domingo, 26 de outubro de 2014

It’s a new soundtrack I could dance to this beat

Quando se trata de música, sou totalmente adepta do shuffle way of listening. Coisa mais difícil do mundo eu ouvir um álbum inteiro – e me apegar ao conjunto da obra. Lembro de ter ficado ansiosa pelo lançamento de um CD na minha vida: Aquele de Sandy e Júnior que tocava Imortal. Só.

Qual não foi minha surpresa quando me peguei realmente contando os dias para o lançamento de 1989, novo álbum da menina Tay. Quando comecei a acompanhar a obra dela, fui pulando de música em música. Só descobri o amor mesmo quando percebi que curtia muito o RED praticamente inteirinho. Consigo excluir da minha lista “Girl at home” e “The lucky one”, apenas. RED é pura magia. Pena que não é dele que eu vim falar.

Como eu disse, contei os dias para o lançamento de 1989. Acompanhei as postagens dela no Instagram revelando trechos das músicas. Ia lendo os pedacinhos de letra e imaginando as melodias. Apesar dela ter deixado claro que a vibe era totalmente pop, o título 1989 me deixou na expectativa de algo nostálgico. Ok, seria pop, mas seria… Taylor, ué.

1989
Era perto de 1 da manhã quando um ser humano abençoado me mandou, no twitter, o link para baixar a pasta .rar do álbum, versão deluxe. Dei pulinhos. Contei os pontos percentuais diminuindo para que eu finalmente escutasse esse CD. Abri a pasta e comecei animadíssima com “Welcome to new York”: Oba! Como começa animado! – concluí.

Achei, inclusive, muito perspicaz a primeira faixa do álbum ter o trecho que usei para entitular o post. É uma nova trilha sonora e eu posso dançar essa batida. Claro que posso dançar, pensei animada. Aí começou a próxima. E a próxima. E a próxima. E todas pareciam a mesma.

Taylor realmente abraçou o pop. Mas ela acreditou piamente que seu tipo de pop só podia ser executado se ela definisse uma fórmula exata para ele, e foi o que fez. As músicas estão com a voz meio robotizada, estão cheias de eco e a maioria dos refrões é apenas a repetição de uma frase em looping eterno.

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Tá vendo essa montagem tosca que eu fiz com fotos mais toscas ainda que tirei da tela do meu computador? São 3 refrões. Entenderam o que eu quis dizer? Me imaginem completamente inconformada ouvindo tudo isso aí e pensando que a autora deles é a mesma pessoa que escreveu “It was rare, I as there, I remember it all too well” e “I don’t know about you, but I’m feeling 22, everything will be allright if you keep me next to you”. Taylor Swift sabe compor. Ela sabe dominar uma fossa e fazer das tripas uma ótima música. Não entendi por que essa compra da vibe pop devia incluir a repetição eterna. E ela sabe cantar. Que saudade senti dos gritinhos agudos. Que saudade de Trouble, meu Deus, que me deu.

Não estou falando que o CD é ruim. É bom. É animadinho. Tem “Blank Space” e “Style” nele. Tudo a favor, inclusive, da evolução da menina: ela está nitidamente mais madura e achando o seu lugar no mundo. Nesse álbum ela se posiciona e, ao invés de assumir a dor de cotovelo, pisa na cara duzômi e mostra que no fim das contas consegue ficar por cima da carne seca. As músicas não são ruins. Só não parece Taylor Swift. Tem tanto efeito no badalo que eu me senti ouvindo, sei lá, Ellie Goulding, e fui obrigada a concordar com a minha irmã que, por volta da 5ª música, me perguntou se estava no modo repeat, porque ela tinha a impressão de estar ouvindo a mesma desde que eu cliquei no play.

Dificilmente eu gosto de alguma coisa na primeira vez que escuto, então ainda tenho esperanças de gostar bastante de 1989 – mas a esperança de que ele seja meu novo RED infelizmente não existe mais. Mas essa é a magia da coisa, não? John Green escreveu “A Culpa é das Estrelas” e “Teorema Katherine” – e conheço gente que é apaixonada por um e pelo outro. Não seria diferente com Taytay.
Enquanto isso eu tento curtir a novidade – sentindo profundas saudades de emendar “Last time” com “Come back, be here”, e declaro que prefiro o sofrimento por Jake e John Mayer ao novo estilo de sofrer por Harry Styles – esperando ansiosamente outubro de 2016.

5 comentários:

  1. Amiga, ainda boto fé que você vai se afeiçoar a esse CD. Como você bem disse, o Red demorou a cair nas suas graças e olha só o que temos agora! Mudanças não são fáceis, principalmente em time que está ganhando, mas pense pelo lado que o 1989 nos entregou uma TayTay muito mais segura, muito mais firme e madura e que isso é super algo a ser celebrado <3
    beijos!

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  2. Confesso, eu para musica americana sou uma zero a esquerda... Mas de tanto voce falar eu estou ouvindo a senhora Taylor e sacudindo a cabeça involuntariamente KKKK

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  3. Esse disco é o da música nova Shake it off? Eu ouvi essa música tem pouco tempo e estranhei de cara, mas sabe que agora tô curtindo? (Liga não, os anos vêm, mas lá no fundo a gente nunca cresce mesmo, tá? ;) ).

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  4. Quando a Taylor lançou Shake It Off eu já sabia que ia me desapontar com o CD inteirinho. Infelizmente, não é o tipo de música que eu curto.
    (Ok, um mês depois eu estava cantando a música loucamente por aí, MAS JURO QUE LEVEI UM TEMPÃO PRA CONSEGUIR GOSTAR).
    Fiquei sem internet por um tempo, viajei e só pude começar a baixar as músicas ontem. Confesso que fiquei com o cu na mão (perdoe a expressão hahahaha) durante todo o processo, porque né...
    Mas não é que eu até curti?
    Shake It Off, Welcome To New York e Out Of The Woods foram as piores, para mim. Eu ADOREI Wildest Dreams, Style, Blank Space, How You Get The Girl e Clean. Achei que ela escolheu uma boa música como próximo single (GRAÇAS A DEUS, SE FOSSE WTNY EU JURO QUE veria de qualquer jeito), mas continuo um pouquinho desapontada. Taylor sempre foi pop, eu só eu preferia quando ela juntava isso ao country.
    1989 não vai ser meu novo Speak Now. E, se a moça loira continuar insistindo nesse estilo de música, sinto que os próximos continuarão sem superar meu favorito...
    Dói o coração admitir que eu não estou com vontade de gastar meu dinheirinho comprando esse álbum. Bastante.

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  5. Acho que minhas expectativas estavam tão baixas que amei de cara. Sabia que o RED era insuperável e com o lançamento de Shake it off eu fiquei sem ânimo nenhum. Mas aí comecei a ouvir e a viz metálica não me pegou de surpresa, comecei a curtir as letras mais empoderadas, amei o fato de poder dançar felizona e não precisar pensar nas fossas da vida.
    E olha, acho que sofrer pelo Harry é melhor porque o John era um babaca e o Jake não parece ter sido legal também. E o cabelo do Harry é ótimo.
    SÓ SEI QUE ESTOU AMANDO E SHAKING IT OFF.
    Beijo <3

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