domingo, 28 de novembro de 2010

Pra não dizer que não falei de tudo.

Quarta feira eu cheguei em casa da peça, super feliz, pulando e saltitando pela casa, ligando pras pessoas, chamando 500 no msn pra falar disso, sentei aqui na frente do computador e fiz um post mega “adrenalítico” que gritou demais e disse de menos. Então, usei aquele post pra comemorar, esse será o de ponderar tudo o que aconteceu nesse maravilhoso semestre.

Começou láá naquele primeiro dia de aula, que parece tão próximo e tão distante ao mesmo tempo. Começou com uma turma que se uniu logo de cara. Temos nossas desavençazinhas, e berramos um com o outro às vezes, principalmente quando uns e outros (né mayrinha??) perdem a roupa no camarim e simplesmente não entram em cena. Mas somos unidos e nos gostamos mesmo. Criamos uma família naquela sala de aula, e algo que é feito dessa forma, precisava dar certo.

A primeira apresentação foi na quarta, nós arrasamos, todo mundo saiu feliz. Estávamos dizendo aos 4 cantos que não queríamos mais olhar pra escola por uns dias, afinal, tinhamos passado a segunda, a terça, e a quarta feira praticamente inteiros lá. Acontece que na quinta estávamos todos em depressão, no twitter e no msn, reclamando de não termos que ir para lá.

A quinta se arrastou, a sexta andou um pouco mais rápido porque meus amigos de São Paulo vieram pra ver a peça de sábado! Eles sabem como foi importante pra mim eles terem vindo, e como eu amei a companhia deles em cada segundo, mas não vou me alongar nesse assunto, porque esse post é pra falar do teatro!

Na apresentação de sábado nós nos enrolamos pra caramba, muita coisa deu errado, quase comemos o fígado um do outro, e a diretora o de todos nós. Mas o público jura que nem percebeu.

Mas aí, hoje. Hoje foi a última né. E foi muito boa. Vivemos aquilo com muita paixão, como que nos despedindo dos nossos companheiros personagens, das cenas que não aguentávamos mais fazer, e finalizando o trabalho de um semestre maravilhoso.

Sei que após tudo isso eu comemoro minha brilhante ideia de ir fazer teatro ali, que foi a melhor que tive no ano. Comemoro os grandes amigos que ganhei naquelas aulas. Comemoro cada abraço e cada risada. E comemoro também o fato de não ter mais que usar meia arrastão, que vou te contar, QUE COISINHA CHATA!

(Em 3 cenas e eu Rafa fazíamos.. digamos.. 2.. putas, tá, vai. Mas éramos de luxo, e de um cara só ta? HAHAHA. Sei que o pior de tudo era a maldita da meia arrastão. Meu personagem favorito era Carolina, a mocinha que ia comemorar 1 ano de casamento e morria atropelada porque o babaca do marido mandou ela ir no carro no meio de um temporal buscar um documento. Fiquei tão emocionada de morrer em cena, hahaha, o treino foi terrível, mas no fim, até esquecia que eu estava viva, porque não mexia um fio de cabelo. Minha grande vitória, afinal, pulo de cócegas a qualquer mensão de gente pegando na minha barriga. E era justamente o que o marido sofrendo fazia, hahaha.)

Enfim, com certeza foi um post menos emotivo que o que a Mayrinha fez aqui, mas é porque ela falou muito bem desse lado. A minha vida é que não seria nada sem ouvir ela mandando o Jefferson parar de pular. Nem sem ouvir a Letícia falando besteira atrás de besteira e gritando um belo “ORRA!” ao fim de cada uma.

PS: A apresentação de HOJE foi fotografada e filmada. Assim que receber as fotos PROMETO que ponho algumas aqui!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Nasceu nosso neném!

Essa foi a frase que nossa diretora disse quando entrou correndo no camarim ao fim da nossa estréia. E foi em meio a abraços e muita comemorações que saímos do nosso primeiro dia de palco.

Escrevi esse parágrafo tem uns 10 minutos. Estou tão feliz que não está saindo nada. Parimos uma peça, mas não estou conseguindo parir um post!

Sei que foi emocionante. A peça era às 19h, chegamos lá às 16h. Nossa diretora preparou a sala com incenso, maçãs, música, e bombons que só podíamos comer depois, porque chocolate faz mal para a voz.

