terça-feira, 9 de setembro de 2014

Plict Ploct Stil, a porta se abriu!


Se você foi criança nos anos 90 e curtia uma vibe tv cultura você vai entender (ou ao menos imaginar) a torrente de emoções que eu senti ao visitar a exposição do Castelo Ra Tim Bum no MIS em São Paulo.



Antes de mais nada, me sinto na obrigação de avisar a você, querido leitor que não está por dentro do assunto, que essa exposição está merecendo até camisetinhas no estilo Rock in Rio dizendo “EXPOSIÇÃO DO CASTELO RATIMBUM, EU FUI” porque olha, não tá fácil.

Desde que eu ouvi falar do assunto que eu comecei a quicar de vontade. Não demorou muito para eu decidisse que era inaceitável perder essa chance e logo marquei uma viagem para São Paulo com esse intuito. 6 de setembro, esse era o dia. Sairíamos de Curitiba de madrugadinha, pegaríamos a estrada e por volta de 9/10 da manhã chegaríamos e iríamos direto para a fila. Os planos já deram uma leve desandada quando, no dia 4, minha amiga me mandou uma mensagem dizendo que no dia 6 só entraria quem estivesse com ingresso comprado pela internet, eles não venderiam na hora. Tive uma leve síncope nervosa, mas reagendamos nossos planos para o dia 7, domingo, e ficaria tudo bem.

Quase não ficou. Os planos eram ir para a fila às 8h mas por motivos de balada no dia anterior só conseguimos levantar às 9h. Chegamos lá às 9h40 e a fila rodava 3 esquinas. Foi entrarmos nela e o produtor da exposição veio gritar que não tinha mais ingresso para quem estava depois de uma tal placa. Óbvio que estávamos depois. Como boa adulta determinada que sou, coloquei minha viola no saco e liguei para minha mãe, com os olhos cheios, pedindo para ela me buscar que tinha dado errado. Tão logo entramos no carro minha mãe esbravejou que não tínhamos ido até ali atoa e que entraríamos na fila quer tivéssemos garantia de ingresso quer não tivéssemos.

Entre monitores extremamente grossos, visitantes desistentes e até um projeto de cambista que nos cobrou 10 reais por um adesivo (os adesivos garantiam a compra do ingresso), saímos de lá perto das 11 da manhã faceiríssimas com nossos quatro ingressos na mão para o horário das 19h.

17h45 já estávamos nós lá de novo, dessa vez para a fila da entrada. Eram 18h52 quando recebemos instruções, a fila começou a andar e a magia começou. Entre maquetes do castelo, porta com porteiro e tudo, abertura tocando e personagens falando eu juro que não sei dizer o que eu senti lá dentro. Eu apenas sorria, pulava, queria tirar foto com tudo e levar tudo para casa.  Se você está muito curioso com o que pode encontrar por lá, eu repito a frase de minha amiga Anna sobre o assunto e vou logo te adiantando: Tudo o que você imaginar tem.

E tem mesmo. Tem a biblioteca com o gato. Tem a sala de música com todas as caixinhas e circo e telas. Tem a lareira com os marionetes que falam outras línguas, tem a oficina do Doutor Víctor e o laboratório do Tíbio e do Perônio. Tem a Penélope, tem o ratinho que corre, tem os dedinhos que contam e na cozinha tem até a música do Lava uma mão lava a outra lava uma que está ecoando na minha cabeça até agora. Aquilo está tão perfeito e tão bem montadinho que eu absolutamente me recuso a acreditar que é uma exposição comum com prazo para acabar; ao meu ver tinha que ser igual, sei lá, o Museu da Estrela, que tem para sempre e que cada vez que eu fosse a São Paulo eu poderia dar uma passada no Castelo Ra Tim Bum para matar as saudades – que nem eu imaginava serem tão grandes.

