Uma vez li um texto da Gabriela
Petrucci que nunca esqueci. Passei um tempo sem lembrar diretamente dele, mas
acredito que o danado tenha ficado impregnado totalmente no meu subconsciente,
de forma que volta e meia ele me martelava. Se você não clicou no link eu te
conto o que me marcou ali: ela diz, basicamente, que foi vendo o pai dela ser de
direita a vida inteira que ela aprendeu que a esquerda era a melhor saída.
Não precisa sair correndo, juro
que não vim falar de política, só peguei a essência do texto mesmo, a parte que
me marcou: nossos pais estão aí para nos ensinar, afinal de contas, mesmo que seja
o que não fazer.
Das coisas que aprendi com meu
pai, a maior delas é a que mais me firma na pessoa que me tornei, e definirei
isso parafraseando a Gabi: Foi sendo
workaholic a vida toda que meu pai me ensinou que eu jamais deveria fazer isso.
Meu pai passou a vida toda
querendo crescer – continua fazendo isso, inclusive. Deve trabalhar uma média
de 10 horas por dia, porque saía de casa às 20h e chegava por volta disso. Uso
os verbos no passado não porque ele tenha parado de sair e chegar – ele continua
fazendo isso, só que em outra casa que não a minha, e isso não vem ao caso.
Então, ele saía de casa às 8h e chegava às 20h. Colocando na balança 1 hora de
almoço e 1 hora de trânsito pra ir e voltar, 10 horas por dia.
Meu pai dificilmente tem tempo pra gastar. Ele faz o que é útil.
O que está programado. Passei 4 anos fazendo ginástica olímpica: ele nunca foi
a uma apresentação, porque elas eram sempre por volta das cinco da tarde e ele
de forma alguma cogitava reprogramar sua agenda para sair mais cedo um dia por
ano – mesmo que fosse só para ver a apresentação e voltar.
Ele acha que licença maternidade
é uma perda enorme de dinheiro para o mercado – isso porque é funcionário, e
não dono de empresa. Ah sim, ele também diz que a licença paternidade não faz
sentido: também pudera, nunca trocou uma fralda e nem embalou um neném para
dormir.
Não fiz esse post para rechaçar o
meu genitor não, embora esteja parecendo. Acho que criei consciência (ou
nepotismo) o suficiente para conseguir não jogar toda essa carga em cima do meu
pai e assumir que ele, essencialmente, é apenas mais um Homem (isso mesmo, com
H maiúsculo) da década de 60.
Um homem que crescia para
trabalhar, fazer a máquina do mundo girar, levar dinheiro pra casa, não se
importar com coisas frívolas como as apresentações de escola dos filhos, não
saber onde fica o detergente e muito provavelmente proclamar com orgulho que nunca
aprendeu a fritar um ovo. Ele e minha mãe viveram 25 anos assim, muito que bem,
amém e essa dinâmica sempre funcionou muito bem e obrigada lá em casa.
Depois do jantar ele desligava a
televisão se eu estivesse com dúvidas em matemática, e passou alguns domingos
me ajudando a decorar o mapa do Brasil inteiro. Que eu me lembre, nunca tirei
menos que 10 nos ditados de estados e capitais que a professora fazia. Nunca
fez cara feia para me ajudar quando eu tinha dúvidas na lição – mas se,
atipicamente, eu demorasse demais a entender, ouvia alguns gritos. Para me
ajudar a “ser perfeita” ele geralmente estava disponível, com bastante carinho.
Para brincar, de vez em quando, também estava. Tenho muitas partidas de banco
imobiliário na memória e olha que nem vou falar das horas de vídeo-game aos
domingos.
