quarta-feira, 23 de abril de 2014

"Posso não concordar com o que dizes...

... mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo". Quem disse isso foi Voltaire, e eu sempre bati palmas para essa frase. Digamos que todos na vida temos nossas causas. Aquelas que mexem mais conosco, que nos afetam mais. Confesso aqui, até com um pouco de vergonha, que o feminismo não é algo que me transtorne muito. Leio artigos, leio blogs, até participo de grupos e comento vez ou outra, mas não é algo que me motiva a entrar em uma enorme discussão. Tenho amigas muito mais sensíveis ao assunto que eu, e tenho orgulho delas. 

Minha sensibilidade, no entanto, é a ditadura. Já falei disso antes. Ditadura me transtorna, me faz morder a mão de raiva, me deixa realmente abalada. Não é à toa, afinal, que chutei o ar com raiva enquanto lia Jogos Vorazes só de imaginar uma situação daquelas, e não é à toa também o fato de a vilã de Harry Potter que eu mais odeio ser a Dolores Umbridge e não o Voldemort. Enfim.

O fato é que eu me lembrei dessa frase que dá título ao post enquanto esbravejava na frente do computador (e no twitter) sobre a tal da Tati Bernardi. Deve ser a terceira vez no bimestre que eu perco meu tempo xingando muito no twitter essa mulher e o monte de baboseiras que ela fala. Isso porque eu simplesmente não consigo ver alguém falando mal de alguma coisa dela e não clicar para conferir com meus próprios olhos e passar raiva. Eu devo ser sadomasoquista. Mas talvez até valha aquela argumentação de procurar saber do assunto para poder criticar com propriedade. 

Lá no twitter eu conversava com pessoas igualmente irritadas, comentando sobre o que essa mulher escreve e principalmente, sobre o péssimo nível de sua escrita. E foi aí que a frase surgiu na minha mente de novo e me veio aquela sensação de desconforto mental: Ela tem o direito de dizer esse monte de lixo assim e quem sou eu para privá-la disso. Mas espera aí. Ela tem?

Ela tem. Ela tem todo o direito de abrir um blog e escrever a quantidade de absurdos que ela quiser. Todo mundo tem esse direito. E o leitor que não estiver interessado pode muito bem fechar a aba do blog e não abrir mais. Fim. A mesma coisa eu posso fazer fechando a aba da coluna que ela tem na Folha e não voltando mais? Posso. Mas o buraco fica muito mais embaixo.

Não sei, juro que não sei, onde a Folha anda com a cabeça para "incentivar" um desfavor desse à sociedade. Eu posso sim fechar a janela quando eu quiser, mas é inegável que tendo o respaldo da Folha ela ganha culhões para atingir um público muito maior e, portanto, possivelmente mais vulnerável. Pensar que as pessoas são esclarecidas e naturalmente separarão o joio do trigo seria muita ilusão minha. Até porque, se ela está lá, é porque ela tem IBope. Segundo a Rafa Peixoto, provavelmente ela continua lá porque tem uma legião de fãs adolescentes. E é aí que meu alarme interior pira de tanto gritar. Gente. Olha o tamanho do perigo.

Só de imaginar que adolescentes (seres que estão, ao meu ver, no auge de sua formação de valores) tenham contato e IDOLATREM uma pessoa dessas eu chego a me arrepiar. Não concordo com as opiniões dela, acho de um machismo arraigado absurdo, mas, ainda àcima disso: não dá para aceitar o baixo nível das publicações dela. Simplesmente não dá. Eu não sou careta. Apesar de apreciar a língua portuguesa e dar umas corrigidas de gramática na galera não estou querendo que nego use português arcaico para escrever no jornal, e adoro um modernismo, uma quebra de formalidade, um jogo de palavras bem utilizado. É só ler Antônio Prata e Gregório Duvivier para entender. E não é nem uma questão exclusivamente minha, de aprovar um estilo de escrita ou não, mas o de Tati Bernardi é BAIXO. Baixo para ser xulo. Baixo pelo prazer de causar. O palavreado é inaceitável, e olha que eu (confessadamente e envergonhadamente) curto um palavrão. Solto vários na linguagem falada e não me orgulho disso. Solto mais ainda conversando com as minhas amigas no chat, mas no meu blog você encontrará poucos. Em uma coluna de jornal, gente? Em um jornal do porte da Folha? Chamar vagina de xota, ximbica, xexeca, se referir ao ato de parir como xuranha arreganhada, chamar a mulher de Gata e os leitores críticos de fofoletes malas pseudo sociólogos. GENTE! Não. Os limites, eles existem. Ou pelo menos deveriam existir.

