domingo, 28 de agosto de 2011

Florbela Espanca

Pensei em outros títulos para esse post. Talvez algo que se parecesse mais com uma ode ou coisas do tipo, mas desisti. Desisti porque esse nome diz muita coisa, e é melhor ele ficar ali, quietinho, no título. Porque foi mesmo pelo nome que “tudo” começou.

Ano passado a Airen dirigiu uma peça chamada Espanca-me. Sei que foi o maior sucesso, e as pessoas falam dessa peça até hoje. Eu era inocente. Não sabia o que era uma “peça de Airen” e nem quem era Florbela Espanca. Aliás, não sabia nem que a peça falava sobre uma pessoa chamada Florbela Espanca, porque eu era muito desligada, ainda não estava completamente (e irrevogavelmente) apaixonada por teatro e por tudo o que o envolvia e não prestava atenção nos cartazes das peças. Essa foi a minha primeira mostra do Cena Hum, eu assisti quase todas as peças das turmas de formação menos duas. E Espanca-me (tenho vontade de me espancar sempre que lembro disso) foi uma delas. Não que eu não quisesse, ou tenha deixado essa de fora especificamente, e isso, eu sei, é uma desculpa esfarrapadíssima, mas os horários não eram dos mais “fáceis” pra mim, e eu ainda (já disse que era inocente) não estava na vibe maluca de me desdobrar em 200 pra dar conta de assistir tudo, como eu fiz nessa mostra. Perdi completamente o fio da meada né? Voltemos a falar de Florbela. Então. A mostra acabou e eu saí de besta dela, sem assistir. Algum tempo depois eu vi no facebook de alguém um cartaz dessa peça. E embaixo do título Espanca-me estava escrito: Uma ode à Florbela Espanca. E eu parei. Reli aquilo várias vezes e pensei: Meu Deus do céu, o nome da pessoa é Florbela Espanca! Que coisa incrível!

Sim. Eu me apaixonei pelo nome da moça. Joguei no google e descobri que ela era uma poetisa, e fiquei ainda mais encantada. Pensei: É claro. Com um nome poético desses, ela tinha que ser uma poetisa!

Esqueci a história. Até que um dia desses, mexendo no skoob alheio, vi que uma menina tinha colocado na sua estante um livro da Florbela. Fui e coloquei na minha estante também, ora essa! E resolvi que ia ler aquilo logo. Arrastei minha amiga para a biblioteca da PUC e ficamos mais de 20 minutos procurando Florbela. Quando achamos, tinha um único livro, que na verdade, nem é dela. É um estudo sobre a obra dela, com algumas poesias perdidas no meio. Eu coloquei o livro  na bolsa com a maior cara de: Não tem tu, vai tu mesmo. Mas não sem antes reclamar no facebook que não tinha achado um livro de Florbela na biblioteca da faculdade.

Fomos pra sala de aula escrever redação sobre PLANEJAMENTO EMPRESARIAL. Eu terminei a minha, Rhaíssa terminou a dela, entregamos, e sentamos na escada para esperar a Náthalie. Rhaíssa tirou seu Nicholas Sparks da bolsa, e eu resolvi tirar Florbela Espanca. Folheei o livro atrás de uma poesia e dei de cara com “As quadras d’ele I”. Comecei a ler e não aguentei. Chamei a Rhaíssa e comecei a ler em voz alta. Ela largou o Nicholas Sparks e pediu que fossemos xerocar o poema pra ela. Xerocamos pra Nathy também, e no fim das contas, fomos da faculdade até em casa lendo Florbela em voz alta no carro.