Não vim aqui, repito, para
apontar o dedo na cara do meu pai – como a Gabriela também não o fez. Gosto
muito dele, tenho muitas memórias boas da infância e acredito que (embora agora
seja mais potencialmente mais difícil) ainda tenhamos um tanto de caminhos para
construir juntos. Só quis escrever um texto que deixasse bem claro (mais para
mim do que para qualquer um, já que ele está confuso pra caramba) que talvez a
coisa de maior importância que podemos aprender com nossos pais seja que não
devemos fazer sempre igual a eles. Que eles podem sim ser nossos heróis, mas
que não estarão sempre certos, e que nosso papel de filhos é justamente o de
aprender a se desvencilhar disso.
A coisa mais importante do mundo nunca
foi trabalho, pai. Trabalho é aquilo que
fazemos (por amor ou necessidade) durante uma carga horária definida por
semana, e que podemos (e devemos) adaptar com a nossa vida pessoal, sem nos
tornarmos menores, menos capazes ou menos responsáveis por causa disso.
As melhores empresas para se
trabalhar hoje em dia – veja, o mundo está descobrindo isso também – são as que
lembram que seus funcionários são humanos, e não robôs. São as que nos dão
folga no dia da colação de grau (e ainda mandam buquê de flores na nossa casa).
São as que não te veem com maus olhos se seu filho está doente e você precisa
faltar; são as que cogitam inaugurar uma pequena creche para que você fique
mais tranquila ao voltar de licença maternidade trazendo seu filho junto; são
as que te deixam reagendar seu horário para você fazer uma viagem de 2 dias que
vai te fazer muito feliz – mesmo que ela seja no meio de maio.
Isso aí significa que o mundo
está descobrindo que trabalhar não é o mais importante. A vida vem antes,
sempre deve vir. Você, pai, deve ter certeza de que é um cara completo e muito bem
sucedido. A questão sou eu – que não quis fazer direito, como você queria: se
eu, aos quase 50, tiver uma vida financeira bem estabelecida e um bom cargo de
concurso em um cargo público posso até estar feliz – mas só e somente só se eu
tiver ido a todas as apresentações de escola dos meus filhos, feito algumas
viagenzinhas pequenas no meio de maio e agosto, e continuar com a certeza de
que trabalho é o caminho; o meio, e não o troféu; de que na vida a gente
trabalha para viver, e não o contrário – e que isso não glorifica menos o
trabalho e nem nos faz menos importantes no mundo.
FREUD explica... rs sério, acho que passamos uma vida nos desvinculando da figura paterna não com mágoa ou algo parecido mas por querer fazer as coisas do nosso jeito e isso que te faz ser a Ana não "a filha do fulano".
ResponderExcluirCara, acho que nunca me identifiquei tanto com um texto quanto esse. Aliás, achei super válida a sua postura com relação ao trabalho: ele é, realmente, apenas um meio para que tenhamos como conseguir o que queremos!
ResponderExcluirternatormenta.blogspot.com
Não tenho o mesmo emprego que o seu pai, mas justamente para ter qualidade de vida, e tempo para viver as coisas do dia a dia, abandonei o jornalismo. Estava adoecendo com tanto estresse, pressão, horários longos e remuneração baixa. Ainda bem que hoje em dia podemos nos reinventar e trocar mais facilmente de caminho.
ResponderExcluirMinha mãe sempre diz "faz o que eu digo, não faz o que eu faço", mas acho que a mensagem do teu texto é ainda mais verdadeira. Fazer ao contrário do que vemos nossos pais fazendo - e errando.
ResponderExcluirAinda bem que os tempos são outros, principalmente na questão dos empregos. Acho que minha maior meta pro futuro é conseguir conciliar bem a minha carreira com a vida pessoal, conseguindo ser flexível pra poder comparecer às apresentações dos primos (por enquanto, e filhos, mais pra frente), viajar, essas coisas, sem ficar pensando que estou "perdendo tempo", mas sim, aproveitando.
Ótimo texto!
