( ) Ela chama a mãe para uma conversa, ouve a mãe, e tenta expor seus argumentos
sábado, 31 de maio de 2014
Vamos falar de "Em Família"?
( ) Ela chama a mãe para uma conversa, ouve a mãe, e tenta expor seus argumentos
segunda-feira, 26 de maio de 2014
A era do espetáculo
Continuação do post passado
Uma vez, rodando pelo tumblr, encontrei uma frase que nunca mais esqueci. Ela dizia que nosso grande problema era basicamente o fato de que comparamos nossos bastidores com o espetáculo dos outros. Palmas. É uma forma mais evoluída da famosa máxima que diz que a grama do vizinho é sempre mais verde.
E isso é assim desde que o mundo é mundo. A vida do outro sempre parece melhor. Claro: só vemos a parte boa. Agora, se isso já era assim desde sempre, tudo foi astronomicamente potencializado com as tais das redes sociais. Todo mundo é feliz no facebook, menos você. Todo mundo está postando foto de praia no Instagram enquanto você está trabalhando na quarta-feira a tarde. Sábado a noite em casa? Deus te livre! Está todo mundo na balada se divertindo absurdos com um drink na mão e rodeado de amigos.
Milly Lacombe já publicou um texto maravilhoso na TPM, onde dizia que as lágrimas doloridas e os momentos angustiados, esses nunca iam parar no facebook. Pelo menos não se a gente não pensar em nenhum poema ou música que nos ajude a sofrer em público com estilo, claro. Isso não foi ela que disse, fui eu mesma. Mas enfim. Não é fácil viver na era do espetáculo.
E eu pensei tudo isso enquanto, no meio do desafio dos 100 dias, estava sentada na cama, com um livro infantil na mão, e minhas primas Anna e Nina. Uma de cada lado. Nós ríamos enquanto eu lia a história e elas apontavam as figuras. Pensei que eu estava me sentindo infinita naquele momento. Peguei o celular para fotografar e postar o meu momento feliz do dia. Não consegui a foto, e as meninas dispersaram. Levei um soco no estômago.
A ideia do projeto é muito boa. A intenção é incrível. A gente realmente tem momentos felizes em cada dia, e precisamos perceber que sempre existe uma razão para sorrir em um dia horrível. A questão é que é exatamente nesse momento que não estamos segurando a câmera.
As minhas fotos vinham sempre um pouco antes ou um pouco depois do melhor momento. Invariavelmente. Mesmo as fotos dos momentos felizes no Rio de Janeiro, com minhas amigas. Fotografei muito, porque queria poder ver as fotos e sorrir de novo depois. Mas nada que foi fotografado vai chegar aos pés do momento onde as câmeras estavam guardadas e nós todas corremos juntas em direção ao mar como se nunca o tivéssemos visto na vida. Nunca.
Nenhuma das fotos que eu tirei do meu afilhado mostram um momento tão incrível como quando ele jogou os bracinhos para mim. Nenhuma foto em que eu estava aninhada na cama, no meu edredom, será tão reconfortante quanto o momento do dia onde eu, de banho tomado, me atirei nos lençóis e estiquei as pernas. As fotos estão sempre um momento antes. Ou depois. E digo que o projeto foi realmente positivo: Para eu perceber que a vida é pior do que a gente mostra em nosso Instagram. Mas é muito melhor, também. Não tem filtro que seja melhor que um sorriso verdadeiro. E não tem #selfie que capture uma priminha segurando na sua bochecha e dizendo que você é linda. A felicidade está nas pequenas coisas sim! Principalmente nas frações de segundo em que elas não tem como ser fotografadas.
Para finalizar o post, coloco minha última foto do projeto, onde estou vivendo meu 100º momento feliz. Nela, eu comemoro o fim do projeto, o fato de eu ter conseguido chegar ao fim, e o fato de ter conseguido analisá-lo dessa forma. Ah sim: estou segurando um toblerone. Preciso dizer que momento onde eu abri o chocolate e comi foi muito mais feliz que o momento da foto!
PS: Sou uma eterna apaixonada por fotografias e registro de momentos. Toda essa reflexão não vai me fazer parar de fotografar. Mas foi interessante. Tentarei, pelo menos, não parar de ler com minhas priminhas para isso.