Cheguei em casa e sentei no computador. Já parti pra ignorância, eu precisava ter aquilo em casa. Comprei o volume 1 da poesia de Florbela, que tem 3 livros dela. Ainda estou esperando chegar aqui em casa, mas, eu tinha reclamado no facebook que não tinha achado o livro e a Airen disse que podia me emprestar os dela. E ela chegou no cena hum com esses 2 livrinhos pequenos, cujo eu comprei o volume 1. Esses 2 livros juntos têm todos os livros da Florbela. Eu estou me fartando, gente. E isso é importantíssimo falar: Eu não sou apaixonada por poesia! Tenho 3 livros de poesia aqui em casa, 1 deles intocado, e 2 praticamente intocados. Com Florbela, é diferente. Eu abro o livro pensando que “só vou ler mais uma” antes de dormir e quando vejo li 10. Tem umas que são tão encantadoras que não dá pra virar a página. “Os teus olhos”, por exemplo, eu devo ter lido umas 10 vezes.

No fim ainda fiquei feliz que não achei livro na biblioteca e que o meu ainda não chegou, porque o da Airen veio com “surpresa dentro”. Ela fez asteriscos em algumas estrofes, e dentro de uma das partes do poema “As quadras d’ele” (que é perfeito), ela chegou a fazer um colchete abrangendo 3 estrofes, e colocou vários pontos de exclamação do lado. Se eu fosse cara-de-pau eu tinha puxado uma seta, bem de levinho, só pra escrever: Concordo plenamente com suas exclamações!

Florbela Espanca se transformou rapidamente um marco para mim. Já juntei ela naquele meu hall de queridinhos, que antes abrangia somente Cazuza, Caio F. e Clarice. Agora tem também Florbela.

Porque ela tem o nome mais doce que eu já escutei. Ela tem uma sensibilidade impressionante. E ela teve o poder de me fazer ficar apaixonada por um livro de poesias.

florbela

Que diferença!…

        Quando passas a meu lado,

        E que olhas para mim,

       Tornas-te da cor da rosa,

       E eu da cor do jasmim.

       Vê tu que expressões dif’rentes

       Da nossa mesma ansiedade:

       A cor rosa é despeito,

       A palidez é saudade!

 

23 comentários:

  1. Florbela, você é uma linda. hahaha (Só não gosto que todos os seus posts eu apareço como Rhaíssa. HAHA) Aventura pra achar o livro na biblioteca central da PUC valeu muito a pena. Como você mesma diz, o livro da Florbela é oráculo. Até largar meu Nicholas Sparks vale a pena. HEHE. Beijinhos ami

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  2. Ana Lu,
    Só se apaixona por poesia quem tem amor e sensibilidade à flor da pele!
    Eu tenho alguns livros de poesias. Só não sei se vc gostaria de lê-los. Em dezembro te faço vê-los.

    Bjs

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  3. Adoro Florbela! Eu vou lendo aos poucos, pois não quero que acabe #aloka (cada bookaholic com a sua mania, né?!)
    Tenho só o primeiro também, mas eu já estou namorando o segundo, que tem na livraria da faculdade *--*
    Beiijinhos e ótima semana, claro que com a queridinha Florbela :*

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  4. Não gosto muito de poesias escritas por mulheres, acho legal ler poesias masculinas porque homens nunca são sensíveis, mas nas poesias eles são e isso é tão lindo, encantador e apaixonante que me impede de parar um livro de poesias pela metade.
    Clarice eu já li algumas vezes, acho bonito, mas não é capaz de emanar uma felicidade grande a ponto de me prender ali por tempo indeterminado. Ela foi a única poetisa que eu já li.
    Conheci Florbela por causa da peça também, não que eu a tenha visto, mas isso a gente não comenta. No entanto, nunca li um poeminha sequer de sua autoria, quem sabe um dia. Quando eu terminar todos os livros que tenho que ler, mas não tenho paciência.
    Enfim, belo post e fico feliz que alguém tenha conseguido te fazer adentrar no maravilhoso mundo dos poemas. Pena não ter sido o Drummond ou o Pessoa...
    Beijos!

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  5. Eu já disse e repito: as poesias sofridas dela são as melhores. Depois leia também, Analu, você vai amar. E eu sabia que Florbela ia virar post :}

    ps.: quando a estudei pela primeira vez, também amei o seu nome. Pensei até em chamar minha segunda filha de Florbela (porque a primeira será Clarice), haha.

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  6. "(...)