Já conversamos sobre isso aquele dia, lembra? E eu acho essa reflexão pra lá de pertinente e tô aqui batendo palmas pro seu texto, que conseguiu sintetizar isso tão bem. Meu pai é um cara bem parecido com o seu, ele gosta das coisas úteis, é viciado em produtividade e acha exagerado eu ir pro Rio de Janeiro duas vezes em menos de um mês. "Mas Anna, você não tá se divertindo demais, não?". Pois eu vou duas, e se reclamar vou quatro e ainda faço um desvio em Curitiba.
ResponderExcluirUma vez eu estava lendo um texto sobre psicanálise que dizia que uma das rupturas mais importantes que existe entre a infância e a adolescência é essa "morte" metafórica dos pais, quando a gente descobre que, opa, eles não estão sempre certos, não são heróis e talvez eu não queira ser como eles. É muito louco e profundo isso, mas acho essencial pro nosso amadurecimento.
O que eu acho mais louco nessa história é aquilo que a Gabi escreveu tão bem, aquilo que me faz mais diferente dos meus pais e da minha família vem de uma coisa que eles me passaram. Não dando exemplos contrários, mas vivendo aquilo no cotidiano mesmo. Semana passada eu tava conversando com meu avô e com o meu tio, e meu avô disse que a gente não podia fazer muita coisa pelo mundo porque o rio sempre corre pro mar. Então eu olhei pro meu avô e disse que não acreditava que ele estava dizendo aquilo, já que, pra mim, meu avô é o maior exemplo de gente que conseguiu nadar contra a corrente, contra tudo e contra todos. Ele veio pra Minas como retirante, negro, passou fome, trabalha desde criança, e conseguiu estudar, fazer faculdade, montar a empresa dele, casar com a mulher dos sonhos e ter a família que sempre sonhou. E hoje é contra um monte de coisas que permitem que gente como ele tenha as mesmas oportunidades que ele lutou TANTO pra ter, mas de um jeito bem mais fácil e menos sofrido. Como entender?
O importante é a gente continuar discordando quando for a hora, e aproveitando as viagens em maio e agosto, e seguindo os exemplos, mesmo se for pra subvertê-los.
Beijos <3
(Antes de tudo só queria dizer que a melhor parte dos seus posts é ler os comentários da Anna e vice-versa <3)
ResponderExcluirEstou muito sentimental esses dias para falar sobre relacionamento com pai esses dias, mas se eu considerar o meu maior (e quase único) exemplo que é a minha mãe, concordo com muito o que tu disse. Mamãe também sempre foi workaholic e o trabalho dela exigia fechamentos terríveis no final do mês (ela é contadora). Adivinha que dia do mês eu e minha irmã fazemos aniversário? 31. As duas! Quantas vezes não tivemos que esperar eternamente ela chegar do trabalho pra comemorar... ou até comemorar em outro dia, enfim! Eu sou muito parecida com ela e realmente, se não fosse assim, eu não ia querer trabalhar em jornal diário (na editoria de cidades rs) e morar na redação. Não que essa seja minha rotina agora, mas tô ansiosa pra que ela seja assim logo.
O que eu quero diferente dela é não formar uma família tão cedo (na minha idade, ela já tinha a minha irmã) ou começar a comprar um apartamento (gente nem sei onde vou morar) ou um carro (passar calor durante 1h no ônibus é melhor do que dirigir por 1h sozinha). E mamãe tem certa dificuldade de entender um pouco disso também. A minha sorte é que, por mais que ela seja um tantinho de direita, ela antes de tudo é humana e consegue ter a empatia que o Gregório mencionou naquela coluna dele.
Oi Analu
ResponderExcluirEu meio que me identifico com seu texto, mas na segunda metade do que na primeira. Meus pais sempre trabalharam fora, mas sempre estavam comigo e com meus irmãos, nunca trabalharam demais.