Posso ter me visto como hipócrita por, em um primeiro momento, achar um absurdo essa mulher ter o direito de escrever, ao mesmo tempo que proclamo contra a ditadura. No entanto, foi só pensar um pouco mais para perceber que uma coisa realmente não tem a ver com a outra. Essa mulher não tem ética. Ela não honra a classe, não honra a posição que tem no jornal, não honra sequer seu público ou a possibilidade de um leitor crítico. Prefere zombar deles chamando-os de fofoletes ou de recalcados. FOFOLETES, gente. E venhamos e convenhamos, não posso usar comigo mesma o argumento do direito à liberdade de expressão da moça para deixar de escrever meu post porque, observem, a própria, em seu último texto postado (que foi apenas mais um absurdo entre mil outros) passa linhas a fio mandando as mulheres pararem de postar nas redes sociais ou mostrarem álbuns de fotografias de seus partos humanizados. Cada um tem o direito de postar a foto que quiser na rede social, gata. Se tem alguém aqui que não devia ter direito de alguma coisa, deveria se você: o de exibir todo o seu machismo-em-baixo-calão nas páginas de um jornal. E tenho dito.

P.S.: Não coloquei links do texto que citei e nem de nenhuma fonte dela no meu post porque não quero que, de uma fonte minha, saia propagação de algo com o qual absolutamente não concordo. No entanto, se quiserem procurar, basta jogarem o nome da moça + Folha de SP no google. 

P.S. 2: A discussão saudável e bem argumentada é sempre bem vinda, e por isso a caixa de comentários desse blog é livre. Conheço muita gente que discorda da escritora tanto quanto eu, por isso resolvi tirar a discussão do twitter e trazê-la para cá. Se alguém discorda de tudo o que eu disse, tem argumentos e aprecia a escrita da moça, por favor, e com educação, não se atenha em comentar! Juro que tenho interesse em ler.

12 comentários:

  1. Onde eu assino embaixo? Na verdade, ela teria todo direito de não querer ver o colo do útero das mamães no Facebook dela - e ela poderia ATÉ MESMO escrever sobre isso. Mas tudo é a maneira. A forma vulgar e chula com a qual ela trata o assunto faz com que tudo pareça feio e nojento - quando não é. Tudo bem, eu mesma não gostaria de ver essa foto na minha timeline. Mas um parto humanizado não é só isso e, naquele texto, mesmo que não tenho sido a intenção, ela faz parecer. E, basicamente, é pela escolha do vocabulário.

    Todo mundo pode escrever na Folha de São Paulo mesmo, viu.

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  2. Tirou toda e qualquer palavra da minha boca, Ana!
    Me espanta muito a moça - aliás, moça não, mulher - usar termos tão... infantilóides pra escrever num jornal como a Folha de São Paulo. Querendo ou não, é um veículo de informação bem sério, e mesmo que ela tenha uma coluna lá, ainda sou a favor de ter certos limites para quem escreve por lá. Como você mesma citou, o Duvivier e o Prata fazem isso com maestria, sem cair no erro da arrogância. Bernardi pode até escrever para adolescentes, só que isso não dá carta branca pra escrever tanta asneira de forma tão idiota.
    Sem contar que, meu Deus, ela falou sobre parto humanizado. De mil e uma formas de abordar o assunto, ela escolhe uma das mais fúteis: reclamar das eventuais fotos de uma vulva/vagina exposta, concebendo um bebê. Entendo bem quem prefere se resguardar de ver as imagens, ninguém é obrigado a achar bonito ou ler a poesia que aquilo tem. Mas ponto, cara, para aí o assunto. Tanta coisa a mais pra falar, pra problematizar, tanto meio de usar aquele espaço e fama que ela tem pra conscientizar os leitores sobre mil coisas e... Nada. Só decepção define (além de asco, raiva, e outros mil sentimentos de URRRRRRGH).

    Well, desabafei aqui também.
    Beijo!

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  3. É bem isso que você falou: que desfavor essa mulher realiza, santo Deus.
    No período que a violência obstétrica está começando a ser discutida, a criatura vai lá e me escreve com um vocabulário baixo daquele. Sem contar as tantas outras coisas que ela já escreveu.
    Mas acho interessante esses "movimentos contra", pelo menos você fica torcendo pra alguém se questionar e ir atrás pra entender o porquê de não concordarem.
    Beijos!

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  4. Ana Luísa! Cara, quê isso?
    Tirem a Tati da Folha e coloquem a Ana, PELAMORDEDEUS.


    Olha, há um tempo atrás lia o que a moça-que nada tem de moça-escrevia, mas com o tempo, fui vendo exatamente essas coisas que você descreveu e cansou minha beleza e minha paciência.

