Confesso: fui eu mesma que dei a sugestão
dessa “postagem temática coletiva” quando eu e minhas minas estávamos debatendo
possíveis ideias para o BEDA. E fiz essa confissão antecipadamente só para
falar que, assim que a dei me arrependi amargamente porque todas as
meninas se empolgaram e eu passei os 25 dias desde que a sugestão foi dada de
cabelo em pé tentando pensar em algum tema que surgisse do óbvio.
Vou parar de elucubrar internamente
aqui sozinha enquanto vocês assistem com cara de tacho e contextualizá-los de
uma vez. A ideia dessa postagem é escolher um tema que te agrade e sugerir mídias
que tratem do assunto de forma interessante, sejam essas mídias livros, canais
no Youtube, filmes, reportagens, o que for. E nos 25 dias que eu passei
matutando tema eu não consegui pensar em nada que não fosse, tcharam,
maternidade & filhos. Me internem.
Eu juro que não sou louca, mas é
que eu gosto desse tema desde que sou pequena e a gente acaba querendo sempre
descobrir mais sobre os assuntos que gosta, de forma que a Analu de 13 anos
ligava a televisão para assistir “Maternidade” e “História de um bebê” no
finado Discovery Health que hoje virou Discovery Home & Helf e fala mais
de culinária, moda e reforma que qualquer outra coisa enquanto a galera
falava sobre a MTV. Aliás, um segredinho, eu meio que entrei no universo dos
blogs por causa disso. Quando eu tinha 12 anos e meu primeiro afilhadinho
nasceu, minha prima criou um blog para falar dele. Foi futucando nesse blog que
eu descobri um maravilhoso e infinito blogroll com mais UM MONTE de blogs de
mães falando sobre seus bebês e suas aventuras na maternidade e eu lia todos
eles incansavelmente e enfim.
Dos blogs eu fui passando para
reportagens, artigos, tomando partindo silenciosamente em discussões do tipo “criação
com apego”, “BLW”, “amamentação prolongada”, “cama compartilhada”, “fraldas de
pano em pleno 2015” e mais um enorme leque de assuntos. Dizem que conhecimento nunca
é demais, né? Então tá bom. Por outro lado, nem sou mãe ainda e já concordo
demais com aquela frase que diz “Eu era uma ótima mãe até pegar meu filho nos
braços” porque se tem uma coisa na qual eu tenho certeza nessa vida é a de que na prática a teoria é sempre outra.
ANYWAY, tentei fugir desse assunto mas minha postagem temática vai ter que ser
essa mesmo, galera. Não tem nada a ver com a ~linha editorial~ desse blog e nem
com meu momento de vida e nem com nada, mas tem a ver com a pessoa maluca que
eu sempre fui e é isso que tem para hoje.
LIVROS
- Vou começar indicando logo uma
autora. Na verdade ainda não conheço sua obra completa, mas os três livros da
Jodi Picoult que eu li falam, em suma, de amor – colocando esse foco no amor
materno e até que ponto uma mãe é capaz de ir para defender a vida de seus
filhos. Os que eu li foram A Guardiã da
minha irmã, A menina de vidro e Um mundo à parte e todos os retratam
mães em situações bem diferentes umas das outras, mas que, igualmente, beiram a
loucura e a total falta de ética e discernimento quando se trata de lutar pela
sua cria. As três histórias me deixaram em total estado de mindfuck enquanto eu
lia, sem saber se eu concordava plenamente ou se queria dar na cara daquelas
mulheres e mandar elas serem menos,
mas o fato é que elas amavam os filhos sem nenhuma medida e talvez amor de mãe
seja isso mesmo. Quando eu descobrir eu volto e conto.
- Vale indicar livro que eu não
li ainda? Deve valer, mas só porque nem eu mesma sei porque não li esse livro
ainda. Estou falando de Para Francisco,
da blogueira Chris Guerra de quem muitos de vocês já devem ter ouvido falar.
Para resumir, Chris estava grávida quando perdeu o namorado por morte súbita. O
moço de repente estava morto dentro de casa e, segundo ela própria, seu coração
só não parou junto porque tinha outro batendo dentro dela. Só por essa quote a
gente já imagina a quantidade de dor transformada em poesia que a gente vai
encontrar quando abrir esse livro, né? Enrolei tanto para ler que até o próprio
Francisco, que na época do lançamento não devia ter mais de 3 anos, já deve ter
lido a própria história enquanto eu continuo dizendo que “desse ano não passa”.