    Aqueles que me têm muito amor
    Não sabem o que sinto e o que sou...
    Não sabem que passou, um dia, a Dor
    À minha porta e, nesse dia, entrou.
    E é desde então que eu sinto este pavor,
    Este frio que anda em mim, e que gelou
    O que de bom me deu Nosso Senhor!
    Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

    Sinto os passos de Dor, essa cadência
    Que é já tortura infinda, que é demência!
    Que é já vontade doida de gritar!

    E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
    A mesma angústia funda, sem remédio,
    Andando atrás de mim, sem me largar!"

    =))

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  7. Eu sempre estremeço só de ouvir o nome dela.
    Nunca li nada na íntegra, só poesias perdidas pela internet.
    Minha professora de literatura do segundo e terceiro ano era apaixonadíssima pela Florbela, vivia recitando.
    Eu tenho vontade de lê-la, mas acho que ainda não estou preparada pra tanta intensidade.

    Beijo, Ana!

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  8. Taí, Ana! Mais uma coisa que eu temos em comum: antes de Florbela, a poesia pra mim era secundária. Ela e o Neruda (já deu uma lida?) foram um marco pra mim.

    ADOREEEEI o seu comentário lá no blog. Você é mto fofa! rs... eu não tenho twitter (nem facebook, nem orkut, sou uma anti-social das redes sociais rs) mas tenho e-mail!
    Se você quiser eu te passo! rs

    Beijucos

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  9. Moçoila,
    adoro literatura portuguesa, sobretudo Saramago - esse fui amar demais.
    Já Florbela é minha poetisa predileta. Já utilizei muito dos trechos dela nas versões iniciais de minhas crônicas. Poetisa dos sentimentos mais recônditos. Adorável.

    Sim, depois te mando uma D.M. com a resposta do Odilon. Beijos.

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  10. Sabe que a primeira vez que eu ouvi falar de Florbela Espanca foi no cursinho há anos. Não dei muita bola. E confesso que ainda não to dando. haha.
    Mas teu post aguçou minha curiosidade. Quem sabe eu não me torne apaixonada pelas poesias dela, né? :)
    Beijo Ana.

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  11. Own, eu amei esse post! <3
    Eu sou louca por poesia sei lá desde quando e sei lá por qual motivo específico, mas sou. Eu não sei nem mesmo explicar, não sei direito se entendo a maioria das que leio, mas ainda assim é uma coisa que me deixa nas nuvens. A poesia tem essa coisa (linda) de desconstruir e reconstruir ao mesmo tempo. Depois de lê-las seu vocabulário fica lindo, o mundo fica lindo, você fica linda-maravilhosa querendo assoviar canções de amor (ou de dor). Eu tinha colocado um livro da Florbela na minha lista de desejos do Submarino (é, sou dessas, rs), mas sempre deixei pra depois. E também foi por causa do nome, embora eu tenha que admitir que pessoas que fazem poesias com rimas ganhem meu coração facilmente. Agora você meio que me deixou desesperada pra ter os versos dela impregnados na minha mente ( e no meu coração, own). E pode escrever aí, não virei sua fã por causa de Clarice, nem de Caio, Cazuza ou do Teatro, foi por causa da Florbela. Eu sabia que um dia você ia gostar de alguma coisa legal, NaLuísa! HAHAHA
    ;*

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  12. Então. Eu sou uma pessoa que pode dizer que gosta de ler, mas que odeia poesia. E estou há algum tempo vendo seus passos no Facebook e no twitter falando de Florbela, e agora me sinto imensamente feliz em ler a respeito no seu blog e entender completamente como foi que tudo se passou na sua vida pra de repente você começar a falar (e a escrever estrofes no meu msn) a respeito de alguém que eu nunca tinha ouvido falar na vida. Brigada, viu? Me sinto satisfeita agora que minha linha de raciocínio se completou. Mas então. Eu não gosto de poesia e até hoje não achei alguma que me fizesse feliz depois de lê-la (Ziraldo não conta, né?). Mas, claro, você, pessoa apaixonada que é, acabou me contagiando com esse post e agora estou aqui pensando se, quem sabe, talvez, um dia, eu lesse alguma coisa dessa moça aí de nome tão peculiar (ela deve ter sofrido BULLE na escola) se, quem sabe... eu não me apaixonasse também né? Ai como eu sou maria-vai-com-as-outras, viu. Já dizia minha mãe quando eu era pequena. rs

    Beijo!

