terça-feira, 9 de abril de 2013

Aquele onde ela ia festar

Pedindo uma licença poética para parafrasear Chico Buarque, que eu sou muito mais do edredom que das baladas isso todo mundo já sabe. Vivo tentando convencer a minha mãe, me utilizando, dessa vez, de Paula Pimenta, que se ele for mesmo o homem da minha vida ele não estará na balada, e sim em casa lendo, e então, não é exatamente sair festar toda sexta-feira que vai adiantar o processo dela ver netinhos correndo pela casa.

Eu gosto de festa. Eu me divirto nas baladas. Em um baile de formatura, sou daquelas que praticamente varre o salão. Mas o fato é que eu morro de preguiça de encarar uma #PartyHard sendo que do outro lado da questão existe uma cama com pernas para o alto, música, livros e internet.

Pra eu sair de casa, eu preciso estar muito inspirada. E veja bem, sexta-feira eu estava. Não saí esse ano ainda. Gente-eu-não-saí-esse-ano-ainda e estamos em abril. Então minha amiga marcar um aniversário na balada sertaneja até que foi algo providencial. Amarguei alguns dias de preguiça descomunal, mas mantinha em mente que não tinha como não ir, afinal, era aniversário da Letícia.

Convenci outra amiga a ir junto, porque odeio chegar em festas sozinha, odeio voltar sozinha, ela é uma ótima companhia e ainda por cima é a maquiadora que eu pedi a Deus, com toda a paciência do mundo para os meus chiliques de “Ai, você vai acabar pintando minha pupila com esse rímel” ou “Ai, você vai me furar com esse lápis” ou “Ai, pega água, não vá molhar o cotonete com a ponta da língua pra limpar minha sobrancelha, né”.

Acordei cedo no sábado, passei por uma manhã exaustiva, cheguei em casa e só queria dormir. Sabe aqueles cochilos bem errados, onde você deita de roupa apertada e toda torta na cama, e dorme tão pesado que sonha um milhão de aleatoriedades? Então.

Acordei às quatro e tanto com meu pai avisando que o interfone estava tocando. Luana chegou, subiu, comemos pizza, colocamos a fofoca em dia, assistimos um episódio de Grey’s Anatomy e graças a Deus ela apagou antes de eu pedir pra dormir mais um pouquinho. Precisamos de força para levantar às 21h e começarmos a nos arrumar. Banho daqui, banho de lá, secando cabelo e fazendo escova dali, queimando o PÉ com a chapinha de lá. Sim, só eu consigo queimar o pé com a chapinha.

Meia hora em cada maquiagem, dois quilos de delineador, arrumação das camas pra quando voltássemos, telefonemas para o taxista e já era tipo meia noite quando paramos na frente da balada marcada. Sorte que a maquininha de cartão do moço engatou, porque consegui falar no telefone com a aniversariante que, olhando o tamanho da fila da balada, desistiu da brincadeira e foi pra outra. Sem avisar a todos os convidados. Tudo bem. Respirei fundo e avisei pro taxista me levar pra outro canto. Lógico que ele desligou o taxímetro e ligou de novo, o que configurou em muitas dilmas a mais do que o planejado para a ~viagem~ de IDA até a festa.

E eu estava tão animada com a possibilidade de dançar músicas de qualidade duvidosa durante toda a madrugada que fui bem de boa para a outra balada escolhida, só pra chegar lá e encontrar mais algumas horas de fila e a aniversariante resolvendo mudar de planos de novo e ir pra casa de seus outros amigos beber com eles. Quase 1 hora da manhã e eu e Luana estávamos no meio do Batel, com roupas de balada, maquiagem carregada, e sem festa nenhuma pra ir.

Gente, é só calcular: Passei uns 5 dias tentando me animar pra ir na balada. Passei a tarde de sábado querendo-dormir-pesado, mas acordando a cada meia hora pra olhar o relógio e ver se ainda estava em tempo de eu acordar e me arrumar. Passei três horas me arrumando, e ao todo, foram gramas preciosos de maquiagem e delineador para gastar 38 reais, rodar de táxi em Curitiba e passar raiva.

