terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Tchau, 2014.
domingo, 28 de dezembro de 2014
O (meu) melhor de Taylor Swift
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
MVCEE Awards – Minha literatura de 2014
O título é auto explicativo… e o vídeo também! Voi lá os livros que me fizeram querer tagarelar em 2014 – os bons e os péssimos. Peguem a pipoquinha que vai longe, tá?
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Sobre a dor de garganta que esperou 5 dias para doer
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Aquele com o Djavan
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Dos dias de blog vazio
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Do que eles, fazendo, me ensinaram a não fazer
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
1989, a retificação
Out of all the bricks they threw ate me
And every day is like a battle
But every night with us is like a dream
New Romantics
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014
5. O Daniel
Tem pessoas com as quais construímos relações densas. Daquelas que são construídas pouco a pouco e tem milhões de detalhes e nuances. Tem aquelas, por outro lado, que são leves. Levíssimas e, de forma nenhuma, vazias. Apenas leves. Fáceis. Daquelas que não exigem muito, que não dão trabalho nenhum, que apenas existe.
Primos são, em suma, totalmente diferentes de você - mas vocês sempre carregarão uma origem em comum, o que faz com que nunca se esqueçam de que apesar de diferentes, são impreterivelmente iguais . Eu, como tenho 31 deles e estou bem no meio da muvuca das idades (o mais velho tem 40, a mais nova 8 meses) já entendi o que é ter primos mais velhos que podem sair quando você não pode, te excluir dos programas e subir no salto para te dar bronca. Entendi também o que é ser o primo mais velho, que exclui os pequenos, dá bronca neles e aperta as bochechas. Quando eu tinha 10 anos, achava muito engraçado o Alex falando assustado que tinha visto minha mãe trocar minhas fraldas e agora eu já estava fazendo provas de matemática. Hoje quem engole o desespero sou eu: adorava pedir para a minha tia me deixar segurar o Guilherme no colo; agora ele tem 14 anos e dá dois de mim na altura.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Literatura, a melhor das estradas
— Neil Gaiman, The Ocean at the End of the Lane
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
One lovely blog award
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Perdemos
domingo, 26 de outubro de 2014
It’s a new soundtrack I could dance to this beat
Era perto de 1 da manhã quando um ser humano abençoado me mandou, no twitter, o link para baixar a pasta .rar do álbum, versão deluxe. Dei pulinhos. Contei os pontos percentuais diminuindo para que eu finalmente escutasse esse CD. Abri a pasta e comecei animadíssima com “Welcome to new York”: Oba! Como começa animado! – concluí.
sábado, 25 de outubro de 2014
Meu vestido cor de rosa
Minha mãe é um ser humano engraçado. Ela é do tipo coruja nível regular, sabe? Daquelas que posta foto minha com homenagem no facebook, quando dá na telha, mas que sabe apontar meus erros e não passar a mão na minha cabeça – nem quando estamos sozinhas, nem na frente dos outros. E ela não é do tipo nostálgica acumuladora. Está aí um dos nossos grandes atritos emocionais, daqueles do tipo que certamente vão me colocar na frente de um psicológo que me dê certeza de que a culpa é da mãe, sempre.
Tenho uma tia coruja que tem desenhos de quando eu era criança. Cadernos de bobagens que eu rabiscava. Se bobear, ela tem guardados textos que eu escrevia pequena. Ela tem cartinhas em uma caixa e até, pasmem, uma toalhinha de rosto que eu pintei no jardim 1. Era presente de dia dos pais, mas os meus certamente acharam a toalha esquisitinha. Minha tia não. Se encantou com ela e sempre põe no banheiro quando eu vou pra lá.
Minha mãe é ótima, mas não se preocupou em guardar desenhos, nem cartinhas (deve ter uma ou duas), nem presentinhos de dia das mães da escola e fez o favor de tornar possível que sumisse um disquete (sim) de textos que eu escrevia no computador quando era pequena. Gente, olha a veia de escritora (aham, sdds): aos 8 anos eu escrevi um texto de 10 páginas! Aquilo era o orgulho da minha vida. Passei meses no word. Era a história de uma menina que ganhava uma irmãzinha e viajava pra Disney. Lembro até agora do meu ótimo senso criativo – as bisavós da protagonista se chamavam: Holanda, Rússia e Itália – e do meu pouco conhecimento biológico – a gravidez da mãe dela durou 1 ano. Não acredito que perderam esse disquete. Se fosse uma cria minha escrevendo essas maravilhas eu faria no mínimo 10 backups. Não é todo dia que se tem a chance de usar o trem desses em um discurso na formatura – claro que serei dessas mães que discursa.
Mas a história nem era sobre isso. A história é que minha mãe não guarda as nossas coisinhas nostálgicas e, como a minha família é enorme, nossas roupas e mantas sempre foram passando para os primos que iam nascendo, de forma que nem minha manta da maternidade eu tenho. No meio dessa confusão toda, escapou um vestidinho. Um vestidinho cor-de-rosa de bolinhas que, segundo a progenitora, foi o primeiro vestido que eu usei na vida.