PS2: Já pensou que maravilha o mundo se todos tivéssemos fotógrafos à nossa disposição? Assim os momentos infinitos seriam fotografados, pois não teríamos que parar para pensar na foto.
sábado, 24 de maio de 2014
100 dias felizes
Uma coisa sobre mim que talvez vocês não saibam é que eu adoro me enfiar em roubadas projetos fotográficos. Acho que o primeiro deles foi o dos 365 dias, no flickr. Tentei fazer com minha câmera boa e, nos mais ou menos primeiros 30 dias foi divertido. Eu ficava pensando na foto, me esforçada para ter ideias e produzir algo legal. Além disso eu estava no Espírito Santo e tinha uma variação confortável de cenários, entre casa de primas e casa de vovó. As férias acabaram, eu voltei para casa, e comecei a me entediar em pensar em fotos dentro do meu quarto. Porque, claro, não ia incluir uma câmera grande na minha rotina fora de casa: ela pesa na bolsa e eu não ia tirá-la aleatoriamente de lá na sala de aula para fotografar um professor dando aula. Isso sem contar na preguiça de ficar baixando foto para o computador todo dia. Comecei a tirar vários dias seguidos, e aí na hora de baixar eu já não sabia qual era de cada dia, nem se tinha pulado algum. Desisti com pouco mais de 60 dias, chutando deliberadamente porque fiquei com preguiça de abrir o flickr para conferir.
Aí chegamos ao advento do Instagram. Gente, que fácil! Eu amo o Instagram. A coisa mais difícil do mundo é eu ficar um dia inteiro sem postar alguma coisa, não tem como ser tão complicado assim. Toda vez que algum instagrammer famoso e/ou blogueira resolve lançar algum desafio diário eu acho que é uma ideia legal. Muitos eu arquivo mentalmente e nem começo. Alguns não passam da 3ª foto. Parece fácil, mas vai incluir, no meio da rotina, pensar em como tirar foto de “4”. Ou “rachadura”. Ou, sei lá, “tigre”. Parece fácil, repito. Mas imagine 365 palavrinhas dessas e a sua vida acontecendo enquanto você tenta participar de reuniões e parir a ideia de uma foto. Não consigo.
Ok. Câmera boa-e-grande pra cima e pra baixo não rola, desafios diários com temas definidos não rola, e aí alguém foi lá e inventou o 100 happy days que, extremamente apelativo, te faz a seguinte pergunta quando você clica no link: Você conseguiria ficar feliz durante 100 dias seguidos? Não contente com a nada inocente pergunta, ele ainda te joga a segunda: Você não tem tempo para isso, não é?
Quando você já está com os olhos franzidos e olhando para a tela com um ponto de interrogação bem atrevido rodando a sua mente, ele te joga esta ~bomba~ : 71% das pessoas que tentaram completar esse desafio falharam, citando a falta de tempo como principal razão. Essas pessoas simplesmente não tinham tempo para ser feliz. Você tem?
TENHO, claro! Preciso provar para essas pessoas (who?) e para mim mesma (ouch!) que eu tenho tempo de ser feliz, ora bolas! Vou brincar disso sim, esfregar minha felicidade na cara de quem não consegue (404 error) e vou carregar as amigas comigo porque is only real when shared.
E foi assim que, a pouco mais de 100 dias atrás, eu joguei a ideia na máfia e arranjei mais parceiras do que imaginava. Criamos hashtag para as nossas fotos e tudo. Acredito que começamos brincando em 8 ou 10 pessoas e estamos terminando hoje, no 100º dia, em duas. Apenas eu e Nine chegamos ao fim. E sobre ela eu ainda não sei, mas eu cheguei por questão de honra só para poder escrever com propriedade a respeito do assunto. Depois dessa introdução enorme, deixarei meu pergaminho de conclusões e filosofias de boteco a respeito do projeto para o post seguinte. Hoje deixarei apenas uma pergunta que eu adoraria se vocês respondessem: Assim, sem pensar muito, o que vocês acham da ideia desse projeto?
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Selecionando
terça-feira, 20 de maio de 2014
Quebrando paradigmas
Esse é meu layout novo e ele não tem rosa. Esse comentário não fui eu que fiz, foi a Anna. Ela começou a bater palmas em emotions de whatsapp quando eu mostrei a obra nova da Tary para o meu blog. Aliás, o paradigma da Tary fazendo os meus layouts eu não quero mudar nunca. Sobre agora: realmente não tem rosa, e não foi só isso que mudou.
Acho que as relações interpessoais chegam num nível incrível quando as pessoas descobrem o que você quer ou pensa antes mesmo de você descobrir. E foi assim que, quando a menina Taryne disse que estava começando a fazer um layout novo para mim e me pediu uma figura, eu pensei por alguns minutos e logo bradei que queria uma moldura vazia ao lado do título. Ela disse que ia procurar a de Friends. Eu disse que Friends não, era muito emblemático. Queria apenas uma moldura vazia. Ela disse que uma moldura vazia não daria sentido nenhum e que era melhor usar a de Friends. Assenti, e no momento que assenti, percebi tudo.