Terminei a noite debaixo do edredom, lendo meu amigo desabafar no chat do Skype, comendo bombons e jogando Candy Crush Saga. Só porque eu realmente estava afim de festar. O próximo a inventar um aniversário desses vai precisar de argumentos bem fortes pra me convencer a pensar no assunto. Ponham a culpa na Letícia.

Ah, tem mais. O delineador da Lu é daqueles que dura pra sempre. Ele tem a vantagem de durar pra sempre. E a desvantagem de durar pra sempre. Já é quase terça-feira, eu tomei banhos, passei demaquilante, e as pessoas ainda olham pra minha cara e dizem: “Opa, a balada foi boa esse findi, hein?”. Pois sim.

exr

10 comentários:

  1. HAUAHUAHUAHAUAHUAHUAHAU Graças a Deus que você existe e resolve escrever uma coisa dessas quando eu tô me acabando de chorar de tristeza, amiga.
    Eu vi que outro dia você retweetou meu tweet sobre festas e querer desistir na véspera. Mamãe disse que eu tenho dessas, porque sou muito caseira e só o pensamento de sair de casa pra balada me deixa nervosa a ponto de querer NÃO ir. E eu sou bem assim mesmo. Mas, geralmente, as coisas ficam legais quando eu to lá... digo, geralmente. Nem sempre. Aí eu volto pra casa com vontade de nunca, nunca mais pisar fora de casa de noite.

    Absolutamente DETESTO rímel que não sai. Posso te confessar que já tinha reparado nas suas fotos uma certa maquiagem que não saía? AHUAHUAHAU

    Quando você vier pra Vitória de novo, a gente sai. Juntamos as nossas preguiças e vamos!

    Te amo!
    Beijo <3

    ResponderExcluir
  2. AI! Mas olha, eu ficaria de cara por diaaas com a amiga que troca festa como troca de roupa. Achei deselegante! hahahaha.
    Por isso que não da para planejar muito nessa vida, meu amor de Analu. :(
    E delineador que não sai é o capeta, meu deus! Por quêêe?
    <3

    ResponderExcluir
  3. Amiga, isso é muito a história da minha vida, você sabe disso. Tenho uma coleção de casos de baladas que quase fui, e eles sempre calham de acontecer nas raríssimas vezes em que eu estou bem animada. Na última vez o lugar lotou tanto que queriam me cobrar o dobro de entrada, sem ser revertido. Dei a volta e fui pra casa ver TV.

    E faço do convite da Rafinha o meu, ou melhor uma intimação: vamos pra balada quando eu estiver em Curitiba! (mas não em sertaneja, por favor)

    Beijos <3

    ResponderExcluir
  4. Nossa programação está feita: num dia, vamos todas para a balada (sem ser sertaneja, pelo amor). No seguinte, maratona de greys, brigadeiro, e muita, muita preguiça. Fechou?

    (amei Iralinha dizendo que sua amiga é deselegante, hahaha, também achei)
    Beijos!

    ResponderExcluir
  5. hahaha, adorei. confesso que já fui dessas de balada, mas hoje em dia não consigo nem pensar numa dessas. faz teeempo que não tenho nem vontade de ir a uma, estou preferindo mesmo um barzinho ou até uma balada que não toque essas musicas de hoje em dia, umas que tocam rock dos anos 80 e 90, reggae, etc.

    Adorei o post.

    beijos *:

    ResponderExcluir
  6. Candy Crush Saga! Um jogo maravilhoso! Eu sou viciado!

    jj-jovemjornalista.com

    ResponderExcluir
  7. Balada é só pra beber e dançar, nada mais. Beijos

    ResponderExcluir
  8. AINDA BEM que eu escolhi outro aniversário pra ir, hein! HAHAHAHAHA MAs o meu foi quase tão decepcionante quanto o seu, voltei às 22h e fiquei vendo filme e jogando candy crush saga. Meu problema é que eu adoro festas, só que é muito dificil encontrar uma festa que eu adore! hhahahah as festas dessa cidade só tocam músicas ruins e tal. Enfim, se vc não for no meu aniversário apanha.
    Bjs <3

    ResponderExcluir