Nesse meio tempo, nos jogamos no meio de almofadas, tiramos fotos que ainda não estão aqui, aquecemos a voz, compramos flores pra diretora, ela fez chapinha no meu cabelo, o maquiador chegou pra nos arrumar..

Enfim, foi tudo como tinha que ser, e no palco foi tudo mágico. Recebemos abraços, elogios, ouvimos risadas, e ganhei meu dia quando minha amiga da faculdade, que também faz teatro nessa escola, estando um semestre na minha frente, veio me dizer que arrepiou toda na cena onde eu **** (Não posso contar, tem gente que ainda vai lá ver, hahaha) . Ela me disse também que a fileira dela comentou que foi a melhor cena da peça. Deixa eu ir ali morrer de emoção? Obrigada!

Obrigada Gabs, por ser a melhor professora, diretora, e amiga que alguém podia ter! Obrigada a Jefferson, Joseane, Leonel, Letícia, Mayra, Rafaela e Thamirys que tornaram todos os nossos sonhos possíveis quando estávamos naquele palco. Isso só deu certo porque estávamos juntos.  Obrigada ao CenaHum, nossa escola, por permitir tudo isso! E obrigada  a Deus, claro, porque oramos muito juntos pra que tudo desse certo. E ao fim, agradecemos. Todos juntos, como deve ser!

Hoje o post foi piegas, MESMO, mas não tinha como ser diferente. Foi nosso momento de brilhar. Saímos do palco há quase 2h, mas o palco ainda não saiu de dentro de nós. Ainda faltam 2 apresentações. Que quebremos a perna nelas também!

Tento trazer fotos depois!

sábado, 20 de novembro de 2010

Você tem medo de que?

medo

O que é o medo? Uma palavrinha que já aterroriza só pelo nome. Afinal, medo é classificado como uma coisa ruim. E então passamos a ter medo de ter medo, porque isso seria covardia. Mas as pessoas esquecem que, como diz aquela famosa frase, covarde não é que não tem medos, e sim, quem não os enfrenta.

Todas as pessoas tem medo, mesmo que não revelem isso nem para si mesmos. Mas temos medo sim. Temos medo do escuro, medo de altura, medo de esperar. Temos medo também de não ter pelo que esperar.

A nossa vida é ditada por todos os nossos sentimentos e sensações, e obviamente o medo está ali no meio delas. Muitas vezes deixamos de fazer coisas por ter medo, e outras vezes, resolvemos encará-los, e nos sentimos muito bem com isso! Quando minha pergunta porque eu vou a uma montanha-russa sendo que morro de medo, eu digo sempre que essa é a melhor parte, porque se eu não tivesse medo, a sensação de estar lá em cima num carrinho não seria tão boa. Se ter medos parece algo ruim, enfrentá-los é uma sensação indescritível, onde você se sente poderoso por ter enfrentado você mesmo!

O medo faz parte da vida. Meu maior medo é chegar um dia onde eu não tenha mais medos, porque aí, estarei morta.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sobre a mesa redonda e outras coisas

Eu contei nesse post que minha “colega de ponto de ônibus” tinha me convidado para ir a uma mesa redonda sobre mulheres no jornalismo. Chamei umas colegas e 2 animaram. Resolvemos de última hora: A “colega” tinha dito que tinha que chegar 8h30min para fazer a inscrição. Conseguimos sair da facul 8h25. Ainda por cima entramos no ônibus errado. Quando a cobradora nos falou, pulamos fora, mas já era o terceiro ponto. Iríamos voltar pra PUC pra pegar o ônibus certo, e eu já tinha praticamente certeza de que estávamos era matando a aula de português à toa, porque JAMAIS chegaríamos na federal a tempo. Liguei para minha mãe para dar uma bronca nela, afinal, eu iria pegar o ônibus certo e ela me deu a dica do errado. Acho que bateu o peso na consciência dela, e como ela estava ali por perto, disse que podia levar a gente. Primeiro um pequeno parto para ela entender onde estávamos. Assim que ela nos achou, entramos no carro, e foi outro parto para acharmos o lugar. Eu já falei pra ela que precisamos comprar um GPS, mas ninguém me dá ouvidos. Enfim, depois de pedir informação numa banquinha (que sorte que não era papai dirigindo, ele não pediria informação jamais) e conseguimos chegar na frente da federal 9h02. Corremos pro auditório e respiramos aliviadas, porque tudo lá estava mega tranquilo. Nos inscrevemos, sentamos, e uns 5 minutos depois já começou. Foi muito bom, estavam lá 5 mulheres tipo pioneiras no jornalismo paranaense. Uma era mais nova, as outras davam verdadeiras aulas de história! Uma estava no primeiro dia em seu emprego novo quando foi promulgado o AI5! A outra foi presa por militância na época da ditadura.. Além disso, elas contaram em como nem existiam banheiros femininos nas redações, e que uma delas desistiu da minissaia, pois os colegas de trabalho não paravam de “comê-la com os olhos”. Sim, foi isso que disse a velhinha. Muito divertido, minha avó jamais diria isso, hahaha. Foi legal pensar ali em todas as conquistas das mulheres nesse meio, e pensar que, quando Mara Cordel, a mais nova delas, foi prestar vestibular, teve que mentir que era para jornalismo pois o pai disse que nesse meio só haviam bêbados e putas, e que isso não era trabalho para moça de família! Hoje dos um pouco mais de 40 alunos da minha sala, posso contar 7 homens. O mundo gira hein?

