quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O glamour dos estetoscópios

medicina

Teve um projeto lá na faculdade que se chamou: Doador Universitário. Durante 3 dias, um stand foi montado, e ficavam ali enfermeiras. O barato da coisa era alunos se cadastrando para ser doador de medula óssea. A LINK, agência de relações públicas, que na real virou agência de comunicação, é uma agência escola lá da minha facul, que é bem bacana, toda formada e coordenada por alunos e tal. Foi uma das diretoras da link que trouxe esse projeto pra PUC, e os outros participantes ajudavam a coordenar na hora. Eu fiquei na quarta de tarde, dia em que o stand estava no bloco verde. Para os que não estudam lá (haha), o bloco verde é o bloco de Ciências biológicas e da saúde. E no meio daquele cheiro de hospital e daquelas pessoas andando de lá pra cá com pelo menos um pedaço da roupa branco, me deu uma saudadezinha do sonho que eu tinha de criança de fazer medicina. Aí já vem aquela cisma de universitário: Ai, porque eu não to fazendo medicina mesmo? Sim, porque cisma de universitário é algo engraçado. Eu amo meu curso, mas sempre que vejo algo legal de outro penso: Porque não to fazendo isso? Hahaha. Continuando, ali naquele bloco tinha também uma lojinha onde vende livros de medicina e estetoscópios! Cara, uma menina foi ali, de jaleco branco, e comprou um estetocópio vermelho! Me deu muita vontade vestir um jaleco branco, chegar ali e falar: Oi moço, quanto é o estetoscópio? Muuito glamour! Ai eu fiquei megadepressiva pensando aonde foi que eu errei, e porque diabos não estava fazendo medicina. Ai resolvi espiar pra trás da parede do stand das doações né. Aí vi uma menina estendendo o braço em cima da uma almofadinha. E as mãos de uma moça de jaleco branco amarrando o braço dela com uma ‘borrachinha’. E depois passando um algodão. E vindo com aquele monstro chamado agulha. Ai eu pensei: Thanks God, estou bem longe disso aí! O glamour do estetoscópio pra mim acaba com certeza na hora que aparecem algodões com álcool seguido de agulhas pavororas. Fico tranquilamente mais feliz com o papel e as palavras. Relatar os acontecimentos de forma legal também pode ter glamour se for bem feito. E nem precisa de furar alguém. =]

10 comentários:

  1. Eu nunca tinha parado pra pensar no glamour que um estetoscópio pode ter, haha. Eles sempre me davam calafrio quando eu era pequena, aquela coisa gelado nas minhas costas, ay.


    :)

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  2. ahhaha verdade, mas acho que é um glamour que nao me pertence. tipo unhas laranjas neon! hahahhahh

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  3. Para mim, relatar acontecimentos tem mais glamour sim!
    Eu acho que eu sou a pessoa mais boba do mundo, nunca quis fazer Medicina (o que me faz ouvir poucas-e-boas dos meus pais de vez em quando, e isso me irrita desesperadamente) e tenho um ódio inexplicável de Médicos, estudantes de Medicina e vestibulandos de Medicina. Não gosto mesmo!

    Beijo, Ana

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  4. Acho que entendo perfeitamente o que você disse. Desisti de Medicina quando vi a quatidade de sangue com a qual teria que conviver todo dia, haha. O meu namorado faz o curso e é incrível o olhar dele quando conta que mediu a pressão de alguém, hahaha.
    Enfim, não é pra mim, mas, ainda assim, é admirável.

    ps.: peguei aversão a estetoscópios quando decobri o preço deles! rs Caríssimos.

    Beijos.

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  5. Deixa eu te contar uma coisa que fica só pra você: eu fiz um semestre de Enfermagem e larguei pra ir pra Comunicação. Amo meu curso só que morro de saudades da Enfermagem e morro de inveja as vezes de pessoas de branquinho. Mas não largaria por nada o que eu faço.Ou sim?

    Ai ai, viu.

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  6. Ahh, eu sempre soube que a minha praia não era medicina...hahah...ainda bem que essa cena pvorosa fez vc redescobrir o porque não havia feito medicina..rsrs
    bjks

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  7. Falou tudo! Podemos encantar pessoas de outras áreas escrevendo uma bela matéria ou reportagem. Somos dignos de respeito também :D

    Ah, a LINK também ta aí? Semestre passado me inscrevi pra estagiar voluntariamente lá.

    Beijo.

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  8. Tenho essas cismas também, Analu, e nem sou universitária ainda. Principalmente porque sou muito fã de House, fico me perguntando vez ou outra se meu caminho não é a medicina, que foi meu sonho por tantos anos da infância.
    E nem tenho medo de agulha, mas só de pensar em abandonar as palavras que tanto gosto, o Jornalismo, nem um estetoscópio vermelho todo charmoso me faria trocar de lado.
    Beijos

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  9. voltei! eu descobri que queria fazer psicologia aos 8 anos de idade, ótimo!
    mas ai veio a adolescência e descobri que tinha habilidade manaus, psic´logicas e intelectuais pra muitas coisas! No fim dascontas sobraram três cursos na minha lista: psicologia, medicina e letras (nossa que distância, né?) comecei a pesquisar e logo desisti de medicina, pq aqui no DF os cursos não são tão bons nessa área, mas fui cagona o bastante pra não querer sair de casa e estudar na Unicamp, logo fiquei aqui e fui estudar o que nasci pra fazer! Se hj fosse dia do vestiba não teria mais o mesmo cagaço e me mudaria pra Campinas, e seria psiquiatra numa boa, é minha área é mesmo a psique! Logo, às vezes eu fico pensando 'e se' eu tivesse ido, mas aí lembro o que me disseram um dia 'se minha´pai fosse mulher eu teria duas mães' sjnajsna
    e ah! sou doadora de médula óssea!

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  10. Ana,
    Esta cisma passa! Fiquei boa parte da minha vida me perguntando pra onde foi o jornalismo, por que não fiz jornalismo... na verdade eu comecei e parei. Fui fazer teatro... depois ficou um vazio, por não ter continuado o Jornalismo. Mas eu superei. Um dia a gente entende que a gente está onde devia estar e fez o que devia ser feito.
    beijos!

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