terça-feira, 30 de outubro de 2012

PartyHard Literária, parte final

10

Vamos lá então à última rodada de perguntas valendo 1 milhão de reais.

22 – Cite 3 escritores que você gosta. Fale sobre eles

J. K. Rowlling. – Nem preciso explicar, né. Foi com ela que eu consolidei minha paixão pelos livros, e acredito sim que é graças à ela que li tudo o que já li nessa vida! Não canso de agradecer mentalmente e de coração pela infância/adolescência maravilhosa que eu pude viver ao lado de Harry Potter e todos os outros personagens. Não podia existir um mundo para mim onde Hogwarts não existisse. Eu certamente sentiria saudade de algo que eu nem conheceria. Mais uma vez, obrigada, J. K. Rowlling. Você é a minha favorita.

Meg Cabot – Logo na entrada da adolescência, apareceu a Meg na minha vida! Tirando a coleção inteira do Diário da Princesa, houveram muitos outros, que além de deliciosos, românticos e engraçados, enfeitam minha estante com capas lindas e coloridas! E permearam muitas conversas pelos recreios do colegial com as amigas!

Florbela Espanca – Como não citar Florbela. Florbela que me mostrou a maravilha que podem ser as poesias. Florbela que me apaixona e me tira suspiros a cada re-leitura. Florbela que traz um buraco enorme pro meu peito, que me faz desenhar corações pelo livro, que me traz um encantamento desmedido a cada momento. Florbela, que se posicionou na cabeceira da minha cama para nunca mais sair.

23 - Com que frequência você lê fora de sua zona de conforto? Você costuma abrir os horizontes para novos escritores, gêneros, países quando o assunto é leitura ou você lê sempre o mesmo dos mesmos?

Zona de conforto? Olha, tem tem tempo que eu não sigo uma zona de conforto! Acho que foi desde quando eu resolvi ler Dostoiévski por minha conta em risco. Desde então eu leio o que eu tenho vontade, e sempre proclamo um viva à diversidade! Desde romances adolescentes-água-com-açúcar a Bukowski! Mas nem tenho uma preocupação e sair da zona de conforto. Eu leio o que tenho vontade.

24 - Cite um livro que você achou que não iria gostar e acabou adorando

Precisamos falar sobre o Kevin! Calma, não é nem que eu pensei que não fosse gostar! Eu quero ler esse livro desde que ele lançou, mas sempre fui enrolando, porque achei que não ia gostar da narrativa! Preferia, então, ficar vivendo aquele amor platônico pelo livro, com medo de pegar realmente nele e não gostar. Aí eu finalmente tomei vergonha na cara e comprei, junto com minhas amoras, na bienal do livro. E simplesmente devorei. Não consegui fechar o livro. A história é incrível e a narrativa é maravilhosa! Não conseguia soltar! Amei, amei, amei.

25 - Cite um livro que você achou que iria gostar e acabou não gostando

Os Homens que não amavam as mulheres, da série Millenium. Gente, ouvi falar tanto da série, mas tanto, que achei que ia amar. Pra ajudar, meu pai comprou o livro e eu nem precisei gastar. THANKS GOD, senão, estaria me odiando! DETESTEI o livro. Demorei uns 2 meses pra ler, achei a narrativa horrível!

26 – Fale de alguns hábitos literários seus

- Dificilmente eu abandono um livro. Mesmo que eu esteja odiando, eu procuro ir até o fim.
- Adoro parar no meio da leitura para cheirar o livro ou fazer carinho na capa
- Sempre leio virando a pontinha das páginas seguintes. Desde os meus 4 anos.
- AMO marca páginas, tenho coleção. E fico possessa com quem pede meus livros emprestados e usa a orelha para marcar. PLMDD, galera.
- Sempre estou com o livro do meu lado, porque acho que tenho direito aos meus read breake times. No meio daquela aula chata, eu abro e leio uma página. No meio do trabalho, entre um release e outro, dá pra dar uma respirada lendo um capítulo…
- Adoro que as pessoas reparem no livro que estou lendo/perguntem qual é. Mas odeio quando perguntam como é a história, porque nunca sei resumir, fico nervosa e acabo desandando a falar!
- Adoro livrarias e sonho em passar uma semana trancada em uma delas com minhas amigas também viciadas em livros!
- Prefiro ler no silêncio,  mas consigo ler ouvindo música em inglês. Em português me embanana a cabeça!

