uma situação ou discussão. É só a vida e as frustrações que ela inevitavelmente gera, e se a gente se culpa o tempo todo pelas frustrações do outro isso não vai levar ninguém a lugar nenhum: nem o outro e nem a gente.</div>
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Se culpando toda hora a gente tira do outro a carga que ele tem que aprender a carregar quando é a vez dele - e coloca nos nossos próprios ombros. E como é fácil colocar nos nossos próprios ombros, não é não? Às vezes também, como eu disse ali em cima, nem é culpa do outro. Não precisa ser culpa de ninguém. Coisas acontecem (e não acontecem), a vida acontece (e não acontece também). Neil Gaiman disse uma vez que um dos grandes problemas das pessoas é que a gente vira e mexe se esforça para ser gentil com os outros e esquece de ser gentil com a gente mesmo. Preciso começar urgentemente a aplicar esse exercício: antes de me sentir a pior das criaturas por algo que não é <i>my shit</i>, melhor relembrar que também tenho ser gentil comigo para poder ser melhor com os outros.<br />
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Agora se o âmbito for o outro caminho, o de pedir desculpas sem estar culpado, acho que o exercício é diferente. Elaborando mentalmente o que o amigo do segundo tópico disse, percebi que é realmente mais fácil pedir desculpas quando a gente não se sente culpado at all. Era muito fácil pedir desculpas para a minha amiga quando ela se estressava atoa, ficava de joelhos na carteira da escola e começava a gritar comigo - se eu pedisse desculpas logo ela ficaria sem graça, eu ficaria de boas, a gente ia voltar a conversar normalmente e tudo acabaria bem, era só isso, eu não tinha culpa. </div>
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O buraco é mais embaixo quando a gente tem (ou não tem, mas sente) culpa de verdade: o dia que eu gritei com a minha tia e pensei que precisava pedir desculpas fiquei mais ou menos 1h inteira batendo os talheres no almoço pensando na treta que era levantar a cabeça e pedir desculpas de uma vez. Posso estar errada, mas acho que na maioria das vezes esse é um bom parâmetro: se pedir desculpas não é nem um pouquinho incômodo é porque, nem que seja lá no fundo, a gente não está sentido a culpa (ou a vergonha, que seja) pelo que fez.<br />
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Se dá para piorar a situação e os questionamentos, ainda consigo pensar rapidamente se o ato de pedir desculpas de uma vez não acaba tornando tudo muito confortável:::: a gente se acostuma tanto a pedir desculpas mesmo sem estar culpado que, de repente, para se autoavaliar e acredita que está pedindo desculpas sem estar culpado ATÉ quando está culpado - e quando a gente é culpado de verdade é importante sim aceitar as cargas da culpa, PELO MENOS com o intuito educativo, afinal de contas tem coisas que a gente precisa errar e internalizar para aprender com propriedade. ENFIM, muita água e muita margem para apenas um cérebro problematizador, alguém tá afim de debater?</div>
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Esse texto não tem conclusão. Vocês sabem que minhas filosofias de botequim (ou seriam <a href="https://twitter.com/analubussular/status/707435488882327553">sociologias de pia de cheia de louça</a>?) nunca terminam concluídas porque não passam de uma agitadíssima auto-reflexão que eu prefiro, ao menos, deixar registrada antes de simplesmente deixar passar. Parafraseando Caio F., <i>escrevendo eu me escuto pra caralho </i>- e vai que, de quebra, ainda não acaba servindo para alguém? </div>
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Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-73926660649232920262016-03-09T11:21:00.000-03:002016-03-09T11:21:09.535-03:00Leituras de janeiro e fevereiro<div style="text-align: justify;">
Eu disse para mim mesma (e para vocês) que eu queria sair da inércia e levei isso tão a sério que levantei a bunda da cadeira e gravei um vídeo! Tudo isso porque recentemente eu me viciei no youtube e passar a tarde vendo vídeo de pessoas tagarelando me dá muita vontade de tagarelar também - e também porque esse ano eu invoquei numa proposta de vídeos bimestrais sobre leituras ao invés de acumular tudo e fazer um vídeo de 50 minutos no final do ano que só as BFF tem paciência de assistir. Vamos ver se funciona.<br />
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(Aproveito para convidar todos a fingirem comigo que o título do vídeo cortado na miniatura foi proposital & cool e não uma falha no tamanho da imagem que eu só descobri quando fiz o update no youtube e fiquei com preguiça de consertar)</div>
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Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-67376257572181264162016-03-07T08:41:00.003-03:002016-03-07T08:43:57.273-03:00Sobre a inércia<div style="text-align: justify;">
Eu nunca gostei de física, mas se tem algo que tirei de todas as aulas desta nada distinta disciplina que fui obrigada a suportar da 7ª série até o 3º ano do ensino médio é que <i>VM é igual a delta S sobre delta T</i> e que a inércia é uma lei que prega que todo corpo que está parado tende a continuar parado.</div>
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Acho que comecei a entender mais ou menos o que isso queria dizer quando estava no olho do furacão do meu segundo ano de faculdade. Se alguém me perguntar como sobrevivi a 2011 eu não saberei dizer. É claro que eu sei que muita gente se vira nos 30 porque tem que fazer milhões de coisas todos os dias mas o câncer do vizinho não cura o meu resfriado e long story short, a verdade é que nesse longínquo ano de 2011 (parece que foi ontem) eu ia para a faculdade de manhã, para o estágio à tarde e para a aula de teatro à noite, o que fazia com que eu basicamente saía de casa às 6h40 e voltava para ela às 22h20, com um rápido intervalo no horário do almoço. Se você pensa que eu chegava e morria você está tremendamente enganado, porque os momentos relaxantes do dia devem ser aproveitados, dizem, de modo que eu chegava, tomava banho, jantava, e só então ia "viver", o que significava que era basicamente perto da meia noite que eu sentava no computador para assistir coisinhas, pegava um livro, pensava na vida, essas coisas. Eu passei 2011 inteiro dormindo uma média de 3 horas por noite - e eu não consigo lembrar de um ano em que eu tenha sido tão produtiva e tenha tido tanta energia, à parte do sono.</div>
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A verdade é que eu passava o dia bocejando e aproveitando cada trechinho de locomoção para cochilar e preferia almoçar em 10 minutos para dormir os outros 40 disponíveis, mas fico admirada de lembrar que mesmo bocejando eu tinha muita vontade de fazer um monte de coisa o tempo todo e me envolver em tudo quanto é projeto e invenção errada era possível. É por isso que o gráfico é tão desesperador, me acompanhem.</div>
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Lembro de alguém ter dito uma vez que quando você quer pedir alguma tarefa urgente a alguém, deve pedir a alguém que já está bastante atarefado. A ideia é que quem tem muito o que fazer sempre arranja uma brechinha para ter mais o que fazer, enquanto quem não anda fazendo muita coisa... precisa sempre de mais tempo ainda para não fazer nada. É triste constatar que isso é a mais pura verdade.</div>
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Como já falei por aqui em linhas tortas algumas vezes, em agosto do ano passado eu fui demitida. Cumpri o aviso prévio até o início de setembro e desde então e<i>ntrei nas estatísticas</i>. Lembro tão nitidamente da minha primeira madrugada como demitida porque eu chorava copiosamente e dizia que no dia seguinte iria procurar outro emprego. Quando a adrenalina baixou, fiz uma porção de contas e decidi que conseguiria "ficar de férias" até o final do ano. Seria um presente para mim mesma, concluí, porque desde o 2º ano de faculdade eu tinha começado a trabalhar, emendado um emprego no outro e nunca tinha nem parado para pensar no que eu queria fazer. </div>
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O tempo passou e eu confesso que não procurei emprego ativamente até agora - já estamos em março. Tenho algumas coisas em mente, vou começar uma pós, alguns planos foram feitos incluindo uma viagem no fim de abril com o boy para "se despedir" do meu futuro 1 ano sem tirar férias, já que um emprego novo vem com isso na bagagem. Noves Fora (nunca entendi essa expressão) tudo o que eu queria era dar mais uma explicação barata pelo meu sumiço do blog: confesso que não ando fazendo muita coisa, e é impressionante como simplesmente sentar para escrever se torna complicado quando você não tem <strike>quase</strike> nada competindo a atenção com isso.</div>
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Quando a gente tem muito tempo livre parece que tudo pode ser feito daqui a cinco minutos. Tem dias que penso que preciso sentar e pelo menos pensar em algum texto - e nada. E nada. E nada. É um looping. E aí, depois de ter postado só duas vezes em fevereiro, eu lembro que em agosto eu segurei um BEDA inteirinho, trabalhando e vivendo normalmente. Onde foi parar tudo isso? No âmago do tempo em que eu tinha menos tempo sobrando e vontade de gastar minha energia com coisas interessantes que vão além de assistir seriado ou, sei lá, ficar parada olhando para o teto.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjli3THqDe8CITAee48NK_WB-6SlwaXWXgsxa8pYh8w-C6U0x9y2_taInB1m_Ye0ZbrLschGuLPqe_gqtp7qG0hlxR6ww05wyVppeTJ9j63N2M1EUT6OldWb208CDuuP9pF-DnmZ3st42Q/s1600/taylor.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjli3THqDe8CITAee48NK_WB-6SlwaXWXgsxa8pYh8w-C6U0x9y2_taInB1m_Ye0ZbrLschGuLPqe_gqtp7qG0hlxR6ww05wyVppeTJ9j63N2M1EUT6OldWb208CDuuP9pF-DnmZ3st42Q/s510/taylor.gif" width="510" /></a></div>
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A inércia é um conceito muito verdadeiramente bizarro. Ou seria bizarramente verdadeiro? O fato é que, eu digo, já parece meio ridículo procrastinar postagens no blog, imaginem procrastinar pegar o celular, abrir o whatsapp e ver o que está acontecendo nos grupos. Ou ainda: parabenizar logo o amigo pela peça de teatro de ontem. Ou ainda: dar parabéns para a amiga que está fazendo aniversário. TUDO, absolutamente TUDO parece extremamente passível de ser feito daqui a pouco, ou daqui a muito, ou OPS, nunca? Posso me arrepender depois de ter dito isso, mas olha, que saudade de estar ocupada e produtiva e feliz de estar fazendo muitas coisas ao mesmo tempo. Não sou do time que prega que a gente tem que estar SEMPRE ocupado para ter orgulho de si mesmo. Prezo totalmente os meus dias de descanso, mas já deu muito tempo de aprender que eles são bem mais preciosos quando a gente passa, pelo menos, os cinco dias da semana esperando por eles - ou o mês inteiro esperando pelo feriado. </div>
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Esse blog tem 7 anos com 6 anos e meio completamente assíduos. Peço perdão pelo semestre esquisito e vazio, ainda não consigo prometer que VOU VOLTAR e ser melhor, mas posso prometer que existe essa intenção, serve? Vocês ainda vão me ver, de novo, descabelada e postadeira <strike>e apaixonada, porque dessa novidade eu nunca mais vou me desocupar</strike>.</div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-57604849667469735432016-02-17T14:43:00.000-02:002016-02-24T13:30:52.252-03:00TAG das 20 músicas<div style="text-align: justify;">
Esses dias estourou no youtube brasileiro a TAG das 20 músicas, traduzida pela <a href="https://www.youtube.com/watch?v=MZnya5qZ7xg">Karol Pinheiro</a>, e aí minha amiga <a href="http://www.notyourhoneypie.blog.br/">Rafinha</a> me convidou para responder. Como o YT é meu novo vício, fiquei dias pensando seriamente em responder em vídeo. Acontece que ainda não baixei um editor bom e quero deixar o amadorismo de lado - de forma que óbvio que resolvi procrastinar mais ao invés de tomar uma atitude decente e aqui estou eu, respondendo em texto mesmo. O que também não é uma má ideia já que o blog está capengando, coitadinho. Vamos lá.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0wqNVOJ02Rps9MWZ617JJMfb9eMIr83VJ0awSMtotMlQFBQcKJ1aFNEJKLXH23RAYyV_wbA3FHFH2bWLWL0UhWYKs9-hzpX8KdwONWquImlqSFMtLwrhivieelOeIh2nTqYyvGRD9MMA/s1600/phoebe.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0wqNVOJ02Rps9MWZ617JJMfb9eMIr83VJ0awSMtotMlQFBQcKJ1aFNEJKLXH23RAYyV_wbA3FHFH2bWLWL0UhWYKs9-hzpX8KdwONWquImlqSFMtLwrhivieelOeIh2nTqYyvGRD9MMA/s510/phoebe.gif" width="510" /></a></div>
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<b>1. Música Favorita</b><br />
O bom dessa TAG é que ela já começa mostrando a que veio, né? Então. Eu sou uma pessoa que fica muito nervosa quando alguém me pergunta meus favoritos porque levo a sério demais e sempre acho que vou responder errado e me arrepender disso o resto da vida (?) mas vamos lá que quem não sabe brincar não desce pro play. Eu acho que a minha música favorita é <b>A Thousand Years</b>, da Cristina Perri. Nada a ver com Crepúsculo, mas é que acho essa letra maravilhosa, acho a minha cara, acho o ritmo lindo e nunca vou conseguir passar se ela de repente começar a tocar no aleatório do meu IPod.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZidSHsGUcnCeXxKAb-rgH95aIVkX3vj8ZhxOwi6F9dh8dduYMEi_Sd3P1vlcXRct8M4V0mzWJirtXjpA4NTBR9WvF89Ix4Mu4v_gYzoXoGZcwYBV-leQzhIy2lHhO-EQweTfjbly6Jns/s1600/cristina.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZidSHsGUcnCeXxKAb-rgH95aIVkX3vj8ZhxOwi6F9dh8dduYMEi_Sd3P1vlcXRct8M4V0mzWJirtXjpA4NTBR9WvF89Ix4Mu4v_gYzoXoGZcwYBV-leQzhIy2lHhO-EQweTfjbly6Jns/s510/cristina.gif" width="510" /></a></div>
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<b>2. Música que mais odeia</b><br />
<b>Lazy Song</b>, do Bruno Mars. Gente, eu nunca superei minha birra com essa música. Só de imaginar aqueles assobiozinhos eu já me estresso. E o pior é que eu sei que, como castigo por eu estar dizendo isso, dentre todas essas 20 possibilidades será ESTA que ficará ecoando na minha cabeça o dia inteiro após eu terminar de responder a TAG.<br />
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<b>3. Música que te deixa triste</b><br />
Essa vai ser minha resposta mais aleatória da vida porque na verdade minha tristeza não tem a ver com a música em si, mas sim porque lembro de ter ficado ouvindo a coitada no repeat enquanto viajava para o velório da minha avó em 2007. Não sei nem dizer se estava viciada de verdade nela na época ou se foram momentos de insanidade mesmo, só sei que toda vez que a coitada me surpreende tocando no aleatório do IPod eu lembro do dia que minha avó morreu e meu coração aperta. Estou falando de <b>Things I'll never say</b>, da Avril Lavigne.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFgxLaT14_Ubd8PM-quuQwl9Et87Rai4Qa1nDa_uwT8pQC_mKXiAOKP2YLSUQ2JVXYmIx3dtohQzu8gzpYBEtxtH-DIf5uXvyPedqgq0oswZPvqBKNu3-aD_5smBmjtRSMhaywaSyA3Kg/s1600/avril.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFgxLaT14_Ubd8PM-quuQwl9Et87Rai4Qa1nDa_uwT8pQC_mKXiAOKP2YLSUQ2JVXYmIx3dtohQzu8gzpYBEtxtH-DIf5uXvyPedqgq0oswZPvqBKNu3-aD_5smBmjtRSMhaywaSyA3Kg/s510/avril.gif" width="510" /></a></div>
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<br /></div>
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<b>4. Música que te lembra alguém</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Eu poderia cantar <b>Último Romance</b> inteirinha para o meu namorado sem ressalva nenhuma porque essa letra foi escrita para nós dois <strike>e para todos os outros casais do mundo</strike>. Acontece que como eu sou poser de Los Hermanos e ele é fã de verdade, quem "cantou" para mim foi ele, mandando a letra no whatsapp mesmo, no meio de uma conversa (e eu nem sabia de que música ele estava falando), menos de uma semana depois que a gente se conheceu. Fui pesquisar e descobri que, olha que coisa, é dela aquela famosa frase que eu tanto amava: <i>até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei</i>. Foi essa quote, inclusive, que usei de legenda para postar nossa primeira foto #instagrammer</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOn2Pk4A_48BotHfXof2ZcGnGnyk4HNQd1224lSIPk7RvBjGGzSSuMKMmUdlWGkNKoNHtG7vKmo_qrDMOJ4adwvTaIgo9EW-dxsr1Jc9wExSmWfP8VRHzUneMooDfDdzp2TXpc4ahe2RE/s1600/loshemanos.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOn2Pk4A_48BotHfXof2ZcGnGnyk4HNQd1224lSIPk7RvBjGGzSSuMKMmUdlWGkNKoNHtG7vKmo_qrDMOJ4adwvTaIgo9EW-dxsr1Jc9wExSmWfP8VRHzUneMooDfDdzp2TXpc4ahe2RE/s510/loshemanos.gif" width="510" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
