Iniciei o ano me atrevendo a ler Crime e Castigo. Os nomes das pessoas eram tensos ao extremo, tipo Raskolnikóv e Ivanovna. Mais tenso ainda, só o enredo. Pensei que ia demorar mais, mas passei altas tardes de tédio em uma casa de praia, sem ir pra praia, e sem internet, apenas com uma rede e o livro na mão, ou seja, li.
De Dostoiévski a Harlan Coben, o segundo livro do ano foi Não conte a ninguém, e sabe aquela coisa de achar algo onde você nem quis procurar? Pois é. Harlan Coben é o cara, gente. Aquela sensação de não conseguir fechar o livro até terminá-lo é algo que impera em suas obras. Depois disso eu fui pra Clube do filme, de David Gilmour, bem descartável, pra falar a verdade, mas foi interessante pra passar o tempo. Fechei janeiro com Lolita, obra que estava lendo há séculos e não conseguia terminar nunca.
Fevereiro chegou com uma paródia bem tosca de Crepúsculo, chamada Opúsculo, que eu ganhei da Juliana. Foi a única vez que ela errou no presente, e coitadinha, nem sei se conte isso pra ela. Mas o livro é ruim, gente. Ruim. Sorte que depois dele já peguei Alice, que de tão doce, hoje domina o template desse blog (mais uma vez, quem fez e arrasou foi a Tary).
Terminei o mês com O guia do mochileiro das galáxias, que também tinha ganhado de presente. Achei altamente dispensável, mas muita gente gosta! O que seria do lilás se todos gostassem do amarelo, afinal?
Em março eu me iniciei em Jostein Gaarder, com A garota das laranjas. Extremamente leve e doce, adorei. Depois disso me enrolei até as tampas com Os homens que não amavam as mulheres, de Stieg Larrson, e só consegui terminá-lo em abril. Detestei.
Mas saindo dos livros, em março começou, né, gente. Vamos Falar de Amor sem dizer Eu Te Amo. Com isso começaram Inês Pedrosa, Milan Kundera, Tennessee Williams, Heiner Müller e seus corações, e ele, Caio F.. Com a primeira veio o sofrimento da viúva, com Milan veio o fantástico Jogo da Carona, de Tennessee Williams vieram Fala comigo doce como a chuva e Essa propriedade está condenada, sendo que por causa da primeira nunca mais eu consegui ouvir a palavra SEDE sem sussurrar ÀGUA, e a segunda ganhou uma das marcações mais belas e significativas da peça. Heiner Müller guiava o texto todo, com o clássico diálogo do “Posso colocar meu coração aos seus pés?”, e o grande Caio entrou na dança com “Eu preciso de alguém e é tão urgente o que eu digo”, dando voz às angústias da Clara. O texto inteiro é uma obra-prima, e nisso entra toda a literatura da minha diretora e ídola, Airen Wormhoudt. (É claro que o nome dela ia aparecer na lista da literatura, ora poix.)
Na verdade, foi em abril que a Airen entregou o texto inteiro, com a minha cena e tudo, onde apareceu meu Caio F. Mas durante abril eu fiquei só no texto mesmo, por fora eu li A menina que não sabia ler, que é uma pira, Eu sou Alice, que é a história da Alice que inspirou Lewis Carroll a escrever a história do país das maravilhas.. Amei. Mas não recomendo a quem não tenha lido a ficção ainda. Ler a biografia estraga um pouco da magia. Mas a história é tão intensa que eu jamais me arrependeria de tê-la lido. Ainda em abril, veio Jornal Nacional: Modo de fazer, bem gostosinho de ler, cheio de curiosidades e fotos.
O mês de maio eu passei abraçada com 3 livros que ganhei de aniversário em abril. O mundo de Sofia, interessante, mas precisa ter paciência com a quantidade de história da filosofia. O castelo de vidro, maravilhoso. E elas, as famosas, as Virgens Suicidas, de Jeffrey Eugenides, que eu ganhei da Rafa, e queria tanto, mas tanto, que ela nem sabia e adivinhou. Quando eu abri o pacote eu quase desmaiei de emoção. Fiz tanto carinho no livro, e fui deixando ele pra depois, só porque ele era o melhor bombom da caixa. Li, me encantei, e, segredinho? Estou querendo montar uma peça sobre esse livro no meu próximo semestre do teatro. As meninas da turma ficaram bem animadas, rezem pra diretora topar!
