domingo, 31 de agosto de 2014
BlogDay 2014
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Casar, Beijar, Penhasco
sábado, 23 de agosto de 2014
Marina,
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Todas as histórias são sobre nós
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
RIP
terça-feira, 12 de agosto de 2014
2. A manicure que não deixa a filha cortar o cabelo
Monica tem lá suas dúvidas
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Sorvete de bolo de aniversário
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
- Mas mãe, fui eu que peguei o controle!
Que eu me lembre bem, nunca fui uma criança de televisão. Preferia as bonecas, os gibis e o pátio do prédio. Minha frustração, aliás, era a tal da hora do Pokemon, onde todas (e eu disse todas) as crianças subiam do pátio de volta para seu apartamento para assistir o tal do negócio e eu subia também, contrariadíssima por ninguém mais querer brincar. Até tive a fase de achar o Pikachu fofinho, mas para tirar essa conclusão eu me baseava apenas em imagens dele que apareciam em propagandas, adesivos, pacotes de salgadinhos e quem sabe até mochilas. O desenho em si, se eu tentei assistir meia vez já foi muito.
sábado, 2 de agosto de 2014
1. O livreiro apaixonado
Livremente inspirado nesse blog genial aqui
Eu já cheguei a mencionar esse moço antes, em um post que fala sobre escritores. Mas depois da minha mais recente ideia fiquei cavando a mente em busca de personagens e não demorou para que eu lembrasse dele. Lembrei de mais uns tantos que poderiam render algo e estou ansiosa pra escrever mais, mas resolvi começar com ele mesmo.
Já falei também, algumas vezes, sobre como eu fico encantada com a paixão das pessoas. Cada paixão com seu foco, todas dignas de nota. E com esse cara não foi diferente. Ele tinha aquele olhar de quem é apaixonado por muitas coisas: apaixonado pela vida, por exemplo e apaixonado pela paixão, inclusive. Sobretudo, ele era apaixonado por livros. E uso o verbo no passado só porque esse encontro se deu há uns 2 janeiros. Espero que ele ainda use tudo isso no presente.
Eu estava passando uma semana na casa da minha amiga em São Paulo, para aproveitar um pouco as férias de janeiro. Aproveitar as férias, na nossa língua, means passar horas conversando, jogando Perfil, jogando Mario Party, tudo isso de pijamas e, por ventura, ler um pouco e, pelo menos uma vez, entrarmos juntas na livraria sem medo de cometermos um estrago.
Nosso sonho é uma de nós ganhar na loteria para podermos abrir uma filial da Livraria Cultura juntas, e nosso lema seria: “Se sobrar nóis vende”. É. Mas isso não é sobre nós, é sobre o livreiro. Encontramos com ele na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos.
Entramos animadas, depois de um dia anterior frustrado: tínhamos ido até o shopping e a livraria deu com a porta na nossa cara: era dia de organização de estantes e estoque e sim, isso aparentemente existe. Adicionando 24 horas à nossa espera para a orgia literária em uma das livrarias mais deliciosas de todas, entramos devagar naquele ambiente, sentindo aquele cheiro de livros.
Ela, mais habitué que eu naquele ambiente específico, me puxou pelo braço e me levou para frente de uma estante onde ficam aqueles livros em edições de ouro. Manjam aquelas edições originais, com um milhão de páginas, capas duras, folhas fininhas com lateral dourada? Então, essas aí. E era uma estante comprida e relativamente estreita, mas era cheinha dessas edições. Ela então me disse, com os olhos brilhando: – Amiga, bem vinda à estante dos sonhos.
Foi aí que ele apareceu. Dois segundos depois de estarmos petrificadas com caras completamente abobadas na frente da estante uma voz masculina repetiu exatamente o que ela tinha dito, nos tirando do transe momentâneo: “A estante dos sonhos de todos nós”, e riu. Riu e saiu pegando os livros e falando deles enquanto nós olhávamos sem piscar para aquele moço que tinha brotado do nada para nos convencer ainda mais de que a obra completa da Jane Austen em folhas douradas era um excelente negócio. O moço falava tão apaixonadamente da coisa que eu, mesmo sem gostar de ler inglês, fiquei a 2 passos de sair daquela livraria levando a coletânea da Jane, um combo de contos de fadas e Moby Dick. Só de lembrar fico pensando em como conseguir me manter firme e colocar tudo de volta na estante e procurar algo que eu realmente fosse ler, e não só olhar e babar.
Vire mexe quando estou em alguma outra livraria Cultura, frente a frente com a estante dessas edições, eu pego alguma na mão, faço carinho na capa, decido que algum dia na vida eu compro e lembro do moço. Poucas pessoas tem a chance de trabalhar com o que tanto amam e tão perto do próprio ouro – ainda que tão longe de uma mina.