27 – Cite um livro que você gostaria de ler mas que por algum motivo nunca leu

O Primo Basílio! MORRO de vontade ler! Só que vivo com ele o que disse ali em cima que vivi com Kevin. Morro de medo de pegar pra ler essa minha paixão platônica e odiar a narrativa. Nesse caso ainda tem o agravante de eu já ter lido outras 2 obras do Eça de Queirós e não ter gostado… “A Cidade e as Serras” eu odiei completamente, foi um dos piores livros que eu li na vida. “O Crime do Padre Amaro” eu gostei muito da história, mas odiei a forma dele de contar.

28 - 5 livros que estão na tua pilha de “vou ler”

-Persuasão, da Jane Austen
-Aos meus amigos, da Maria Adelaide Amaral
-Fazendo meu filme 2 – Fani na terra da rainha, da Paula Pimenta
-Reparação, do Ian McEwan
-Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, do Marçal Aquino

29 - Qual foi o último livro que você comprou? Fale sobre ele.

Aos meus amigos, da Maria Adelaide Amaral. Comprei no domingo, pelo site das Livrarias Curitiba, ainda não chegou. Comprei no impulso, porque estava com Anna e Tatá no meio de nossos animados papos dominicais, e começamos a falar da minissérie Queridos Amigos. Tatá já tinha lido o livro no qual ela foi baseada. Eu e Anna não, então resolvemos que leremos “ao mesmo tempo”, enquanto a Tatá vai reler. Aí eu comprei, né. Hihihi.

30 - Qual o livro que você leu esse ano que menos gostou? Fale sobre ele.

Diário de uma paixão. Li logo no começo do ano e detestei. É tão ruim, tão ruim, que eu queria atirar o livro pela janela.

31 - Qual o livro que você leu esse ano que mais gostou? Fale sobre ele.

Essa pergunta dói. É a mais capciosa do meme todo! Porque esse está sendo um ano literariamente tão incrível, que fiquei um bom tempo rodeada de pesos na consciência, me perguntando o que eu deveria responder, para não ser injusta.

Eu AMEI Precisamos Falar sobre o Kevin. AMEI mesmo. E certamente fica com a medalha de prata. Mas tenho que admitir que esse ano, no meu coração, não tem como não dar o troféu pra nada que não seja “A Culpa é das Estrelas”. E nem vou me alongar porque não tenho mais o que falar sobre esse livro. Só que ando com ele no meu pescoço todos os dias.

domingo, 28 de outubro de 2012

Para Ricardo

Oi, amorzinho! Eu abri o mês falando de/com você, e agora tá quase no fim do mês e eu tô falando com você de novo. Deu saudade de falar com você por aqui. Passou quase 1 mês já! Você deve ter mudado tanto nesse quase 1 mês! Deve ter crescido alguns centímetros. Sei que a barriga da sua mãe anda ficando cada vez maior, e eu adoro beijar. Agora ela já tá conseguindo sentir você. Tô louca pra chegar a minha vez de levar uns chutes!

Sabe, meu amor, aconteceu uma coisa linda nesse meio tempo entre a primeira carta pra você e essa segunda. Sua mãe e seu pai vieram aqui em casa, no dia das crianças, com uma caixinha de presente. E o meu presente do dia 12 de outubro foi você! Seus pais me chamaram pra ser sua madrinha e eu ganhei o meu ano! Você já é um dos maiores presentes que eu ganhei na vida, com certeza.

Você nem deve saber o que é uma madrinha. É um título bacana, sabia? Não é algo que aumenta o amor. Porque meu amor por você é infinito, e assim o era desde sempre, quando eu era “só a sua prima”. Mas ser sua madrinha é algo incrível. Porque é algo que confirma o amor! Eu sou sua madrinha porque seus pais sabem que eu te amo até a lua de ida e volta. E porque eles devem confiar em mim pra tomar conta de você nos primeiros sábados do mês, nos segundos, e nos 2 últimos domingos! Eu sou sua madrinha porque eles sabem que eu vou cuidar de você com todo o cuidado e carinho do mundo. Porque eu vou beijar suas bochechinhas, porque eu vou tirar um milhão de fotos, porque eu vou fazer cócegas na sua barriguinha e porque eu vou rolar no chão com você. Eu sou sua madrinha porque quando você nascer eu vou te pegar no colo e vou chorar, pensando em como o mundo ficou muito melhor só porque você existe. O mundo já é melhor só porque você existe! E eu sou sua madrinha, meu amor, porque a primeira vez que você me chamar de “dinda” eu vou chorar, te amassar, te encher de beijos, e ter certeza absoluta de que eu sou a pessoa mais feliz do mundo inteiro, só porque eu tenho você!