Além de toda a magia que circunda o Castelo em si, confesso ter ficado ainda mais encantada ao sentir a sintonia das pessoas. Assim, claro que tinha pais recentes e animados trazendo suas crianças que nem sabiam do que aquilo se tratava. Óbvio que tinha também aqueles mais perdidos que abraçavam a Adelaide chamando a família para tirar foto com o passarinho (?). Mas a maior parte, o grosso do negócio mesmo, era tipo eu. Que enchia os olhos quando olhava para o Mau e logo comentava da gargalhada fatal; que olhava para o Ratinho e saía cantando que tchau preguiça tchau sujeira adeus cheirinho de suor; que assobiava quando olhava para a Caipora e que entoava Enquanto isso no lustre do Castelo quando dava de cara com as fadinhas. Para mim, toda essa emoção conjunta se resume no moço barbado e animado que, do alto de seus, sei lá, 28 anos, estava com as bochechas rosas de alegria e sem conseguir parar de sorrir, dizia para a namorada: - Amor, venha ver o Bongô!

E foi assim. Foi assim que eu li sobre a exposição, me recusei a perder, quase fiquei sem ingresso mas consegui ir. Foi assim que eu entrei no quarto do Nino rodando no sofá (sim) e foi assim que eu tirei 128313 fotos em 1h30. Foi assim que eu arrepiei até a alma de tanta saudade de estar no meio daquilo tudo e foi ali que eu lembrei de jurar a mim mesma que meus filhos precisam assistir a série inteirinha – mesmo se quando eles nascerem já estivermos na 10ª edição 3D das Monster High ou do Ben 10. Eu juro. 


12 comentários:

  1. Eu, que moro em Sampa, ainda não fui, acredita? Mas é lógico que tô morrendo pra ir logo, eu amava esse programa (pra ser sincera, acho que assistiria até nos dias de hoje, sabe :P) Mas eu queria ver mais fotos :(

    PS: Quanto ao detox, você toma com os gomos de frutas ainda na água, sim, porque depois pode reaproveitá-las pra outro detox (mas só mais um, depois disso fica ruim).
    Beijos

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  2. Eu estou incluindo nos posers? Porque mesmo não sendo a maior fã (por motivos desconhecidos), eu amei esse negócio quando comecei a ver. E achei a exposição mágica. Fico pensando que seria uma pessoa muito melhor se tivesse passado a infância com a TV Cultura.

    Mas tudo bem, ainda é tempo e eu vou me dedicar ainda mais à Celeste e também pretendo conhecer Lucas Silva e Silva, que provavelmente será um grande amigo.
    Venha pra São Paulo mais vezes. Tipo sempre.
    Beijo <3

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  3. Amiga, lendo seu texto senti de novo todos os FEELS que tive quando fui na exposição, e agora estou morrendo de saudades. Sua ideia foi muito ótima: deixem o Castelo montado pra sempre, POR FAVOR!!!! Super acho que um ricaço excêntrico cujos filhos amavam o programa deveria investir nisso, montar um castelo bem lindo pra gente poder visitar juntas um dia, abraçar o gato e bater papinho com a Celeste <3 Ele ganharia rios de dinheiro de retorno e eu ia contribuir muito pra isso, HAHAHAHA

    Uma pena não podermos ter vivido isso juntas, mas juro que lendo seu texto me senti visitando tudo de novo com você (e ai de você se não tiver me sentido também, sua creiça!)
    hahahaha
    te amo <3

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  4. ainda não fui a exposição sabe ? MAS QUERIA IR. minha infância praticamente se resumiu a isso. Era mt leeeeeegal. Que dejavú

