Livremente inspirado nesse blog genial aqui
Luiza poderia ter sido uma gostosa alegria para algum jornalista do caderno das trivialidades. Não fui pesquisar, mas conhecendo bem a cota de “bobaginhas amenas noticiosas” dos jornais e telejornais brasileiros, sou capaz de apostar um rim que no dia 1° de julho de 2002 – e na semana que se seguiu – rolaram algumas matérias do tipo “Eles já nasceram penta-campeões” ou “Os primeiros bebês do novo título”. Não sei se Luiza acabou ou não sendo personagem de uma dessas, mas poderia. Ela nasceu no dia 30 de junho de 2002 – o dia do Penta.
Lembro bem desse detalhe porque
minha cabeça é sensacional em guardar informações aleatórias pouquíssimo
relevantes para a vida prática. Veja bem, Luiza é filha da prima da minha mãe e
elas moram lá no Espírito Santo. Adoro, mas tenho pouquíssimo contato. Inclusive,
quando as encontrei em janeiro desse ano, devia ter bem mais de uns 7 anos que
não as via. Mas eu nunca esqueci que a menina nasceu no dia que o Brasil ganhou
a Copa.
Não pensem vocês que foi um
grandioso evento do tipo “estávamos juntas vendo o jogo e de repente a bolsa
estourou” porque não foi. Eu não estava lá. Eu só lembro disso porque no dia que
eu conheci a bebê Luiza, eu olhei para a estante no quarto dela e vi uma foto
da mãe mega barriguda, se não me engano, na porta da maternidade, e com a blusa
do Brasil.
Gostei da ideia de começar a
falar da Luiza partindo desse gancho porque, olha que coisa, a menina já nasceu
podendo ser personagem de reportagens clichês animadinhas, dessas que a gente
sempre assiste ou lê para passar o tempo. Quando ela era pequeninha eu pegava
ela no colo com meu jeito todo torto e estabanado de menina de 10 anos que
sempre sonhou em ser mãe e quer esmagar a priminha. A minha tia me mandava
fotos dela pelo CORREIO – parece que a gente convive com câmeras digitais e
smartphones desde sempre mas, olha, há reles 13 aninhos atrás a gente mandava
fotos pelo correio – e eu ficava babando. Minha última lembrança de ter
encontrado com ela foi em seu aniversário de 4 anos. Aí ela apareceu na casa da
minha avó em janeiro de 2015.
Desde que eu passei esses dois dias
rápidos em janeiro na companhia da Luiza que eu penso em escrever esse texto e só agora
que estou fazendo isso (OLHA O BEDA AÍ DE NOVO FORÇANDO A GENTE A TIRAR CARTAS
DA MANGA). Não tem nada de especial nessa história. Só que eu adorava apertar a menina quando ela era bebê e que sempre achei que ela seria uma pessoa muito
legal, e eu estava certa. Ela já tem 13 anos e é uma pessoal super legal. Uma
pessoa bem meu número. Se eu morasse em Vitória, ia querer adotá-la como um
grande projeto de vida. Sabe aquela prima mais nova que você quer transformar
numa grande amiga? Então.
Eu ia promover festas do pijama, levar Luiza ao
cinema, passear na livraria, tomar cafés da tarde em lugares cool para
conversar sobre os livros e até, quando ela fizesse 18 anos, iria insistir para
levar ela na primeira balada. Seria nesse momento que ela me trocaria pelas
amigas e eu ia fingir que não tinha ficado magoada. Não fiz nada disso, porque
veja bem, moramos muito longe e ela não cresceu comigo. Anna Beatriz é meu
novo projeto, não espalhem. Mas o fato é que o universo fez direitinho o serviço
por mim. Luiza sabe conversar. Ela lê. A gente debateu sobre o assunto. Eu
indiquei livros pra ela e dois dias depois ela me mandou foto deles dizendo que tinha comprado. Luiza ficou horas em uma fila para pegar autógrafo da Paula Pimenta, o
que a gente tira disso? Que ela tem 13 anos de idade e sua grande ídola é uma
ESCRITORA. Luiza é de humanas.