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<b>5. Música que te deixa feliz</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="340" src="https://www.youtube.com/embed/LFsvaEB6hi4" width="510"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
Não consigo disfarçar um sorriso quando escuto essa música. Acho a letra e o ritmo de <b>Quase sem querer</b>, do Legião Urbana, maravilhosos. Toda vez que ela toca eu fico pensando nas conexões que eu tenho com as pessoas legais que apareceram na minha e que fazem toda a diferença porque <i>vêem o mesmo que eu</i>. Não é o máximo lembrar disso?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>6. Música que te lembra de um momento específico</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfhypypMXmSD1zXHWkwYbMuk_2gf5_wkqUPvUq5pTQENfodSJ2xxFUiIMNRdXrBwaF7-541J2dk7qqsElzMwjqgZXypiJTFzn7_LzaaXVUEzvrrR6-WTMLwQefPhZiz8AEVxvqpLXvsmQ/s1600/taylor.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfhypypMXmSD1zXHWkwYbMuk_2gf5_wkqUPvUq5pTQENfodSJ2xxFUiIMNRdXrBwaF7-541J2dk7qqsElzMwjqgZXypiJTFzn7_LzaaXVUEzvrrR6-WTMLwQefPhZiz8AEVxvqpLXvsmQ/s510/taylor.gif" width="510" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Olha, eu não sei vocês, mas eu sou totalmente o tipo de pessoa que escuta música romântica e pensa nas amigas e <b>Sparks Fly</b> sempre vai me lembrar A Gente, vivendo, pulando, gritando, rindo e cantando, mas especialmente dA Gente fazendo tudo isso no casamento da <a href="http://andpudding.com/">Couth</a>, Tudo o que girou em torno dessa cerimônia teve brilho demais e... faíscas de felicidade voando. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b>7. Música que você sabe a letra inteira</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="287" src="https://www.youtube.com/embed/e-ORhEE9VVg" width="510"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deus sabe a doença que 1989 foi na minha vida durante o fim de 2014 e grande parte de 2015. Foi o primeiro álbum inteiro pelo qual eu me apaixonei de verdade desde que começamos a baixar músicas aleatórias ao invés de precisar comprar o conjunto da obra, sabe? Mas se tinha uma música, dentre todas, que eu absolutamente não conseguia parar de ouvir e colocava para tocar em toda e qualquer situação possível essa música foi <b>Blank Space</b>. Eu poderia ser paga para dublar esta maravilha porque sei de cor cada segundo e cada trejeito dela. Minha mãe não se conforma que até os estalinhos da boca eu faço.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>8. Música que te faz dançar</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos combinar que até que eu demorei a entrar em Taylor Swift numa TAG de música, né? Mas agora foram 3 respostas seguidas mesmo, nem peço perdão. A música que me faz dançar é <b>Shake it off</b>. Não consigo escutar essa beleza e ficar parada - e além disso ela também me lembra de um momento sensacional. Os outros convidados do casamento da Couth sabem muito bem o que aconteceu quando essa música começou a tocar repentinamente na pista de dança. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVmGuR7kVEoTpfDCX8V4QzwsKhwuSvojNzkpxJEHG95M0g6uhQYDmh1zg2dBBxuzYdUJB7DOhTyHG_xnPcI6Ca5g0tIxakqTmR516yAojfJEohyphenhyphenL5KDrtrJHzZ1ykpsc4FQsAc1kDtxoA/s1600/taytaygif.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVmGuR7kVEoTpfDCX8V4QzwsKhwuSvojNzkpxJEHG95M0g6uhQYDmh1zg2dBBxuzYdUJB7DOhTyHG_xnPcI6Ca5g0tIxakqTmR516yAojfJEohyphenhyphenL5KDrtrJHzZ1ykpsc4FQsAc1kDtxoA/s510/taytaygif.gif" width="510" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>9. Música que te ajuda a dormir</b><br />
Na verdade não é uma música específica (também demorei a começar a roubar, né?) mas um álbum inteiro. Quando eu fico horas rolando na cama e o sono não vem, geralmente é Clarice Falcão que resolve com as delicinhas de seu <b>Monomania</b>. E eu disse geralmente porque se eu estiver agitada de verdade o que vai acontecer é que eu vou sentar na cama e começar a cantara as músicas e aí já era.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfSi62A_xeD1JmwfcwkWrZ501O5V93lb-9siN0RYd9RN7cvEISp6NBG0Su6FE6o2kdI0Edw19M4-JFZOSnXgVDR0_4NEThllpjMSAYXGyijUnlm1o7HFGDpiQ3eV3dAc0neQirln8McZc/s1600/clarice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfSi62A_xeD1JmwfcwkWrZ501O5V93lb-9siN0RYd9RN7cvEISp6NBG0Su6FE6o2kdI0Edw19M4-JFZOSnXgVDR0_4NEThllpjMSAYXGyijUnlm1o7HFGDpiQ3eV3dAc0neQirln8McZc/s510/clarice.jpg" width="510" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b>10. Música que você gosta em segredo</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Desde que internalizei que essa história de Guilty Pleasure estava errada e que eu não devia ter vergonha das coisas que eu gosto eu, de fato, parei de gostar das coisas "em segredo". Só que aí agora eu acabei lembrando de uma música inusitadíssima que é 1) infantil 2) da Xuxa. Deixa eu contar para vocês que nem quando pequena eu gostava da Xuxa. Sempre fui team Eliana. Mas teve uma vez que fui passar férias na casa da minha tia e os filhos dela tinham o DVD (ou era VHS ainda) de um dos Xuxa só para Baixinhos. Tá bem, vai, eu sei que era o Xuxa Só Para Baixinhos 3 (agora que já estou passando vergonha mesmo não vou economizar e fingir que não sei dos detalhes) e eu infernizei a vida dos meus primos porque pedia para assistir O TEMPO TODO. Eu devia ter, sei lá, bem uns 13 anos e nenhuma vergonha na cara porque viciei num CD da Xuxa. E essa música aqui, aka <b>O sapinho saiu pra passear</b> é, até hoje, minha ruína. Não consigo pensar na história dos sapinhos e não cantarolar. Acontece.</div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="250" src="https://www.youtube.com/embed/rufzrdd-Luw" width="510"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>O sapinho saiu pra namorar e com a sapinha quis casar AHAM AHAM AHAM</i><br />
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<b>11. Música com a qual você se identifica</b></div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
Todos os caminhos nos trazem de volta para Taylor Swift em 90% dos casos e <i>I don't know about you but I'm feeling </i><b style="font-style: italic;">22</b>. Olha, eu fiquei feliz da vida que a moça lançou esta maravilha de música um tempinho antes de eu fazer 22 anos, porque aí pude ansiar por esse momento E comemorar bastante com ela. Acontece que eu já estou com quase 24 e continuo me identificando horrores. No fim, acho que os 22 anos viraram um estado de espírito, e estar <i>happy, free, confused and lonely at the same time AND in the best way</i> é a minha cara.</div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="287" src="https://www.youtube.com/embed/AgFeZr5ptV8" width="510"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<b>12. Música que você cantava e agora odeia</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Viciar numa música e escutá-la inesgotavelmente ao ponto de, de fato, me esgotar, é a minha cara. Isso aconteceu com <b>One last cry</b>, da Marina Elali, tema que embalava o romance <strike>furado</strike> de Nanda e Léo, em Páginas da Vida. Eu era capaz de ouvir essa música no repeat por HORAS. Resultado: me saturei dela de uma maneira que quando ela toca do nada me dá até um azedinho. Que música CHATA.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>13. Música do seu disco preferido</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho uma sacanagem escolher um disco preferido. Depois que eu viciei em 1989 achei interessante essa ideia de voltar a conferir "o conjunto da obra" em alguns casos e não consigo decidir nem qual é o meu álbum preferido da própria Taylor. Tem dia que tenho certeza que é Speak Now, para então voltar para 1989 ou achar que é RED mesmo. Por hora vou de 1989 mesmo para ter a chance de usar <b>Style </b>nesta TAG.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="287" src="https://www.youtube.com/embed/-CmadmM5cOk" width="510"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
PS: Ia colocar só um gif para não encher o post de vídeos MAS esse clipe é uma obra de arte e eu não resisti.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>14. Música que sabe tocar em algum instrumento</b></div>
<div style="text-align: justify;">
HAHAHAHAHAHAH, do-ré-mi-fá no pianinho infantil conta?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>15. Música que gostaria de cantar em público</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Achei que nada poderia queimar mais o meu filme que a história da música do Sapinho, mas acontece que talvez isso seja pior ainda: minha vontade secreta de cantar <b>Folhetim</b>, do Chico Buarque. A versão que eu escuto é na voz da Luiza Possi e é tão bela, mas tão bela, e tão "suavemente sexy" que eu morro de vontade aprender essa jogada para cantar com plateia. Coitada de mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>16. Música que gosta de ouvir dirigindo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não tenho carteira porque eu ficava nervosa na prova a reprovei 3 vezes na baliza, essa é minha história de vida. Acontece que ENQUANTO eu fazia auto-escola e sofria porque meu instrutor era um ogro, um dia eu peguei uma rua movimentadíssima e estava tocando <b>Part of me</b> da Katy Perry. Eu nem gosto tanto dessa música, mas esse momento me marcou. Eu provavelmente estava a 35km por hora, mas no meu imaginário eu estava correndo magnífica com um conversível vermelho e cabelos ao vento falando que tudo aquilo era parte de mim. ´</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2m4n5UcWfTSCt8KJk5GeyxVzEqjaFOya3F0AIUdHTkSWxJdJ-36YATjNLlYNtx3bKYSwz-XN6hGQ6rcqzg7qQKSiqITu8zp1c8EDBWjNONzdHMkYaD6j0EmjVAp51rqoTfl6IgITe1vA/s1600/ktper.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2m4n5UcWfTSCt8KJk5GeyxVzEqjaFOya3F0AIUdHTkSWxJdJ-36YATjNLlYNtx3bKYSwz-XN6hGQ6rcqzg7qQKSiqITu8zp1c8EDBWjNONzdHMkYaD6j0EmjVAp51rqoTfl6IgITe1vA/s510/ktper.gif" width="510" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>17. Música da sua infância</b><br />
Todas de Sandy & Júnior, mas como eu tenho que escolher uma vou de <b>Maria Chiquinha</b>, música com a qual eu brilhava muito no karaokê. O melhor era que eu imaginava todo o cenário da música acontecendo e só anos depois fui entender o que, de fato, Maria Chiquinha tinha ido fazer no mato. Não preciso nem dizer o quão assombrada fiquei quando me toquei de como <i>Genaro, meu bem</i>, iria aproveitar "o resto".<br />
<br />
<b>18. Música que ninguém imagina que você goste</b><br />
Acho que depois do Sapinho vocês não duvidam de mais nada, né? Ainda assim eu tenho uma na manga porque todo mundo se surpreende quando eu, casualmente, coloco para tocar <b>Do I wanna know</b> do Arctic Monkeys. Não conheço mais nada da banda, mas adoro essa música?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz7rhH2tGz4zxOaIh3hjEmIU9lrtM1wterUSRMbgNeo0K4iHWLg7TdYwjwV5LBOhXPEefVDwkqJTK1Sa5Pb8MBwa5swcTSsMfc8AszDqmCq-xv1dnPR3zcsjiLJrYkYAi218wftVdC7t0/s1600/doiwanna.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz7rhH2tGz4zxOaIh3hjEmIU9lrtM1wterUSRMbgNeo0K4iHWLg7TdYwjwV5LBOhXPEefVDwkqJTK1Sa5Pb8MBwa5swcTSsMfc8AszDqmCq-xv1dnPR3zcsjiLJrYkYAi218wftVdC7t0/s510/doiwanna.gif" width="510" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b>19. Música que quer que toque no seu casamento</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Desde que <b>All of me</b>, do John Legends, tocou como música ambiente no casamento da Couth (é a terceira vez que este casamento é citado nesta TAG) que eu não consegui superar e fico pensando que QUERO QUERO E QUERO. A versão que eu escuto começa com um solinho de violino tão mas TÃO maravilhoso que eu fico com altas ideias malucas de mixá-lo no início da marcha nupcial quando eu for casar.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b>20. Música que quer que toque no seu funeral</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Posso ser dramática e querer que as pessoas estejam chorando de saudade de mim? Então. Aí eu ia querer que tocasse <b>Vento no Litoral</b>, do Legião Urbana, porque acho essa música lindamente melancólica - e não consigo perder a chance de imaginar as pessoas sentindo minha falta enquanto escutam a<i>onde está você agora além de aqui dentro de mim</i>. Sei que eu sou abusada.</div>
</div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-72315056863024296902016-02-03T23:00:00.001-02:002016-02-04T00:18:41.116-02:00Todo mundo adora uma história de amor (5 e além)<div style="text-align: right;">
<i>Parte 5: O mundo desfocou e só se via a gente</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Bem, depois que eu decidi que "ficar num bar no Rio de Janeiro com um desconhecido" era uma ideia muito mais razoável do que eu tinha acreditado a vida toda que seria, a vida ficou bem mais fácil. <a href="http://vizinhadacapitu.com/">Paloma</a> foi embora, eu disse pro mocinho que tinha que voltar pra casa às 23h30 mas de repente era 1h da manhã e a gente não tinha visto passar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim como tínhamos feito no whatsapp, conversamos por horas sobre o tudo e sobre o nada, dessa vez com muitos sorrisos, abraços e beijos no meio. Lá pelas tantas um bêbado parou na cerca do bar, bem do lado na nossa mesa, e desejou uma boa noite "para o senhor e a sua esposa". Mocinho olhou pra mim e disse que o bêbado era muito audaz porque tinha acabado de prever o futuro. Rimos. Nos beijamos de novo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fomos à pé para a casa de Paloma, onde ele me deixou, e logo começamos a conversar de novo no whatsapp. Ele que começou, 2 minutos depois de me deixar na portaria, dizendo "Foi incrível". E realmente tinha sido. No dia seguinte eu era uma pessoa de ponta cabeça na cama, rolando de um lado para o outro, enquanto falava no telefone com a melhor amiga que tinha conhecido o amor da minha vida, que era incrível, e que eu estava totalmente <i>enchanted to meet him</i> - e que tinha dito isso para ele.<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="383" src="https://www.youtube.com/embed/RhE_HS_7R9w" width="510"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">O vídeo é ridículo e não oficial mas a música que conta</span></div>
<br />
Saímos de novo dois dias depois - e de novo, dois dias depois. Cada intervalo de dois dias desses parecia um inverno inteiro. Eu virei o tipo de pessoa que queria levar o celular para debaixo do chuveiro; que ficava o tempo todo esperando a tela acender. Para a minha sorte ela nunca deixou de acender até hoje.<br />
<br />
Depois desses três encontros chegou a hora de eu voltar para Curitiba e tudo o que eu sabia até então é que eu tinha deixado um livro emprestado com ele e que a gente ia se ver de novo. Além disso, tudo era um grande ponto de interrogação. Cheguei em casa numa segunda e continuamos nos falando sem parar, até que no início da madrugada de sexta para sábado, de 2 para 3 de outubro, ele me disse, sem preparação nenhuma e no meio de um assunto qualquer que ele estava completamente apaixonado. Eu disse que também estava. Foi ali que decidimos (ou entendemos) que estávamos, sim, falando de amor.<br />
<br />
Eternos 26 dias depois ele chegou no aeroporto de Curitiba, por volta das 17h, enquanto eu paria (junto com <a href="http://sooo-contagious.blogspot.com/">ela</a>) alces, dromedários, ovinos e eventuais galináceos de tanta ansiedade. Afora todos os dias de conversas ininterruptas no whatsapp, algumas madrugadas viradas e uns 3 skypes, não tínhamos olhado de fato na cara um do outro depois do grande momento. Mas foi tudo como se sempre tivesse sido. Ele foi lá pra casa e em 10 minutos a minha mãe também estava apaixonada.<br />
<br />