Falando ainda sobre esse post, comentei que a tal colega do ponto de ônibus tinha cara de Juliana. Errei, o nome dela é Fernanda, hehe. Intuição feminina #fail.

Agora falando sobre as tais outras coisas. Deixei o blog largado desde segunda porque amo friends e queria deixar aquele post mais tempo no ar estou na maior correria com o teatro. Nossa peça estréia na quarta-feira, e estamos numa maratona de ensaios. Ontem cheguei em casa morta! Mas no meio da zona, claro, nos divertimos. Ensaiando na sala de aula, arrumamos um mísero espaço para nós, meninas, trocarmos de roupa. Somos 6. Os meninos é que se virem e se troquem no meio da sala, nós exigimos mais privacidade. Ok. Tentem imaginar 6 meninas tendo que se trocar em tipo, 50 segundos, em um cúbiculo onde não caberiam 4 pessoas sentadas. Era uma L-O-U-C-U-R-A! Sei que as roupas que tirávamos eram abduzidas pela zona, e que eu perdi um pé do meu sapato lá no meio no mínimo umas 5 vezes. Espero que consigamos deixar nossa coxia mais organizada no dia da peça, hahaha.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Todo fã de Friends sabe.

Que a melhor maneira de se pedir desculpas é dançar com um peru na cabeça.

monica

Eu devia ter uns 10 anos quando ouvi falar de Friends pela primeira vez. Minha mãe ficava assistindo e morria de rir. Eu achava uó ela rindo alto daquele jeito de alguma “besteirinha” que via na tv. Até que um dia eu acordei com vontade de assistir aquilo. Acho que o primeiro episódio inteiro que vi foi o do nascimento de Emma. Depois lembro de ter visto o último episódio. E mesmo sem entender bulhufas da história incrível daqueles 6 amigos, eu chorei no final. Mesmo tendo gostado tanto daquilo, eu ainda demorei uns anos pra tomar vergonha na cara e começar a assistir de vez a série que ia fazer parte da minha vida e do meu coração para sempre.

Quando resolvi que ia assistir pra valer, já parti pra ignorância e comprei as 2 primeiras temporadas. Pois é. Alguma coisa me dizia que eu ia gostar tanto daquilo, que ia precisar ter em casa. À partir do momento que eu comecei a ver, eu sabia que não ia mais dar para parar. Fui assistindo e comprando uma atrás da outra, e passei altas tardes de domingo enfiada no sofá assistindo Friends. E também passei aperto quando estava no meio da 9ª temporada e simplesmente não queria acabar nunca. Mesmo assim, fui dormir às 2h da manhã de uma segunda feira só porque não consegui desligar a tv antes de assistir o último capítulo de novo. Dessa vez tendo visto cada um dos outros 9 anos de história.

E eu só sei que toda vez que alguém comenta daquilo, eu começo a falar e falar sobre o assunto, e se ninguém cortar meu barato eu não paro nunca. Porque sempre tenho mais alguma coisa pra falar de Friends. Alguma história envolvendo um pintinho e um patinho, alguma babaquice do Joey, algum beijo de Rachel e Ross.