Não quero dizer que esse tipo de
pessoa é melhor que outro, não é nada disso. Somente que esse tipo de pessoa é
o que me dá aquela vontade autêntica de sentar num sofá e conversar por horas.
Luiza, senta aqui, querida, vamos bater mais um papo?
Acho que só gente tipo a gente pra ter ~projetos~ em forma de pessoas, né? A Mariana é totalmente o meu projeto, e também nasceu em 2002, só que bem depois do penta. Acho incrível que mesmo que ela não tenha virado essa pessoa do meu lado, a gente tenha tanto em comum. Os livros, a dança, as músicas e até mesmo a auto-cobrança. Me inchei de orgulho no dia que ela me viu de mecha rosa e foi correndo até a mãe pedir pra fazer igual, e adoro pintar suas unhas, ensinar a passar batom, essas coisas. No fundo acho que já fui trocada pelas amigas, mas acho fofo? Lembro de uma vez que ela passou uns dois dias montando um casting imaginário de personagens dos livros da Paula Pimenta junto com a melhor amiga via Facetime e fiquei muito feliz que ela tinha achado alguém no mundo com quem dividir isso.
ResponderExcluirO que a gente seria sem nossas pessoas pra dividir nossas coisas, né? NÉ?
te amo, pessoa <3
Não tenho uma prima projeto maravilhosa, sou uma pessoa mais triste por isso. Minhas primas são legais e tudo mais, mas não tem ninguém de humanas que eu possa enxergar como uma mini-me. Tem dois meninos que poderiam cumprir o papel se não fosse pelo pequeno fato de serem meninos. Ninguém me compreende nessa família, aff.
ResponderExcluirTe amo muito <3
Analu meu amor, que lindo você ser a primeira a comentar hoje! ♥
ResponderExcluirCara, não pensei em postar dia 07, seria demais! Que pessoa horrível eu sou. :/
Claro que ia citar o mvcce, porque mesmo eu tendo desaparecido do Prato, vivia vindo aqui pra por os sorrisos em dia! :D
Pode acrescentar a sétima lista no seu, se quiser. hahahaha
Outra coisa, tô pra começar esse projeto das 1001 pessoas desde que você começou e nada, o BEDA tá aí e a oportunidade também! Acho que logo logo terei escrito sobre a pessoa 1/1001. (olha o Mvcce movendo o Prato)
Gente, é tão ruim essas distâncias que separam amizades que seriam lindas diariamente! Mas olha, Luiza mesmo crescendo longe fez/faz uma diferença enorme no mundo né?
Mesmo que não tenha nascido com o Penta, acho que ela seria protagonista de uma das 1001 pessoas, porque as vezes é a própria distância que encurta laços.
Também tenho um projeto de vida em uma prima e acho que já fui o projeto de outra prima!
Hoje a prima de quem fui projeto me deu um afilhado, e a prima que é meu projeto me abrigou na casa dela quando me mudei pra cá. Tá aí, já tenho duas pessoas pras minhas 1001. :D
Beijão! Já foram 03, a gente consegue! ♥
Discordo plenamente de você quando diz que esse texto não tem nada de especial.
ResponderExcluirCara! Eu fiquei emocionado pois me vi na sua vontade por um relacionamento com a Luiza. Eu tenho esse relacionamento (tão sonhado por você) com as minha sobrinhas. Comecei com a Caren, que me tem como sua maior referência em vários sentidos (especialmente na área da leitura/escrita), e agora que a Caren já está com 16 (não precisou chegar aos 18) e me trocou pelos amigos, eu invisto na Manú e na Hagnes, minhas sobrinhas mais novas.
Continue assim, Ana.
Você, sem dúvida, é alguém admirável.
Beijos.
O Coração do Menino
Amiga, quero conhecer Luiza, posso? Como faz?
ResponderExcluirDeve ser fantástico ter os primos tudo por perto. Eu não tenho contato com nenhum da minha idade, só os mais velhos ou os que são primos de segundo grau. :(
Minha afilhada é meu projeto pessoal e estamos em um caminho bom, ela tem 8 anos e ta lendo O Diário de um Banana (que eu amo), então acho que está tudo bem. Hahaha
Beijos, amiga <3
Que post fofo, amiga. Luiza mora por aqui? Onde? Quero ser miga. #stalker
ResponderExcluirEu entendi a alma do post, porque quando fui em Fortaleza, naquela noite que resolvi sair pra jantar com a família, conheci uma prima distante muito da legal. A gente sentou na pizzaria e ela tirou um livro da bolsa. Eu pensei com os meus botões: "13 anos e leva livro pra pizzaria, é muito d'A Gente".