Entre idas e vindas (agora a gente praticamente vive no aeroporto), antes do final de dezembro ele já tinha conquistado metade da minha família - e eu finalmente estou conhecendo quase todo o grupo de amigos dele. Dia 29 de janeiro fizemos 3 meses da data de pedido de namoro oficial. Eu sei que a vida não é um conto de fadas, mas de vez em quando ela faz de tudo para parecer.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>E além<!--3--></i></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Namorar é uma loucura. Às vezes eu penso que ter "esperado demais" acabou me deixando mais despreparada, às vezes eu acho exatamente o contrário. Desconfio severamente que a Analu de 16 anos, que tanto queria conhecer um príncipe encantado, não saberia lidar com isso. É muito diferente de todas as outras relações que já construí na vida. Minha família jamais "terminaria" comigo do nada e nunca coloquei um ponto final numa amizade, mas namoros, aparentemente, são assim. Alguns são para sempre, outros não, e dentro desses outros existe aquela pequena possibilidade de um relacionamento terminar com os 2 não querendo mais e em paz. Mas é uma pequena possibilidade. Existe toda a outra porcentagem, onde um só desiste e o outro tem que aprender a se virar - e de repente passa a ser muito esquisita a sensação de estar com alguém que você ama e que pode ligar para você num sábado a tarde e dizer que não está mais afim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Durante esses 3 primeiros meses a gente não teve nenhuma <b>briga</b>, mas mais conversas sérias do que eu imaginava, muito por causa da distância e do aprendizado de reparar as arestas que toda nova relação deve exigir. Aprender os limites de um e de outro, dar aquela requebrada nos estilos de vida quando eles não andam tão juntos. Tudo até agora resolvido na base de muito diálogo e muita tranquilidade dele enquanto eu chorava do outro lado. Eu sempre fui uma pessoa que chora, falar de coisa séria balança todos os meus ânimos, mas até agora a nossa boa vontade para conversar e para ser sincero tem feito tudo se desenrolar da melhor forma possível. <a href="http://vizinhadacapitu.com/">Minhas</a> <a href="http://sooo-contagious.blogspot.com/">amigas</a> <a href="http://starshipsandqueens.com/">disseram</a> que um namoro com premissa de sinceridade e diálogo tem tudo para dar muito certo. Amém. E além.</div>
</div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-48800900232916659582016-01-28T01:11:00.000-02:002016-01-28T02:18:43.402-02:00Todo mundo adora uma história de amor (3 e 4)<div style="text-align: right;">
<i>Parte 3: O dia em que eu fui pedida em casamento pelo Tinder</i></div>
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<i><br /></i></div>
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Com o match do meu (até então futuro) mocinho em mãos (e mais uns dois ou três sem importância), eu e as meninas acabamos desencanando do momento e largando o aplicativo para foliar de outras maneiras. Fomos comer hambúrguer, falamos da vida e depois continuamos comendo jujuba e rolando de rir no chão do quarto. Dormimos.</div>
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<br /></div>
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Quando eu acordei, um dos outros matchs tinha me dado bom dia. Respondi e, confesso, acabamos papeando por uma boa parte do dia. Era um papo normal com aquelas dosezinhas de paquera perdida de um lado para o outro. <a href="http://vizinhadacapitu.com/">Passarinha</a> estava no trabalho, sendo atualizada de cada passo. O engraçado era que ela sabia desde antes de mim que não era ali a graça, porque insistia em repetir: - Tá bom amiga, tá legalzinho esse papo mas vai falar com o outro, vai. Ele é de humanas. </div>
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<br /></div>
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Eu, que com nem um pouco de orgulho assumo que não sou do time das que tomam atitude, só respondia para ela que não ia falar com ninguém, que se o cara de humanas quisesse ele viria falar comigo. Eram mais ou menos 17h quando, do nada, a janelinha do aplicativo piscou de novo. Era o cara de humanas e ele dizia: - Não tira o batom vermelho.</div>
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<br /></div>
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Fiquei tão nervosa quando ele falou comigo que não sabia nem o que fazer. Quem me conhece sabe que eu mal consigo lidar com a ideia de flertar com UMA pessoa, imagina com duas ao mesmo tempo. Respirei fundo, aproveitei que a deixa da conversa tinha sido engraçada (e de humanas!) e respondi, dando risada, que nem de batom vermelho eu estava, que homem não entendia mesmo de cor. Ele disse que eu estava sim, eu disse que não, não lembro o que mais falamos, a conversa parou.</div>
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<br /></div>
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Paloma chegou do trabalho e resolvemos que era interessante sentar no colchão de ar que estava no chão do quarto e tirar metade dos livros da estante para conversar sobre eles. No meio disso eu comentei que o primeiro garoto tinha ido cochilar e que o garoto de humanas de que ela tanto tinha gostado tinha vindo falar comigo, mas a conversa não tinha rendido. Que sorte que ele é insistente.</div>
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<br /></div>
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Devia ser por volta das 19h30 quando, em meio a todos os livros que eu e Palo tínhamos espalhado pelo chão, o Tinder piscou de novo - e era ele, de novo, dessa vez perguntando algo como "mas e aí, como foi seu dia?". Desde então eu não sei direito o que aconteceu, mas em questão de vinte minutos eu tinha sido pedida em casamento E aceitado. Pouco tempo depois disso já tinhamos combinado morar na Austrália, ter uma tartaruga chamada Jaime e três filhos. Era o jogo de flerte menos assustador e mais engraçado que eu já tinha visto na vida. Passamos rapidinho para o whatsapp e de lá só saímos as 4h da manhã (juro) com um encontro marcado e absolutamente nenhuma ideia do que estava acontecendo. Falamos de tudo e de nada, ao mesmo tempo, por horas seguidas. Foi o melhor primeiro encontro da minha vida - e a gente nem tinha <i>se encontrado</i> ainda. Deixamos o encontro marcado para sexta-feira (e ainda era segunda), mas eu brinco até hoje que foi ali no quarto de Paloma, <i>na Rua de Matacavalos, onde tudo aconteceu</i>.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBiq2oAMywhnZGJ0k4_6GDpfv20yENY7uzIt5C5kG-yzu-o5S6w-b7Ddq_IO6OVi2bmZq69ZS8_wnJkSfsnqh3GR5hcwplQ21Hov7eWCoRXraQHNJj6_o6U1k2QbJ4zx4GQnKK9VxMgBI/s1600/machad%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBiq2oAMywhnZGJ0k4_6GDpfv20yENY7uzIt5C5kG-yzu-o5S6w-b7Ddq_IO6OVi2bmZq69ZS8_wnJkSfsnqh3GR5hcwplQ21Hov7eWCoRXraQHNJj6_o6U1k2QbJ4zx4GQnKK9VxMgBI/s320/machad%25C3%25A3o.jpg" width="510" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Um oferecimento de Machado de Assis</span></div>
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<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
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<i>Parte 4: Ali naquela quarta-feira de setembro</i></div>
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<i><br /></i></div>
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Bom, agora preciso dar uma acelerada e dizer de uma vez que tudo o que aconteceu dali em diante foi ladeira acima. Adiantamos o encontro para quarta-feira porque não estávamos dando conta da situação. Eu tinha vontade de falar com aquele garoto o dia inteiro - e ele comigo. Pratos na mesa, nova data definida e lá fui eu acordar na quarta-feira com um iceberg dentro do estômago. Dado o meu histórico, o primeiro pensamento que deveria ter vindo na minha cabeça era a desistência - o que foi muito engraçado, porque apesar de todo o pânico (EU IA SAIR NO RIO DE JANEIRO COM UM "CARA DESCONHECIDO") eu nem cogitei cancelar os planos. Passei horas pendurada na orelha de Paloma (coitada) dizendo que ela tinha que ir junto de qualquer forma, enquanto ela reclamava que não queria empatar o coitado do garoto. No fim das contas, ficou combinado que ele levaria um amigo.</div>
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<br /></div>
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Durante o dia eu tentei viver normalmente e fazer a fina. Passei boa parte da tarde com <a href="http://andpudding.blogspot.com/">Couthinha</a>, terminei de ler um livro, visitei exposições, fiquei horas no jardim da Biblioteca Parque. Depois de tentar empurrar todos os receios para debaixo do tapete, de noite eu estava uma pilha de nervos. Lembro que tomei banho e me maquiei rapidinho depois ouvindo Ed Sheeran. Aí então eu e Palo saímos a pé e fomos caminhando pela Lapa até encontrar o tal do bar onde o date tinha sido marcado.</div>
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Eu podia dar uma enfeitada na história mas a verdade é que O BAR era um boteco de esquina MINÚSCULO com luzes apagadas e mesas de plástico pelo calçadão IGUALMENTE apagado. Perguntei onde ele estava e ele disse "preso no trânsito". Quando peguei o cardápio e vi que só tinha cerveja e dose de pinga para beber, olhei para a cara da Paloma em desespero. Ela disse que aquilo era um programa bem carioca, eu disse que então eu não era carioca o suficiente. Ela indicou outro lugar, passei a mudança de planos para ele no whats e seguimos a pé.</div>
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<br /></div>
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Com mais 5 minutinhos de caminhada chegamos ao novo bar, agora sim, um bar enorme e todo iluminado, com mesinhas de madeira e muitas outras coisas para beber. Achamos que tínhamos chegado primeiro e sentamos na primeira mesa - foi quando olhei o celular e ele disse que já estava numa mesa do outro lado do estabelecimento. Levantamos e nos encontramos no meio do caminho. Mais uma vez eu vou perder a chance de ser romântica para falar a verdade, e a verdade é que na hora eu estava TÃO nervosa que eu só consegui reparar que ele não tinha trazido amigo nenhum e que a Paloma não ia querer ficar. Tive mais ou menos 10 segundos para decidir se eu ficaria sem ela ou não (com um desconhecido (?)! no Rio de Janeiro!). Aí (agora brace yourselves porque serei romântica mesmo) eu olhei direito, finalmente, para o tal mocinho de humanas do Tinder e consegui falar para a Paloma, sem medo nenhum, que ela podia ir embora. Estava tudo bem.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="383" src="https://www.youtube.com/embed/xselBKC6Y94" width="510"></iframe></div>
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<span style="font-size: x-small;">E foi assim que eu vi que a vida colocou ele pra mim</span></div>
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Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-56734550692800775312016-01-25T20:30:00.000-02:002016-01-25T21:27:53.732-02:00Todo mundo adora uma história de amor (2)<div style="text-align: right;">
<i>Parte 2: o império contra-ataca (?)</i></div>
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Já estávamos quase em outubro. Com "quase em outubro" vocês podem entender que é quase a época do ano em que eu, psicologicamente, jogo de vez a toalha: se as coisas não aconteceram até agora, não vão mais acontecer, vamos esperar janeiro e começar a ter esperança na vida de novo. Esse pensamento foi só mais um dos cuspes que eu dei no teto e caíram bem no meio da minha testa.</div>
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Pois então, estávamos quase em outubro e eu estava ~de férias~ na casa de menina <a href="http://vizinhadacapitu.com/">Passarinha</a>. Viajei para lá num sábado, e se vocês vissem o meu astral na sexta-feira de noite arrumando as malas diriam que era melhor não voar daquele jeito: as bad vibes poderiam pesar no avião. Não que eu não estivesse animada para ouvir Riri no RiR e amassar minhas amigas, mas aquela famosa penetra da vida alheia conhecida por aí como <i>Darkness, the old friend</i> tinha pintado na área e com força. Meu emocional estava tão derrubado que eu falei um dia antes com minha anfitriã pelo whatsapp combinando de passarmos a noite de sábado todinha em casa, comendo pizza em cima do tapete, chorando nossas mágoas juntas e ouvindo Sandy. Ela prontamente concordou.</div>
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<br /></div>
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Acabou que depois que eu cheguei e encontrei com a amiga e com um sol maravilhoso minhas energias já deram uma renovada. Quando foi de noite, estávamos direitinho cumprindo nossos planos: tinha Sandy e tinha a gente jogadas no tapete. Acontece na frente do prédio dela tem um boteco e neste boteco eles fritam batata frita o dia inteiro, de modo que na décima vez que aquele cheiro de fritura com óleo duvidoso entrou pela janela bem na nossa cara eu decidi que estava vencida: - Amiga eu sei que os planos eram passar a noite toda chorando em casa mas pelo amor de Deus podemos levantar rapidão e ir comer batata frita? Fomos.</div>
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<i>Clima de suspense</i></div>
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Sinto decepcionar a esperança (?) de vocês com essa fábula do "não-queria-sair-mas-acabei-saindo-e-encontrei-o-amor-da-minha-vida-neste-dia" porque não foi ali não. Ali a gente só sentou, papeou e comeu muita batata-frita mesmo. O que rolou é que a essa altura eu já nem lembrava direito da darkness e estava quase bem. Essa história aí em cima foi só pra explicar que estava tudo meio torto mas que depois de um dia mais felizinho em terras cariocas eu resolvi que talvez desse sim para voltar a rebolar minha bunda (?) na cara da sociedade; <i>que talvez o império pudesse, de fato, contra-atacar*</i>. </div>
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<br /></div>
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No dia seguinte os planos eram acordar num horário razoável, tomar café da manhã no Forte de Copacabana, passar a tarde na praia e terminar o dia, tão carioca, passeando na escadaria Selarón. E foi exatamente tudo isso aí que nós fizemos, acabando, sei lá, às quase 19h, rolando de rir no chão de casa, de biquini, até a hora que eu, sem nada na cabeça, proclamei que a bad tinha passado e que eu tinha visto cariocas belos demais para não tentar apagar fogueira com álcool: - Amiga, vou baixar o Tinder, não tenho nada a perder mesmo.</div>
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<br /></div>
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Nesse cenário ainda havia Letícia, uma personagem importante da história, flatmate de Paloma, que pregava aos quatro cantos que tinha conhecido o namorado pelo famigerado aplicativo e estava completamente apaixonada. Eu só ri, disse que histórias de amor eram raras demais e que se rolassem uns beijinhos com um carioca gato que eu nunca mais visse já estava bom para mim e ainda renderia um causo engraçado para contar para os netos. Baixei. Um tempinho depois, após MUITOS perfis com fotos duvidosíssimas do aparelho sexual masculino e/ou de casais propondo menáge, apareceu uma foto masculina muito interessante.</div>
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<br /></div>
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<b>PAUSA</b>: Alguém mais acha que os homens são prejudicadíssimos no quesito selfie? Porque assim, a gente faz folia, faz uns biquinhos, um sorrisos, ajeita o cabelinho e bate a foto, tá todo mundo acostumado com as nossas selfies. Agora, selfie masculina é um assunto muito delicado. Entre 200 a gente salva, sei lá, uma. A foto dele era tão boa que nem era uma selfie. <b>DESPAUSA</b>.</div>
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<br /></div>
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Então, a foto dele era bela, mas não era óbvia. Era meio conceitual, dessas intrigantes. Parecia um sorriso, mas a mão, que ele estava mexendo no momento, passava meio embaçada na frente da boca. Enfim, com base nesta descrição vocês imaginaram uma foto muito da mal montada com a intenção de parecer espontânea, mas não. É uma foto BELA. E espontânea de verdade. No fim das contas era quase tão subjetiva a ponto de não me convencer. Entrei no perfil, dei uma olhadas nas outras imagens disponíveis, passei o celular para a avaliação das coleguinhas presentes que rapidamente disseram: AMIGA DÁ LIKE, ELE É DE HUMANAS! OS INTERESSES EM COMUM ENTRE VOCÊS SÃO A <a href="http://www.revistacapitolina.com.br/">CAPITOLINA</a> E O <a href="https://www.facebook.com/berlinartparasites/?fref=ts">BERLIN ART PARASITES</a>!</div>