E se todo fã de Friends sabe que “JOEY DOESN’T SHARE FOOD”, todo fã de Friends também sabe que não dá pra passar ileso ao nó no peito quando se assiste às cenas finais. Mesmo nunca tendo visto nenhum dos outros capítulos. Mesmo já tendo visto 100 vezes.

370--friends 

Monica, Rachel, Phoebbe. Chandler, Joey, Ross. Ainda precisam inventar 6 nomes que ficam tão perfeitos quando juntos. E eu  duvido que um dia consigam.

* Iniciei o post com uma frase retirada do @todofadefriends

sábado, 13 de novembro de 2010

Muito além disso.

mulheres

O que as mulheres querem? Se nem Freud conseguiu responder, imaginem os meros mortais. Na minha humilde opinião, nunca conseguirão responder essa pergunta. Porque estão tentando buscar a resposta de forma errada.

Da forma errada simplesmente porque “mulheres” está longe de ser uma coisa só. Sendo assim, “mulheres” não querem a mesma coisa, e se querem, não querem de forma igual.

Algumas querem casamento, outras querem dinheiro, outras filhos, trabalho, e algumas ainda querem tudo isso. Outras, não querem nada disso. Então achava melhor a humanidade desistir de tentar responder o que  “mulheres” querem. Porque não existe “mulheres”. Existe a Ana. Existe a Letícia. Existe a Marina. Da mesma forma que existem o João, o Nícolas e o Rafael. Todos tão diferente, impossível que quisessem e pensassem exatamente igual.

Portanto, você aí, amigo, namorado, primo, irmão ou pai, que vive se descabelando para tentar entender o que as mulheres querem, respire fundo e tente entender o que a mulher que você está tentando agradar quer. Esse é o primeiro passo para saber o que ela quer: Descobrir que ela está longe, muito longe, de ser igual a todas as outras. 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dessas coincidências da vida

Desde que eu entrei no teatro que eu pego o ônibus na frente do meu prédio, no mesmo bat-horário, toda terça e quinta. Em uma das primeiras vezes, quando eu estava entrando no ônibus, chegou uma moça um pouco mais velha que eu, de óculos escuros gigantes lá. Desde então ela sempre estava lá. Nos primeiros dias a gente nem se olhava. Um tempo depois, a gente dava aquele olhar de: Oi! Mais uns dias e a gente sorria pra se cumprimentar. Até que um dia eu não fui, e quando cheguei no dia seguinte ela logo comentou: Tava sumida! Ai eu fui pensando em como as pessoas vão se conhecendo.. Hoje eu cheguei e o ponto tava vazio. Fiquei uns 10 minutos lá sozinha. Aí ela chegou e resolveu quebrar a barreira de vez. Perguntou se eu estava prestando vestibular esse ano, aí eu disse que já tava na faculdade. Então contei que fazia jornalismo, e ela disse que faz também, só que na federal. Na verdade, ela é formada em Relações Públicas, e agora faz os 2 anos de jornalismo. Conversa vai, conversa vem, ela perguntou pra que eu pego o ônibus. Disse que vou para o teatro. Como ela sempre desce depois de mim, sabia bem o ponto que eu saltava. Se tocou da região que era e logo disse: No Cena? Eu ri e disse que sim. Ela disse então que fez 10 anos de teatro na mesma escola. Muita coincidência. Batemos papo no ônibus e ela ainda disse que vai ter uma mesa redonda sobre mulheres no jornalismo lá na federal, e super disse pra eu ir com minhas colegas. Olha que divertido, agora eu tenho uma amiga no ponto de ônibus! Não faço a menor ideia de qual seja o nome dela, mas desde o primeiro dia acho que ela tem cara de Juliana, sei lá porque, mas ela tem. Sei que descobri que conversas podem fluir nos pontos de ônibus da vida. Quem sabe da próxima vez não seja um mega gato? =]

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Quando o amor cabe em um desenho

Minha tia chegou ontem de Vitória e me entregou um papelzinho dizendo: Seu afilhado perguntou se eu sabia dobrar feito uma cartinha!

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Nem preciso dizer que quando eu abri eu quase chorei né? Ele desenhou nós 2, pintou, e disse que me amava! Dúvido que alguém tenha um afilhado mais encantador que o meu Diego.