    Não acrescenta nada aqueles textos. Nem risada nos arranca, pra salvar alguma coisa. Um lixo.
    Não que eu escreva alguma coisa, mas pelamordeDeus...

    Quando tu começar a escrever sua coluna num jornal conhecido, cara, vou ter muito orgulho - porque assino embaixo de tudo que escreve. :D

    Beijoca.

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  5. Vamos lá: como já comentamos na Máfia, a Tati Bernardi não está ali por causa da qualidade do trabalho dela e nem acredito que seja por conta de um público específico que ela atrai pro jornal, mas sim pra atrair cliques. Esse é o motivo de todos esses textos nojentos, exagerados, que gritam por atenção e revolta. No começo do ano, o Think Olga lançou uma campanha para paramos com o clique de indignação, esse ibope que damos às torneirinhas de lixo da internet que acessamos só pra comprovar que é absurdo e passar mal de raiva. Porque esse é o objetivo desses textos, atrair cliques, caçar acessos.

    Também adoro essa frase do Voltaire, e há um tempo tenho colocado ela em prática na minha consciência. Ela tem direito de escrever esses absurdos, o jornal tem direito de publicá-los (ai de mim que sou romântica, mas até eu sei que vivemos num mundo onde responsabilidade social é a última preocupação dos grandes veículos), mas a gente tem direito de se indignar com isso também, como você está fazendo agora. E é nisso que a Tati Bernardi me parece mais patética, mais criança e mais primadona insuportável: ela quer falar de xuranha no jornal de maior circulação do país, mas não aguenta ouvir de volta. Chama todo mundo de bobo e feio, trata com condescendência. Preguiça, sabe?

    Enfim, desde o começo do ano tenho me esforçado pra não dar cliques nem audiência pra esse tipo de serviço porco, e tem sido ótimo respirar menos chorume. Te aconselho a fazer o mesmo.

    Te amo <3
    beijos

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  6. Tô aqui pensando. A Tati começou justamente com blog, se não me engano. Foi ficando famosa pela internet, sendo publicada, é/foi roteirista da globo e agora pode escrever num jornal grande desses. Quando eu era mais nova gostava de ler textos dela, muito por me identificar com esse tom revoltadinho/diferente dela. Hoje não só não gosto da maneira como ela escreve mais, como também acho que ela precisava dar uma crescida.
    Mas contraditoriamente não acho que o maior público dela seja adolescente. É meio louco, mas acho que hoje em dia tudo que envolve pouco senso crítico acaba sendo ligado aos adolescentes, e você sabe o quanto defendo eles. Vejo muita gente adulta compartilhar frases e textos dela. A questão é que ela acaba conquistando um determinado público porque veste muito essa roupagem de ser sincera, transbordar sentimento e tal. Isso acaba chamando atenção. Só que ela tem um problema seríssimo de separar público e privado, não tem nenhuma ética e o que mais existe aí é veículo imenso de comunicação que tá na casa da ~família brasileira~ mas nunca sequer parou pra pensar em ética. De um lado uma ideologia muito perigosa e do outro o interesse de cliques (porque cliques = dinheiros). O que pode sair desses veículos? Hoje acredito muito pouco nessa imprensa super poderosa e não me surpreende que ela faça o estilo deles.
    Outra coisa, não me incomoda particularmente o fato das palavras que ela usa serem pesadas. O problema é que estão lá sem nenhum propósito, só pra causar mesmo.

    Beijo <3

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  7. Amiga, primeiro: obrigada por esse post. Sei que quase sempre digo isso, mas é impossível mensurar quão necessárias essas palavras foram.

    Ontem mesmo vi minha prima de quinze anos compartilhando um texto da Tati Bernardi, e no tumblr o que mais se vê são trechos avulsos das coisas que ela escreve com fotos bonitinhas. No twitter também é uma chuva disso tudo, mas até aí são coisas inofensivas que ela escrevia quando também era inofensiva. Quando falava de sentimentos e dias muito muito ruins que não deveriam ter acontecido.

    Acontece que, como a Mimi disse, ela ganhou espaço. E não foi pouco. Um baita espaço num dos maiores jornais em circulação desse país, uma coluna só dela, onde ela tem exercido com pouca ou nenhuma ética a profissão que ela escolheu. Sinceramente, acho que esse hype todo em torno dela já perdeu as estribeiras, assim como ela claramente também já.

    E tem outra: as pessoas me irritam muito por serem cegas quando gostam de algo. Não é porque antes ela escrevia coisas legais que eu vou ter que amar tudo que ela escrever pra sempre, até mesmo se for um texto merda como esses últimos. E isso acontece muito em torno da coisa que a Tati Bernardi se tornou.

