sábado, 15 de agosto de 2015

Aquele em que elas ficaram acordadas a noite inteira - 15/31

Ou: Aquele em que elas conseguiram ir para a balada

Eu e as minhas pessoas nos conhecemos pela internet. Isso vocês já estão carecas de saber, mas achei importante frisar mesmo assim para todos acompanharem o raciocínio. Nos conhecemos pela internet porque nosso primeiro contato foi através dos blogs. Nós somos bem aquele tipo de pessoa que lê, escreve e troca, fácil, um par de sapatos de salto por um pijaminha com o livro da vez. Book lovers never go to bed alone and stuffs like that.

Acontece que toda amizade tem fases e, embora a gente esteja em lua-de-mel há quase 4 anos, desde o terceiro encontrão que sentimos que faltava alguma coisa. Por favor, que grupo de amigas nesse mundo ainda não conseguiu ir para a balada juntas?

A questão é que, via de regra, a gente passa meses programando o que gostaríamos de fazer e... acabamos deixando metade dos planos de lado. Foi assim que nossa primeira tentativa de balada miou, mesmo depois de passarmos dias planejando o local, as roupas e ter gastado espaço na mala com sapatos altos. Em nossa defesa eu tenho a dizer que, dessa específica fez, a folia realmente talvez não valesse o esforço: dependeríamos de transporte público, a balada era super longe, só poderíamos voltar depois das 5 da manhã quando o ônibus voltasse a circular e todas tínhamos acordado em horários nada ortodoxos para viajar. Colou para vocês a desculpa? Pois para a gente colou. Bastou uma dar a ideia de trocarmos tudo por pijamas e um tabuleiro de Imagem & Ação que em 5 minutos colocamos os planos da festa por terra – e felizes da vida.

Só que a lacuna continuou lá e no nosso subconsciente permanecia martelando aquela falha. Como assim ainda não conseguimos ir para a balada juntas? A gente ia se divertir demais! Pois é.

Chegou dezembro de 2014 e, com ele, a formatura da Passarinha. Sim, viramos a noite. Sim, dançamos muito. Sim, bebemos, sim nos divertimos. Sim, chegamos em casa mais de 7 da manhã, MAS éramos somente 6 aquele dia. Ainda não era encontrão, mas foi a prévia que faltava: depois que 6 de nós conseguiram entender como era maravilhoso quando conseguíamos largar o pijama e cair na night, não deixaríamos mais que as ideias miassem.

Foi assim que, desde que começamos a planejar o encontrão de maio deste ano, eu coloquei no topo de lista que dessa vez ia ter balada e que não deixem a balada morrer, não deixem a balada acabar.  E deu certo.

Nem acreditei quando, depois de um dia no qual não tínhamos dormido nada a noite, feito festa de manhã e ido à praia a tarde, conseguimos sair felizes da vida para desbravar a night carioca, perto da meia-noite, de coroa na cabeça, depois de comer muita pizza e sem nem ter cogitado desistir. E que bom que conseguimos.

Poucas noites de festa da minha vida se igualam à madrugada do dia 2 de maio. Não era, ainda, o casamento da Couthinha – mas foi um excelente Test Drive. Nós estávamos tão felizes, tão infinitas e nos divertimos tanto que tinha gente que parava para nos assistir. Eu vi. E vi também que a gente chamou atenção pacas porque no dia seguinte tinha um tal de “João João” perguntando no evento do facebook quem eram as meninas da despedida de solteira.

Nessa festa a Gente pulou. A Gente se abraçou. A Gente pulou abraçada e se abraçou enquanto pulava, também. A Gente deve ter bebido mais de 30 garrafas de água. A Gente gritou. A Gente cantou. A Gente foi A Gente: se amando e se divertindo como sempre, mas dessa vez com o adicional de estarmos numa balada, ainda por cima cheia de músicas icônicas.

As fotos da festa ficaram tão ótimas que até quem não foi convidado apareceu

A promessa era ver o sol raiar da pista, mas era pouco mais de 5 quando os pés de muitas começaram a pedir arrego e decidimos que tinha chegado a hora. Até que a Anna comentou, já no táxi, que “tinha pagado para ver o sol nascer e queria ver o sol nascer”. Achei que foi um excelente comentário e concordei com a proposta na hora, ainda sem saber onde essa ideia nos levaria. E ela nos levou (mesmo que não todas) à praia de Copacabana. Sentamos na areia abraçadas e só levantamos de lá quando o sol já estava dominando o dia, mesmo que o vento estivesse frio e que estivéssemos com muito sono.

Naquele momento, com aquele sol nascendo, depois de uma madrugada daquelas, depois de um dia daqueles, com aquelas pessoas, eu lembrei daquele detalhe de que qualquer chatice é sempre pequena demais frente a tudo o que realmente importa na vida.