Me cobrem.
TELEVISÃO
- Sou a pior organizadora de indicações que vocês conhecem, porque agora vou indicar um episódio de Grey's Anatomy que nem sei ao certo qual é, mas é entre o 7x19 e o 7x23, tá bom? Não preciso ser específica porque sei que 1) se vocês assistem à série vocês chegarão nele por conta própria 2) se vocês não assistem vocês não vão caçar um específico para assistir. Agora vem spoiler, então fujam se não quiserem saber: após os dias de agonia que vieram após o acidente da Callie e o nascimento da baby Sofia, as duas finalmente tem alta e Callie está com absoluto pavor de ir embora para casa. Ela tem medo de que sofra um novo acidente de carro e coloque a bebezinha em risco. Bailey, então, sempre ela, aparece com um discurso incrível sobre ela ter que vencer esse medo porque após ele virão inúmeros outros. Ela diz que ser mãe é, basicamente, morrer de medo para sempre porque a qualquer minuto pode acontecer alguma coisa com seu filho e você tem que aprender a lidar com isso da melhor forma possível.
- Qualquer coisa que eu venha a falar sobre Friends não é spoiler né, gente? Enfim, o primeiro episódio que eu assisti inteiro (porque estava de bobeira e comecei a prestar atenção) foi a da Rachel parindo a little Emma. É sensacional, sério, gargalhadas garantidas.
- Algum noveleiro por acaso escapou de Por Amor e Laços de Família? É pensando nessas duas obras de arte que me dá tristeza de pensar que a mesma mente responsável por isso foi capaz de escrever aquela tragédia que foi Em Família, mas enfim. Com um dedinho de Jodi Picoult nas veias, Maneco nos entregou dois dramalhões sensacionais. No primeiro a mãe engravida junto com a filha e as duas têm os bebês no mesmo dia. Durante a madrugada, ao perceber que a criança da filha morreu ela não pensa duas vezes e inferniza a vida do médico amigo da família para que ele troque as crianças e o dela seja dado como morto para a filha não sofrer a perda. No segundo a mãe seduz o namorado de adolescência para engravidar de um bebê que possa salvar a vida da filha mais velha que foi diagnosticada com leucemia e só pode ser curada mediante um transplante. Amor de mãe.
INTERNET
- Já falei dele aqui algumas
vezes, mas não tenho como começar o nicho “internet de filhos” sem falar do
Pedro Fonseca, um pai apaixonadíssimo que escreve cartas para os filhos e
compartilha com a gente. Escorre amor de cada letra do que ele tenta contar e
ensinar para suas 3 crianças, João, Irene e Teresa. Ele anda atualizando pouco
o blog, mas continua postando algumas dessas cartas em seu Instagram, que é
recheadíssimo de fotos dos pequenos. Sua esposa, Lua, também é super
instagreira e inventou até a série #nodramamon para falar sobre suas aventuras
sendo mãe de 3 e sobre como fica mais fácil quando ela consegue se distanciar
das confusões e mudar “o tom da coisa”. Vão lá.
- Eu já era apaixonada pelo
Instagram da Flávia Rubim, aí ela criou um canal no Youtube também. Mãe de uma
menininha de 10 meses, a Cora, Flávia é aquele tipo de pessoa que parece viver
envolta por uma bolha de paz e tranquilidade. Ela, o marido e a bebê moram em
Campinas num condomínio cheio de áreas verdes (dá para ver pelas fotos), são
veganos e super adeptos da decoração DIY. O quarto da Cora, por exemplo, é todo
montessoriano e foram eles mesmos que montaram.
- A Kelle é mais uma que eu
descobri pelo Instagram, até que acabei chegando em seu blog e só me
apaixonando mais pela história da família linda que eu via nas fotos. O melhor
post, disparado, é este aqui. Se você quiser clicar e ler sem spoiler nenhum,
clique agora ali no link e volte aqui depois, porque agora vou contar: o texto é o relato de parto da filha do meio,
que nasceu com Síndrome de Down sem que eles tivessem tido qualquer
desconfiança da alteração genética durante qualquer exame pré natal. É uma das
coisas mais sinceras e fortes que já li na vida, juro. Kelle passa por momentos
intensos e diferenciados nos dias que se seguem a essa descoberta e relatou
tudo sem pudor nenhum.