Eu tenho um quadro de Friends no meu quarto. Tenho a moldura na minha porta. Tenho o sofá do Central Perk na escrivaninha. E tenho as 10 temporadas empilhadas, também em cima da escrivaninha. E não. A epifania que eu tive obviamente não foi que eu descobri que amo Friends, porque, alou. O que eu percebi foi que realmente chegou a hora do blog incorporar esse espírito, porque eu cheguei nele.
Não divido apartamento com meus amigos, nem pago as contas de luz da minha casa. Mas não sou mais a adolescente que eu era quando criei isso aqui. Quero dizer, acredito que a gente carrega a adolescência para sempre, e isso aqui não é para dizer que eu cresci ou evoluí. Muito pelo contrário: Ontem a essa hora eu estava chorando na minha cama por achar que estou com a vida arruinada (oi?) e ter certeza de que a Analu de 15 anos não ia querer olhar na minha cara nunca. Hoje, quando eu comecei a tentar fazer coisas que podem mudar meu estado de espírito para melhor, lembrei como as crises podem ser boas para nos impulsionar para frente. E o que é Friends senão crise, gente?
Sempre disse que entre os 6 eu era a Rachel, e me sinto cada vez mais assim, com a frase “real life sucks and you gonna love it” ecoando na minha cabeça. Não duvido que a vida real seja uma merda, mas aposto que a gente experimenta e gosta um tanto. Ainda não estou inserida até o talo nela – mas nunca tive tanta vontade.
E a quebra de paradigmas? Bom, não tem rosa no layout. E muitos layouts desse blog já mudaram. Mudanças vieram, mudanças se foram, e eu tinha insistido em não mexer em dois gadgets que eu inventei junto com a criação do blog. Um mais, e um menos, onde eu preenchi, ainda nesse dia da criação do blog, com coisas que eu queria mais no mundo, e coisas que eu queria menos no mundo. Olhei forte para elas hoje e pensei no sentido que elas fizeram e faziam, e resolvi que mesmo que ainda façam sentido, não cabiam mais ali. Deixarei registradas aqui, para não esquecer dessas palavras que me acompanharam nesses quase 6 anos de blog:
- Mais: Amor, amigos, festas, beijos, abraços, música boa, crianças, filhotes, felicidade, paz, sorrisos, risadas, piadas, livros, palavras que tocam a alma, janeiro, verão, sol, chuva pra dormir, passarinhos cantando, Friends, sapatos, Calvin Klein, fondue, batata frita, domir, acordar.
- Menos: Dor, gente passando fome, funk, punk, meninas de 9 anos engravidando, jiló, abobrinha, sábado em casa, propaganda eleitoral, fila, trânsito, gente que não dá valor à vida, corrupção, brigas, perda de tempo com inutilidades, dormir no ponto, acordar de mau humor.
O que foi que eu reparei? Que a penúltima palavra do “mais” era DOMIR e não DORMIR. 5 anos e 6 meses de blog, gente. 5 anos, 6 meses, e um R a menos. Se formos usar a teoria do ato-falho de Freud, podemos concluir que isso aí era uma forma de me mostrar que no fundo eu nunca quis dormir mais. Metaforicamente. Dormir é bom, mas a gente precisa estar acordado para a vida. Mesmo quando está dormindo. Ainda dá tempo. E quando a gente senta para chorar e tem certeza que não faz a menor ideia do que está fazendo com a própria vida, é bem nesse momento que a gente percebe que precisa fazer mais. É bem aí que a gente cresce, pelo menos um pouco.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Quem não tem cão caça com gato
Já comecei o meme levando na cara, porque não fazia ideia de como responder a essa questão. O que me fez pensar, é claro, que eu não acredite exatamente na ideia de que eu tenha um livro na manga para indicar para qualquer pessoa. Geralmente eu tento, em fração de segundos, varrer a pessoa que me pede indicação e falar alguma coisa que tenha a ver com o jeito dela. No entanto, quis dar uma passeada no skoob por desencargo de consciência e lá na minha parte de favoritos encontrei, no meio de outros 47, Extraordinário, da R. J. Palacio. Acho que indicar, indicar mesmo eu devo ter indicado para umas cinco pessoas. Mas analisando bem, esse certamente seria um livro que todo mundo poderia e deveria ler. Acreditem em mim.