    Esse texto em particular me deixou irritada por conta da necessidade absurda dela de chocar. Pra quê usar aquele palavreado? Isso tudo é pra mascarar falta de habilidade com as palavras? Porque não deveria ser isso, já que ela é roteirista e a coisa toda. Só me resta pensar que ela anda nuns dias ruins e a melhor coisa que consegue pensar é aquilo. E aquilo, amiga, é muito muito ruim.

    Por favor: não se aquiete acerca das coisas que te inquietam <3 <3

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  8. Onde estão escritoras como você no jornal? <3

    Muito amor de ver que tem gente que não concorda com o desserviço que Tati anda fazendo nas redes sociais. O pior de tudo é que sinto apenas o cheiro de buzz crescendo, sem preocupação com conteúdo e mais conhecimento. Tati precisa de ibope e a gente dá quando ela solta uma dessas. Ela sabe que gera compartilhamento da besteira que escreve, desse jeitinho baixo aí.

    Outro post sobre o assunto, que me deixou bastante feliz, foi daqui, ó: http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2014/04/gata-eu-quero-ver-voce-parindo.html

    Enfim, fico bastante alegre de ver que, com argumentos, você criticou alguém que infelizmente está com mais popularidade do que todas. Mas quando uma, duas, três se manifestam, dá aquela esperança de continuar vivendo, sabe?

    Ah, para ver como você não é a favor da ditadura e se importa com a ética e a propagação de boa educação, veja a analogia que poderia ser feita com um texto sobre gays: "Eu não sou contra, até tenho amigos que são, mas é nojento o fato deles postarem beijos nas redes sociais. Essas bichas que dão o cu não precisam dessa exposição toda. Acho desnecessário." Ah. Acho que a Tati faria meu texto melhor.

    Enfim, obrigada pelo texto! :***

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    1. E desculpa pelo exemplo tenso. É que eu precisava procurar algo normal e destruir como a Tati fez pra ver que eu também não estava atacando a livre expressão dela.

      :**

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  9. Não sei muito bem o que comentar já que nunca acompanhei nada dessa moça. Aliás, vou te dizer que até bem pouco tempo eu nem sabia quem era ela na fila do pão. Claro que notava um certo burburinho no Twitter e no Facebook, mas nunca fui atrás: todos os textos soltos me pareciam extremamente genéricos e não me provocavam identificação alguma. Só fui saber que ela estava na Folha, quando vocês me mostraram aquele texto bizarro. Tanta gente classificando o material de 'irônico' e eu tentando acreditar nisso para apagar a impressão de machismo (e até misoginia) que as palavras dela me provocaram. Tá na cara que ela ama um shock value e que isso está dando ibope. Quando entrei na Folha, o texto dela era o segundo mais lido. Concordo muito com seu texto. Não acho bacana usar o escudo da liberdade de expressão para propagar esses discursos. É realmente um baita desserviço. Mas amiga, falando sério agora, para de dar audiência pra essas coisas. Eu parei faz tempo e me trouxe uma paz tão grande! Claro que é importante se revoltar e acredito que você tenha provado muito bem seu ponto nesse post, porém, como Annoca disse, nossos cliques de ódio são positivos para quem difunde as ideias que nos enojam. Gostei demais desse post, nunca tinha te 'lido' tão indignada, hehe.

    Beijos <3

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  10. Li poucas coisas da Tati Bernadi, e aquelas que li foram justamente aquelas que acenderam a polêmica toda em torno da escritora. Não tenho como dizer de todos os textos dela, mas os dois que li realmente me deixaram inconformada, enojada até. E fico realmente indignada que uma autora que enche o texto de xingamentos, meio que gritando por atenção, seja publicada por um jornal de alcance nacional, que é o caso da Folha. Claro que ela tem o direito de escrever a baboseira que quiser, eu mesma usufruo desse mesmo direito no meu blog, e estou exercendo esse direito neste instante, na sua caixa de comentários. Mas acho que pra tudo há um limite, e bom senso está aí pra isso. E só aproveito pra fazer coro às outras meninas (desculpe! Achei o assunto tão legal que li os outros comentários!): tirem a Tati e coloquem a Analu na Folha!! (:

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  11. Antes eu gostava da Tati Bernadi,curtia ler os textos dela e tudo mais,mas desde que comecei a fazer jornalismo,achei que eles ficaram tão chatos,não tem mais aquela graça de ler!E mil vezes seus textos na Folha que os dela!
    Um beijo,Mariana.

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