Tardo mais não falho, e vim
continuar meu relato sobre a viagem do Rock in Rio. O dia do show em si já foi narrado
milimetricamente, mas o dia seguinte a ele também foi tão maravilhoso que
merece ser citado.
A ideia do dia era acordar cedo
pra ir pra praia, mas o sono não permitiu, e além disso, tio Marcelo e tia Lara
fizeram um churrasco delicioso. Por essas e outras, já deviam ser bem umas duas
horas quando saímos de casa rumo ao nosso ~roteiro musical~ que acabou sendo
criado sem querer, isso porque eu adoro uma referência errada e não parei de
cantar “Um bom lugar pra encontrar Copacabana” quando me vi pisando naquela
orla. Procurei o Copacabana Palace com o olhar, fiz questão de “creiçar”
tirando foto com Drummond, e comprei uma deliciosa espiga de milho.
Andamos mais um tanto e chegamos
em Ipanema, e bastou essa informação para que eu mudasse a música e ficasse
passeando por ali me sentindo a própria garota de Vinícius, mesmo não sendo
morena, e mesmo meu rebolado sendo tão duro que pra virar poema precisa de
força, sabe. Mas eu estava feliz, apreciando a paisagem, enquanto Milena falava
sem parar sobre como a cidade dela era um encanto. E eu, que estou morando na
minha terceira cidade, fiquei com um pouquinho de inveja de sua paixão pela
terrinha. É coisa de alma e parto, sabe? Ela pode postar uma foto dela no Rio
com a legenda “Born and raised”, enquanto eu sou apaixonada por São Paulo, mas
não nasci lá. Não fui criada em Vitória, que é minha cidade natal, e tampouco
criei laços sólidos com as frias terras curitibanas (não que não o tenha criado
com as pessoas que encontrei aqui, não confundam).
Filosofias geográficas à parte,
foi em Ipanema que estendemos nossa canga e batemos altos papos de biquíni
olhando o horizonte. Também foi onde experimentei Mate de Praia, e,
contrariando todas as minhas expectativas, adorei. Fiz questão também de
comprar um pacote de biscoito Globo, e me senti a própria carioca. Conversamos
tanto que acabamos perdendo a hora do pôr-do-sol, e por isso chegamos atrasada
à pedra do arpoador, o que, logicamente, não me impediu de mudar novamente a
música, e passar o resto do dia com Cazuzinha na cabeça e pensando que a vida
sempre faz parte do nosso show.
Enquanto andávamos da praia até a
famosa Livraria Cultura da Cinelândia, tive que assumir algo que um coração
paulistano não curte muito: O Rio é lindo sim. A aura carioca é uma delícia, e
todas as pessoas parecem tranquilas, felizes e leves. Impressionane como cada cidade tem sua sintonia. A de
São Paulo é o Rock, e a do Rio, a Bossa Nova! Eu, que curto muito bem um Pop,
me dou ao direito de gostar um tanto de cada um dos dois lados, e lembrar mais
uma vez do que Cazuza canta na música que tanto ecoava na minha cabeça: “Meio
bossa nova e Rock in Roll. Faz parte do meu show”. E pensei tudo isso enquanto
me deliciava com um super algodão doce. Difícil, aliás, escolher qual é a melhor de
todas essas iguarias simples vendidas na orla da praia! Mais um dia ali e eu voltaria para casa rolando.
Ainda bem que você veio contar o resto da história, já tô morrendo de saudade desse fim de semana. Parece que foi há cinco séculos.
ResponderExcluirE olha, amiga, é muito bom ser babona assim. É muito bom saber que amo o lugar de onde eu vim. Mas também dá uma dor danada por estar longe e por ver tudo que tá acontecendo na minha cidade.
Mas enfim, quero mais um dia na orla com mate e Analu.
Beijo! <3
Eu não acredito que você veio até a Cinelândia!!
ResponderExcluirAMO a Saraiva!! Na minha opinião, essa é a livraria mais completa (apesar de não ser a mais barata) de todas daqui!
Cara, eu imaginei cada passo seu! Me explica uma coisa: Você foi andando de Copacabana até a Cinelândia??? o_O
Sobre engordar no Rio, não me diga... É por isso que as pessoas daqui precisam se exercitar muuitoo! Eu, como não me exercito, sou desse jeito mesmo!
Vou mudar pra Curitiba pra emagrecer.. kkk
Bjs.
