terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Tchau, 2014.

Fiz um post mau-educado cheio de músicas da Taylor Swift prometendo que vocês só me veriam de novo em 2015. Hoje é 30 de dezembro (nem é 31 ainda, gente!) e eu estou de volta, vejam só que coisa. Acabei de descobrir que meu primeiro post do ano chamou “Olá, 2014” e então resolvi terminá-lo com um título igualmente clichê. Não consegui fazer melhor que isso, mas quem sabe ano que vem?

2015

A questão é que eu sou influenciável demais para ter lido os textos de Gregório Duvivier e Anna Vitória sobre o fim do ano e conseguir me despedir do meu blog com… uma lista de músicas da Taylor. 2014 me deixou sem fôlego, mas até que com um bocado de coisas pra falar. Li em algum lugar que estava previsto que ia ser um ano intenso. Alguma coisa a ver com marte. Não tenho como não concordar.

Se vocês clicaram no link para o texto do Gregório, viram que ele disse que todo ano passa rápido, só que 2014 passou rápido feito um AVC enquanto poderia, sei lá, ter passado rápido feito uma andorinha. Concordo. 2014 derrubou um monte de amizades, um monte de casamentos, derrubou o Brasil por 7 a 1, derrubou um monte de gente e até alguns aviões. Derrubou meu psicológico de uma forma tão traiçoeira que se estivéssemos em outubro agora eu diria com quase toda a certeza do mundo que eu não estaria viva no Réveillon.

2014, que ano. Deixou muita coisa em frangalhos, mas quando quis ser bom, foi melhor ainda. Seria injusto reclamar do coitado sem apontar suas qualidades que vieram quase tão intensas quanto as mazelas. Em 2014 eu praticamente não parei de pagar passagens: sempre tinha alguma parcela de alguma passagem registradinha no meu cartão de crédito. Em alguns momentos, mais de uma passagem. Em 2014 em me formei e, mesmo tendo achado várias vezes que fiz a escolha errada, com os olhos cheios de água na colação de grau eu tive certeza de que eu já tinha nascido jornalista. Em 2014 minha casa ficou lotada de gente que tinha encarado até medo de avião só para estar no meu baile de formatura – que nem era open bar. Dois dias depois eu conheci Foz do Iguaçu com os meus primos, comprei muita porcaria no super mercado, muitos cremes da Vitoria Secrets no Paraguai (não usei até hoje) e fiz muita folia em quarto de hotel.

Conheci Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e conheci parte da família tão querida da qual minha amiga tinha sempre tanto carinho ao falar. Passei o dia em um parque municipal que tinha me prometido jacarés, mas me entregou filhotinhos de capivara que corriam e pulavam feito esquilinhos.

Fui para São Paulo porque decidi que queria ir na exposição do Castelo Ra Tim Bum e que isso não ia ficar só no querer. Assim como bem disse a Anna no texto dela, olha que curioso, em 2014 eu aprendi que, às vezes, quando a gente resolve fazer as coisas ao invés de só querer fazê-las, a gente de fato faz tudo o que quer.

E foi fazendo o que eu queria que em 2014 eu fui para o Rio de Janeiro duas vezes, aproveitei as minhas amigas, tomei banho de mar, levei caldo em Ipanema, rolei no chão da livraria mais linda que já vi, cantei na orla, andei nas bicicletinhas do Itaú, gritei no Metrô, vi o sol nascer de uma pista de dança, dei um dos melhores beijos da minha vida em um cara cujo nome eu continuo sem saber e até sambei todo o samba que eu nunca soube sambar quando, às 6h30 da manhã, a bateria da Vila Isabel entrou em cena para finalizar uma madrugada sensacional. Às 7h30, com um tantinho de álcool na cabeça e um tantão de alegria, gritei para uma câmera que estava saindo de uma festa e indo para a praia. Entre tirar o vestido e colocar um biquíni, morremos todas no colchão e acordamos algumas horas depois em banheiras de gelo sem rim com maquiagem no queixo, penteados caindo e nada de maresia. Sinto muitas saudades dessa praia que não chegamos a pegar, mas que amei pacas.