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Depois de uma opinião tão efusiva peguei correndo o celular de volta e foi ali que eu reparei, novamente, na foto de perfil. Além de todo o resto ele estava usando AQUELA camiseta da Chico Rei com o trecho de Capitu, a dos olhos de cigana, sabe? Então. Era um menino bonito, aparentemente de humanas, usando uma camiseta com meu trecho favorito de Dom Casmurro (eu sei que eu sou clichê). Dei o like - e na mesma hora pulou um IT'S A MATCH na minha tela.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjId2_dnEZRxfy-pQrcC-wYDE_cpjG98edyg9fVDzigqSuzC-V9rqKCYLU0McWIemvKgv6TeqnbndwZfgyWpkAoM3_qUyAxnUwTKfVtVyY4tLqHTGb_pP3k7PFBGfJH7ZdV0NSzj3ShnGg/s1600/taytay.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjId2_dnEZRxfy-pQrcC-wYDE_cpjG98edyg9fVDzigqSuzC-V9rqKCYLU0McWIemvKgv6TeqnbndwZfgyWpkAoM3_qUyAxnUwTKfVtVyY4tLqHTGb_pP3k7PFBGfJH7ZdV0NSzj3ShnGg/s510/taytay.gif" width="510" /></a></div>
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<br /></div>
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<span style="font-size: x-small;">*Vejam vocês que o mocinho dessa história é um grande fã de Star Wars, de modo que, no meu último post, ele deu a ideia de que os subtítulos fossem os nomes dos filmes da série. Achei que se algum dos textos combinasse com algum dos títulos eu poderia fazer a felicidade dele e não é que essa história de estar na bad mas resolver reviver podia calhar com um império contra-atacando? Eu sei, a metáfora é infame - mas eu fiquei orgulhosa e ele vai ficar feliz.</span></div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-22962082017250424442016-01-23T21:45:00.001-02:002016-05-11T01:25:16.358-03:00Todo mundo adora uma história de amor<div style="text-align: right;">
<i>Parte 1: long story short do que veio antes</i></div>
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<br /></div>
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Uma coisa importante que vocês já devem saber sobre mim é que eu passei a infância inteira assistindo filmes da Disney - e uma boa parte da adolescência dividida entre as comédias românticas e livros que descreviam belíssimas histórias de amor. Não sei o que essa avalanche de utopia faz com a cabeça das pessoas normais, mas acho que sei bem o que fez com a minha.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIbQ-6hmrOesuc9Kj-GwlqKfp3aqO7G0FP1QECtPWiExzgSFC4-EITlUIbrYVPSEC310fexwHV_4phCW1NVKS2QzUKH-xVqYf10vmySkSX0bpp95ZY5DFErpRGPAp81ba1XNwCb4rxXpQ/s1600/darcy.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIbQ-6hmrOesuc9Kj-GwlqKfp3aqO7G0FP1QECtPWiExzgSFC4-EITlUIbrYVPSEC310fexwHV_4phCW1NVKS2QzUKH-xVqYf10vmySkSX0bpp95ZY5DFErpRGPAp81ba1XNwCb4rxXpQ/s1600/darcy.gif" /></a></div>
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<br /></div>
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Foram infinitas noites em claro, das sonhadoras às desesperadas: tinha hora que eu imaginava o cenário perfeito do primeiro encontro e hora que eu tinha certeza que nada nunca aconteceria comigo e eu ia acabar <i>morrendo seca</i>. É, acho que também assisti novelas de época demais durante a trajetória.</div>
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<br /></div>
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Outra curiosidade aleatória é que, quando eu era pequena, tinha em mente que os 16 anos seriam um marco. Sempre que eu me imaginava no auge da minha adolescência, tendo longos cabelos lisos, unhas compridas e um namorado bonitão, isso acontecia aos 16. Pois bem, os 16 vieram, passaram, me deixaram comendo fumaça e nada de história de amor.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlBZRqomkmQVGCOTKvvYf139aRFMmDY-5Bl1Mgqu-Alq8E8qWJoqA-WBkKcDBHTdBjLAe_Tm6LamglzKvTl5T3O5-MI2LDeoGV-hA9fG8rdy167aEnS7JOr8vrbI1J9Z6cVt5ZdePtJbo/s1600/500.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlBZRqomkmQVGCOTKvvYf139aRFMmDY-5Bl1Mgqu-Alq8E8qWJoqA-WBkKcDBHTdBjLAe_Tm6LamglzKvTl5T3O5-MI2LDeoGV-hA9fG8rdy167aEnS7JOr8vrbI1J9Z6cVt5ZdePtJbo/s510/500.jpeg" width="510" /></a></div>
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<br /></div>
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Ainda outra coisa que vocês podem aprender sobre mim é que eu levo tudo a sério demais. Eu não sei "ter um casinho". Se eu conhecia alguém que eu achava interessante, antes mesmo do ser humano perceber a minha presença eu já estava testando se nossos sobrenomes combinavam com os nomes que eu sempre planejei para os meus filhos. Nunca consegui experienciar isso que as pessoas chamam de <i>se divertir com os errados</i>. Eu ficava com alguém. Ficava uma. Ficava duas. Ficava três vezes no máximo e já estava querendo escalar o Everest só para fugir da enrascada que era insistir em ficar com um garoto que não estava fazendo a minha vida virar de ponta cabeça ou o meu coração querer sair pela boca. Eu sou assim. E passei anos achando que tinha vindo com defeito de fabricação.</div>
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<br /></div>
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Fui achando algumas amigas no meio dessa caminhada que entendiam exatamente o que eu sentia porque, pasmem, sentiam a mesma coisa. Então pelo menos eu não era a única - não que fosse legal pensar nas amigas sentindo os mesmos desesperos e a mesma vontade de fugir para as colinas. No início de 2015 acabou caindo nas minhas mãos o livro <b>Never Have I Ever</b>, a autobiografia de uma moça de 25 anos que nunca tinha tido um namorado, ou melhor, nunca tinha conseguido passar nem do segundo encontro. Eu ria e chorava ao mesmo tempo enquanto lia: gente, pessoas assim, elas existem.</div>
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Me conformei abraçada com Katie, a autora, logo no prólogo: tem pessoas que são farol, tem outras que são triângulos das bermudas. Na concepção dela, os faróis são aqueles seres humanos que são sempre vistos, sempre <i>cortejados</i>, sabem flertar e estão, curiosamente, SEMPRE namorando. Na minha cabeça essas pessoas sempre foram um mito a ser desvendado. Eu olhava para uma prima minha ou para uma das minhas amigas que sempre emendava um namoro no outro e ficava pensando: MAS COMO. Assim, se eu, em todos esses anos, estava achando tarefa impossível achar UMA pessoa, como é que elas conseguiam tantas? Fica o mistério no ar.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk5d1PWx_NRAuvSlRptQD7MiiT7yEW-B42d8izrVbIQ3dKdzCSdPYsVTUQJI9SzuK3Re0WSHbKvAzGWwcaQywoV86__JzRtW2NZPibiMLTr9cwIoCbJjWVxmygHJm-Ta70lxT_5YzojE8/s510/emma.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk5d1PWx_NRAuvSlRptQD7MiiT7yEW-B42d8izrVbIQ3dKdzCSdPYsVTUQJI9SzuK3Re0WSHbKvAzGWwcaQywoV86__JzRtW2NZPibiMLTr9cwIoCbJjWVxmygHJm-Ta70lxT_5YzojE8/s510/emma.gif" /></a></div>
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Pois bem, voltando à definição dela, à parte dos faróis está a categoria na qual eu me encaixo: os <strike>não tão</strike> famigerados Triângulos das Bermudas. Segundo Katie os triângulos das bermudas são os locais aos quais nenhum navegador consegue/quer chegar. Com isso, acaba que quando algum desavisado chega ali por acidente o triângulo não faz a menor ideia do que fazer com a visita inesperada, reagindo de forma inapropriada e estragando tudo. Sempre. No fim das contas ela deixa no ar uma mensagem de esperança, para ela mesma e seus possíveis leitores triangulares: um dia vai, né? Tem que ir. Tem horas que é fácil acreditar nela. Tem horas que é difícil. Até que de repente, de fato, <b>vai</b>, e você, quase sem fôlego, nem consegue explicar direito como as coisas aconteceram. Mas vou tentar.</div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-39486839994761119842016-01-22T18:01:00.001-02:002016-01-22T18:16:00.390-02:00Maria vai com as outras<div style="text-align: justify;">
Eu já contei que eu sou facilmente impressionável e influenciável, né? Quero dizer, calma. Tudo tem limite. Minha mãe me falou a vida inteira que <b>eu não era todo mundo</b> quando eu pedia para fazer algo que todo mundo fazia e eu até guardei isso no íntimo do meu ser para usar em casos mais graves. Não tenho vontade de fazer tudo o que ~todo mundo faz~, mas quando a bobagem provavelmente não vai me render consequências sérias e as minhas amigas começam a entrar na onda fica meio irresistível.</div>
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Foi assim que a mais ou menos 2 horas atrás eu li o post da Anna Vitória falando sobre newsletters e divulgando que tinha criado uma que <i>deu a louca nas migas</i> e resolvemos sair criando newsletters adoidadas. Nem sei o que eu vou falar. Nem sei qual vai ser a periodicidade. Mal estou conseguindo manter esse blog, mas aparentemente <b>folia errada</b> é meu nome do meio e eu não podia ficar de fora dessa.</div>
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<br /></div>
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Pra que serve uma newsletter? Do que ela se alimenta? Bem, juro que a Anna explicou melhor lá no post dela, mas vou resumir ao meu entendimento: para contar causos, problematizar e discutir sobre as aleatoriedades da vida sem a pompa de estar escrevendo em público na internet. Continua sendo público? Razoavelmente, mas a pessoa que assinar recebe a asneira bonitinha lá no e-mail dela (ainda por cima é vintage!) ao invés dela ficar piscando em neon na cara da sociedade em uma página aberta do blog que todo mundo pode acessar a hora que quiser. Pelo menos eu acho.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7EJH4YzhNvKkbuVnJLzZY-j3dhhmaL0yyucEARqEcf_gXEBP95mpcd0K7i82TKcqyyHDdFUlYAdH9G3TEkfe4isSxxdgl4QMgOo44HX-odMzjnDK5AtvVshaEKIu2Qd5VRmYtJ594RfU/s1600/taytay.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7EJH4YzhNvKkbuVnJLzZY-j3dhhmaL0yyucEARqEcf_gXEBP95mpcd0K7i82TKcqyyHDdFUlYAdH9G3TEkfe4isSxxdgl4QMgOo44HX-odMzjnDK5AtvVshaEKIu2Qd5VRmYtJ594RfU/s510/taytay.jpg" width="510" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">É quase como trocar cartinhas!</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aviso de antemão que a linha editorial será quase a mesma que a desse recanto virtual semi-abandonado: nenhuma. Vou falar sobre o que me der na telha. Inclusive, como eu sou péssima para criar títulos, fiquei mais de 40 minutos pensando em um e no fim das contas decidi, meio mal humorada, que era bacana ela ter o nome que refletisse da forma mais clichê possível o seu próprio conteúdo. Migas, migos, sejam bem vindos à <a href="http://tinyletter.com/medeunatelha" style="font-weight: bold;">Me deu na telha</a>. Pretendo falar umas bobagens a cada quinze dias; se eu estiver inspirada vocês começam a receber notícias semana que vem. Vamos ver se o <i>ishquema</i> realmente funciona. Alguém aqui ainda gosta de receber e-mail?</div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-18434197437120711062016-01-20T19:45:00.001-02:002016-01-20T19:45:25.082-02:00E esse ano que tá voando?<div align="justify">
<em>Parece que foi ontem que pulamos ondinhas vendo os fogos e
olha aqui de repente já é fim de janeiro</em> tô brincando. É que
<strong>ainda</strong> não ouvi nenhum comentário sobre a suposta velocidade com
a qual o novo ano está passando mas pouco falta né? Com carnaval logo no
comecinho do ano então parece que tudo passa mais rápido e em questão de alguns
minutos vai ter alguém dizendo que “já passou a páscoa meu Deus já estamos no
fim do ano!!!”. </div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Como este blog é contra essa ideia de começar a se despedir do
ano antes de, sei lá, novembro, vim contar que eu vi sim cada um desses 19 dias
e meio se passarem. Alguns com mais agitação, outros com menos, mas quem foi que
disse que passar a tarde assistindo seriado não é viver?</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgItxM5lwy1R3_EpOZDZi4bys4uHF2zkFEC4S3Ki2hJeID7GFYQyuvjeCN2Dvv4GR8CeCQkFjwvE6ZhSbMQ4aHIG0fEgaGoTelkXllTcttGnFnCLeMrZw_y4EB0H10f7fszYdNpP4tySd8/s510/neil.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="423" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgItxM5lwy1R3_EpOZDZi4bys4uHF2zkFEC4S3Ki2hJeID7GFYQyuvjeCN2Dvv4GR8CeCQkFjwvE6ZhSbMQ4aHIG0fEgaGoTelkXllTcttGnFnCLeMrZw_y4EB0H10f7fszYdNpP4tySd8/s510/neil.png" width="510" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="justify">
Os primeiros cinco dias passei, como de praxe, flanando na
cidade natal (mais conhecida por aí como Vitória) mas segurei o boy comigo
porque não sou besta. Na verdade desde antes de a gente começar a namorar
oficialmente já tínhamos decidido que íamos passar o réveillon juntos (toda
aquela história de que você vai passar o ano do jeito que passou a virada e
<em>blablabla </em>queria meu bichinho pra beijar à meia noite mesmo porque sou
dessas) e deu tempo até de levar o menino para conhecer os p<em>arente no
interioR</em>. Brincadeiras a parte, rolou muito sorvete, uma banho de piscina,
um de mar e mais um punhado de tempo deitados na frente do ventilador assistindo
seriado (e dando uma lidinha também porque eu não sou de ferro).</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="justify">
De 4 ele voltou pro Rio e dia 5 eu fui atrás. Foram mais sete
dias muito gostosos – teve mais seriado, teve pizza, teve piscina, teve um filme
ruim de Disney (O Bom Dinossauro, sugiro que evitem), teve até um domingão em
Ipanema com direito a <a href="http://pudding.blogspot.com/">Couth</a> e <a href="http://vizinhadacapitu.com/">Passarinha</a> e teve muito ninho, amor e
grude. Foi tanto que deixou até ressaquinha: dia 12 de janeiro eu voltei pra
casa e parecia que estava faltando um pedaço. Já seria tão ruim dormir sem a
minha conchinha que o universo resolveu dificultar ainda mais e mandar um nariz
entupido que eu achei que seria passageiro mas até hoje me restam
resquícios.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxEerlwC_9nICH1C0y82MWmLC4X_DpfrmntZBhb331_UIX32EE_emMdtDCFkdcwsHSTBcItN5gqVLr-u_d4ibsa5MZB9Op010lGrWYhxNQDCmpalHRmFA9MlZViHpOwBP9Oi06ua_r1go/s1600/arraso.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxEerlwC_9nICH1C0y82MWmLC4X_DpfrmntZBhb331_UIX32EE_emMdtDCFkdcwsHSTBcItN5gqVLr-u_d4ibsa5MZB9Op010lGrWYhxNQDCmpalHRmFA9MlZViHpOwBP9Oi06ua_r1go/s604/arraso.png" width="604" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Arraso no Paint</span></div>
<br />
<div align="justify">
Como nem só de saudades sobrevive um ser humano, eu mal tinha
esquentado lugar nas terras curitibanas e no dia seguinte à minha chegada estava
novamente no aeroporto – dessa vez para resgatar <a href="http://sooo-contagious.blogspot.com/">Anna Vitória</a> e nossos prometidos
dias de <em>emergency dance parties</em> de janeiro. Como ela mesma disse lá no
<a href="http://sooo-contagious.blogspot.com.br/2016/01/pagina-20-de-366.html">blog
dela</a>, é muito bom quando nossos planos aleatórios acabam se tornando reais e
durante esses quatro dias a gente aproveitou bastante do nosso jeitinho: teve
Friends, teve livro, teve gravação de vídeo e teve jogo de Charadas. A gente até
conseguiu sair pra dançar no sábado (na base do Tylenol Sinus) mas não foi o sol
de domingo que vimos nascer – às vezes rola de ver o dia raiar da pista de
dança, às vezes é de dentro do quarto mesmo. De sexta pra sábado a gente
conversou tanto, jogou tanto e riu tanto que de repente o quarto estava claro e
a gente estava ali.
</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Domingo ela foi embora e se vocês pensam que se despedir do
namorado e da melhor amiga na mesma semana é fácil vocês estão enganados. Fiquei
empurrando a vontade de chorar até de noite porque entre as 15h e o fim do dia
eu ainda tinha um aniversário super especial parar ir. Foi belo, deu pra
comemorar, mas era perto de 21h quando consegui sair à francesa, chegar em casa
e dar uma boa chorada. Alguns fatores ajudaram porque de vez em quando acontecem
coisas, mas o que importa é que tudo está bem quando acaba bem.