Lindinho, vou tentar mandar um desenho de volta pra você, mas saiba desde já que meus dotes artísticos não são assim uma Brastemp. Já o meu amor por ti, esse, é infinito.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu não ia fazer esse post

Fiz dois anos seguidos, e achei que estaria cansada. E também que viraria clichê. Mas quer saber? Que vire clichê, eu nem ligo. Nesse ano, são 15.

15 anos que ela chegou em casa para acabar com meu reinado de filha única. E assim, todos os presentes que poderiam ser pra mim, passaram a ser divididos com ela. E mesmo hoje, dia em que eu estou morrendo de inveja porque ela ganhou um Itouch novo que filma em alta definição, eu tenho que admitir publicamente que ganhar Ipods não teria nenhuma graça se eu não pudesse ligar ele na caixa de som pra cantar junto com ela, mesmo eu achando que ela desafina o tempo todo. E a gente canta, dança, fala besteira e cai na risada, pra logo em seguida brigarmos, e persistirmos sempre nesse mesmo ciclo. Há 15 anos.

E é assim, neném, que hoje eu tenho que te dar 15 puxões de orelhas, e agradecer a Deus muito mais de 15 vezes por ele ter enviado você pra mim.

Tem vezes que eu te odeio. Mas mesmo quando eu te odeio, eu te amo.

E sabe que eu acabei de perceber que esses seus posts de aniversário serão um eterno clichê? Olha o que eu acabei de ver que disse no seu aniversário de 14 anos: Sem você, eu talvez poderia ter um IPod novo a cada ano, mas não teria com quem cantar as músicas todas erradas e dançar no meio da sala.

Praticamente a mesma frase. E juro que nem foi combinado! É que por mais que os anos passem, o meu amor por você é sempre, sempre, sempre igual.

modi

Seu primeiro puxão de orelha. Tô indo aí te dar mais 14. =]

sábado, 6 de novembro de 2010

No mundo da lua

meninePorque eu sei bem que quando Deus me mandou lá de cima, alguma coisa fez com que uma parte de mim ficasse presa nas nuvens. Porque eu vivo voltando lá. Eu sonho o dia inteiro. Sonho no ônibus, sonho ouvindo música, sonho no meio da aula de história.. Tem gente que acha ruim, eu nem ligo. Prefiro sonhar demais do que sonhar de menos. E acho errado gente que diz que os sonhadores não são práticos. Talvez sejamos menos, mas acredito que sonhar é o primeiro passo de tudo. E se as coisas não derem certo, pelo menos quando eu sonhei com elas eu estava feliz.

Uma amiga minha de São Paulo dizia que não sonhava. Sempre que eu e nossa outra amiga comentávamos de nossos sonhos mirabolantes para o futuro, ela ficava irritada, e dizia que a gente sonhava demais. Nós passávamos longos minutos pensando em como seriam nossos maridos, e em como chamaríam os nossos filhos. E, claro, a cada ano que passava as nossas ‘previsões’ ficaram diferentes. Sei que morriamos de rir, fazendo figuinhas para que tudo um dia se tornasse verdade. E a outra amiga lá, do lado, sempre falando que éramos loucas. Pois como já diz aquela música, mais louco é quem me diz que não é feliz, e eu sou feliz sonhando. Tem uma frase que diz que o primeiro passo para se chegar às nuvens é tirar os pés do chão. Desse problema então eu não vou sofrer. Tirar os pés do chão pra mim é moleza.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um relato minuncioso de uma tarde com a Anna.