Já na rabuja de dezembro, 2014 quis me provar que ele era do mal, mas sabia ser parceiro, quando me presenteou com a pior dor de garganta que tive na vida – 5 dias depois de quando ela deveria ter começado, só para que eu pudesse me divertir.

Em 2014 eu li 68 livros e meu afilhado me chamou de Dinda pela primeira vez. 2014 foi o primeiro ano da minha vida em muito tempo no qual eu não estava na escola e eu descobri que acordar às 8h é muito melhor que acordar às 6h. Em 2014 teve muita Copa, eu me viciei em futebol, passei tardes assistindo jogos aleatórios, chorei muito quando perdemos e alguns dias depois chorei de alegria com a vitória da Alemanha. Em 2014, passei 3 meses inteiros em 1989.

Em 2014 eu me chateei muito, chorei muito, senti muitas saudades e morri de tédio também, mas fiz algumas das loucurinhas que tive vontade de fazer e observei, tranquilamente, os meus amigos fazendo as deles – que não me deram um pingo de vontade e eu achei que estava tudo bem não querer.

Em 2014 eu não mudei meus hábitos alimentares (rsssss), mas consegui ir na academia direitinho no primeiro semestre. Não fiz uma tatuagem, mas bati o martelo na primeira que farei (e se tudo der certo, dia 5 eu volto com fotos). Em 2014 eu lancei um livro. Em 2014 eu resolvi ser adulta e encarar um exame de sangue só porque estava com medo de estar doente sem saber, mas achei que tudo bem não ser tão adulta assim quando fiz o exame chorando agarrada no braço da minha mãe.

Estou terminando 2014 cheia de roxos, porque continuo desastrada, e com um monte de bolinhas no rosto que não sei de onde vieram e nem pra onde estão indo. É alguma alergia chata que 2014 inventou para deixar sua marca de zica até o finalzinho, então tudo bem.

Pra entrar 2015 eu não vou fazer simpatia nenhuma. Não vou prestar atenção em cor de calcinha, nem vou pular ondas, nem vou comer lentilha com as pernas pro alto (isso eu nunca fiz mesmo). As únicas coisas que ando pedindo a Deus são saúde e iluminação – tendo isso, com o resto eu me viro. Tenho braços, pernas, um cérebro, um coração e muita vontade de ter um ano maravilhoso. Quem vem comigo?

12 comentários:

  1. "Tenho braços, pernas, um cérebro, um coração e muita vontade de ter um ano maravilhoso." - Isso foi tão tão tão forte que I can't even. Temos um cérebro e um coração, caramba. Braços e pernas funcionais. Vontade. Isso pra mim é motivo pra estar mais otimista que o normal todos os dias da vida, por que é sempre tão fácil de esquecer?
    É claro que eu vou junto, eu vou sempre, e sabendo que você vem comigo fica muito mais fácil e divertido encarar a jornada, pro que der e vier. #emotiva #bichas #momentos
    te amo <3

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  2. A melhor coisa do final do ano é perceber o tanto de coisas boas que aconteceram que não necessariamente estavam lá, planejadinhas. Ou até naquilo que nos surpreende do nada! Tipo a sua não-praia. Moro no Rio e me frustro muito por quase não frequentar a praia. E olha que nem gosto de praia! Mas entre lamentar mil vezes que não fiz algo que nem curto e aproveitar o tempo fazendo coisas que gosto e me fazem bem de verdade, mil vezes cair no sono e deixar o bronzeado pra lá! hahaha
    Feliz 2015 pra vc, Analu, e um brinde às boas surpresas e pequenas loucurinhas! Que seu ano seja repleto delas :)

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  3. Noossa... como 2014 passou tão rapido!

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  4. Eu vou contigo! Já nos vejo de braços dados nesse 2015 que vai ser cheio de A Gente e purinho de amor.
    2014 nos quebrou em várias maneiras, mas as coisas boas que aconteceram no ano nos remendaram e nos deixaram prontinhas para o ano novo!
    Te amo! <3

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  5. Nalu, mesmo que tivesse terminado com a lista da Taylor já teria terminado bem demais! Esse texto só veio fechar tudo com chave de outro, e você e Annoca me deixaram sem palavras!