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  13. Sobre toda aquela paixão ali do parágrafo anterior:

    Nunca vi Querido John, portanto me coloque no time de pessoas que não faz a mínima idéia do que a história se trata. Mas Savannah é um nome poético. E combina com Shoshana (de Bastardos Inglórios). Gostei. Savannah. Tipo selva, né? Dá até pra ouvir os macacos daqui.

    Paixão é aquela coisa que empolga, né? Pode durar uns minutinhos só, um instante, aquela emoção que dá quando a gente tem uma notícia feliz. Ou pode durar mais tempo, como a paixão que eu tive quando fazia aula de dança ou a que você tem quando fala do teatro.

    [eu adoro conversar com pessoas apaixonadas]². Exemplo: Analu, essa que escreve aqui. Só você pra me integrar nesse mundo seu, qualquer que seja, do teatro de todos os dias a um simples livro que você procurou na biblioteca e de repente fala dele em todas as redes sociais e escreve um post apaixonado aqui e faz com que eu, pessoa que odeia poesias, de repente tenha vontade de dar uma bisbilhotada no livro. A pessoa realmente me contagia (e eu saí atrás de chantilly várias vezes).

    Eu sou apaixonada por muitas coisas, sabe? Tenho sim meus momentos de tédio, mas vira e mexe eu estou aqui em meio às minhas paixões. Meus filmes. Meus livros. Minhas séries. Meus pensamentos malucos. Meus personagens preferidos. E então, Analu, vem cá comigo e exemplifiquemos aqui o que eu estou falando: lembra quando você começou a acompanhar meu blog? Não foi porque eu estava falando sobre o dia mais apaixonante da minha vida? rs

    PS: Semana que vem vou te levar pra tomar o milkshake mais apaixonante de todos os tempos. Você vai ver. :)

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  14. Sobre o post das coisas que perdem o sentido:

    Você tinha Orkut e eu não tinha você lá. Faz muitos, MUITOS anos que eu tenho Orkut. Uns 10, acho. Desde que ele começou a existir. E faz muito-muito tempo que ele também parou de fazer sentido pra mim. Imagine eu, pessoa que vira e mexe tá incluindo/excluindo pessoas do twitter. Que é a rede social que eu mais uso. Imagina Orkut, que eu não uso nunca. Pois então.

    Já inclui/exclui pessoas, comunidades, dados, fotos e tudo o mais que é possível lá no Orkut. Já enjoei. Já não tem mais razão de existir. Já brinquei e desbrinquei de comunidades. Atualmente eu tenho duzentas e alguma coisa. Todas sem sentido. E eu gosto delas, sabe? Mas algum dia com certeza elas também serão apagadas.

    Mas eu não deleto o Orkut por causa dos contatos das pessoas. Muitas não entraram no facebook, e é raro, muito raro mesmo, mas às vezes eu entro lá e vejo, por exemplo, a guia turístico que eu tive em Natal. Ou o casal que passou lua de mel lá e que participou de algumas das horas mais divertidas da minha vida. Ou os priminhos pequenos que eu tenho em Minas, que gosto de ver as fotinhas deles e acompanhar o crescimento. Ou um ex-pegada que tive quando fui passar um feriado no Rio. Sabe? São lembranças. Lembranças da vida. Gente que não dá pra simplesmente chegar lá no Orkut e clicar no apagar e ficar pra sempre dependendo só da memória pra ter a lembrança de gente que tive momentos tão divertidos junto. Então não consigo. Não quero. Não vou apagar. Ele vai ficar lá, pelo tempo que existir, porque lá estão pedacinhos da minha vida. Em forma de pessoas.