A parte que me identifico é mais quando você falou sobre como as pessoas vivem para trabalhar ao invés de trabalhar para viver. Nisso meus pais não são diferentes: querem que eu ganhe bastante dinheiro, aí por causa disso, sempre teve muita pressão acerca de qual faculdade eu faria. E tinha que ser rápido, eu não podia parar 1 ano sem estudos para decidir. O resultado é que entrei no meu primeiro curso superior com 17 anos. Hoje tenho 23 e larguei 3 faculdades. Imagino que eles fiquem loucos comigo, mas só agora pude parar para reavaliar tudo e decidir realmente o que eu quero. Que por sorte, dá um dinheiro folgado para viver, haha.
Trabalho/profissão deveria ser só uma parcela da nossa vida, mas acaba definidindo quem nós somos. Isso soa tão errado!
bj bj Analu, estava com saudades de vir aqui <3
187 tons de frio
LuLuzinha linda - desculpa o apelido inventado - só digo que: palmas!
ResponderExcluirEssa epifania eu já tive uns anos atrás, muito mais pela minha mãe do que pelo meu pai, que sempre foi workaholic mas nunca deixou de ir nas minhas apresentações, mesmo quando eu estudava japonês e ele não entendia nada heh
Queria dizer alguma coisa relevante e inteligente, mas acho que as meninas aqui em cima já resumiram tudo. Só quero enfatizar que amo seu jeito de escrever e ver as coisas e que esse texto tá realmente incrível <3
beijos
Isso me fez lembrar de uma história que eu vi no livro As Vantagens de Ser Invisível sobre um pai alcoolotra e seus dois filhos. Um dos filhos não adquiriu o vício porque sabia que aquilo não faria bem para sua vida, e o outro diz que aprendeu a beber com o pai. Ambos seguiram caminhos diferentes e, de certa forma, foi por influência do pai. Esse é o legal da gente, de aprender com os erros e acertos dos pais e decidir se iremos querer isso para nossa vida ou não. E com certeza se algum dia tivermos filhos vai ter coisas que faremos que eles não irão concordar. É um ciclo vicioso e é assim que as personalidades das pessoas são formadas. Acho isso tão legal e é ótimo que você aprenda com a personalidade do seu pai, tanto suas qualidades quanto seus defeitos.
ResponderExcluirBeijos!
Esse texto foi destruidor mesmo, viu? Li ele logo que você postou, mas com a correria da minha última semana, só tô sentando agora pra poder comentar com decência nos blogs que sigo.
ResponderExcluirMeu pai sempre trabalhou; minha mãe se "aposentou" cedo pra cuidar da minha irmã, que quando era nova tava sempre doente. Hoje em dia ela, que trabalha com vendas, tá sempre na correria. Hoje em dia, meu pai que sempre trabalhou, não pode mais trabalhar por problema de saúde.
Acho importante enxergamos os erros dos nossos pais pra não repetir no futuro. Mas aí é que difere pra mim, apesar dos dois sempre estarem no batente pra nos dar o melhor que eles podiam, eles sempre estiveram lá. Tanto minha mãe quanto meu pai nunca perderam uma apresentação minha. Sempre ofereceram ajuda, até quando eles não podiam ajudar.
Até hoje, que já sou mais ~independente~ deles, sempre levo os empurrões (sempre em frente) quando preciso. E às vezes preciso mais do que deveria.
Beijos!
De primeira, já venho dizer que amo esse texto da Gabriela Petrucci. Me marcou muito. Vivo lembrando dele. E o seu, está no mesmo nível. Me marcou muito. Já mandei até para meus pais lerem, como fiz com o da Petrucci. Achei o dois textos sinceros e bonitos. E uma vez comentei com o meu pai assim: "Pai, você é tão melhor pai, que meu avô foi, você aprendeu como?" haha Ele me disse, que sempre quis ser diferente do pai dele e acabou sendo.
ResponderExcluirMeu pai, quando mais novo, era como o seu pai. Faltava até nos meus aniversários, para trabalhar. Mas depois de um tempo, ficou muito presente. Não tenho do que reclamar, nesse sentido.