Vez ou outra eu encontro umas menininhas que eu acho que seriam boas A Gentinhas, caso a Máfia ganhasse uma versão Jr.
Luiza já tá na lista. Minha priminha de Fortaleza também. Quem mais? Vamos aceitar currículos? hahahaha
Beijo <3
Nem conheço Luiza, mas só por esse texto já sei quero adotar a menina e fazer dela meu projeto, até porque na minha família homens nascem com uma frequência vergonhosa e eu não tenho nenhuma priminha assim pra ser legal e dar dicas de livros ):
ResponderExcluirte amo <3
Ana Luísa Bussular Marques, PORQUE VOCÊ PAROU DE ATUALIZAR ESSE BENDITO BLOG COM FREQUENCIA? Sério mulher, amo seu jeitinho de escrever todo fofo e natural e que dá vontade de ler mais! Esse texto foi uma DELÍCIA de ler e nunca pude fazer isso porque: sou uma das mais novas da família, e não tenho NADA a ver com os meus primos, tipo nada mesmo... Mas não ligo, meu pequeno prazer é encontrar pessoas como você, e as gurias da Máfia pra sentar e observar haha
ResponderExcluirAmei esse post e espero que Luiza não seja aplacada pelo bicho verde da pré aborrecência, cruzes!
Beijo! <3
AH! Sei que você não é do grupo dos cinéfilos, mas ACHO QUE você ia gostar de Intocáveis, só acho haha posso estar errada. E 1Q84 vai definitivamente pra lista de melhores do ano!
Uma vez eu tentei adotar uma adolescente como meu projeto pessoal, mas não deu certo,ela não gostava de estudar de jeito nenhum, aí eu desisti e ela se mudou. Encontrar afinidades as vezes é fácil, mas nem sempre. Que você encontre novos projetos Ana, assim teremos mais textos.
ResponderExcluirBjs!!
Olha, eu não tenho contato com as minhas primas por parte de pai (que são muitas, especialmente as mais novas) e eu sou a única menina que surgiu por parte de mãe, então não sei qual é a sensação de ter um ~projeto~, mas fico babando as crianças na livraria e querendo roubar pra mim todo mundo que está seguindo o mesmo caminho que eu segui naquela mesma idade. AHAHAHAHA Boa sorte pra você e pras suas priminhas, é sempre bom saber que tem mais gente que nem a gente. Beijo!
ResponderExcluirEsse texto é de dar aquele calor gostoso no coração (parece meloso? É o que sinto hihihi).
ResponderExcluirQue legal a sua prima! Eu nunca tive projeto com primos, mas estou de olho para ser uma referência futura para a minha sobrinha, ela tem 3 anos. Já avisei a família toda que vou dar livros de presente e que quando ela fizer 11 eu que vou dar os livros do Harry Potter. Muitos planejamentos.
Abraço!
Vou te dar um soco no meio das fuça por colocar esse texto na categoria fubá: eu amei tanto! Minha família é minúscula, e não tive priminhas mais novas para serem mega projetos. Veja bem: minha priminha mais querida tem a idade da Anna Vitória. Nada de priminha mais.
ResponderExcluirEstou aqui torcendo para que a Luiza acabe ficando sua amiga, mesmo com essa distância <3
bj
Eu amo esse projeto de escrever sobre pessoas, mas como tu faz algo comum (em partes) parecer tão legal é algo que passa longe do meu entendimento. Tu e Anna fazem isso muito bem.
ResponderExcluirNo mais, a Luiza ♥ A filha de um casal de amigos da família é bem assim, queria ter um projeto Ela, mas a gente não se fala tanto, embora ela vá comigo no show dos Los Hermanos em outubro. Mas ela curte ler, tem muitas opiniões e é que nem eu em várias coisas (ser ruim em Física, por exemplo).
Beijos!