- A Marina tem a capacidade de dançar com as palavras (e com a vida) e transformar tudo em poesia e energia. Não tem como ler o blog dela e não sair mais leve depois da leitura. Mãe de uma boneca de 1 ano (a Agnes!) ela vai contando com naturalidade sobre as fases da vida materna, as delícias e os contratempos que vêm no pacote.
- A Marina tem a capacidade de dançar com as palavras (e com a vida) e transformar tudo em poesia e energia. Não tem como ler o blog dela e não sair mais leve depois da leitura. Mãe de uma boneca de 1 ano (a Agnes!) ela vai contando com naturalidade sobre as fases da vida materna, as delícias e os contratempos que vêm no pacote.
- A Luíza é tão engraçada e tão
alto astral que a bio do Instagram dela beira a completa imaturidade para
alguma pessoa séria que vê de fora: “Ter filhos é divertido!”. Junte isso à
cara dela de quem tem 18 anos recém-completados (mas deve estar com uns 27 já)
e você vai desconfiar a primeira vista, mas ela e o Hílan são um casal bem
bacana que narra as suas histórias ora com tom de humor, ora com seriedade. Ela
fez um texto muito interessante uma vez sobre “escolher as batalhas” que eu
levo para a vida (e certamente levarei para a maternidade também quando chegar
a minha vez) porque é muito importante lembrar que se a gente resolve lutar por
tudo a gente não vai lutar por nada direito. O filho mais velho deles é uma
figura e a mais nova nasceu em casa!
É realmente um post que foge da linha editorial do blog, como você mesma disse, mas eu achei interessantíssimo! A maternidade não faz parte do meu momento atual e, pelo ritmo das coisas, ainda vai demorar um bom tempo pra fazer (se o fizer, haha), mas também sou do grupo de pessoas que pensa que conhecimento nunca é demais. Sendo assim, li o post de cabo a rabo e já mandei pra uma amiga grávida (e ela nunca me pareceu tão entusiasmada ao receber um link, te digo isso).
ResponderExcluirPosso estar enganada, mas acho que você já havia mencionado em alguma postagem antiga esse blog do João, com as cartas para os filhos. Fiquei lendo por horas, emocionadíssima com os relatos. Uma coisa mais linda do que a outra, e repletas de sensibilidade. E as outras famílias? AIN, lindas, lindas. ♥♥♥
Um beijo!
Eu sabia que esses posts não iam ter nada a ver uns com os outros, mas amei muito o seu, especialmente porque achei a sua cara. É tão a gente falar dos nossos agentinhos, mesmo na vida real a última coisa que a gente vai querer numa altura dessas é um filho?! Sim.
ResponderExcluirEu nunca li jodi picault, mas achei interessante, e acho que vou ler ainda. Eu lembro das histórias da Cris Guerra antes dela lançar o livro, mas eu já acompanhava o blog, e chorei TANTO lendo o relato da morte do Guilherme (era Guilherme, né?)
Dos instas eu já sigo tudo por sua influência, e até hoje lembro da história do parto da Nelle. Ai, amiga, esses bebês. Imagina quando for a gente fazendo o nosso relato de parto? Hahahah
Beijoooo
Te amo TANTO!
Sei que não tem nada a ver eu falar isso, mas comecei a ler seu texto e logo lembrei daqueles dias pré BEDA que a gente ficou discutindo pauta e você deu essa e IMEDIATAMENTE disse que não, que não ia fazer, não porque não, que é isso, gente, falei só por falar, e nós super animadas, ora, mas é claro que vamos fazer. Tô morrendo de saudade já? Por favor, exijo BEDA pelo menos duas vezes no ano.
