Dublado e com propaganda - 05/31

Quando as meninas escolheram esse tema para uma de nossas postagens coletivas do BEDA eu fiz bico, cruzei os bracinhos e disse que não ia brincar nessa. Não ia brincar porque eu não sou cinéfila e posts com enumeração de filmes sempre me irritam, porque eu nunca sei o que comentar. Além disso, eu estudava a tarde quando era criança, então não vivi intensamente essa cultura de Sessão da Tarde – até porque o meu pai sempre disse que não tem sentido nenhum assistir filme dublado e com propaganda. Dublado eu assistia mesmo, porque era criança. Mas ENFIM.

Acontece que aí eu fui pensando em alguns filmes e concluí que, ah, mesmo que eu possível e provavelmente não tenha visto nenhum deles na Sessão da Tarde de fato, eles tem toda a vibe do negócio, entendem? Foi assim que eu decidi descruzar o braço, parar de fazer mimimi e voltar para a brincadeira. Minha lista é a seguinte e não tem ordem de preferência.

Matilda

Perdi a conta de quantas vezes na vida eu assisti esse filme. Em uma certa época da vida, tínhamos o costume de, toda sexta-feira, pegar papai no trabalho e ir direto para a locadora. Era aquela festa: eu rodava, rodava e rodava entre as estantes e em 50% das vezes saía com o VHS (!) de Matilda debaixo do braço e cruzava os dedos para ele não perceber. Meu pai nunca entendeu essa filosofia de vida de repetir as coisas que a gente ama, mas se eu sabia que Matilda era diversão certa, porque diabos gastaria meu tempo locando outro filme? Ano passado li o livro, como ele é bem curtinho e levinho, descobri que a adaptação é exatamente a mesma coisa e que, inclusive, gosto mais do filme – e toda vez que eu assistir vou ficar enjoada na parte que a diretora obriga o menino a comer o bolo de chocolate inteiro. Sem or!

A Fantástica Fábrica de Chocolate

Esse filme foi uma grande questão na minha vida por muito tempo. Todo mundo falava dele, ele tinha um título incrível, já tinha assistido uma adaptação feita por uma escola de dança e... nunca tinha visto o filme sabe-se lá por que. Ok, talvez tenha sido porque eu fiquei locando Matilda por vezes a fio sem olhar para os filmes do lado mas, whatever também. Sei que em alguma dessas páscoas da vida, quando eu ainda morava em São Paulo e passava o feriado em Curitiba na casa do meu tio, cheguei lá e achei essa maravilha na gaveta de DVDs dos meus primos (bem mais velhos), que tiveram que aturar as músicas durante toda a páscoa. Sem brincadeira, devo ter assistido umas 8 vezes em 3 dias. Life is pure imagination, gente, e um filme que nos presenteia com uma CACHOEIRA de chocolate não tem como dar errado.

Operação Cupido

Esse eu assisti pela primeira vez lá pelos 14 anos. Tarde, também. Já disse que não tinha a filosofia de essão da Tarde e coisa e tal. Nessa maravilha temos Lindsay Lohan em dose dupla e cheia de sardinhas na bochecha ilustrando a história de duas irmãs gêmeas que não sabem que são gêmeas porque vivem separadas. Quando eram nenéns, os pais se divorciaram e tiveram a ideia mais genial do mundo: vamos cada um para um lado e cada um fica com uma das meninas (??). Fico pensando em como foi que eles escolheram quem ficaria com cada, se foi no unidunitê ou alguma teoria mais elaborada, enfim. O fato é que um dia as duas se descobrem no mesmo acampamento e resolvem trocar de lugar para fazer uma pegadinha e unir os pais novamente. Como em toda boa comédia romântica, é óbvio que depois de um punhado de trapalhadas (cena clássica da ~madrasta má~ caindo na piscina), tudo fica bem e a família finalmente fica junta.

Madeline

Também assisti inúmeras vezes, mas curiosamente só lembro que a menina era ruiva, vivia num orfanato e aprontava todas. Lembro também de uma cena onde ela é internada e os coleguinhas vão tudo visitar, levam cartinha, fazem declaração e coisa e tal. Ai, aquele monte de criancinha com uniforme era a coisa mais fofa do mundo.

Bebês Geniais 

Acho que não tenho nada a falar sobre esse filme a não ser BEBÊS QUE FALAM E PLANEJAM DESTRUIR A TIA DO MAL. Gente, na boa. Eu tinha uns 10 anos de idade e meu útero já se contorcia de tanta vontade roubar aqueles bebês para mim – a loirinha de olho azul era o meu xodó, beijos para a identificação. O filme é tão equivocado e tão fofo ao mesmo tempo que não tem como não ser maravilhoso. Como assim vocês nunca assistiram?

> Agora que vocês já conhecem a minha lista, corrão para ver a das migas mafiosas Anna, Palo, Couth, Iralinha, Rafinha, Xará e da miga adotada Ana Flávia!