</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
De domingo até hoje, confesso, só senti saudade, assisti
seriado, assisti novela, assisti Big Brother , <strike>assisti o RIP da minha
vida de blogueira quando ninguém comentava meu último post</strike> e terminei
um bom livro. Foi um punhado de aventuras em 19 dias e meio, vai dizer?</div>
</div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-34834220921989001522016-01-16T00:42:00.001-02:002016-01-16T01:18:12.622-02:00Aquele com o vídeo sobre Friends<div style="text-align: justify;">
Hoje já é o 16º dia de 2016 e nenhum texto foi postado nesse blog ainda mas,
vejam bem, como <strike>quase</strike> tudo na vida tem solução eu resolvi
aparecer em grande estilo: com uma <a href="http://sooo-contagious.blogspot.com/">ótima dupla</a> e falando sobre
aquele assunto eterno que vocês já devem ter captado pelo título do post. Peguem
a pipoca, se aprocheguem (e eventualmente continuem o diálogo porque a gente tá carente).<br />
<br />
Eu sei que já não adianta prometer que EU VOLTO e volto direito, com texto bom e coisas do tipo, mas quem sabe os astros não se alinham qualquer dia desses e as coisas comecem a acontecer novamente? Cruzemos os dedinhos. Enquanto isso deem um pouco de risada com a nossa falta de dignidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/_rOpgv-gvqI/0.jpg" frameborder="0" height="294" src="https://www.youtube.com/embed/_rOpgv-gvqI?feature=player_embedded" width="510"></iframe></div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-50738212178007027272015-12-31T08:00:00.000-02:002015-12-31T08:00:23.995-02:00Acabou, Jéssica?<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnALxOXjgUbCcKeFIdJ59b_COjrw8N5MMLYTvTSsXZIWLTqLl3a2G7tYwH9CefQ1sXpz2XgIMvJTJUcSYbXIsfSBjRu0fcuFrcCnjK-3MvYBya8oYw5hDe6gdpQ-DLcLS-azguw7jtc_Q/s1600/mar.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="418" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnALxOXjgUbCcKeFIdJ59b_COjrw8N5MMLYTvTSsXZIWLTqLl3a2G7tYwH9CefQ1sXpz2XgIMvJTJUcSYbXIsfSBjRu0fcuFrcCnjK-3MvYBya8oYw5hDe6gdpQ-DLcLS-azguw7jtc_Q/s510/mar.png" width="510" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Quem vê pensa que foi assim o ano todo</span></div>
<br />
Chegou o dia 31 de dezembro e com ele aquela tradição de aparecer no blog para se despedir do ano que está indo embora e pedir pelo amor de Deus para que o próximo seja melhor. Na verdade, 2015 requebrou tanto a cadeira (?) e remexeu tanto na minha vida que <strike>resolvi me entregar à zoeira e até o título do post de fim de ano é um meme</strike> eu nem sei se a palavra correta do que espero para 2016 seja "melhor". Senta aí que lá vem história, afinal de contas, se eu tenho um resumo para fazer das linhas a fio que vou despejar aí embaixo, esse resumo é: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>2015 foi um dos piores anos da minha vida</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>2015 foi um dos melhores anos da minha vida</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
BA DUM TS. Se ficou confuso para vocês imaginem pra mim. Vamos por partes. Lembro que no fim do ano passado o Gregório Duvivier escreveu <a href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2014/12/1568098-somos-todos-pinguins.shtml">um texto</a> dizendo que todos os anos passam rápido, mas alguns passam como um AVC e outros como uma andorinha. Eu sei, eu também citei esse texto no meu último texto do ano passado mas que que eu posso fazer se ele sempre parece cabível? Enfim. Acho que 2015 passou foi feito um elefante mesmo: não tão ruim quanto uma doença fatal, nem de longe tão leve quanto uma ave (#rainhadasmetáforas).<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdade é que não dá pra dizer que esse ano não foi marcante. 2015 foi tudo nessa vida menos leve e fácil. O que foi ruim foi ruim demais - o que foi bom foi bom demais, também. Neil Gaiman diz em <i>Um oceano no fim do caminho</i> que não existe nenhum adulto sequer no mundo e eu acredito muito nisso. Mesmo assim acho que muitas das coisas que eu vivi esse ano foram <i>as coisas mais adultas que já me aconteceram</i>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse ano eu perdi meu avô e fui demitida pela primeira vez na minha vida. Não que uma coisa se compare à outra, mas eram duas coisas que eu tinha muito medo que acontecessem. A primeira porque meu avô, além de ser uma pessoa que eu amo muito, é (não consigo falar dele no passado) o maior alicerce da minha família. A segunda porque eu achava que ser demitida era uma situação totalmente terrível, que a gente devia morrer de vergonha, se sentir imprestável, querer se enfiar num buraco e coisa e tal. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Perder meu avô foi a segunda coisa mais terrível que aconteceu na minha vida (por ordem cronológica mesmo, não de importância), mas isso me mostrou que a minha família é ainda mais sólida do que eu pensava. Ser demitida não foi nem de longe o bicho de sete cabeças que eu pensava que seria: tá tudo muito bem, obrigado, não fui linchada, não quis morrer de vergonha e continuo fazendo freelas para a empresa que eu trabalhava. (Isso tudo aí é ser meio adulto, não é? Ver grandes medos nossos se tornarem realidade e descobrir que somos capazes de enfrentá-los e que bola pra frente?)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As coisas maravilhosas que aconteceram nesse ano também foram bastante adultas. Em 2015 eu <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/06/gratidao.html">casei uma amiga</a> (<a href="http://andpudding.com/">essa aqui</a>!) e pouco tempo depois conheci o amor da minha vida. PAUSA: <i>"<a href="https://www.instagram.com/p/8jyRMqgTwy/?taken-by=blogdolucao">Você não precisa amar uma pessoa como se ela fosse o grande amor da sua vida. Eu preciso</a>.". </i>DESPAUSA. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quero dizer para vocês que se vocês nunca organizaram um chá de <strike><a href="http://www.vizinhadacapitu.com/cotidiano/aquele-em-que-comprei-canudos-em-formato-falico/">pinto</a></strike> lingerie num apartamento alugado no Rio de Janeiro, nunca foi para o salão fazer folia com suas melhores amigas, nunca invadiu a suíte da noiva para cantar Beyoncé com ela (e se emocionar com ela sendo maqueada para o grande dia), nunca participaram de um cortejo segurando buquê, nunca fizeram um discurso no altar desejando que duas pessoas sejam felizes para sempre e nunca assinaram como testemunha de um casamento vocês não sabem o que estão perdendo. O dia em que eu casei uma amiga pela primeira vez foi um dos dias mais felizes da minha vida e também foi um dos dias mais felizes da minha vida o dia em que, pouco mais de 3 meses depois, eu fui dormir nas nuvens com uma sensação deliciosa que eu desconhecia: estar apaixonada e não ser platônico. (Tudo isso aí também é muito adulto, né não?)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2015 foi rápido como todos os outros anos... e longuíssimo, ao mesmo tempo. Ele teve tanta paulada e tanta coisa boa - e tanto as pauladas como as coisas boas foram sempre tão fortes que me fizeram perder o rumo de casa TANTAS VEZES - que parece que o que aconteceu, por exemplo, no começo do ano, já aconteceu há muito mais tempo do que só alguns meses. Pareceu um ano esticado e cheio de surpresas. Pareceu até que eu estava desafiando: quando acontecia algo muito bom e eu pensava "duvido que algo ainda se equipare a isso"; quando acontecia algo ruim, lá vinha, rápido e faceiro, o mesmo pensamento, com uma pequena variação "agora chega, né<strike>, Jéssica</strike>?" só que nunca chegava até que, como tudo na vida, aparentemente, chegou. Hoje é dia 31 de dezembro. Amanhã vai ser 2016.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu comecei 2015 me colocando à prova: morro de medo de agulha e estava com uma tatuagem marcada para o dia 5 de janeiro. Venci um medo grande, me senti maior e mais forte, mandei o ano vir porque eu estava pronta. Dado o resumo de tudo de importante que aconteceu durante esses últimos 365 dias, acho que concluo o ano com um grande e cansativo empate com vários gols. Daqueles que você leva um, fica triste, faz um, fica feliz da vida, leva outro, fica triste e assim vai indo. Vamos definir que o ano terminou no 3x3 - e bem feito pra mim, já que foi isso que eu pedi dele fazendo tatuagem no início de janeiro e <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/01/everything-that-drowns-me-makes-me.html">gritando aos quatro cantos que o que me afogava é que me fazia ter vontade de flutuar</a>.<br />
<br />
No primeiro dia do ano eu sempre fico esperançosa e poética porque sim, eu sou esse tipo de pessoa clichê que cisma em acreditar que <i>ano novo vida nova um livro de páginas em branco pronto para a gente aprontar o que quiser</i> e blablabla. No primeiro dia de 2015 eu sentei feliz da vida para escrever no caderninho cor-de-rosa que eu tinha comprado porque decidi que ia levar a sério a história de fazer um journal (HAHAHAHA) que 2015 seria o ano da minha vida... mas só até 2016. Sabe aquilo que a gente cisma em tentar aprender, de aproveitar o presente porque ele é, na verdade, o único tempo que temos mesmo para viver? Então. Eu acho que eu já sei disso sem nem saber.<br />
<br />
Fui dar uma olhada na minha retrospectiva de 2014 e vi que ela estava totalmente na vibe dessa: <b>o que foi ruim foi ruim e o que foi bom foi melhor ainda</b>. Talvez eu ande achando que todos os anos são muito intensos porque eu tenho aprendido a vivê-los de verdade, ou isso é só mais uma filosofia de boteco? Sei lá. Sei que eu já aprendi tem tempo de que eu sou uma pessoa que <b>sente</b> e que se não fosse assim não seria eu então vou continuar assim, sofrendo muito com o que for ruim, sendo feliz demais com o que for bom e que Deus me livre de um dia não ser realmente tocada pelo que acontece.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que eu espero de 2016? Sei lá. Só sei que eu pretendo começá-lo tomando água de coco na praia, sossegada, de mãos dadas com o <a href="https://www.instagram.com/p/_3FUqRMUN5/">maior presente que 2015 ano meu deu</a>, olhando a vida acontecer e as ondas baterem levinhas na areia - porque às vezes tudo o que a gente precisa é de um pouco de <a href="https://www.youtube.com/watch?v=6w3uAKabfFg">sossego bem acompanhado</a>. Durante os outros 365 dias, sei que virão muitos outros sossegos e muitos sufocos também - mas dá para cruzar os dedinhos e torcer para que o saldo de gols seja positivo para o lado das coisas boas? Dá, né. E não me perguntem por que diabos eu encafifei com essa metáfora futebolística já que nem de futebol eu gosto. Feliz ano novo!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBSscl6OielhTl0XDK5WX00328yMT9tegg-f9dnAvCSInQnNl0LJBf9TovCBCG97kDb16ktVfUUJID9STtolF45pRyiHLqT_-cI5OdhkQ31u_DEY2zgvt-Do2aJJ3PVfZtFheDL4LyY6c/s1600/taytay.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBSscl6OielhTl0XDK5WX00328yMT9tegg-f9dnAvCSInQnNl0LJBf9TovCBCG97kDb16ktVfUUJID9STtolF45pRyiHLqT_-cI5OdhkQ31u_DEY2zgvt-Do2aJJ3PVfZtFheDL4LyY6c/s510/taytay.gif" width="510" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Nenhum post importante deste blog pode terminar sem gif da Taylor Swift</span></div>
</div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-86351770143005767192015-12-29T11:00:00.000-02:002015-12-30T15:32:12.055-02:0025 parágrafos sobre os livros do ano<div align="justify">
Há quem diga que o ano não acaba se não rola o especial do
Roberto Carlos na Globo. Eu já acho que o ano não acaba se não rola
retrospectiva literária, então bora tratar de fazer de uma vez porque ficar
presa em 2015 não é uma opção.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Pelo que eu percebi nos últimos anos eu faço um zigzag de
retrospectivas: um ano me empolgo e faço em vídeo, no seguinte respondo um
questionário criado pela <a href="http://docesrodopios.blogspot.com/">Tary</a> em, sei lá, 2012. Ano passado
tivemos 40 minutos de abobrinhas audiovisuais – o que quer dizer que sobrou pra
esse ano responder ao questionário da Tary. No entanto eu ando rebelde
<strike>quando não sigo os demais</strike> e escrevendo tão pouco que decidi que
vou é falar pelos cotovelos um <em>cadim</em> sobre os livros que me marcaram
esse ano e vai ser isso mesmo. </div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Entrei em 2015 muito bem acompanhada da literatura. Tinha
finalmente criado coragem de encarar Haruki Murakami em seus
<strong>1Q84</strong>. Devorei o primeiro, dei umas intercaladas, li o segundo,
outras intercaladinhas, até que terminei o terceiro no começo de abril. Não vou
me estender porque teve <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/04/leiam-1q84.html">post</a> na época.
Leiam 1Q84. </div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Gostei tanto da experiência que quando descobri que a obra do
Murakami era muito maior do que eu pensava saí correndo atrás de outros títulos.
Li <strong>O incolor Tsukuru Tasaki e seu anos de peregrinação</strong>,
<strong>Após o anoitecer</strong> e <strong>Minha querida Sputnik</strong> e
achei que são livros razoáveis. Até agora, para mim, a obra prima do moço é, de
longe, 1Q84. Inclusive achei o da Sputnik superestimado: era o que eu mais ouvia
falar e foi o que menos gostei dentre os três. O que eu mais quero ler,
<strong>Do que eu falo quando eu falo de corrida</strong>, fica como meta para
2016 porque toda vez que eu resolvia procurar ele estava esgotado e/ou mais caro
que os outros e aí eu fui deixando.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Um ano não é feito só de Murakami então vamos mudar de assunto.
Esse ano conheci o primeiro livro da Rainbow Rowell que acho que posso dizer que
gostei. <strong>Anexos </strong>é bem gracinha. Ainda assim não animei de ler
<strong>Ligações </strong>porque achei até a sinopse chata. Estou curiosa para
ler <strong>Carry On</strong> dela, que saiu esse ano e <em>dizq</em> é meio que
uma paródia de Harry Potter (?) mas aposto que vou terminar de ler xingando,
hehe. </div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Mudando do saco pra mala, teve livro de crônica esse ano
também. Li <strong>Paixão Crônica </strong>da Martha Medeiros porque comecei a
folhear de bobeira na livraria e me encantei. A Martha tem um jeito delicioso de
escrever e as crônicas são tão leves que de repente você percebe que já acabou o
livro. Nesse livro ela fala de amor de um jeito tão bonito e tão sensato ao
mesmo tempo que não tive como não favoritar.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
A primeira bomba do ano veio (também logo em janeiro) com
<strong>Não sou uma dessas</strong>, da Lena Dunham. Gente,
que-livro-insuportável. Eu fui até procurar o link de um texto que fiz sobre o
livro para colocar aqui mas não achei, será que eu sonhei que escrevi ou acabei
falando dele em algum meme literário? Não me lembro direito, o fato é que achei
o livro uma perda de tempo danada. É uma autobiografia de uma pessoa que nem tem
30 anos (sou totalmente contra biografia de gente que nem saiu das fraldas
ainda) com um título estilosinho só pra enganar. Me senti lesadíssima, terminei
querendo meu dinheiro de volta – mas a capa é tão linda, né? ¯\_(ツ)_/¯</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Ao mesmo tempo que esse teve uma outra
meio-que-autobiografia-de-gente-nova mas que eu gostei infinitamente mais: ao
contrário de Lena, Katie resolveu escrever não para contar sobre sua vida de
famosa-especial que já fez um monte de coisa que a gente com a mesma idade nunca
conseguiu fazer – mas justamente o contrário. Não falei dele aqui, mas saiu um
texto meu sobre o assunto <a href="http://revistapolen.com/2015/03/09/never-have-i-ever-katie-heaney/">lá na
Revista Pólen</a>, se tiver interesse corre lá #jabá.</div>
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<br /></div>
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Um livro de título bonito que foi uma questão na minha vida por
ANOS foi <strong>Eu receberia as piores notícias dos seus lindos
lábios</strong>. Devia ter uns 3 anos que eu queria ler, finalmente li e fiquei
chateada: achei um livro bonito, mas que não marcou, e eu sonhava muito um sonho
de amar esse livro demais porque GENTE esse título, sabe? Isso não é título de
uma obra que não se queira tatuar na testa.</div>
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<br /></div>
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Esse ano eu também li <strong>Garota Exemplar</strong> e fiquei
besta com a loucura dos personagens. Acreditam que não vi o filme até hoje? Pois
é. Eu sendo eu. Mas gostei bastante do livro; uma bela coleção de
particularidades da mente doentia alheia para a gente analisar e se sentir
psicólogo.</div>
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<br /></div>
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Em março eu resolvi que finalmente ia começar a trilogia
<strong>Divergente</strong>. Li o primeiro e o segundo e, contrariando a minha
mania de nunca deixar uma série inacabada, tomei a decisão de que não era
obrigada a ler o terceiro. Achei a história muito fraquinha e má explicada.
Minha sensação foi de que a Veronica Roth resolveu ir na onda das distopias YA
que estava fazendo sucesso mas não conseguiu chegar <strike>nem perto
de</strike> onde a Suzanne Collins chegou com seus Jogos Vorazes. Não comprei a
ideia das facções (é assim mesmo que chama?) e ficou difícil acreditar no resto.
Ainda tentei ver se o filme me animava mais mas não curti também não.
Paciência.</div>
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<br /></div>
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Em abril eu li um grande candidato a melhor do ano,
<strong>Americanah</strong>, da maravilhosa Chimamanda. Não vou falar dele agora
porque também teve post na época, tá <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/04/precisamos-falar-sobre-americanah.html">aqui</a>
para quem quiser. Foi em abril também que finalmente entrei em contato com meu
primeiro Saramago, <strong>As Intermitências da Morte </strong>e, fora o sufoco
de ler um livro inteiro de texto corrido sem divisão de capítulos e tampouco
pontuação (rssss) digo que amei demais. Saramago é tão gênio que conseguiu
resumir seu plot genial no clichê dos clichês e ainda assim me deixar batendo
palma no final. Nunca vou esquecer essa história <strike>e no dia seguinte
ninguém morreu</strike>.</div>
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<br /></div>
<div align="justify">
Além do livro da Lena Dunham e dos Divergentes teve MAIS bomba
ainda no primeiro semestre. <strong>Homens, Mulheres e Filhos</strong> me ganhou
direitinho com um trailer muito interessante (de um filme que acabei nunca
assistindo) e uma capa belíssima. Sério, o livro parecia tão interessante e tão
cult que saí correndo pra ler e, sério, QUE BOSTA de livro que não sai e nem
chega em lugar nenhum. Fala basicamente de futebol americano (ou era baseball?)
e sexo. Uma perversão danada entre uns alunos de ensino médio americano e seus
pais mal-sucedidos, basicamente. Posso repetir? Uma bosta.</div>
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<br /></div>
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Li também um dos famosos do ano: <strong>Por lugares
incríveis,</strong> da Jennifer Niven. Ao meu ver um livro bom, mas não
maravilhoso, e como disse minha amiga Tary, cheinho de adultos imprestáveis que
dá vontade a gente sacudir a cabeça deles, sério. Às vezes eu acho que devia
rolar faculdade que permitisse um ser humano resolver ser pai/mãe. Todo mundo
brinca que os psicólogos falam que tudo é culpa da mãe mas gente, sério, muita
coisa pode ser sim e essa narrativa é a prova da treta que pais relapsos podem
acabar causando. Enfim (?), a história fala de depressão e suicídio na
adolescência e sempre vale para a gente parar para pensar um pouquinho, né?</div>
<div align="justify">
<br /></div>
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Em junho veio MAIS UMA BOMBA, dessa vez decepcionante.
<strong>Na Praia </strong>é tão enfadonho e me deixou tão incomodada que rendeu
esse <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/06/perdoa-me-por-me-traires.html">texto
aqui</a>. Em julho eu li <strong>Nós</strong>, do David Nicholls, e gostei. Não
é nenhuma maravilha mas limpou a barra que ele tinha sujado feio com
<strong>Resposta Certa</strong> que eu queria jogar pela janela de tanto que
achei ruim. Aí eu li também <strong>A Sociedade Literária e a torta de casca de
batata</strong>, um romance epistolar leve e muito delicinha sobre gente que
gosta de ler, ainda por cima. Livro que fala de livro dificilmente não me
conquista.</div>
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<br /></div>
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Ainda em julho eu li <strong>Desde o primeiro instante</strong>
que eu tive muito medo de ser ruim e acabou me surpreendendo positivamente,
estou até curiosa para ler o outro livro dessa autora que foi lançado a pouco
tempo, se não me engano <strong>Amor à segunda vista</strong>. Aí, AINDA EM
JULHO (que mês produtivo) li <strong><a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/07/de-boas-intencoes-o-inferno-esta-cheio.html">Azul
da cor do mar</a> </strong>que é tão mas tão mas tão ruim que chega a ser bom,
ao menos se você parar de levar a sério e começar a rir da quantidade de
asneiras e clichês derramados sem dó nem piedade. Para finalizar o mês teve
<strong>A Invenção das Asas</strong>, da Sue Monk Kidd, que rendeu <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/08/sobre-batalhas-e-invencoes-0631.html">texto</a>
também. </div>
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<br /></div>
<div align="justify">
Em agosto eu me frustrei um pouco com <strong>Toda a luz que
não podemos ver</strong>. Achei que seria maravilhoso e só achei ok. Falei
sobre o assunto <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/08/eu-e-minhas-3-estrelas-1431.html">aqui</a>.