Em junho eu já estava tão consumida e apaixonada por Vamos Falar de Amor sem dizer Eu Te Amo que passei dias me deliciando com a biografia de meu novo amor: Para sempre teu, Caio F. Tanto da construção da Clara veio desse livro que nem se explicar. Ainda nesse mês li Travessuras da menina má, presentão de aniversário da Amandinha, que é fantástico e me apresentou a personagem mais perturbadora de todas.
Eu achei que ia precisar de um post só para fazer essa retrospectiva, mas já vi que gosto de falar do assunto e que vai ser melhor dividir, senão eu vou começar a me polir no final, e não quero. Tem muita água pra rolar ainda, eu nem cheguei na Florbela Espanca! Sendo assim, encerro aqui o primeiro semestre, aguardem o próximo e último capítulo sobre os capítulos de 2011!
Amiga, amei o post! Eu fiquei tão empolgada com essa história de peça baseada em As Virgens Suicidas - possivelmente o melhor livro que li esse ano - que já te envio minha torcida pra que o projeto dê certo. Você daria uma ótima Lux! Fiquei tão feliz de ver as semelhanças nas nossas leituras desse ano... Além desse último, Para sempre teu, Caio F., Castelo de Vidro e Lolita. Aí você leu a minha dica, aquela piração genial que é A menina que não sabia ler. Quero muito Crime e Castigo, Florbela - tô louca pra me apaixonar por ela também - e acabei de comprar toda a série do Guia do Mochileiro por vintão no submarino! Espero discordar com você nesse aí, hahaha.
ResponderExcluirÉ isso... Dá vontade de discutir livros pra sempre com você, florzita. Temos que marcar um skype.
A foto ficou linda no blog, assim como o layout! Modéstia à parte, hihi.
Te amo!
Aii, queria muito ler "O mundo de Sofia" e "Para sempre teu, Caio". Nem sei por onde começar a minha retrô, UAHSUAHSU. Mais uma vez, seu layout tá lindinho deeeemais! <3
ResponderExcluirAdmirada com a quantidade de livros que você leu esse ano (e ainda tem mais, né?). Eu li muito mais coisa pela universidade do que por mim. Mas tive umas leituras legais e vou fazer um post assim também, é bem interessante.
ResponderExcluirE eu amei "O mundo de Sofia", ele é grandão mas é bem legal de se ler.
Adorei o formato o post, Aninha! Estou empacada na metade de 'O mundo de Sofia' deve ter mais de ano, acredita? E olha que eu estava gostando! Mas eu sou assim com alguns livros, pego no momento errado, e acabo deixando de lado até que dá aquele clique, vou lá e leio tudo de uma vez!
ResponderExcluirSou louca para ler 'As virgens suicidas', mas ainda não tive a chance. Não gostei muito de 'A menina que não sabia ler' e queria ler ler também 'Eu sou Alice'.
Vou parar por aqui, senão vou querer comentar livro por livro e vai acabar ficando um coment´rio infinito!
Beijos :)
Bonitinha, você não tinha me contado que havia lido As Virgens Suicidas! Precisamos muito comentar a respeito dele. Já li na Máfia que você queria ser a enforcada (eu nunca lembro direito como cada uma morreu, mas a que mais me intriga é a Cecilia) no teatro, e SÉRIO, se você for fazer essa montagem, se eu tiver disponibilidade ($$$) eu vou te ver. ANOTA.
ResponderExcluirO que mais? Sempre quis ler O Mundo de Sofia, mas acho que é um livro que deve ser estudado, e fico esperando o momento que terei tempo de verdade para me dedicar a ele.
Ei, não me esqueci que você me enviou o texto de Vamos Falar de Amor..., ele está guardadinho e esperando um período tranquilo para que eu possa mergulhar nele, porque acho injusto eu ficar lendo algo tãããão especial dentro do ônibus e durante as aulas de inglês na escola, né?