E como você bem disse, também não estou aqui para julgar o estilo de vida que seu pai escolheu ter (se é que escolheu e não foi a vida que impôs a ele, né?). Mas estou aqui para dizer que você é incrível, Analu. A sua reflexão é maravilhosa! É bem isso mesmo. Nossos pais nos ensinam coisas que eles nem têm intenção. Que texto! Inspirador, como já lhe adiantei no Twitter.
Obrigada! <3
Oi Ana, já tem alguns dias que eu encontrei teu blog. Esse texto é perfeito e é um assunto no qual penso muito. Eu não conheci meu pai mas reconheço que minha mãe cometeu bastante erros. Sem querer culpá-la por nada, pois ela é humana, mas há muito que eu não quero repetir. Aprendi muito o que não quero fazer ou ser. E provavelmente meus filhos vão encontrar em nós aquilo que também não vão querer ser. Eu li um texto ainda adolescente que dizia exatamente isso: nossos filhos sempre farão de tudo para não cometer os mesmo erros de seus pais. Hoje eu entendendo bem mais isso.
ResponderExcluirO texto é ótimo e o blog também!
Beijos
Oi Ana, primeiramente parabéns pelo blog e palas palavras escritas!
ResponderExcluirSobre o texto, eu concordo com vc.. Na minha visão, acho que o mais importante é quando fazemos, lutamos, conquistamos, e fazemos as escolhas que sempre queremos para nossas vidas. Independente do que digam, o mais importante é dormir consciente de que a vida valeu a pena e que cada decisão feita foi por vontade própria e em busca da tal felicidade, que é particular.
No mais, acho que é isso.
Pensamentos Viajantes
vc me deu uma nova visão sobre a coisa toda. nunca tive u exemplo de famíliam sabe? tipo aquelas do comercial de margarina. mas acho q ninguém consegue esse nível... enfim, a questão é q meus pais nunca foram meu porto seguro, pelo menos não a figura dos dois. minha mãe sim é minha heroína - a mulher merece um livro. mas sempre mantive distância do meu pai. sempre o vi como um cara que estava na minha vida e cabô. e ouso dizer que ele deu bons motivos pra isso, q vão muito além de trabalhar demais.
ResponderExcluire acho que por isso posso pensar em muitas coisas que ele me ensinou a não fazer.
Analu, que texto incrível!
ResponderExcluirConcordo com tudo que você disse aqui. Eu aprendi milhares de coisas os meus pais. Amo demais os dois e sou muito a grata a eles por tudo que me ensinaram. Quero ser como eles são em diversos sentidos, e faço questão de dizer isso pra eles. Mas eu também vejo as várias coisas que *não* quero ser. O que é bom. Porque nossos pais, assim como a gente, e como qualquer outra pessoa, têm falhas. Espero que meus filhos, no futuro, também reconheçam isso, e que trilhem os próprios caminhos.
Ontem levei meu pai ao cinema no meio da tarde, porque sabia que era o tipo de filme que ele ia gostar, e ele me agradeceu e comemorou o fato de ter se aposentado assim que pôde, porque hoje pode fazer essas coisas. Sou mais "workaholic" que meus pais jamais foram, e nesse ponto ainda estou estou tentando ser mais como eles (e como você, eu imagino).
Beijo!
Acho que deve ser um traço daquela geração, Ana. Meu pai é de 50, mas bem parecido em muitos aspectos.
ResponderExcluirAgora, sabe o que é mais complicado? Quando a gente vira pai e mãe. Aí é que a gente vê que essa coisa de educar filho é mais difícil do que parece. Que a gente se cobra demais por tentar criar pessoas dignas, passar valores, e tudo isso. E muita coisa a gente acaba fazendo, como diz a Elis, "como nossos pais" SIM! Talvez não tudo, mas nossos pais têm uma influência absurda em como vamos criar nossos filhos.
Enfim, concordo contigo, e fico feliz que a sociedade está despertando pra definição de qualidade de vida. Trabalho não é tudo mesmo. Beijo.