Ele é tão fofo e tão pequeno que eu, que já corujo meus futuros filhos antes mesmo deles sonharem em existir, mal posso imaginar vestir nele a minha menina. Estou aqui, agora, na verdade, imaginando que tipo de reflexão você leitor está esperando dessa lenga lenga toda. Sinto muito: não vai ter nenhuma. A verdade pura e simples (que raramente é pura e nunca simples, segundo Orwell) é que eu precisava postar por causa do desafio 7 dias 7 crônicas que vira e mexe eu e a Anna resolvemos fazer. O texto tinha que sair antes da meia noite e já passou das 23h. Eu não tinha tema nenhum, de modo que recorri ao grupo “642 coisas sobre as quais escrever” no facebook, sorteei o número 45 e nele estava escrito “Uma peça de roupa que guardou como lembrança”. Aí eu lembrei do vestido. E resolvi que tentaria tirar algo em relação à falta de nostalgia da minha mãe e o vestido cor-de-rosa. Não consegui, mas saiu isso aqui. Será que dá pra ser considerado uma crônica? Eu sou uma fraude.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Crème Bruleé
Se você é da mesma geração que eu e passou parte da adolescência cantando High School Musical (nem adianta negar, tô de olho) você lembrou do registro. Sim, no meio de Stick with the status quo, aquela coreografia gigante envolvendo mesas e cadeiras na cantina, no primeiro filme. Um dos personagens fala que sair do seu status quo seria assumir que gosta de cozinhar e que faz Crème Bruleé muito bem.
Eu nunca esqueci o tal do Créme Bruleé. Fui vivendo caminhando e cantando e seguindo a canção e de vez em quando lembrava do negócio que eu nem sabia direito o que era – mas que tinha um nome incrível e certamente parecia apetitoso.
Tenho uma colega de trabalho muito chique. Já rodou a Europa inteira, seus filhos são meio brasileiros meio franceses e ela é apaixonada pela França, de modo que resolveu comemorar seus 63 anos em um restaurante francês. Lá fui eu. Depois de uma champirinha e de um risotto de camarão com brie maravilhoso, qual não foi minha alegria quando abri o cardápio de sobremesas e dei de cara com ele. Majestoso. O crème bruleé.
Nem tive dúvidas. Pedi. E o garçom veio com ele e tostou na minha frente! Saiu aquela fumaça cheirando a açucar e eu senti ali que meu destino sobremesístico com a mousse de chocolate estava em perigo. Quando bati a colher na casquinha queimada e aquilo trincou, quando botei a primeira colherada do tal creme na boca, foi ali que eu descobri que nunca mais posso viver sem isso.´
Eu comi Créme Bruleé. Anos depois de ter ouvido falar dele no High School Musical. E só posso dizer que estou profundamente apaixonada. Só de pensar lembro do cheirinho do açúcar e da textura da casquinha rachando. Não acredito que passei tanto tempo distante dessa iguaria; perdemos 22 anos de amor.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Sobre o mês em que o Google me sugou
Aparentemente todo ser humano consciente sabe que uma das regras primordiais da internet é que não se entra no google para pesquisar sobre problemas de saúde. Eu me julgava coerente. Me julgava sã. Até o dia que resolvi pesquisar uma bobeirinha relacionada a isso e o google me sugou.
Se tenho vergonha de contar? Nenhuma. Vai que serve pra alguém que também esteja no vórtice errado, né? Então. Eu joguei “dor nas costas” no google. E descobri que, muito além do peso da minha bolsa dia após dia ou a falha na postura, eu poderia estar com câncer de pulmão. Ou quem sabe, nos ossos, mas esse eu consegui descartar porque aparentemente só se tem câncer nos ossos na infância. Fui no ortopedista tremendo de medo pensando que ele ia me internar direto. Ele disse que era dor muscular e me passou alongamentos.
Pensam que eu me contentei? Óbvio que não. Viciei na história e comecei a jogar a mãe no google. Comecei a ficar tão maluca que fui parar no ofalmologista (pra escutar que minha visão e todos os meus exames oculares estão mais que perfeitos, graças a Deus) e quase desmaiei de medo dentro de casa quando minha irmã falou que eu tava com roxos a mais que o normal. Eu sou estabanada e vivo roxa. Nunca me importei com isso, mas nas atuais circunstâncias, certamente era treta. Podia ser falta de vitamina K. Podia ser anemia. Podia ser leucemia. E eu deixei o pânico tomar conta de mim.
E eu descobri qual é a do google. Ele é o Datena. Ele te assusta tanto e te oferece tantas possibilidades de treta (se não for uma doença, certamente é aquela outra ali) que você perde o prumo e chega num nível que tem certeza absoluta de que alguma coisa você tem; que não tem chance nenhuma de você ser… saudável.
Eu descobri que existem dois tipos de pavores na vida. Eu tenho um primeiro pavor, que é o de agulha. Fujo de exame de sangue igual o diabo da cruz. E eu conheci o segundo pavor: o medo de ter alguma coisa séria, que colocou o primeiro no chinelo e me fez decidir fazer um exame de sangue por minha conta em risco, sem ordem médica nenhuma, só para saber o que de tão errado andava correndo nas minhas veias.
Eu não tenho nada. E eu estou tão, tão feliz. Nunca mais na vida eu entro no google. É um compromisso com a minha sanidade. Eu se fosse vocês faria exatamente o mesmo. Grata pela atenção.