Adorei o Post!
gotadenanquim.com/
kkkkkkkkkk...
ResponderExcluirLivraria CULTURA*****
Amiga, também tenho uma inveja lascada de quem se sente super conectado com o lugar de onde veio. Eu até gosto de Udão Rock City, mas não o suficiente pra chorar de saudades da terrinha, sabe? Viveria bem feliz longe daqui. Acho que gosto muito mais de Minas do que da minha cidade.
ResponderExcluirTenho muita vontade de comer biscoito Globo e tomar mate na praia. Em 2015 faremos isso, né?
beijo!
HHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHA, acabei de ler todos os relatos numa tacada só e CARA queria estar com voces porque deve ter sido divertidíssimo e voces conheceram a Palo e ♥
ResponderExcluirCerteza que ja falei, mas repito, amo o jeito que voce escreve Lu! É uma coisa incrivel que suga a gente pra dentro das tuas histórias malucas de um jeito delicioso!
E no quesito "born and raised" sou bairrista, não troco minha cidade por nada menos que Londres (ou, vá lá, Curitiba) hihihi
beijos!
Eu curto Big Field, mas moraria tranquilamente em outro lugar, principalmente onde pudesse ter mais acesso a coisas culturais e tal.
ResponderExcluirMorro de vontade de conhecer o Rio! Porque essa vibe que você descreveu é bem como eu imagino a atmosfera carioca. E se todas as pessoas forem tão fofas quanto Mimi e Palominha... <3
Beijo, amiga!
Que lindo, Naluzinha :')
ResponderExcluirQuando vim pro Rio, jurava que ia me formar e voltar pro sul. Besta, né? Porque não precisou nem eu chegar no último ano da faculdade pra descobrir que vou embora daqui coisa nenhuma!
O Rio tem um negócio que só ele tem, que te prende, te encanta, sei lá! Fiquei toda arrepiada com seu post porque sei bem como é tudo que você descreveu.
Eu amo passear do Leme à Copacabana, do Arpoador ao Leblon e as ruazinhas do Centro são as minhas favoritas! A Cultura da Cinelândia é maravilhosa, o Teatro Municipal é maravilhoso e, ai, sou uma gaúcha completamente caída de amores pelo Rio!
Fora que Santa Teresa, Lapa, Glória e Botafogo são os mais charmosos <3 Amo o fato de, onde você estiver no Rio, vai parecer que tem cultura e história de alguma forma!
Quando voltar, quero ser avisada pra te apresentar mais lugarzinhos pra você se apaixonar!
Beijoca! :D
Amiga, leio o seu relato com dor no meu coração de pensar que, por causa de uma semaninha besta de diferença, eu não pude estar com vocês tomando mate de praia e bixxcoito globo! E andando do arpoador até a cultura! Inveja, e muita. Me acho no direito de dizer que tenho sangue carioca, porque meu pai é born and raised nas areias de copacabana, e eu sempre vou lá, mas veja só, nunca fui no Arpoador! E no meu fim de semana solitário no Rio, na companhia da amiga do trabalho, preferi passar o domingo em casa lendo mesmo. Aff.
ResponderExcluirEstou ansiosa pelo dia que vamos poder desbravar essa cidade juntas!
Beijo!
PS: Udão Rock City e Big Field. Só me resta um: Fortress? Forta-hell-leza?
ResponderExcluirSer fluminense e não ser carioca é aquele tipo de coisa que machuca o meu coração apaixonado pelo Rio de Janeiro, daí tem sempre aquela sensação de "tão perto, tão longe" quando penso que o que me separa de todas essas maravilhas é uma poça enorme de água que eu atravessaria todos os dias se pudesse. Mas, como não posso, aproveito as minhas raras situações de liberdade pra me sentir tão gringa quanto vocês, paulistas, gaúchas ou capixabas, só que com aquele gostinho de que eu não devia me sentir tão estranha assim nessa terra. hahahahaha
ResponderExcluir(Ana Lu, vou aproveitar pra agradecer o seu comentário lá no blog, que já faz um tempinho, mas, infelizmente, só fui ver ontem, então: brigadão. Por adorar o seu espaço aqui e por você adorar Jornalismo e Teatro, duas das minhas maiores paixões (sem contar todas as outras), me identifico muito com o que você escreve, e você ter ido até o meu espacinho significou bastante. hahahahaha Beijinhos.)