Aí eu li um livro fraquíssimo da Sophie Kinsella que também rendeu <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/08/a-procura-de-sophie-1931.html">post</a>.
Sabe como é né, era época de BEDA e até respirar tinha que virar texto. No mesmo
mês li outros dois da Sophie, o 3 e o 4 da série de Becky Bloom e só passei mais
raiva (tá para nascer uma personagem mais chata que a Becky nessa vida). Na
rabeirinha do mês teve <strong>Para Sir Phillip, com amor</strong> da Julia
Quinn, porque eu já estava com saudade dos Bridgertons e seus romancinhos de
época banhados nas intrigas e nos beijos secretos. Mais pra frente acabei lendo
também <strong>O conde enfeitiçado</strong>. Engraçado perceber como a Julia foi
ficando mais saidinha no decorrer da série: se no primeiro livro os personagens
mal se beijaram antes do casamento, acho que no último a Hyacinth deve casar
grávida porque o fogo-no-rabo pré matrimonial anda ficando cada vez mais
ousadinho. Acompanhemos.</div>
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<br /></div>
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Outro grande livro do ano foi <strong>Deuses
Americanos</strong>, do Neil Gaiman, eterna empolgada indicação das migas <a href="http://andpudding.com/">Gabriela Couth</a> e <a href="http://sooo-contagious.blogspot.com/">Anna Vitória</a> – que realmente
valeu tudo o que elas diziam. A história mostra os “antigos” deuses, aqueles do
Olimpo e companhia mesmo, querendo batalhar contra os atuais “deuses” da
sociedade, basicamente essas novas obsessões humanas tipo televisão, computador
e dinheiro. O livro é uma pira muito louca e é genial. Ao meu ver tem horas que
dá uma engrenada e fica meio preguiçoso, mas quando fica eletrizante ele fica
irresistível e quando eu percebia já tinha lido 100 páginas numa sentada. </div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Em outubro eu dei conta de uma pendência literária de ANOS
v<strike>amos agradecer à miga Anna que me deu de presente</strike>:
<strong>para Francisco,</strong> da Cristiana Guerra, livro de não ficção que
<strike>todo mundo já ouviu falar</strike> nasceu do blog homônimo que na
verdade são cartas da Cris para seu filho Francisco cujo pai morreu enquanto ela
ainda estava grávida. Uma das coisas mais lindas que eu já li sobre o amor.
Tinha que fazer pausas para voltar a respirar porque perdia o fôlego com os
textos. </div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Aí eu reli <strong>A Redoma de Vidro</strong>, da Sylvia Plath,
que eu tinha lido há uns dois anos, em inglês. Ele tinha transformado a vida das
minhas amigas mas não tinha me marcado em nada e eu decidi que era porque eu
tinha lido no original sem estar acostumada a ler em inglês. Não foi por isso,
infelizmente. Quando reli eu gostei da leitura, mas já esqueci de muita coisa e
realmente não foi uma obra que mudou a minha vida ou me fez ficar martelando
passagens e pensamentos. Terminei outubro com <strong>Estação Onze</strong>, que
amei demais. ESSE mexeu comigo. <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/10/sobre-mais-uma-teoria-de-caos.html">Teve
texto</a>.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Em novembro teve <strong>Fale!</strong>, outro que eu queria
ler há muito tempo e acabei achando bem mais ou menos. O livro é um super
sucesso, pelo que li, entre adolescentes de vários países e fala sobre estupro,
enquanto incentiva os jovens a falarem sobre seus problemas. Não deixa de ser
interessante e é com certeza um livro que eu indicaria para essa faixa etária,
mas não me pegou muito não, achei a narrativa bem fraquinha.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
Li também <strong>A Arte de Pedir</strong>, da Amanda Palmer, e
achei genial. É tipo um livro de autoajuda autobiográfico: falando sobre sua
vida e sobre as tretas em que já se meteu, Amanda passa seus ensinamentos sobre
sua maneira de levar a vida: confiando nas pessoas e acreditando que elas podem
ser gentis. Gostei demais.<br />
<br /></div>
<div align="justify">
<strong>O Pistoleiro </strong>(da série A Torre Negra) que
também li em novembro, foi meu primeiro Stephen King. Não faz meu estilo, mas
dentro do que se propõe é um livro interessante. Fica marcado pra mim porque é
um dos livros favoritos do meu namorado – e foi o primeiro que ele me emprestou,
com uma dedicatória linda linda e linda que ele fez no próprio livro para poder
me emprestar. Me deixem ser ridícula.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
CHEGAMOS EM DEZEMBRO, finalmente. Já estou sem fôlego e vocês
também, se é que alguém chegou vivo até aqui. Nesse mês eu li <strong>Um mais
um</strong>, da Jojo Moyes. Ele não é ruim, mas foi o que menos gostei da
autora. Estava ansiosa para ler e amei ganhá-lo da minha amiga, mas acabou com 3
estrelinhas só. Aí li MAIS UM da série da Becky Bloom, o quinto, e só passei
mais raiva. Não sei como Sophie Kinsella insiste em escrever esse troço e achar
que os dramas são ao menos levemente verossímeis. Alguém aí lê Becky Bloom e
está afim de debater o romance entre a Becky e o Luke? Sério, nunca conseguirei
levar esses dois a sério. Nunca.</div>
<br />
<div align="justify">
Semana passada eu terminei de ler <strong>A Amiga
Genial</strong> e gostei bem menos dele do que gostaria de ter gostado. <a href="http://agoramoronalua.wordpress.com/">Milena</a> fazia a maior propaganda e
eu fiquei MESES vigiando o preço dele na Amazon até que finalmente baixou e eu
comprei. É uma tetralogia, então ainda vou insistir, mas foram poucas as partes
que me empolgaram. A história tem como centro duas amigas (Elena e Lila) e é
narrado por Elena, que é obcecada por Lila e vive sua vida em função da dela.
Para lembrar a galera que também existe relacionamento abusivo em amizade e
etc. Em volta delas estão as pessoas que moram em seus arredores e seus dramas,
fofocas e intrigas de uma cidade de interior há algumas décadas. Vai ter um
punhado de machismo, mais outro punhado de machismo e um monte de machinho
saindo no soco por motivos questionáveis. Peguem a pipoca. Pronto. Agora a gente
só volta a falar de livro no ano que vem. Prometo.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHrFCRJqwId_SdCAgbNUZ65RYSHtETK8oHLQ4I7-auFiB7NxdlpKQZIOFsX5wtu1pk4Jc4uObfm7mqMfBpUecp3JSfyP2uzMteeuCp0AVwbPas-gtGsQEcifK9q_0LPREyQDGaU22jwSU/s1600/thats_all_folks-t1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHrFCRJqwId_SdCAgbNUZ65RYSHtETK8oHLQ4I7-auFiB7NxdlpKQZIOFsX5wtu1pk4Jc4uObfm7mqMfBpUecp3JSfyP2uzMteeuCp0AVwbPas-gtGsQEcifK9q_0LPREyQDGaU22jwSU/s510/thats_all_folks-t1.jpg" width="510" /></a></div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-32296292398771605732015-12-01T01:28:00.001-02:002015-12-01T01:51:28.057-02:00O amigo secreto nunca é amigo e raramente é secreto<p align="justify">Vou fazer a egípcia, fingir que nada aconteceu e nem comentar o fato do meu 1282º sumiço do ano e nem sobre a furada do projeto das anedotas. Também não vou comentar o fato de que voltei para falar da novela das 7 de novo, mas dessa vez o assunto é mais sério, sigam-me os bons. </p> <p align="justify">Lá na semana que a novela começou eu fiquei indignadíssima assistindo aos primeiros capítulos. No caso de alguém estar perdido eu contextualizo: Marina Ruy Barbosa era constantemente assediada/perseguida pelo seu padrasto. Não, ele nunca chegou a estuprá-la, mas esse não é o ponto – ou ao menos não deveria ser, né? Como eu disse, fiquei super indignada assistindo, porque o assédio para cima da menina (não só por parte do padrasto, mas também por parte dos frequentadores do boteco dele, onde ela trabalha) acontecia o tempo todo e totalmente às claras como a mãe dela ora fingia que não via ora implorava para que ela evitasse a situação parando de usar roupas tão curtas.</p> <p align="justify">Em um primeiro momento confesso que já fechei a cara e fiquei mareando aquela vontadinha filosófica de sair na rua com cartazes pedindo para a Globo parar com o desserviço social. Depois eu fiquei pensando melhor e decidi que se eles juntarem esses fatos todos para problematizar aos poucos durante o enredo será uma ótima ideia – afinal de contas, mentindo eles não estão. A novela está é jogando na cara de todo mundo a dura realidade: assédio é encarado com muito mais naturalidade do que deveria… e a mulher ainda acaba com a culpa. Seja pelas roupas curtas (?) ou, pausa para nos pasmarmos de lembrar, por reagir violentamente para se defender.</p> <p align="justify">A vontade de escrever esse post veio do capítulo de hoje, quando, NO MEIO DE UMA FESTA BADALADA, repito, no meio de uma festa badalada, a menina foi claramente assediada por um comendador, na pista, na frente de um monte de gente. Ela tentou escapar de forma discreta e ele continuou na insistência, puxando-a pelo braço, quando então ela gritou e o empurrou… se tornando a piada da festa. Para completar o acontecimento, enquanto caía ao levar o empurrão, o cara segurou o vestido dela, rasgando-o completamente, fazendo com que ela ficasse de lingerie no meio da pista.</p> <p align="justify">Vamos ignorar um pouquinho o exagero porque afinal de contas é um ~folhetim novelesco~, mas para frisar o que importa: a menina foi assediada covardemente na frente de um monte de gente E da imprensa E ficou com toda a culpa porque “deu um barraco” ao se defender. Só uma outra moça, no fim do capítulo, cogitou abrir a boca rapidinho para falar que “epa espera aí ela foi assediada” e foi rapidamente cortada pelas pessoas mais importantes. O que mais dói? Admitir que a novela não está mostrando nada mais que a realidade.</p> <p align="justify">Esse meme do “amigo secreto” que fez barulho na internet nesses últimos dias só deixa claro, ironicamente, que o amigo nunca é tão secreto assim. Na maioria absoluta das vezes, inclusive, é alguém que todo mundo vê e prefere fechar os olhos. É sempre mais fácil colocar um escândalo nas costas da “menina/mulher barraqueira que está sempre na defensiva” do que arrastar um filho da puta para a delegacia de uma vez e acabar com a conversa. Assédio sexual é crime – mas a maioria das pessoas já viu acontecer e a maioria das mulheres já teve que enfrentar. </p> <p align="justify">A novela ainda está no primeiro mês e, repetindo o que disse lá em cima, espero de verdade que eles problematizem melhor a questão ao invés de apenas mostrar – afinal de contas, “apenas mostrar” talvez seja um perigo maior do que não mostrar: as pessoas podem usar como exemplo, principalmente esse friso em cima do fato de que o assediador nunca é o culpado, e tudo o que não precisamos nessa vida é de MAIS EXEMPLO na cabeça de quem não deve, mas enfim. É um grande looping de indignação pensar que: 1) a novela me indignou antes de eu lembrar que 2) peraí ela só está mostrando a verdade, a sociedade indigna mesmo 3) me indigna ainda mais pensar no tanto que a sociedade segue nos indignando. </p> <p align="justify">E ainda tem quem não entenda/seja contra o tema da redação do ENEM de 2015. Tem que saia por aí falando que acredita de verdade que existe igualdade de respeito entre os gêneros e que as mulheres já estão “querendo demais”, “sendo radicais demais”, “se fazendo de vítimas demais”, tudo demais. Essas pessoas de certo nunca foram mulheres sozinhas numa rua escura e deserta.</p> <h6 align="right"><em>“Eu entendo o feminismo quando estou numa rua escura e deserta<br>e percebo há alguém atrás de mim. E quando olho para trás e percebo<br>que esse alguém é uma mulher, meu coração para de palpitar e eu sei<br>que ela também está feliz em me ver”<br><font style="font-weight: normal">(autor desconhecido)</font></em></h6> Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-10958971089819407782015-11-14T23:13:00.003-02:002015-11-14T23:13:44.077-02:00Alguma coisa acontece no meu coração...<div style="text-align: right;">
... <i>quando aparecem cenas da Lapa na televisão.</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Confesso que não é muito condizente com os meus princípios repetir <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2010/01/alguma-coisa-acontece-no-meu-coracao.html">nome de post</a>, ainda mais nome clichê com trecho de música, mas não tive como. Não tive como porque quero ser vendida o suficiente a ponto de usar O MESMO título que usei para me declarar para São Paulo para falar do Rio de Janeiro - mas não se preocupem que não vai ser uma declaração gigantesca, só um chorinho de saudade, até porque embora eu tenha furado o <i>ishquema</i> ontem, ainda estamos em <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/11/se-nao-for-pra-brincar-direito-nem.html">semana de anedotas</a> por aqui. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fato é que começou uma novela nova das 7 e eu, que estava órfã desde o fim de Verdades Secretas (um mês e meio sem novela nenhuma é muito gente, acreditem) resolvi me agarrar à novidade com unhas e dentes - até porque ela tem total uma vibe Malhação, um passatempo diário dos meus 13 anos do qual eu sinto profundas saudades. ENFIM.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sei que no segundo capítulo menina Marina Ruy Barbosa fugiu de casa pegando carona com um caminhoneiro e foi parar no Rio de Janeiro, mas não apenas no Rio de Janeiro e sim no olho da Lapa, onde mora menina <a href="http://vizinhadacapitu.com/">Paloma</a>, que foi minha anfitriã por dez dias em setembro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesses dez dias eu aprendi que os cariocas (pelo menos os jovens) andam muito à pé por aí, mesmo de noite, e têm bem menos medo de violência do que eu pensava. E isso porque eu saracoteei com ela de cima pra baixo - e curti altos passeios turísticos na Lapa. Me senti totalmente inserida no processo de carioquização quando, assistindo uma novelinha inocente e observando Marininha perdida-da-silva, pude olhar em volta e pensar "olha ali os arcos da Lapa", "olha ali a escadaria Selarón", "olha ali a rua Riachuelo finada Mata Cavalos onde tudo <strike>juro</strike> começou"!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E só tenho a dizer que ao mesmo tempo que fiquei feliz por me sentir pertencendo ao contexto fiquei boladona de saudades de tudo e louquinha para voltar um milhão de vezes até o dia em que eu possa ir de vez. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDwt7l6LTka1Zb4-TD6Kg9SK3ZEvuxn4XQoMwCgkXPo_dg4vt87YWXW8nFAWZtDPZUYuEwdqHHh-qjgoRCyu9Ccn2v1jDXQz-aK1HURa0BF8qzu2kyzg9fm4pcK2r6T0R2SWlhhHeKYZc/s1600/turistona.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDwt7l6LTka1Zb4-TD6Kg9SK3ZEvuxn4XQoMwCgkXPo_dg4vt87YWXW8nFAWZtDPZUYuEwdqHHh-qjgoRCyu9Ccn2v1jDXQz-aK1HURa0BF8qzu2kyzg9fm4pcK2r6T0R2SWlhhHeKYZc/s510/turistona.png" width="510" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">quem nunca foi turista né gente</span></div>
</div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-47913587783365572812015-11-12T23:48:00.004-02:002015-11-12T23:48:52.445-02:00Aquele em que puseram a gente na mesa de um aleatório<div style="text-align: justify;">