Tudo começou quando eu estava voltando pra faculdade e fui recrutada convidada para passar a tarde tomando conta da Anninha enquanto a Cinthia, a Bia e a minha mãe perambulavam pelo shopping. Óbvio que topei, porque perguntar se eu quero tomar conta da Anna é como perguntar para o macaco se ele quer bananas. Fui almoçar na casa dos meus tios, e depois me trouxeram com a pequena para casa. Ela quase dormiu no caminho, então jurei que assim que chegasse em casa ela dormiria. Entrei com ela deitada no colo e fui correndo pro quarto. Não preciso nem contar que ela agitou na hora. Bati altos papos cabeça com ela, do tipo em que eu falo um monte de palavras e ela vai repetindo com seu português contagiantemente foto. No meio disso, resolvi instigar para que ela chamasse a Helena, minha irmã, para que ela largasse o computador e viesse para a farra. Ela gritou pela “Nena” umas 3 vezes até que ela resolveu aparecer. E aí continuamos a bagunça e as conversas, nós 3. A internet estava fora do ar, o que foi um excelente motivo pra Helena finalmente desistir do computador. No quarto dela estava batendo sol, então carregamos a baixinha para lá. Nesse meio tempo, comemos sorvete, ela pedia “poi favoi” para darmos mais para ela. Depois ela achou a garrafinha de água da minha irmã e teve um caso de amor com ela, bebendo vários goles. Depois disso, ainda mais bagunça, cosquinhas, e milhões de palavrinhas que ela repetia. Começamos a apelar, claro, e até Évski a menina falou, quando pedi que ela falasse Dostoiévisk. E eu e Helena praticamente chorávamos de rir, e ela junto, a cada palavra. Vendo que ela não ia dormir tão cedo, aproveitamos que a internet tinha voltado e eu fui lavar a louça enquanto ela ficou no colo da Helena assistindo musiquinhas no youtube. Assim que eu terminei a louça, a Helena me entregou a menina, que segurava uma caixinha na mão, e disse: Olha, ela não vai dormir. A questão era só uma: Ela estava morrendo de sono.

Levei ela para o meu quarto, e fechei a veneziana, fazendo com que ficasse tudo escuro. Deitei ela, peguei o Lipe (meu cãozinho de pelúcia, fiel escudeiro) e comecei a ninar. Ela berrou pela Helena. A Helena veio, e ela não quis de jeito nenhum ir para o colo dela. Falei: Helena, fecha essa porta e senta aí na minha cama, ela quer você aqui pra dormir. Aí começou a palhaçada. A Helena pegou o Lipe, eu deitei a Anninha e começamos a cantar paródias de canções de ninar. Detalhe: Eu ninava a Anna, e a Helena ninava o Lipe. Eu achei que ela nunca ia dormir, porque no meio das músicas a gente não aguentava e morria de rir. Tentem imaginar:

O cravo brigou com o Lipe, debaixo de uma sacada.. O cravo saiu ferido, e o Lipe despedaçado.

Cinco Lipinhos foram passear, além das montanhas, para brincar. A mamãe gritou: Au, Au, Au, Au, mas só quatro Lipinhos voltaram de lá.

Enfim, nem sei como, mas no meio dessa palhaçada, ela dormiu. Nem acreditei. Arrumamos o colchão bem fofo, coloquei a menina lá rezando pra ela não acordar. Ajeitei, cobri, deixei o Lipe do lado dela, encostei a porta e fui terminar de reler meu Harry Potter. Ouvi um barulho e corri lá ver. Não era ela, ufa. Encostei a porta pensando: Tomara que ela demore a acordar. Terminei o livro rapidinho, corri no quarto olhar e ela continuava dormindo. E dormia, e dormia, e ai, ao ver essa cena, meu pensamento já era outro:

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Puxa vida, será que ela vai demorar muito a acordar? Estou louca pra brincar mais um pouco!

Na foto, claro, ela e o Lipe, nosso Santo Protetor das Causas Impossíveis.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

E por aqui,

novembro acaba de iniciar com uma cara boa! Ainda não está fazendo o calor que eu desejo que faça, mas está dando um sol lindo, o que, vamos combinar, é meio raro em Curitiba. A junção de novembro + sol, só cisma em me mostrar que está acabando o ano. Que só falta 1 mês para as férias. Que logo logo vai ser o Natal, na casa da vovó, numa terra onde realmente faz calor. Calor pelo tempo, e calor humano também. Muito, aliás.

Esse vai ser o final de um ano.. diferente. Um ano em que eu me mudei pra Curitiba, em que eu comecei a faculdade, em que comecei a viver mais uma vez a (saudosa) experiência de morar perto de família.

Um ano que teve pontos positivos e negativos, mas que acredito que já posso dizer que o saldo foi bom. Ano que vem já está se preparando pra chegar, com muitas novidades, entre elas uma nova presidente para o Brasil. Já está quase na hora de respirarmos fundo e entrar em 2011 com o pé direito. E esperar, sempre, que ao fim, entre mortos e feridos, salvem-se todos.