Muito provavelmente eu deveria começar esse texto em cima de um pódio, com as minhas migas tudo, tomando um belo banho de champanhe para comemorar o campeonato vencido, a glória alcançada, o título adquirido: CUMPRIMOS O BEDA. Mas como acabei falando sobre esse assunto antes e a Couth, hoje, fez isso muito melhor que eu (LEIAM!), hoje vou fazer só um parágrafo de resumo geral e curtir a minha link party!
Bom, como foi? Foi escrevendo todos os dias durante 31 dias, isso vocês já sabem. Foi martelando a cabeça e tentando tirar água de pedra para colocar algo decente aqui, acontecimento que nem sempre se concretizou: foi colocado algo aqui todos os dias, se foram decentes já é outra história. Teve texto que eu odiei antes de publicar, teve lista que eu não queria fazer, teve mixtape que já ouvi rumores de que ficou pela metade porque eu tive preguiça de conferir música por música. Teve de tudo. Teve, inclusive, muita disposição e muita paciência no início e muita falta de vontade no final, mas acho que cada sentimento foi importante para eu fixar que dá pra escrever mesmo quando eu acho que não dá, e que às vezes um texto feito meio nas coxas é, sim, melhor que texto nenhum. Como costuma dizer a Anna, uma linha escrita já é melhor que uma folha em branco.
A melhor parte disso tudo além de eu mesma ter conseguido? A oportunidade que tive de acompanhar de perto um monte de blogs que também acreditou que era uma boa ideia essa história de BEDAr e que encheu o meu feed por 31 dias com um monte de textos ótimos. Cilada só tem graça quando a gente está bem acompanhado. Uma andorinha só não faz verão e uma doida só não faz BEDA, e é por isso que eu agradeço às minhas amigas que estiveram coladas comigo em todos esses dias, à Passarinha que sugeriu a loucura toda, e às outras blogueiras que eu já conhecia ou conheci esse mês e que, atualizando seus cantinhos diariamente e passando aqui para dar um alô também tornaram o sonho possível. Acordei piegas, vamos às fias de fato.
A Anna provou de uma vez por todas que já saiu do útero escrevendo quando conseguiu manter assustadoramente a qualidade de seus textos MESMO escrevendo todos os dias no meio da correria e praticamente por obrigação. Se vocês não acreditam, deem uma olhada aqui, onde ela fala sobre ser da Corvinal. Ou aqui, onde ela esmiuçou a long list of ex-lovers de nossa melhor amiga famosa com direito a análise dos relacionamentos e fotos dos casais com os rostos trocados. Aqui ela falou sobre gente que escreve e, aqui, me convenceu a começar a fazer Blogilates (se eu não levantar da cama amanhã de tanta dor muscular podem botar na conta dela). Aqui ela falou sobre o casamento da Couth e sobre A Gente e aqui respondeu a uma entrevista de emprego sincera. Se ainda falta um dedinho de prosa para que você esteja apaixonado tudo o que ela escreve assim como eu é só clicar aqui e descobrir porque ela foi o melhor texto de abertura possível para o BEDA.
A Sharon arrasou elencando vilãs da Disney, mas mandou melhor ainda quando escreveu uma carta para ela mesma daqui a 10 anos dizendo que se ela colocar a cabeça no travesseiro no fim do dia e tiver certeza de que é feliz, então tá tudo bem. Ela contou também de quando fomos para a balada de coroa na cabeça e de quando um cara falou para ela que ela iria para o inferno por estar de shorts. Mas nada superou o texto emocionante e sincero que ela fez para dizer que seu pai nunca foi um herói, mas é seu pai mesmo assim e ela o ama. Espero de coração que um dia ele tenha a oportunidade de lê-la.
A Couth comemorou o aniversário da filha canina mais amada desse mundo e encheu meus olhos de lágrimas mais uma vez falando do Tatau. Depois disso ela ainda arranjou um jeito de me matar de rir contando o causo da estante do Renne e me fez voltar a chorar quando falou da vovó. Também escreveu um desabafo sobre a fase da vida em que está e que se encaixa muito bem para todos nós, de 20 e poucos, chorarmos umas pitangas juntos. Lá no primeiro parágrafo do meu texto eu mandei vocês largarem o que quer que estivessem fazendo e lerem o texto que ela fez hoje para finalizar seu BEDA. Portanto, caso ainda não tenham feito isso, corrão.
A Passarinha viajou para Kansas no meio do BEDA e virou blogueira de viagem por um dia, eu adorei. Ela também usou seus 31 dias de texto para escrever coisas tipo uma ode às havaianas que eu acho que todo mundo deveria ler porque acho que o mundo seria um lugar muito melhor se todo mundo andasse só de chinela por aí. Ela ainda conseguiu deixar todo mundo com a pulga atrás da orelha achando que tinha errado a crase em algum momento (leiam os comentários e morram de rir) e pariu uma resenha belíssima para um livro que eu ainda não li, mas lerei em breve por causa dela. Ah sim, ela também falou sobre a Po, sua cacatua de estimação que ela chama de pássaro mimado e que é um bichinho incrível.
A Iralinha presenteou a internet com várias pérolas durante esse mês, incluindo o melhor vídeo de resposta para a tag 50,5 que alguém podia ter feito, um texto sem pé nem cabeça onde ela não conseguiu explicar porque 29 é seu número favorito, uma bronca para os pais malucos de seus alunos e uma carta para a Gabriela de 30 anos pedindo que ela esteja viva. Endosso esse pedido com muito apelo porque não sei viver sem essa menina.
A Rafinha não chegou até o fim, mas foi até onde aguentou e nem por isso deixou por menos. Escreveu um texto lindo sobre seu pai, falou sobre representatividade usando uma selfie da Kim Kardashian como mote e chutou a cara da sociedade resenhando um livro que eu não faço ideia de por que ainda não li.
A Alê falou sobre uma coisa que eu adoro: o pertencer. Ela também escreveu um conto lindo sobre um casal apaixonado e me fez rir um tanto com sua indignação direcionada às pessoas que não ligam em sair passando o CPF delas por aí – eu super sou uma dessas pessoas, ué. Quando perguntam nosso CPF para cadastro a gente não tem que passar? Segundo ela, não.
A Nana se declarou lindamente para a avó de seu marido, que ela adotou. Ela também escreveu uma carta para sua futura filha e inovou no projeto 1001 pessoas falando de alguém que ela não conhece assim, pessoalmente, mas que não deixa de ter marcado sua vida.
A Ana Cláudia mandou muito bem respondendo o meme das 5 coisas que ela nem tchu, escreveu uma ode às batatas (!!!!!) e lembrou à galera de parar com essa palha assada de dizer que mulher tem que ser rival de mulher. Somos amigas, não vadias.
A Amanda falou sobre Infinitos (outro assunto que eu amo), crises sem sentido que geralmente fazem todo o sentido na nossa cabeça e narrou sua primeira experiência com uma baladinha, já que recém completou 18 anos.
Para completar, a Yuu, fofíssima, que eu conheci durante o BEDA mesmo, nos apresentou à arte de “introduzir mesmo estando no meio”, escreveu uma carta para sua melhor amiga e falou também sobre seu amor aos seus felinos.
FOI ISSO, galera. O BEDA acabou e foi ótimo e cansativo enquanto durou. Se sobrou fôlego de alguém para escrever em setembro é uma pergunta que eu não estou preparada para responder, mas podemos usar esses próximos dias para botar as pernas por alto e dar uma cochilada – outubro pode até tardar, mas não há de falhar. Até mais e obrigada a todo mundo que acompanhou!