    Ah, amei o seu blog viu ? É a primeira vez que entro aqui e já favoritei. Parabéns mesmo. Estava dando uma olhada nos post's antigos e é super cheio de conteúdo. Aliás você é uma fofa. Adorei aqui e vou voltar mais vezes com certeza !! <3

    http://www.1001julietas.blogspot.com.br/

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  5. NÃO ACREDITO que você estava lá no domingo, depois da placa!! Eu também estava. Que tristeza que foi ser informado pelos monitores grosso que não iríamos entrar né? Mas conta aí como conseguiu o ingresso, conta pelo amor de Deus!
    kkk Aproveitamos o Domingo e pra não ficar a toa fomos ao Ibirapuera andar de bicicleta, não moro tão longe (apenas uma hora e meia rs), mas vou voltar lá e madrugar naquela fila, o engraçado é que eu também tinha me planejado para ir no sábado hahaha

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  6. Chorando aqui. Queria tanto ir! Eu era uma dessas crianças que assistia tudo na cultura também (inclusive, sdds 'no mundo da lua') e AMAVA castelo ra-tim-bum. Se a srts. tirou 3424567 fotos, podia ter pelo menos dividido umas com a gente aqui, né? Mas que bom que você conseguiu entrar.

    E, por último: UMA ENXUGADINHA AQUI, UMA COÇADINHA ALI, FAZ A VOLTA E PÕE A ROUPA DE PACHÁ. <3

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  7. Amiga, eu vou seguir seu conselho e tentar madrugar com Mimi no domingo que eu estiver em SP. Preciso ver o quarto no Nino, gente! Realmente, muito triste que seja uma exposição com comum, com data pra terminar. Devia ser eterna. Porque, com toda a certeza, o programa é eterno pra gente. Só de ler o post eu já fiquei emocionada, imagina estando lá, né?
    Amo você <3
    ATÉ DAQUI A POUQUINHO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  8. Eu tinha comentado aqui ontem mas tenho quase certeza que por algum motivo não identificado, meu comentário não foi enviado D: então deixa eu tagarelar de novo.

    APENAS MORRENDO COM ESSE POST.
    Na verdade, morro um pouquinho sempre que leio algum texto sobre a exposição e/ou vejo fotos dela, porque gente, como não morrer? Queria muito, muito ir. E aí eu morro mais um pouco porque sei que ir pra SP não consta, ou seja, nada de exposição pra mim. Apenas sonhando com a possibilidade de alguém resolver trazer esse treco pra Brasília ):

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  9. Que invejinha, você realizou o meu sonho de criança, nostalgia bateu e eu apanhei. Porque tudo isso só acontece em SP? ;/
    Amei, amei.
    Beijos

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  10. Oi tudo bem?
    Tô louca pra ir nessa exposição. Mas, tá muito difícil de conseguir comprar o ingresso rs! Ai maravilha essa época, lembro que só assistia tv cultura, meus programas preferido além do Castelo, era também, Pequeno urso, lucas silva e silva, época boa que vive rs ... Tinha também a ilha Rá-ti-bum lembra? rs
    Beijo grande,

    Veja a última novidade do blog e me diga sua opinião!

    Maah Music - Você já conhece Agir? .

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  11. Quando eu era criança, o que eu mais assistia eram programas da Cultura (com exceção da época em que a Globo passou os meus animes favoritos), e Castelo Rá-Tim-Bum era by far o meu favorito. Eu até tinha um conjunto de talheres na casa da minha avó com o tema, haha. Mas confesso não ter ficado tão empolgada com a exposição, até me deparar com comentários, como o seu, de quanto é uma experiência incrível. Agora tenho de ir!

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  12. Eu fui dessa equipe que era louca por Castelo Ra Tim Bum! Só de ler o seu post me deu um aperto do coração por motivos de: EU PERDI! ): Eu não pude realmente ir, principalmente em ano de Vestibular e ENEM (incrivelmente essa é a desculpa do ano inteiro). Espero que tenha mais vezes pra eu sentir esse sentimento tão nostálgico, tão mágico que até seu texto conseguiu passar.

    Um JURO que também irei fazer os meus filhos verem a série inteira, porque né. De geração em geração, esse tipo de amor nunca acaba.

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