Essa foi tipo um brinde do destino que sabia que eu estava sem assuntos para anedotar e me jogou um acontecimento bizarro no colo. Tudo aconteceu ontem, quando eu e duas amigas resolvemos dar uma passada no barzinho para colocar o papo em dia e tomar umas caipirinhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acontece que o ambiente estava fervido. Nos colocaram na lista de espera e pediram que aguardássemos nos banquinhos do balcão, de forma que lá estávamos sentando quando veio um garçom cheio das más intenções e disse:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Sentem na mesa com aquele cara ali, que tá sozinho e já me falou que está indo embora. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu e uma delas fizemos cara de WHAT, enquanto a outra, mãe da primeira (sim, eu tenho uma amiga de 64 anos que é fabulosa) se dirigiu sambando até a mesa do moço, sentou e começou a bater papo com ele. Seguimos, fazer o que.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 5 minutos Eliane já tinha feito um interrogatório com o moço, que já devia estar na quinta caipirinha e desistiu de ir embora. Pouco tempo depois minha mãe chegou também e foi adicionada à mesa sem entender nada - enquanto o moço, de tanto que já tinha passados dos limites no álcool, já estava tentando até beber no gargalo da cerveja dela. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele bebeu mais umas 5 caipirinhas antes de levantar da mesa e não conseguia conversar sem pegar no braço da minha mãe, que acabou ficando sentada do lado dele (amém que não era eu) e ainda ameaçou dar um sermão porque ele insistia em dizer que ia voltar pra casa dirigindo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois que cansou do nosso falatório ainda ficou vagando pelo barzinho, batendo papo por aí com pessoas de outras mesas E enquanto pagávamos a conta ele estava no balcão pedindo uma dose de whisky. Não sei no que deu. Espero de coração que ele não tenha voltado dirigindo. </div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-51193140845188874632015-11-11T15:56:00.001-02:002015-11-11T15:56:36.803-02:00O dia em que a cidade de vovó foi parar no noticiário<p align="justify">Cês sabem que eu nasci no Espírito Santo (ELE EXISTE) mas só morei lá até os 7 e pouco, né? Então. Agora pensem numa criança de <strike>quase</strike> 8 anos que se muda pra São Paulo e tenta explicar, para os coleguinhas e para as professoras que passa todas as férias em Baixo Guandu. TEMPO NO VÍDEO.</p> <p align="justify">- Baixo Guandu.<br>- Como?<br>- Baixo Guandu.<br>- Que que é isso?<br>- Interior do Espírito Santo, onde a minha avó mora, 29 mil habitantes blablabla.<br>- Humn</p> <p align="justify">Anos e anos assim. No imaginário das pessoas eu passava as férias escolares em uma cidade fantasma. Um dia uma coleguinha teve a pachorra de me perguntar se lá tinha televisão e telefone. Mas hein? É só interior, não é fim do mundo. E a vida seguia: as pessoas ouviam falar da cidade através da minha boca, faziam cara de espanto e a vida continuava. Até que segunda-feira uma amiga me disse:</p> <p align="justify">- Lembrei de você! Estava ouvindo falar sobre Baixo Guandu no noticiário, sua família está bem?</p> <p align="justify">E pouco depois eram outras duas janelas do whatsapp subindo com a exata mesma frase. Sou hipócrita e egoísta o suficiente pra dizer que, antes daquele segundinho de consciência onde eu lembrava o porquê da cidade de vovó ter virado notícia, eu sorri em cada uma das vezes que as pessoas me perguntaram. Agora Baixo Guandu existe, está legitimado. Mas aí logo depois do sorriso o motivo cai feito uma bomba no meu colo, né.</p> <p align="justify">Se você não estava passando a última semana em Nárnia sabe do causo da lama maligna que foi derramada em Mariana, invadiu o Rio Doce (já estão constatando, inclusive, a morte do rio, gente, muito triste) e está causando o maior tumulto nas cidades por onde ele passa ou deságua, sendo Baixo Guandu uma delas. A família está bem, graças a Deus, mas o abastecimento de água da cidade foi cortado e ouvi boatos de que vovó está tomando banho de bacia, tadinha, a essa altura da vida, porque obviamente não sai mais água do chuveiro e está todo mundo em modo hard de economia gastando o que restou no reservatório da caixa d’água. </p> <p align="justify">Ansiosa para que Baixo Guandu desapareça dos noticiários de novo porque ficou tudo bem. E que os responsáveis por essa palha assada (NÃO FOI ACIDENTE) deem logo um jeito de consertar a situação. </p> Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-3347999103797490572015-11-10T10:00:00.000-02:002015-11-10T10:00:08.999-02:00Abaixo ao conservadorismo das cores<div style="text-align: justify;">
Estava meu afilhado feliz da vida com um copinho azul da Peppa, bebendo sua água, enquanto seu pai, também feliz da vida, comenta:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Que bom que acharam um copo azul da Peppa, já não aguentava mais esse menino andando por aí com corpo cor-de-rosa na mão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Silêncio. Até que de repente a Nina, minha priminha de 3 anos, resolve se meter na conversa:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Mas a minha <i>pofessola</i> disse que menino e menina pode usar azul e rosa que não tem <i>poblema</i> nenhum, que todo mundo pode usar todas as <i>coles</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eu, com o peito estufado de orgulho:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- TOCA AQUI NINA!<br />
<br />
Criança mal saiu das fraldas e já é mais esperta que muito marmanjo que eu conheço.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7DEiiHlSX7VvejaR7J54VpuJusTSxtSFMv-kWC73SYK-cmaw0WW1SP0sGsATPPtaVA1GRVCB8MbGjWxEWce2XJVKemUt-FUngytmA9Ws2BfigYE9BEni4qpOHOlZUaIGBeSJNoXwPkdQ/s1600/Disney_Survey_-_Sleeping_Beauty.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7DEiiHlSX7VvejaR7J54VpuJusTSxtSFMv-kWC73SYK-cmaw0WW1SP0sGsATPPtaVA1GRVCB8MbGjWxEWce2XJVKemUt-FUngytmA9Ws2BfigYE9BEni4qpOHOlZUaIGBeSJNoXwPkdQ/s400/Disney_Survey_-_Sleeping_Beauty.gif" width="510" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">É rosa</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">É azul</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">É rosa</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">SÃO SÓ CORES GLR ACEITA QUE DÓI MENOS</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fica no ar, inclusive, a vontade de dar um abraço na professora e dizer que ela tá fazendo o serviço dela direitinho. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
><i>Você estranhou o tamanho desse "texto"? Acha que entrou no blog errado? É, eu também estranhei. É, também acho que to no blog errado. Mas <strike>quase</strike> tudo nessa vida <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/11/se-nao-for-pra-brincar-direito-nem.html">tem justificativa</a>, eu juro.</i></div>
Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-71099922398851890732015-11-09T13:54:00.001-02:002015-11-09T13:54:27.935-02:00Se não for pra brincar direito nem desça pro play (oi?)<p align="justify">Quando eu tinha 7 anos e <strike>era uma criança pedante</strike> ligava o computador para escrever textos ao invés de rabiscar no Paint, a minha primeira estória demorou meses para ser escrita e tinha 10 páginas. Dez. Acho que nem meus pais aguentaram ler – mas a minha tia tinha muita paciência e até me deu toques narrativos: “querida, não use tanto ‘aí’ na hora de começar as frases”. </p> <p align="justify">Uma vez, quando eu estava na 7ª série e minha professora de redação entrou de licença maternidade jogaram uma outra no lugar que não tinha a menor paciência pra coisa. Acostumada que estava com a disposição da Alessandra para ler qualquer coisa que eu escrevesse, cheguei faceira e orgulhosa para a substituta, no dia da entrega de uma lição, com minha mais nova obra de 4 páginas. Qual não foi o meu choque quando ela se recusou a ler. Me empurrou o caderno de volta e disse para eu aparecer com algo de tamanho decente no dia seguinte. Poucas vezes me senti tão humilhada na vida e isso poderia ter me afetado profundamente mas curiosamente não afetou: fiquei boladona, fiz uma porcaria de 1 página pra entregar pra ela na outra aula e voltei a escrever meus textões numa boa depois.</p> <p align="center"><a href="http://lh3.googleusercontent.com/-5UMKT2rbrgE/VkDBsP1FLRI/AAAAAAAAFLc/fatKFsq9xwg/s1600-h/pergaminho%25255B4%25255D.jpg"><img title="pergaminho" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="pergaminho" src="http://lh3.googleusercontent.com/-dmqMKMZ1W7U/VkDBso2X7fI/AAAAAAAAFLg/N2GwOuJjYtw/pergaminho_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="510" height="323"></a><font size="1">Podia ser o seu papel de trouxa mas é só a minha redação </font></p> <p align="justify">Curiosamente, nunca tive problema em me enquadrar nas dissertações de vestibular: o povo sofria pra chegar nas 20 linhas, mas eu dava conta numa boa (diminuindo um tanto a letra porque ninguém é de ferro, afinal de contas). Tenho pra mim que é mais fácil lidar com o que sobra do que com o que falta. Reduzir uma argumentação ou outra não tirava o brilho (poética) do que eu queria dizer; difícil seria ter que encher linguiça.</p> <p align="justify">De redação gigante em redação gigante chegamos até aqui: um blog que eu cismo em atualizar só de textão em textão, me sentindo uma fraude completa quando posto algo com menos de seis ou sete parágrafos grandes e deixando passar batido assuntos que não renderiam tanto mas poderiam ficar registrados. Um diálogo engraçado? Legal, mas não dá <strong>texto</strong>, né? Então não posto.</p> <p align="justify">O problema é que esse vício de colocar ~sustança~ no texto (mesmo que às vezes seja um punhado de abobrinhas) acaba dando aquele atraso na vida. Sabe a mania do perfeccionista de não fazer nada se não for pra fazer direito e aí… acabar não fazendo nada mesmo? Então. É tipo isso: só desço pro Play se for com 5 amiguinhos e eu não tiver hora pra voltar, senão não tem graça. Pra que descer se eu só puder escorregar uma vez? Pra que deitar no sofá se eu só puder cochilar 10 minutos?</p> <p align="justify">Acontece que cochilar 10 minutos pode sim dar uma revigorada na tarde e uma escorregadinha só já é capaz de diminuir o tédio do dia, né? É. Eu e minha eterna companheira de textões e ciladas, <a href="http://sooo-contagious.blogspot.com">Anna Vitória</a>, decidimos que íamos tentar, ao menos por um período de tempo, aprender a “ser dessas”. Aprender a brincar mais. Aprender que nem sempre precisa ser postão pra valer a pena. </p> <p align="justify">É assim que nasce, hoje, a nossa famigerada <strong>Semana de Anedotas</strong>. De amanhã até segunda-feira que vem faremos um post pequeno por dia, falando rápido sobre alguma coisa, contando alguma situação, anyway, o que passar pela cabeça. Se vai dar certo? Não fazemos a menor ideia. Eu tenho 0,5 ideia e ela até onde sei não tinha nenhuma. Mas vamos que vamos. Quem quer anedotar com a gente? </p> Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-28314949135487666432015-11-08T00:29:00.001-02:002015-11-08T01:38:58.808-02:00Alguns animais são mais iguais que outros<p align="justify"><strong>ou ainda: a sátira das richinhas da internet que imitam a vida</strong></p> <p align="justify">Eu nunca li “A Revolução dos Bichos”, mas esse é um daqueles livros que todo mundo sabe do que se trata antes de abrir para ler. Isso porque se trata de uma sátira política que, se a gente colocar em perspectiva, analisa fielmente a sociedade como um todo. </p> <p align="justify">O ser humano, por definição, é viciado numa panelinha hierárquica. Vai dizer que não? Quantas vezes não se criam grupos dentro de grupos que surgiram dentro de grupos e assim por diante? Pode até parecer que é por afinidade (o que as pessoas mais alegam), mas não deixa de existir ali no fundo, assombrando, a ideia de que “vamos nos reunir aqui só nós porque somos melhores”.</p> <p align="justify">Tá confuso né? Eu sei. Essa fagulha de texto saiu de mais uma conversa com a <a href="http://sooo-contagious.blogspot.com">minha irmã gêmea</a> (me jogo aos leões mas levo as colega junto) onde a gente debatia <strike>mais uma vez</strike> a questão da blogosfera, as confusões que rolam e talicoisa. Essa quote do Orwell veio como uma lâmpada na minha cabeça enquanto discutíamos porque, cara, faz todo o sentido.</p> <p align="justify">Não é necessário dar nome aos bois mas vamos conjecturar: a blogosfera estava lá, agitadíssima e muito diferente daquela coisa deliciosa e pacata que ela era há alguns anos. Virou uma onda de comércio gigante, tem mais blogueiro de publi e blog monetizado que qualquer outra coisa. Nada contra, inclusive, que tudo isso role – só que não é o que EU gosto de ler.</p> <p align="justify">Aparentemente mais gente começou a pensar assim e um belo dia surgiu um grupo que pregava a blogosfera <em>oldschool</em>. EBA, pensei, empolgadíssima. Tem gente tipo eu, que só quer ler sobre <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/08/menos-relevancia-e-mais-amor-0931.html">o que o amigo comeu no almoço</a>, que bacana. Grupo de blogueiros vintages era o novo “os animais são todos iguais”.</p> <p align="justify">Não demorou muito e o negócio superinflou. Eram centenas de pessoas agitadíssimas, links de posts para todos os lados e lá ia eu, inocente, conferir. O triste é que para a minha surpresa a grande maioria dos blogueiros presentes fazia tudo muito parecido com o que “não era para se fazer” na tal da blogosfera das antigas. Oi?</p> <p align="justify">Se o propósito era reunir uma galera que ~rompia~ com esses padrões, POR QUE a maioria não era dessa vibe? Os animais já não eram tão iguais assim. Repito: nem melhores, nem piores, cada um bloga do jeito que quer, eu só não conseguia entender POR QUE estavam ali se não se encaixavam na proposta.</p> <p align="justify">Enquanto eu morria de preguiça dessa metade dos links que não tinham a ver com o que eu gostava de ler, aparentemente a diretoria do tal do grupo começou a achar que “alguns animais eram, sim, mais iguais que outros” e decidir que mandavam na blogosfera. Essa blogosfera LEVE, que era pregada, deixava assim de ser leve, porque de repente tinha regras. E tinha donos.</p> <p align="justify"><a href="http://lh3.googleusercontent.com/-7zITmEuy7qo/Vj6zfLed3MI/AAAAAAAAFKk/8NYMvDw3n1M/s1600-h/kiding%25255B3%25255D.gif"><img title="kiding" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="kiding" src="http://lh3.googleusercontent.com/-AAjQ8jwiXCw/Vj6zgXSNGgI/AAAAAAAAFKs/wsIm-jV5lIs/kiding_thumb%25255B1%25255D.gif?imgmax=800" width="510" height="261"></a></p> <p align="justify">Era um tal de “EU inventei elementos cor de violeta no layout do blog e ninguém pode fazer igual” ou ainda “EU postei sobre cachorrinhos e na semana seguinte fulana postou também”. Sabe uma vibe errada estilo Tati Feltrin que inventou a booktúbia (mas já respondeu TAG que eu criei no youtube SEM ME DAR OS CRÉDITOS)? Então. </p> <p align="justify"><a href="http://lh3.googleusercontent.com/-4oonhH6HnRc/Vj6zhQG9cHI/AAAAAAAAFK0/ZYFi3szayqg/s1600-h/really%25255B3%25255D.gif"><img title="really" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="really" src="http://lh3.googleusercontent.com/-7Apr-dn8grg/Vj6zijx4SoI/AAAAAAAAFK8/tuN-ebM8nqo/really_thumb%25255B1%25255D.gif?imgmax=800" width="510" height="253"></a></p> <p align="justify">A gota d’água pra mim foi a história do BEDA, movimento do qual eu já tinha ouvido falar há pelo menos dois anos e que DE REPENTE tinha sido “idealizado e patenteado” pelo grupo. Aham, Cláudia, sentem todos lá. O pior de tudo era ver MUITO blogueiro MUITO legal e verdadeiramente <em>~oldschool~</em> que estava lá, postando todos os dias de agosto… e ostentando o selinho do grupo que de criador do evento não tinha nada. </p> <p align="justify"><a href="http://lh3.googleusercontent.com/-KJdSKPZebko/Vj6zj1HFF_I/AAAAAAAAFLE/UNwPXCrqQ88/s1600-h/bye%25255B3%25255D.gif"><img title="bye" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="bye" src="http://lh3.googleusercontent.com/-bgTtvtyiKqQ/Vj6zk3pYWeI/AAAAAAAAFLM/zMj6akyMYrc/bye_thumb%25255B1%25255D.gif?imgmax=800" width="510" height="227"></a></p> <p align="justify">Metáfora da vida, portanto, vamos repetir rapidão: tá tudo errado nesse mundo, vamos criar uma panela, gerir a coisa toda e transformar numa grande repetição do que era – mas agora somos nós que mandamos e tudo vai ser melhor. Aquela história do “ditadura é quando mandam e eu tenho que obedecer; democracia é quando eu mando e todo mundo obedece”. Ai, o ser humano. Gente, que tal se começássemos a ser melhores?</p> <p align="right"><em>Assinado Ana Luísa<br></em>Blogueira underground que mal aparece no blog <br>e resolve botar álcool numa fogueira que já estava quase apagando. <br>Cavei minha própria cova?</p> Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-79134313996752080682015-10-26T17:28:00.001-02:002015-10-26T17:28:11.896-02:00Sobre mais uma teoria de caos<p align="right"><em>Mas cara, foi “só um vírus”, como é que TUDO parou?</em></p> <p align="justify">Foi essa a pergunta que eu me fiz (ingenuamente) repetidas vezes na cabeça antes de chegar mais ou menos na metade de <strong>Estação Onze</strong>, da Emily Mandel, indicação da sempre maravilhosa <a href="http://agoramoronalua.wordpress.com">Mimi</a>. </p> <p align="justify">Se você já começou a torcer o seu nariz desde já e pensar que o livro é só mais uma distopia YA sobre o fim do mundo eu vou dizer que sim, é só isso mesmo, se você quiser pensar assim. Não tenho nada a dizer que rebata isso além do fato de que algumas distopias são melhores e mais inteligentes que outras e essa é certamente uma delas.