    Mas acho bom que você tenha se libertado do seu. Deve ter dado uma sensação de limpeza, né? E eu me irrito horrores com as mensagens luminosas. Deleto todas sempre que entro lá, uma vez por mês. rs Minhas comunidades se limitam a informações importantes a meu respeito, como "eu nunca andei de girafa" e "desconheço parentes distantes". Mas eu gosto. E vou procurar a "tire as mãos da minha batatinha". Ou melhor, será que tem "Renata doesn't share food"? hoho.

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  15. Sobre as coisas terem que dar errado:

    Eu li só por cima o post da Anna sobre o pudim da avó dela. Porque eu sei que o dia que eu for ler inteiro vou ter que sair correndo pra comprar ingredientes pra fazer um pudim. Mas esse seu post sobre as coisas darem errado, eu li. E passei semanas olhando as coisas e pensando na sua filosofia sobre algumas coisas darem certo exatamente porque dão errado. Eu sou adepta das filosofias malucas, já te falei. E peguei total essa sua.

    Então eu segui lendo seu post sobre o bolo da sua tia e pensando que vocês duas resolveram combinar pra fazer minhas lombrigas dançarem samba enredo. Imaginei você lá rindo do bolo que explodiu e fiquei pensando que eu não tenho capacidade de ter uma sobrinha que ri enquanto um bolo que eu faço explode. Sério. Eu ia te jogar do 22º na boa e sem pensar duas vezes. Mas então.

    Pensei muito sobre fazer um bolo com pó royal a mais. Porque eu acho mesmo que o melhor do bolo é a parte fofinha. Quanto mais fofinho e molhado, pra mim o bolo é melhor. Coisa que eu ia resolver "errando" como a sua tia e colocando fermento a mais. Mas apesar de ter salivado lendo esse seu post e imaginando o bolo desmantelado e pensando que eu não esperaria 10 minutos para comê-lo porque eu gosto de bolo quente... não vai dar sabe? Porque o chão da minha cozinha é branco. E porque forno é difícil de limpar. Então eu vou evitar a fadiga dessa vez e não vou fazer não (repare que eu não falei que não vou fazer pq engorda - isso é o de menos).

    PS: "basta uma gota fora do copo para eu achar que Noé está voltando à terra" - gostei. Me identifiquei. :D

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  16. Sobre o post que você falou um monte de coisas junto:

    Fez sol em Curitiba ontem, né? Mas hoje já tá chovendo horrores, eu sei. Todo dia que a moça fala a previsão do tempo e comenta de Curitiba eu penso "olha, vai chover lá na Analu" ou "gente, vai nevar na Analu". haha. Você já roeu as unhas e eu já fiquei sabendo disso e quero dizer que não quero que isso se repita. Venha me ver com as unhas bonitinhas, hein? Hã. Você devora livros e sempre que escreve sobre eles ou comenta no twitter eu penso que preciso voltar à minha rotina de ler muitos livros também. Me fazia tão feliz! Não sei o que foi que aconteceu que não consigo mais achar tempo pra isso! Agosto é a constatação do fim do ano, concordo plenamente. É em agosto que eu começo a pensar coisa do tipo FALTAM SÓ DOIS MESES PRA EU FAZER 32 *correndo para as montanhas*. Também sou imensamente preocupada com as relações pessoais. TODOS OS DIAS eu me preocupo se falei alguma coisa que não devia pra alguém que de repente passou algumas horas sem falar comigo. Isso é um problema. Preciso me tratar. Você sobreviveu ao exame de sangue, né?? Nem me falou nada!!!

    Eu já mudei 3 vezes de endereço de blog. Mas nunca tranquei pra sempre. Porque eu acho que não é o objetivo, sabe? O objetivo de ter blog é ser sempre uma coisa aberta, pra pessoas desconhecidas lerem. Então esse meu último blog só as pessoas que eu quero que me leiam é que sabem o endereço. Selecionado, mas na base da falta de divulgação proposital. Exatamente como eu sempre quis. Não acho legal trancar não.

