Livremente inspirado nesse blog genial aqui
Se tem uma coisa da qual não posso reclamar do meu trabalho (não que hajam muitas da quais eu possa) é que estamos sempre caindo na rotina. Trabalhar numa academia de artes faz com que você viva de tudo um pouco e acabe encontrando pelos corredores gente perambulando de figurino e até o colega de trabalho que teve de pintar o cabelo (e a barba!) de cor de laranja para interpretar algum personagem.
Dessa vez, um espetáculo do Núcleo Profissional foi
aprovado em um projeto que leva peças de teatro a escolas públicas. Dentro das
obrigatoriedades do projeto, constava a necessidade do grupo levar uma fotógrafa, de forma que lá
fui eu, junto com o elenco. Eram duas apresentações, uma de manhã e uma no início da tarde, cada
uma para mais ou menos 200 crianças. Entre uns sufocos e outros as apresentações
super rolaram, foram lindas, e ainda recebemos aquele retorno de público que só se recebe em peça infantil.
Logo após à peça, as crianças foram
correndo abraçar os personagens, muitas com papel na mão pedindo autógrafos e tudo o mais. Eu
estava lá, quietinha, de fotógrafa, né. Sem figurino brilhante nem nada, morrendo de
saudade de atuar (e do glamour de ser disputada pelas crianças, que sempre querem um abraço seu
como se ele valesse um diamante (e vale)). Reparei, então, em uma das meninas
que ao invés de um só papel tinha um bloco na mão e não queria só um autógrafo: fazia perguntas a um dos nossos atores.
Olhei, dei risada e falei para ele: “Até
entrevista tá tendo aí, Rô?”, ao que a professora emendou: “A Gabriela participa
do jornal da escola e vai fazer uma reportagem sobre a peça!”. Me apaixonei. Quando eu disse que era jornalista ela ficou encantada. Logo
falei que ela tem talento e que daqui a alguns anos seremos colegas de
profissão.
Ao fim de sua compenetrada
entrevista, veio correndo me dar um abraço (yes!) e, no meio dele, me olhou
radiante e disse: “Se encontramos no
futuro!” (sic). Não me contive. Abracei-a ainda mais apertado e desejei mentalmente
que ela tenha muito, muito sucesso. Estou te esperando no futuro, Gabi! Pode
vir que ele é todo seu.
Ai, que coisa mais linda! Meus olhos se encheram de lágrimas aqui! Estou cursando jornalismo também, e é tão lindo saber que existem crianças com essa vocação e que darão continuidade a nossa futura profissão!
ResponderExcluirMuito obrigada por compartilhar esse momento lindo com a gente <3
Beijos!
Esse é o tipo de coisa que me inspira até o último fio de cabelo, sabe?
ResponderExcluirPor isso que adoro lidar com xovens, parece exagero dizer, mas eles revigoram meu espírito de verdade.
É de gente como a Gabi que o jornalismo precisa <3
beijos
Ai, amiga! Que lindo ❤️
ResponderExcluirMeu vizinho também veio me contar que se inspirava em mim e que vai ser jornalista... Meus olhos encheram de lágrimas com tamanha responsabilidade.
Imagino como você ficou ao ver a pequena falando "Se encontramos no futuro".
Um beijo 😘
Que delícia!
ResponderExcluirÉ por isso que eu amo de paixão a minha profissão (que não é jornalismo, mas espero que seja tão inspiradora quanto!). São essas palavrinhas, esses olhares de admiração e os abraços que fazem valer a pena todo o esforço.
Sorte para Gabi.
<3
Afogado em açúcar de tanta fofura que foi essa história, rs <3
ResponderExcluirMe derreti! "Se encontramos no futuro." ♥ ♥
ResponderExcluirEu escrevi um comentário mas tenho a ligeira impressão que ele não foi enviado. Então deixa eu tentar lembrar o que eu escrevi.
ResponderExcluirEu não sou jornalista, mas acho que em qualquer profissão, deve ser incrível conhecer crianças que querem ser "como a gente", sabe assim? Achei Gabi fofura pura e são crianças como ela que me fazem ter esperança nos profissionais do futuro (velha). Espero que ela consiga chegar onde quiser, porque talento certamente não vai ser problema.
beijo, xará!
Tão bonitinho quando as crianças já demonstram a vocação desde pequenas, né? Eu optei pelo jornalismo quando tinha 12 anos, antes disso não tinha a mínima noção do que queria ser quando crescesse.
ResponderExcluirQue lindeza!!! Achei emocionante só de ler... É inspirador ver gente tão jovem e empolgada com o futuro, né?
ResponderExcluirPs- tem uma tag pra você lá no blog! <3
Nunca me entendi com crianças, mas essa história é demais. Verdade que, se uma criança chegasse pra mim dizendo que por minha causa planejava trabalhar com importação (o que eu faço), eu diria: pense bem, existem outras coisas na vida. De qualquer forma, gostei do jeito que você escreve. Estou lendo outros posts além desse, você consegue prender o leitor, mesmo falando só do seu dia ou coisa assim. Muito bom.
ResponderExcluirdelirandoeescrevendo.blogspot.com.br