    Que 2015 seja lindo - e mais bonzinho - pra você!

    Beijo

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  6. Eu vou contigo, amiga. Vou contigo até o inferno, claro. E espero ir contigo em cada ano daqui até ficarmos bem velhinhas, senis e morrermos (daqui a muitos anos). 2014, que ano -- no bom o no mal sentidos. Mas acima de tudo, fiquei muito feliz de termos nos visto "tantas" vezes. É mais do que eu podia imaginar na minha vida e espero que a gente só suba essa média em todos os anos que vierem, porque não vivo mais sem a sua conchinha.

    Fico muito muito muito emotiva nessa época. É bem possível que eu só tenha falado um monte de baboseiras, mas nada importa. Só que eu te amo! #bicha

    Vamos ter um 2015 maravilhoso, eu sei <3

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  7. Analu, que inveja da quantidade de livros que vc leu! Meu Deus!!! Ainda tem gente que se surpreende com o que eu leio. Credo, que vergonha!!! kkkkkk
    Ai, 2014 foi um ano muito turbulento pra mim. Eu não via a hora de acabar. É claro que tudo é válido, a gente aprende, cresce, e foi o que aconteceu comigo este ano. Mas, como sofri! Aff... acabouuu! Que venha 2015, novinho e limpinho pra gente começar. Ah, deixa eu te contar uma coisinha, um pequeno detalhe de 2015: lembra do meu medo de andar de avião, né?! Pois é, menina...2015 já vai começar com grandes emoções. kkkk. VOU TER que andar! kkkkk. Tenho um congresso com a escola que eu trabalho na Costa do Sauipe - Bahia. Crê?! Tudo bem que o lugar é lindo e tudo mais, mas e o medo?! kkkk. Mas vamos lá... que venha 2015! rsrsrs
    Beijos, Ana!
    Desejo tuuudo de melhor, de coração!
    Deus abençoe seu ano novo!!!

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  8. Ana Luísa tudo bom?
    Que texto fantástico e pode até me chamar de frouxo, mas estou muito emocionado aqui (leia: chorando litros hahahaha).
    Faço das suas palavras as minhas. 2014 foi um ano de mudança (literalmente). Fui pro Rio para fazer Mestrado...enfrentar essa metrópole louca sem ter nenhum parente para bater na porta caso o clima apertasse, mas graças a Deus tudo ocorreu/está ocorrendo muito bem...conforme você falou: às vezes, quando a gente resolve fazer as coisas ao invés de só querer fazê-las, a gente de fato faz tudo o que quer.
    Um 2015 tão maravilho (ou melhor, muito mais maravilhoso) para você que nem conheço mas que já considero pacas...
    Abraços ^^

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  9. 2014 acredito que surpreendeu muita gente :)
    Feliz Ano Novo e que 2015 venha com tudo
    bjus ;*

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  10. Que linda sua reflexão, Ana. Tá vendo, a gente sempre consegue espremer coisas boas, mesmo num ano que parece ter sido tão turbulento para muitos. E viagens sempre são os pontos altos dessas retrospectivas. Viajar é muito bom mesmo! Que 2015 seja um ano com mais surpresas boas pra você, Ana!

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  11. Amei esse texto! Que boas energias ele me trouxe!

    Um 2015 lindo e cheio de boas histórias pra contar no final! :D

    Beijo grande!

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  12. Não vou mentir que seu texto até me arrepiou de um canto a outro. Que ano maravilhoso, e se eu pudesse copiar tudo o que você disse sobre o ano "Deixou muita coisa em frangalhos, mas quando quis ser bom, foi melhor ainda." porque foi realmente/exatamente assim! Foi um ano beeeem 8 ou 80, ou como você mesma citou 7 a 1 hahaha. Um ano que mudei taaaanto milhões de vezes e em tao poucos meses.
    Enfim, feliz 2015 repleto de milhões de outras lembranças para você.
    Beijão,
    www.garotaroyal.blogspot.com

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