    Eu acho mesmo que você dorme pouco e que dormir é a melhor coisa da vida e que você perde tempo em não aproveitar isso. Haha.

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  17. Faltam dois posts pra eu comentar ainda. Amanhã eu volto. xD

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  18. Não conhecia a Floberla e também não sou muito adepta a poesias - com algumas exceções, obviamente. Mas como você disse que também não gostava muito e se apaixonou totalmente por ela, vou tentar dar uma checada, vai que eu não me apaixono também?

    Beijos ;**

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  19. Ela não é maravilhosa? Eu sou apaixonada por ela, tanto que a minha bio no twitter é dela. Acho fantástico seus escritos, e agora fiquei com vontade de ter um livro. Beijões guria, obrigada pelo comentário lindo!

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  20. (parênteses para rir e amar a Renata e seus muitos comentários sempre ótimos)

    Então, eu não sou a maior fã de poesia do mundo, o que chega a ser irônico porque eu comecei a gostar de ler quando aprendi a ler poesia. Eu tinha uns oito anos e fiquei loucamente apaixonada pelo Vinícius de Moraes e pelo Manuel Bandeira. Esse último minha avó sempre lia pra mim, e eu sou muito apaixonada até hoje. Por Vinícius também, mas hoje prefiro as crônicas.
    Já ouvi falar muito de Florbela Espanca (o nome dela é mesmo genial), li diversas coisas em blogs, etc, mas nunca fui atrás. Não consigo ler um livro de poemas, acho estranho, não consigo absorver tudo, sabe? Os que tenho leio aos poucos, em doses homeopáticas, vez ou outra abro, dou uma lida, deixo de lado. Quem sabe um dia encontro um livro dela por aí, e ela entra pro meu hall do amor junto com o livro do Bandeira e a coletânea surradinha do Vinícius, que eu roubei da minha avó? haha
    beijo

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  21. Desculpa comentar em post antigo, mas eu sou completamente apaixonada por Florbela Espanca!

    Encontrei seu blog hoje, no Blogday, que foi indicado no So Contagious e bati o olho logo nesse texto. Parece que eu consigo "cheirar" Florbela Espanca por aí hahaha
    Eu nem lembro como a conheci, só sei que foi amor a primeira vista e avassalador. Tenho toda a obra dela em ebook, mas meu sonho mesmo é comprar em livros, claro! Por mim, eu tirava xerox de tudo e colava nas paredes, nas portas, nas janelas e na minha testa também. É muuuito lindo encontrar alguém falando sobre ela, ainda mais com tanto carinho como você, porque anda difícil encontrar alguém que goste. Ah, essa linda é suspiro do começo ao fim!

    "Tu és, talvez, um sonho que passou,
    Que se fundiu na Dor, suavemente…
    Talvez sejas a alma, a alma doente
    D’alguém que quis amar e nunca amou!"

    Meu favorito (dentre todos os outros hahaha) :D

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  22. Uau, quem diria!
    Apaixonar-se por uma poesia!
    Ou melhor, por uma poetisa
    Que fala de forma clara e concisa
    Isso é coisa que tenta o poeta
    Fazer enquanto faz um poema
    Deixar a leitora atenta e quieta
    Para não causar-lhe um edema
    Em poesia é esse comentário
    Para evitar uma forma corriqueira
    Não pense que sou um otário
    Só por falar essa baboseira
    Agora está me faltando linha
    Portanto eu já me despeço
    Beijos e abraços, Aninha
    Paz, saúde e muito, muito sucesso!
    ;)

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  23. Flor Bela, há um livro na Saraiva.com que comprei para uma tia que é apaixonada por ela (e que foi quem me mostrou o tal cd do cara que musicou os seus poemas). É um livro de capa bege, bem grosso e que é uma antologia de tudo o que há de bom, dela!
    "Os teus olhos" é lindíssimo!!!!
    O nome dela é realmente lindo e vai para a minha lista de prováveis nomes para a minha filha! hahaha
    beijos!

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