ResponderExcluirAmei muito que você resolveu falar sim sobre maternidade porque AMO quando você resolve falar do assunto, sei lá, todo um dom acontecendo (?), você aí sempre cheia de coisas maravilhosas pra compartilhar, sempre fazendo descobertas, amo demais.
amo você <3
Oi, miga. Nossos posts não tem padrão nenhum, adorei. Acho incrível o tanto de conhecimento que você tem sobre gravidez&maternidade, vou te contratar como guru se eu engravidar um dia. Enquanto isso eu vou aprendendo um pouquinho com as suas indicações.
ResponderExcluirAinda não comprei nenhum livro da Judi Picoult, nem lembro mais qual a gente tinha escolhido pra eu ler primeiro hehehe Mas um dia eu chego lá, meu amor. Juro.
Te amo <3
Nossa, tu já sabe quem eu vou procurar quando ficar grávida, né?
ResponderExcluirEu to adorando esses temas porque eles chegaram com uma enxurrada de links e sugestões incríveis. E aff maternidade..tão você.
Que saudades de Histórias de um Bebê porque a gente acompanhava toda a gravidez da mãe e aí chegava na hora do parto e dava mil comerciais e AS VEZES SÓ NO OUTRO EPISÓDIO para o bebê nascer, lembra? <3
Cris Guerra é uma mulher guerreira mesmo. O livro é fantástico, um dos meus favoritos e mais doídos da história da Terra.
Saiba que sempre que tu quiser falar de maternidade, bebês ou qualquer coisa assim, eu estarei aqui pra ler, pois amo. <3
E te amo também, muito <3
AMIGA, muita sacanagem esse post seguido da carta pra Clara. Ainda tô sensível. hehehehe
ResponderExcluirAssim como você, eu amo esse assunto! Sou a louca dos assuntos de maternidade.
Na tV, já te falei, além dos programinha da Discovery H&H, assisto Boas Vindas, no gnt. <33
Livros da Jodi só li um por enquanto, mas faz a gente refletir tanto né?
E Para Francisco é MUITO AMOR.
Pedro Fonseca eu conheci aqui, sabia?
E a Flávia <33 Inspiração.
Tenho um painel no Pinterest só de Montessori.
Beijão, adorei, adorei muito. ♥
Amiga, você sabe como eu amo esse seu ~nicho~ de interesse por maternidade, e me identifico muito com ele, apesar de não ter o mesmo empenho que o seu. Sempre fui naturalmente interessada por maternidade, e sim, História de um Bebê, Boas Vindas, Um Bebê Por Minuto, Eu Não Sabia que Estava Grávida eram programas que eu assistia regularmente quando tinha tempo pra isso. E amava! Chorava em todos!
ResponderExcluirNão resisto a um relato de parto, e me interesso muito sobre livros e filmes a respeito disso. Posso indicar um filme que você nunca vai ver, mas preciso indicar? Baby Boom! É um filmão de Sessão da Tarde dos anos 80 que uma executiva fodona herda (pois é) um bebê e precisa mudar a vida pra cuidar dele. É errado, divertidíssimo, mas muito fofo. Vale a pena.
beijos
te amo <3
Ai, me senti menos louca, pois compartilho do mesmo amor por esse mundinho! E também confesso que sempre ficava assistindo (e ainda assisto) programas sobre isso. E, claro, choro em todos.
ResponderExcluirUltimamente ando pensando muito (chego até a sonhar) sobre esse assunto e sinto que meu relógio biológico ta batendo forte, mas a falta de dinheiro e de estabilidade na vida me impede de realizar esse sonho logo, então, por enquanto, fico apenas vendo/lendo/assistindo sobre o tema. Por isso, adorei as dicas!
Beijos! :)
Mas gente, como assim você me citou nesse texto e eu não tinha visto ainda? Quanto amor, Analu!! Eu ali junto com Pedrinho, Lua, Flávia, Lu... me achei agora, hahaha.
ResponderExcluirE ainda tô emocionada com a sua mensagem lá no insta, oh céus!
Obrigada mesmo pelo carinho e por essas palavras. Me identifiquei muito com esse texto, eu sou a pessoa que lia blogs e tudo mais sobre maternidade muito antes de começar a tentar, olha só. E também fui migrando de um assunto pro outro, lendo tudo que me caísse no colo. Delícia! Super te entendo e sei como é a sensação, hehe. Aliás, vou procurar esses livros que não conheço, valeu a dica :)
Beijo meu e da Agnes pra você!
<3