Quando eu morava em São Paulo, eu tinha uma vizinha de porta. Um belo dia essa vizinha engravidou. Um outro belo dia, nasceu o neném.
Quando fui conhecer o Guilherme, eu não lembro quantos dias eles tinha de nascido, mas aquelas bochechinhas me encantaram. Depois de Guilherme, eu e minha vizinha nos tornamos bem amigas. Queria me ver feliz era ela tocar a campainha lá de casa com aquele bebezinho bochechudo no colo me chamando pra ir ali na casa dela, que ficava a menos de 1 passo da minha. E eu passava horas lá. Conversando com ela, e claro, com o Gui no colo. Ninei, beijei, fiz cosquinhas, dei banho, dei papinha, e um belo dia, a vizinha estava grávida de novo!
Tenho que admitir que a Letícia eu curti desde antes. Essa daí eu curti desde a notícia da gravidez. Quando a Camila (a vizinha!) bateu na porta da minha casa e disse que dessa vez era uma menina eu quase chorei de tanta alegria! Ia ter um casalzinho pra eu babar!
Morando longe da família, eles eram meus priminhos que moravam perto. E como moravam perto! Estavam há um toque de campainha de distância. Guilherme e Letícia eram minha alegria nas tardes ociosas – e também nas não ociosas: Larguei muitas lições de casa e livros de física para passar a tarde com eles, quando deveria estar estudando. Eram os abraços pequeninhos que eu adoro receber. Eram aqueles que chegavam no meu quarto e eu deixava pegar todos os bichinhos que queriam, mesmo sabendo que eu ia passar um belo tempo arrumando tudo na estante de novo.
Nem to falando da mãe deles porque deve ser meio óbvio né. Camila se tornou uma das minhas melhores amigas rapidamente, e passar horas na casa dela se tornou muito além do que simplesmente brincar com as crianças. Depois que elas iam dormir a gente batia altos papos, conversávamos sobre tudo.
Camila teve que se mudar de bloco, mas mesmo assim, no mesmo prédio, e eu lembro que ao entrar na casa dela e ver as caixas eu me escondi pra chorar. Porque ela não estaria mais ali do ladinho. Acho que não demorou um mês e quem recebeu notícia de mudança fui eu. Mas eu ia pra muito mais longe que o mesmo bloco de um prédio.
Foi difícil me despedir da Camila, mas daquelas crianças, doeu demais. Até hoje eu tenho pavor que elas me esqueçam. Da última vez que eu fui em São Paulo eles ainda sabiam quem era a “Anaísa”, mas eu tenho medo de um dia chegar lá e eles não terem noção de quem eu sou.
É provável que um dia isso aconteça, fazer o que. Mas o importante é que eles saibam que eu nunca vou esquecer aqueles 2, cheios de abraços, beijos, e sorrisos.
Porque eu resolvi falar isso hoje? Bom, porque eu abri a minha gaveta pra procurar um pendrive e dei de cara com isso:
Mamãe foi em São Paulo em janeiro. Camila deve ter mandado isso com ela, e ela com certeza esqueceu de me avisar que tinha colocado na minha gaveta. Sei que a surpresa foi boa. Eu fechei a gaveta com essas fotos na mão, e esqueci completamente do pendrive. Sorri e chorei olhando pra elas, pensando em como eu queria abraçar esses dois agora, e ouví-los me chamar de Anaísa, mesmo sabendo que eles já conseguiriam falar Ana Luísa perfeitamente.
Meus amores, nunca se esqueçam: A minha porta não está mais a somente uma campainha de vocês, mas é só pegar um avião. A minha estante mudou, mas os bichinhos continuam ali e a Anna Beatriz ia adorar companhia para desarrumá-los!
QUE LINDO SEU LAYOUTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT
ResponderExcluirEstou bobíssima com teu layout! O stress valeu, viu? O resultado foi maravilhoso! Lindo, lindo.
ResponderExcluirmadi.
aaaaaaaaaaaaaaaai que vontade de chorar lendo isso e vendo a foto, "Anaísa" *-* hahahaha Imagino o quanto você os ama... Já deixei de estudar várias vezes para empurrar um carrinho de bebê também ( da minha prima, é mais perto, mais difícil dela me esquecer, mas enfim ).
ResponderExcluirAh, e o seu layout ficou ótimo =)
Gostei muito do layout novo!
ResponderExcluirSei como é difícil se separar de pessoas que a gente gosta tanto, principalmente quando elas são tão pequenas que você tem medo que elas não se lembrem de você. Mas você pode sempre lembrar que já fez parte das vidas delas, e elas da sua, e isso ninguém tira de você.
Bjos
Que meninos mais fofos!! Acho que com o passar do tempo, principalmente quando você passa a morar mto longe de determianda pessoa, a distância atrapalha muito e as pessoas acabam se afastando mesmo :// Mas é bom quem sabe algum dia encontrar eles mais grandinhos e contar como que eram essas tardes, eles provavelmente iriam gostar! Ou quem sabe encontrar algum meio de contato (até carta!) e falar com a Camila.
ResponderExcluirbeijos
Nossa...que coisinhas mais fofas! Impossível não se apaixonar! Beijos
ResponderExcluirEu também tenho medo que esse tipo de coisa aconteça comigo! hahaha Ainda mais que eu tenho um priminho que é muuuito tímido, aí sempre a gente se vê, ele mal me cumprimenta, fico toda chateada.
ResponderExcluirO Gui e a Letícia são liiindos! *--*
Beijos
Eu acho que você vai ser uma ótima mãe. Aliás, mais que ótima!
ResponderExcluirMudanças no blog, ficou muito legal.
ResponderExcluire o texto, me emocionou. beijo
Ai que lindo!! Eu também sou uma babona dos filhos dos outros sabe? E ainda te digo mais, te prepara p/ quando vc encontrar com eles de novo e eles estarem maior do que vc. Muito louco isso hauahuah.
ResponderExcluirLindão o layout.
Beijos!
Ana Luiza, obrigado pelo carinho que vc tem pelos meus netos e com minha filha Camila. Seu texto "Minhas crianças em São Paulo" me deixou muito emocionado e tb feliz em sentir o quanto vc gosta deles...
ResponderExcluirQue Deus te ilumine e vc continue essa pessoa bonita (por dentro e por fora) que vc é.
Admiro muito sua família, e sei que vc é fruto dessa família...
Abraços