</p> <p align="justify">Na obra de Emily o apocalipse não acontece por tragédias naturais. Não é a água que acaba, nem cai um meteoro, nem os dias de repente começam a ter mais horas do que deviam. O que acontece é um vírus novo, da “gripe da Geórgia”, altamente transmissível e capaz de matar em questão de horas a pessoa infectada. Foi através dessa pandemia incontrolável que a maior parte da população do mundo foi dizimada e tudo deixou de ser como era “antes”. Absolutamente tudo.</p> <p align="justify">Se você está no mesmo barco, se perguntando como é que tudo parou por causa de um vírus, vou elucidar a questão através do texto da Emily e colocar o causo em debate aqui. Se você prefere receber esse soco no estômago apenas enquanto estiver lendo o livro, esse é o momento de parar de ler esse post, ok? Depois não digam que eu não avisei.</p> <p align="justify"><em>“Nós reclamamos de como o mundo moderno é impessoal, mas isso é mentira, era o que lhe parecia; nunca tinha sido impessoal, nem de longe. Sempre houve uma sutil e sólida infraestrutura de gente, todos trabalhando à nossa volta, sem serem notados, e, quando as pessoas param de trabalhar, todo o sistema emperra e para. Ninguém fornece gasolina aos postos de combustível ou aos aeroportos. Os carros ficam parados, abandonados. Os aviões não podem voar. Os caminhões continuam nos pontos de origem. Os alimentos nunca chegam às cidades; os mercados fecham. As lojas ficam trancadas e depois são saqueadas. Ninguém vai trabalhar nas usinas de energia nem nas subestações, ninguém remove as árvores caídas nas fiações de eletricidade.” </em></p> <p align="justify">Esse foi meu trecho favorito de um livro que me encheu de trechos favoritos. E isso porque a bomba caiu tão grande no meu colo que eu fiquei sem reação e tive que lê-lo pelo menos mais umas três vezes. Pareceu fácil, para você, concluir tudo isso? Pra mim não pareceu. Não pareceu porque na minha cabeça ainda era só um vírus que tinha matado MUITA gente, mas que poder ele tinha de acabar com a eletricidade? Não pareceu porque aparentemente eu sou mais uma dessas ignorantes que está tão acostumada com as coisas do jeito que são e com essa suposta impessoalidade que nunca fiquei parando para pensar na quantidade de gente que está envolvida com o fato de eu apertar um botão dentro do meu quarto a luz acender ou o fato de eu digitar uma mensagem no celular e minha amiga recebê-la no mesmo segundo.</p> <p align="justify">É sempre uma epifania confusa e exaustiva essa de lembrar que SEMPRE tem pessoas envolvidas em qualquer coisa que a gente queira fazer. Sempre um incomodozinho extra na vida lembrar que se você está curtindo um feriadão no parque ou se divertindo nas suas compras de natal em cima da hora é porque tem uma penca de gente trabalhando para que a montanha russa esteja funcionando e a loja esteja aberta. </p> <p align="justify">Óbvio que tudo acabou quando um vírus detonou a maior parte da população mundial: porque não tinha ninguém vivo para estar por trás de nada – quem sobrou teve que se reinventar para cuidar da própria sobrevivência de uma maneira nunca antes imaginada. Foi a teoria de apocalipse que mais fez sentido na minha cabeça até então, mesmo que eu tenha passado metade o livro sem entender como tudo tinha acontecido. </p> <p align="justify">Além desse cerne da questão a autora ainda aborda temas como o perigo do fanatismo, o que seria o inferno de cada um, o que cada pessoa é capaz ou não de fazer para garantir o seu lado e ainda nos faz queimar o cérebro de tanto pensar se, numa situação dessas, seria melhor não ter conhecido o mundo como era antes ou ter conhecido sim; se no fim das contas é melhor lembrar ou não lembrar. Um dos personagens conclui que quanto mais você lembra, mais você perdeu. Não deixa de ser um apelo verdadeiro. Leiam esse livro, por favor. E venham me contar onde foi que ele pegou mais para vocês.</p> Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-28434782066889760402015-10-13T15:01:00.001-03:002015-10-13T15:01:54.679-03:00O dia em que minha amiga queria subir uma hashtag para eu voltar<p align="justify">Eu já falei por aqui algumas vezes que muito antes de resolver ser blogueira eu era uma ávida leitora de blogs. Uma ávida leitora fantasma que não perdia um post sequer dos cantinhos que eu gostava de ler e ficava furiosa quando os autores simplesmente desapareciam sem deixar vestígios. A esperança sempre foi a última a morrer, dizem, e então eu confesso que cheguei a ficar 2 anos entrando em blog desatualizado com aquele fiozinho de fé de que VAI QUE o blogueiro voltou?</p> <p align="justify">Eis que então, querido leitor (fantasma ou não) deste empoeirado <strike>e quase finado</strike> blog, que eu aqui estou, cogitando comprar um vidro de óleo de peroba para passar na minha cara de pau e ver se as coisas voltam a funcionar. A verdade é que nesses longos dias em que eu passei sem aparecer mesmo tendo prometido que tinha voltado (e tentado levar a promessa a sério) eu fiz uma coisa que eu não deveria ter feito: eu me acostumei.</p> <p align="justify">Em todas as outras vezes da vida em que eu dei uma sumida do blog (de no máximo 10 dias!!!!), acreditem, eu era capaz de passar todos esses dias angustiada, nervosa pensando no blog vazio, tentando forçar minha cabeça a escrever alguma coisa pelo amor de Deus. Dessa vez não. Dessa vez eu cheguei a esquecer que eu tinha blog – e quando eu lembrava, eu pensava: já está sem texto há um monte de dias mesmo, outro dia não vai fazer mal. </p> <p align="justify">Eu perdi o peso na consciência, perdi a vergonha na cara e perdi a moral. Depois de amanhã o MVCEE completa 8 anos. 8. OITO. E curiosamente, nessa mesma semana, eu me deparei com um snap da <a href="http://starshipsandqueens.com">minha amiga</a> querendo promover um apelo coletivo para que eu voltasse a postar. Eu. Que nunca fiquei 10 dias sem atualizar o blog e sempre estive do lado contrário da briga; do lado das que imploram para as amigas tomarem vergonha na cara e voltarem a postar pelo amor de Deus.</p> <p align="justify"><a href="http://lh3.googleusercontent.com/-ndGM5Qqoqxs/Vh1HBU0kvQI/AAAAAAAAFJo/l7OE77m3Gs4/s1600-h/medo%25255B3%25255D.gif"><img title="medo" style="float: none; margin-left: auto; display: block; margin-right: auto" alt="medo" src="http://lh3.googleusercontent.com/-RCgDBTjX4Rc/Vh1HEMHk51I/AAAAAAAAFJw/AfFpx1p-4So/medo_thumb%25255B1%25255D.gif?imgmax=800" width="510" height="291"></a></p> <p align="justify">Que que eu podia fazer? Só abaixar minha cabeça de vergonha e tentar me retratar – dessa vez sem prometer nada porque vocês nem devem acreditar mais nas promessas. Será que eu voltei? Será que eu consigo me reacostumar com o blog? Será que eu volto a lembrar que tudo, tudo mesmo, pode virar texto se eu lembrar de exercitar a fórmula e usar o pozinho mágico? São questões. </p> <p align="justify">Enquanto eu fico me perguntando essas coisas (e compartilhando as dúvidas com vocês), melhor colocar o bolo no forno e começar a encher os balões, afinal de contas, depois de amanhã são 8 anos e não se completa 8 anos todo dia. </p> Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-74418050586841108452015-09-18T19:08:00.001-03:002015-09-18T21:39:52.068-03:00O final feliz não foi o final<p align="justify">A primeira vez que eu assisti Friends eu era relativamente nova. Devia ter lá meus 15/16 anos e uma fé cega em relações amorosas na ficção que, por sinal, mexiam comigo de uma maneira que não era de Deus. Já passei noites sem dormir nessa vida pela angústia direcionada a um casal de novela que NUNCA ficava junto – e assisti a cena do reencontro vezes a fio para sentir o peito ardendo tudo outra vez. <em><a href="https://www.youtube.com/watch?v=n2nMv-eULfg">Quem é mais sentimental que eu</a>?</em></p> <p align="justify">Enfim. Por essas e outras, nada mais óbvio concluir que eu passei, sim, todas as dez temporadas da série comemorando cada cena feliz de Ross & Rachel e ficando contrariadíssima cada vez que eles brigaram. Sempre tive certeza absoluta de que eles eram suas lagostas e que estavam, desde sempre, destinados a ficar juntos no final e eles ficaram. Ficaram?</p> <p align="justify">Essa foi uma pergunta que começou a ecoar de leve na minha cabeça nas vezes em que me aventurei a assistir à série novamente. Calma, não mudei de lado. Apesar de achar o Joey incrível quando ele se apaixonada pela Rachel, nunca seria capaz de torcer para que os dois ficassem juntos de fato. Eu continuo sendo team Ross. Só acho que eles são só mais um casal que a ficção usou para nos ensinar, a duras penas, que nem todo grande amor tem que ser eterno; que nem toda grande paixão funciona, de fato, a longo prazo. Às vezes as pessoas <strong>se amam</strong> demais, mas não conseguem ficar juntas para sempre porque acaba que quando estão juntas não <strong>se gostam</strong> tanto assim.</p> <p align="center"><a href="http://lh3.googleusercontent.com/-kn7UGUPrGl0/VfyLSjD8jzI/AAAAAAAAFJE/NivOZ1c6I0g/s1600-h/one-day-emma1%25255B4%25255D.jpg"><img title="one-day-emma1" style="border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; background-image: none; border-bottom-width: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; display: block; padding-right: 0px; border-top-width: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="one-day-emma1" src="http://lh3.googleusercontent.com/-vAhmx7sBjcY/VfyLTTO60nI/AAAAAAAAFJI/bJ3ydnTRkiM/one-day-emma1_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="510" height="427"></a><font size="1">Um rápido oferecimento de David Nicholls</font></p> <p align="justify">Ross e Rachel se amam, ao menos diz a lenda. Ele então jura que ama desde muito, desde sempre. Só que todo mundo que já viu a série de cabo a rabo sabe (por mais que seja difícil admitir) que eles se amam mais quando estão separados. Se amam quase que platonicamente. Talvez amem mais a ideia que fazem um do outro do que a realidade. Se doem de amor quando aparece um novo parceiro na vida do outro. Se amam com voracidade no início de cada nova tentativa de ficarem juntos… para rapidamente se desentenderem e alguém concluir, entre trancos e barrancos mais uma vez, que não dá. Talvez eles não tenham reparado nisso, mas a gente reparou.</p> <p align="justify">É por isso que depois de ter assistido inúmeras vezes à Rachel entrar naquela sala dizendo que saiu daquele avião que, mesmo com o coração saindo pela boca, me dá uma sensação de melancolia. Porque eu não consigo mais pensar que FINALMENTE eles ficaram juntos de vez como eu pensava antes. Eu só consigo pensar que eles vão tentar mais uma vez, com mais uma retomada estonteante, e que vai dar merda em questão de dois meses. <em>I can see it hapenning</em>, sabe? A única diferença é que dessa vez foi o fechamento da série e quando eles começaram a arrumar treta pouco depois a gente não podia mais ver. O fato, mais uma vez, é aquele velho conhecido dos amantes da ficção: nunca conseguimos puxar uma cadeira e pegar uma bacia de pipoca para acompanhar o tal do final feliz. </p> <p align="justify">Talvez existam amores que sejam assim mesmo, feitos de grandes momentos e não de grandes histórias; não de grandes continuações. Talvez existam vários casais exatamente como eles: que ficarão dando murros em pontas de facas vezes a fio tentando fazer a coisa funcionar. Talvez até o <strong>para sempre</strong> deles seja exatamente isso: as tentativas. Ou talvez pouco depois que eles se separarem de novo eles encontrem cada um um novo rumo e remoam até os 100 o fato de se amarem tanto e “não terem dado certo”. Talvez aos 80 eles ainda debatam se estavam <em>on a break</em>, inclusive. Talvez.</p> Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-351950962774567371.post-66700114046201474132015-09-13T02:18:00.001-03:002015-09-13T03:06:45.496-03:00Polícias abaixem as armas<p align="right">e<em> troquem carícias que a gente voltou </em>etc.</p> <p align="justify">Na verdade (e sei que vocês já desconfiam) eu só estou aqui agora, me forçando a escrever nessa madrugada de sábado, porque a Anna Vitória apareceu com um post e a água bateu na minha bunda. Brinquei que só acordaria o blog quando setembro acabasse, mas aparentemente meu subconsciente levou a história mais a sério do que devia e ficou tudo aqui pegando poeira. Voltei.</p> <p align="justify">Voltei, mas voltei sem assunto. Lembram que <a href="http://mvcee.blogspot.com.br/2015/08/o-que-eu-aprendi-em-28-dias-de-beda-2831.html">eu disse</a> que o BEDA me ensinou que a gente consegue sim escrever sobre qualquer coisa se parar de <em>xurumelar</em>™ e de fato sentar parar fazer o serviço? Então. Esqueci rapidinho que a regra era essa. 12 dias inteiros se passaram e, ao mesmo tempo que parece que nada aconteceu, tenho a sensação de que passou um tufão pela minha vida – deixando muita coisa pelos ares (alô estrutura emocional) e pouquíssimos pingos em cima dos respectivos Is.</p> <p align="justify">Esses 12 dias foram meus primeiros 12 dias na vida como uma pessoa dentro ~das estatísticas~, ou seja, desempregada. Passei agosto inteirinho cumprindo o aviso prévio, e está tudo muito bem, obrigada, mas dormir a primeira noite de domingo sem ter absolutamente nenhuma perspectiva de responsabilidade e horários para a próxima semana (e nem a próxima e nem a próxima) foi uma sensação esquisitíssima. Se vocês querem saber, consegui acordar em torno das 9 e decidi que ia começar a fazer Blogilates (<a href="http://sooo-contagious.blogspot.com.br/2015/08/fazendo-pilates-em-casa-pergunte-me-como.html">um oferecimento da Anna novamente</a>) e tudo deu tão certo que hoje já consegui subir na headstand e se vocês não acreditam eu tenho provas.</p> <p align="center"><a href="http://lh3.googleusercontent.com/-99zPU3oYYFw/VfUHKUSdHqI/AAAAAAAAFIY/WvWbwVDwuUw/s1600-h/IMG_7050%25255B9%25255D.jpg"><img title="IMG_7050" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="IMG_7050" src="http://lh3.googleusercontent.com/-mQiQOzUs_Fw/VfUHK5Kb92I/AAAAAAAAFIg/HnUONBcdz3Y/IMG_7050_thumb%25255B6%25255D.jpg?imgmax=800" width="510" height="370"></a><font style="font-weight: normal" size="1">Glamour e dignidade em forma de colchonete velho e um par de meias xadrez</font></p> <p align="justify">Também aproveitei esses dias para fazer bastante amizade com meu casal de vizinhos e, com isso, joguei uma partida de WAR de mais de 7 horas (saudades), duas de Banco Imobiliário, uma de Jogo da Vida, uma de Duvido, comecei uma maratona de Harry Potter e troquei um punhado de fraldas da nenezinha de 1 mês deles. </p> <p align="justify">No primeiro dia do mês eu postei uma foto do calendário no Instagram, me sentindo super piadista, com a legenda: <em>Setembrochove?</em> Chalenge Accepted, disse Curitiba, porque a sensação que eu tenho é que a única coisa que aconteceu nesse mês do lado de fora da minha janela foi a chuva, de modo que passei grande parte dessas horas debaixo do edredom com um livro ou com meu novo vício, que se chama Verdades Secretas e é assinada pelo Walcyr Carrasco. Se vocês querem saber, a Grazi está trabalhando bem demais. </p> <p align="justify">No feriado eu cambaleei entre a diversão e a ruína emocional: num dia eu estava radiante, no outro não tinha forças para levantar da cama – e assim sucessivamente. <em>Talvez se eu fosse menos louca se eu não fosse quem soca desesperadamente sem parar um travesseiro branco </em>e tals. Fica aí a dica para vocês que acham que ser eu é fácil: a grama do vizinho nem sempre é mais verde, às vezes é só filtro do Instagram ou um monte de palavras bonitas enfileiradas. Já costuma dizer sabiamente o Antônio Prata: escrever é transformar ressentimento em graça e, olha só, é isso que estou tentando fazer agora, mais uma vez. Entre a felicidade e o desespero, o fato é que todo carnaval tem seu fim e, que coisa não, os dias da Independência tem fim também – e ainda sobra uma dosezinha de ressaca, já que aqui em Curitiba dia 8 também é feriado. </p> <p align="justify">Do dia 9 em diante eu tive uma noite de insônia, fiz exame demissional, descobri que perdi quilos e saí da casa dos 50 onde estava há tempos, comecei a ensaiar para uma peça nova e brindei caipirinhas gigantes com duas (ex) colegas de trabalho que jamais serão ex amigas. </p> <p align="justify">Mas hoje já é dia 12. A poeira baixou um pouco na vida e eu vim espanar um pouco a do blog já que me senti pressionada. <em>Médicos nas UTIs larguem seus bisturis que a gente voltou</em>, eu acho. Como foi a primeira quinzena de setembro de vocês? Fiquei com saudades.</p> Ana Luísahttp://www.blogger.com/profile/07668576483321310512noreply@blogger.com18