Travessuras da Menina Má eu gostei TAAANTO quando eu li, fiquei tão envolvida, chorei absurdamente no final, mas sinto que preciso reler. Li ele em 2008, e confesso que me lembro pouco do enredo todo, mas me marcou tanto que está sempre presente.
Já tô curiosa pra próxima parte!
beijos
ADOREI
ResponderExcluirA-M-E-I, SEM PALAVRAS, SEU BLOG É LINDO.
ResponderExcluirBEIJOS E SUCESSO.
Acho que só postarei em janeiro. Vamos ver se até lá consigo ler mais algumas coisa, rs. Eu li "Não conte a ninguém", mas não goste tanto assim não. Ele até prende a atenção, mas achei que enrolou demais...haha. O clube do filme também não consegui terminar... =/
ResponderExcluirBeijos!
Você me fez sentir uma vergonha imensa, Analu. COMO você consegue ler tantos livros em um mês? Sério, me ensina como fazer isso. E de todos que você citou, preciso dizer: que livro lixo, esse "Clube do filme". Argh.
ResponderExcluirVocê lê demais! Esse ano foram só 3 livros não vestibulescos que consegui terminar de ler. Vergonha.
ResponderExcluirSério, que saudade dessa forma gostosa de escrever, parece que eu converso com você, que você nos conta tudo assim, bonitinho. Adoro o que você tem com o teatro e tenho muita vontade de assistir suas peças. Li Castelo de Vidro e adorei, tirei da sua listinha algumas sugestões. Beijões guria
ResponderExcluirJá tentei ler Crime e castigo, mas de tão pesada que achei a escrita não consegui terminar. Admiro sua proeza! Ainda penso em tentar ler em português, para ver se facilita...
ResponderExcluirEsse ano não foi muito literário para mim. Do segundo semestre para cá só li A audácia dessa mulher e as 3 biografias que a faculdade pediu, além dos textos para fichar. Não consigo conciliar estudos e lazer - e mesmo assim esse foi o semestre a que eu menos me dediquei na faculdade.
Bjs!
Ahhh, que lindinho ficou teu blog com esse layout, Ana! Faz tanto tempo que eu não venho aqui! :(
ResponderExcluirAlice é meu conto preferido. Aqui na cidade vizinha (Itapema), teve a encenação de Alice no país das maravilhas na versão musical. O espetáculo foi de responsabilidade de um grupo folclórico chamado Tropeiros do Litoral. Tu que tem os dois pés no Teatro teria amado!
Beijos
Madi.
Vamos Falar De Amor Sem Dizer Eu Te Amo, foi indicado para TANTAS coisas e não ganhou nada.... Gente, ficava tão orguhosa quando chamavam pela Ana Lu durante as premiações, se era para falar de Vamos Falar De Amor Sem Dizer Eu Te Amo ou de O Submarino Amarelo, não SuMarino Amarelo. Como assim Vamos Falar De Amor não ganhou como Adereço??? COMO ASSIM PRODUÇÃO??? Super hiper MEGA, até dois! Entre outras coisas que foram indicadas (e a Bruna ganhou como Figurino, pelo Submarino, IUPIS!!) Vamos Falar De Amor Sem Dizer Eu Te Amo, FOI indicado para Espetáculo e Texto Adaptado. E não ganhou. Olha, fiquei puta pelo texto adaptado, porque né, dá licença. E melhor espetáculo, okay, Os Bonecos De Jaqueline mandaram MUITO bem, mas acho que Vamos Falar De Amor, merecia MUITO mais, e não era porque era a peça das minhas conhecidas e amigas, e só porque eu tinha visto a peça 3 vezes, foi porque era uma peça que tocava a gente... Sempre quando lembro de uma falas ou cenas, fico toda arrepiada... Ui.... Hahaha... Uma pena, MESMO, super acho que merecia.. Mas parabéns, Ana Lu, parabén Lucy, porque você mereciam esse prêmio! Um ótimo Natal, MERRY CHRISTMAS e um ÓTIMO Ano Novo!! Que 2012 seja tão bom e especial como esse ano!!
ResponderExcluirMuitos beijoos no coração,
Da sua pequena,
Gi.