Tem quem diga que não existe
coincidência. Eu fico meio que sentada em cima do muro para concluir meu posicionamento.
Acho que nas grandes questões da vida a coincidência não existe mesmo: a gente
certamente encontra os grandes amigos (e os grandes amores!) que tem que
encontrar. Ligações de alma são destino. Estão cruzadas há muito mais tempo.
Mas tem outras coisas, as pequenas, quase que irrelevantes, mas muito
engraçadas, que não tem como deixar de ser coincidência – com um empurrãozinho
piadista do universo.
Teve uma vez que A Gente estava
na balada. Vejam bem, EU mesma não estava, mas é que quando A Gente está junto,
todas estão, mesmo quando não, entendem? Então. Aí A Gente estava na balada e
começou a tocar Djavan. Tudo bem que era uma balada tropicália, mas Djavan, DJ?
Sério? Cruzamos os braços e ficamos olhando pra ele com cara de reprovação. Uma
bronca levamos: apareceu um moço na pista e disse que o DJ só estava fazendo o
trabalho dele na humildade e estávamos sendo desagradáveis cruzando os braços
na pista. Respondemos que não éramos obrigadas a ouvir Djavan na balada e que
cruzaríamos os braços quantas vezes fosse necessário. Logo ele percebeu e
trocou a música.
Um tempo passou e A Gente (dessa
vez eu estava!) saiu para o grande agito
do ano. Era a formatura da menina passarinha, depois de infinitas contagens
regressivas. E lá estávamos na pista, esperando ansiosamente a oportunidade de
descer até o chão, quando a banda surge cantando... isso mesmo, Djavan.
Aparentemente todas as bandas e DJs do Rio de Janeiro acham conveniente tocar
Djavan nas festas.
Não que A Gente não goste de Djavan.
As músicas deles são gostosinhas. Para ouvir na praia, num fim de tarde,
olhando o mar e querendo tirar um cochilo, não no meio da pista de dança.
Ninguém dança Djavan até o chão, a menos que já tenha passado das 5h e todos já
tenham mais álcool que sangue correndo nas veias. Às 5h da manhã já estão todos
carimbados, com as pernas doendo, e felizes o suficiente para dançar o que
tocarem. Ao som de Djavan, às 5h da matina, nos abraçaríamos e ecoaríamos tranquilamente
que o luar, estrela-do-mar, o sol e o dom.
Mas não à 1h. Zoamos. Cruzamos os braços. Demos gostosas gargalhadas da
perseguição Djavanesca que nos abatia. Passou.
Depois de um dia inteiro de
ressaca moral e física, era perto das 19h quando A Gente chegou ao aeroporto
para levar A Gente embora. Ainda estávamos dentro do táxi, estacionando, quando
de repente: MEU DEUS, É O DJAVAN.
Eu confesso que JAMAIS
reconheceria o Djavan se o encontrasse dando sopa por aí. Mas as Gabrielas
reconheceram. Ficaram em polvorosa dentro do carro: precisávamos fechar essa
história com uma foto do Djavan.
Saímos correndo do táxi e, muito
envergonhadas, decidimos que eu fingiria tirar uma foto delas e pegaria o
Djavan no meio. Ríamos. Ríamos e ríamos e nos curvávamos de tanto rir. Tantas
pessoas no mundo pra encontramos e fomos dar de cara logo com o Djavan. Quando
já estávamos desistindo de criar coragem e ir embora, duas meninas chegaram do
além e pararam o cantor para tirar foto. Resolvemos aproveitar o gancho.
Enquanto as tais garotas procuravam a câmera na bolsa, já cheguei com o celular
estendido. Ele disse que eu era bem eficiente. Tiramos uma selfie. E nunca mais
conseguimos parar de rir.
#momentos
HAHAHAHAH
ResponderExcluirAdoreeeei essa história!
Quem diria, eu não encontro com um famoso nunca na minha vida e vocês encontraram logo quem?kkkk \o/
Livre Leve Livro
Essa é daquelas histórias que você lê com um sorriso bobo no rosto (eu li haha). E fica feliz pelas pessoas se divertirem tanto e ainda terem um momento incrível desses para compartilhar conosco!
ResponderExcluirBeijos Ana :3
Debora.
Eu nunca achei que fosse me recuperar depois do tanto que eu ri dentro desse aeroporto. De todas as pessoas do mundo, o rei soberano que nos tornou eternamente desagradáveis com DJs. Mal sabia ele. Ainda falei que era fãzona HAHAHAHAHAH
ResponderExcluirEsse tipo de coisa só podia acontecer com A Gente.
#acontecemcoisas
E A MINHA CARA DE ZOEIRA NESSA FOTO, não sei lidar.
ResponderExcluirHAHAHAHAHAHAHAHA GENTE! MAS GENTE!
ResponderExcluirCOnfesso, amo Djavan - inclusive tinha no iPod -, mas mesmo não estando nem perto de ver essas histórias eu fico imaginando vocês e rindo sozinha. Seus seres humanos maravilhosos!
BEIJOS <3
Demaaaaaaaais! Um amigo/conhecido meu é viciado em Djavan. Aposto que ele sentiria invejinha de vocês agora.
ResponderExcluirBeijos!
Uma das minhas músicas preferidas é do menino Djavan, então assim, eu fiquei em choque em ter ele ali bem pertinho, tirando uma selfie com A Gente, super MIGO. <3
ResponderExcluirMelhor desfecho de viagem EVER.
Te amo, amiga. Amo A Gente <3
Dja, O BONDE TE AMA (íntima).
ResponderExcluirE eu, que estava em casa, pego meu celular e dou de cara com uma selfie com o Djavan, até hoje não compreendi o que está acontecendo no universo. Você diz que são acasos, amiga, eu acho completamente o oposto: essas situações só provam que nossas vidas tem um roteirista tão zueiro quanto nós (o que é bom algumas vezes, e não tão bom em outras).
Já estou morrendo de saudades e tenho certeza que o amigo Djavan também. Te amo, amo a gente <3
*nossas vidas têm (aparentemente eu ainda não aprendi a ler os comentários antes de postar)
ResponderExcluirEu tenho pra mim que Djavan escreveu a música da minha vida, por isso sou fãzona. Mas não da pra badalar ao som de Djavan na night, por favor DJ!!
ResponderExcluirMas que história gostosa, me divertir junto com vocês, e o final foi épico. Obrigada por partilhar essa aventura conosco.
Bjs!!