9 comentários:

  1. Estou absolutamente emocionada com o comentário que você me deixou lá no blog. Obrigada, de verdade, pelas palavras. E que emoção saber que você me acompanha desde antes da Bolota. Muito amor envolvido.

    Eu, daqui, acompanho seu cantinho a menos tempo, mas preciso registrar nesse texto que tenho uma paixão platônica pela Máfia. Que fui descobrindo aos poucos e, quando percebi, já tinha ido no blog de todas, e agora tenho um monte mais de blog pra acompanhar (o que não é fácil com uma pequena monstrinha a tiracolo, mas tenho persistido na missão). Adoro vocês e essa amizade me faz ter mais esperanças nesse mundo - e vontade de escrever um livro sobre essa amizade. Só porque dá pra sentir daqui o amor de vocês, tão importante e tão necessário.

    Beijos meu e da Agnes <3

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  2. Vocês e esses textos maravilhosos sobre vocês. ♥

    Ai Ana, e eu tava tão pertinho esse dia! Uma pena não ter te encontrado. :/

    Eu acredito em milagres quando leio sobre vocês e sempre fico torcendo pelo próximo relato, porque sei que vou me emocionar e me lembrar dos amigoa que ganhei também.

    Beijo <3

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  3. Desde que eu conheci o blog da Paloma (eu não lembro como aconteceu), caí no seu blog através de um link dela e nunca mais parei de ler. Foi pouco antes de começarem o BEDA e eu fiquei animada por ter arrumado distração diária. hahaha Eu não ia comentar não, mas quando li "nigth carioca" e vi no cantinho da foto o "bagaceira", senti calorzinho no coração, porque amo a Bagaceira e porque acabando a faculdade Bagaceira vai ser nostalgia, mesmo que eu continue indo. E tem tempo que não vou. E já estou providenciando ir, só porque li isso agora. Ah, essa é a magia dos blogs pessoais, fiquei até com vontade de voltar a ter um blog assim! <3

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  4. Acho que vi essa foto de vocês no seu Instagram (ou em outro blog?) e acho tão fofa e tão linda! É incrível como essa internet louca de meu Deus consegue juntar tanta gente legal que se transformam em irmãs pra toda vida. Acho linda essa amizade de vocês - e acho super bonitinho que estão sempre falando uma das outras nos blogs, haha. Sempre que caio em um blog da Máfia acho a coisa mais bonitinha da vida. <3

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  5. AI QUE SDDS. Aquele dia foi tão mara, já quero voltar. Foi mesmo muito incrível dançar com vocês e beber e pular e cantar lua de cristal e Sandy e júnior. Queria mais uma dessas pra ontem, porque ninguém sabe festar que nem a gente.

    E essa foto é uma facada no meu coração.

    Te amo muito <3

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  6. Que momento incrível, amiga. Eu fiquei realmente surpresa que nem cogitamos desistir e foi tudo muito natural: Agora festa com canudos de pinto, depois praia e depois festa até o outro dia, óbvio. Tão óbvio, tão lindo.
    Essa foto vai ficar pra sempre marcada, né? Aquela festa, com nossos abraços e danças de funk até o chão vão ficar pra sempre no meu little coração.
    Te amo muito <3

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  7. "Nós somos bem aquele tipo de pessoa que lê, escreve e troca, fácil, um par de sapatos de salto por um pijaminha com o livro da vez", mas aff, tão bom quando a gente resolve quebrar as regras de vez em quando. Queria TANTO voltar pra esse dia e pra esse feriado. Foi tudo tão bom, tão incrível, tão mais do que eu achei que fosse ser. Quero outra logo, porque aparentemente não sei mais o que é foliar sem vocês. Quer dizer, os outros não sabem, então pfvr, vamos foliar mais.

    amo muito, muito você <3

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  8. Ai, amiga, QUE NOITE a nossa, né? Sério, dançar Lua de Cristal, todos os funks do mundo fazendo sanduíche em vocês #hétera, Sandy e Júnior e o nosso momento, Evidências, as mil garrafas de água que a gente não comprou, e no fim aquele quiosque, o sol, o céu, o Rio, ai <3 A vida é muito boa às vezes, né? A vida é maravilhosa quando ela quer, até mesmo quando a gente acorda horas depois de vestido de festa, maquiadas e mortas no colchão sem ter ido na praia, viver é incrível.
    E tudo isso porque temos a gente <3
    te amo tanto <3

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  9. aokaokakoaoka olha, em defesa dos encontrinhos onde eu estava onde a balada foi boicotada: BATATA, BATATA, OVO, acho que essa balada foi causo de um alinhamento cósmico muito bom e deve ter sido no mínimo épica, porque olha só quanto sorriso lindo!

    Estar com vocês é sempre uma festa e é sempre uma delícia <3
    E sempre fico nostálgica com esses posts sobre a Máfia hehe

    beijo! <3

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