IMG_6943

Chega logo, março! Vem pro colo da sua madrinha, meu amor!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

PartyHard literária, parte III

10

15 – Se você pudesse escolher um único livro para ganhar/comprar até o final do ano, qual seria?

Isso é muito difícil. Estamos em outubro ainda, e isso significaria eternos 2 meses sem comprar nem ganhar nenhum outro livro! Desesperador! Mas como eu sou dessas intensas que sente a coisa no momento, agora eu certamente respondo que seria “A Sinfonia da vida”, a antologia poética da Helena Kolody, que já achei na estante virtual e não sei porque ainda não comprei! Não era da turma das poesias, mas depois que me apaixonei pela Florbela Espanca, comecei a dar mais chance a esse estilo. Estou lendo Drummond, e quero Helena! Ninguém nunca vai tomar o lugar da Florbela no meu coração, mas sinto que Helena vai chegar bem perto disso.

16 - O que te faz largar a leitura de um livro no meio do caminho? Que defeitos imperdoáveis um livro tem que ter para você abandoná-lo?

Eu RARAMENTE abandono um livro. Por isso, sei muito bem quais foram os que eu abandonei. Iracema e Policarpo Quaresma por preguiça e por falta de momento. Iracema eu acredito que não deva ser tão ruim, e um dia pretendo dar uma chance. Agora, Policarpo é uma das coisas mais chatas que eu comecei a fazer na vida. Obviamente os dois eram leitura para a escola, e eu sobrevivi e passei no vestibular sem ter lido nenhum dos dois. Outro livro que eu larguei, mas nem considero um verdadeiro abandono, foi “O diário de Zlata”, porque catei na estante da minha irmã e só comecei a ler porque devia estar esperando algum livro novo meu chegar pela internet. Li umas 30 páginas, acho eu, e nunca mais peguei! Nem era ruim, não lembro quase nada dele, só lembro que um dia comecei e parei! Eu percebi que ainda não respondi a pergunta, mas a verdade é que eu não gosto de abandonar livros, então não sei exatamente o que me faria abandonar um. Acho que é coisa de momento mesmo. Se eu pegar um livro chato e estiver em um momento totalmente sem paciência, pode culminar em um abandono! Mas o que é mais comum de acontecer sou eu continuar lendo, mesmo odiando, que foi o que acontece em “Os Homens que não amavam as mulheres” e “O guia do mochileiro das galáxias”.

17 - Na sua opinião, qual é o propósito da literatura? Entreter? Educar? Ampliar horizontes? Fale um pouco sobre isso.

Pra mim a função da literatura é encantar. Mas isso é porque eu sou viciada e me encanto, ué. Assim, seriamente, não sei! Mas acho que ela pode tudo isso: entreter, educar, e ampliar os horizontes! Pra mim a função da literatura é completar uma lacuna! Minha vida seria muito vazia sem os mundos que descubro nas páginas dos livros…

18 – Você costumar ler e-books? Ou prefere o bom e velho livro em papel? Por que?

Não costumo não! Não gosto e tenho pavor de pensar naquela teoria de que os livros de papel podem sumir por causa dos e-books, apesar de não acreditar de forma nenhuma nisso. Acho que existe um tipo de leitura pra tudo, por exemplo, adoro ler na internet: Blog e sites. Livro foi feito pra ser impresso em páginas cheirosas, com capas lindas e orelhas com sinopses bem escritas. Na frente do computador me distraio, fico irritada e com dor de cabeça. A única coisa que eu li no computador foi a série "A mediadora”, da Meg Cabot, porque minha amiga tinha baixado, viciou e mandou pra mim, eu comecei a ler falando que se gostasse compraria os livros, mas viciei completamente e não estava com paciência e vontade de gastar dinheiro comprando todos os livros, então li tudo pelo computador.

19 – O que você acha da elitização da literatura? Você acha que realmente só é intelectualizado aquele que lê os clássicos da literatura? Que ler 1000 livros “de banca” não equivalem a 10 clássicos? O que você acha das pessoas que criticam a literatura “para a massa”, os blockbusters literários? É mesmo possível julgar o nível de intelecto de uma pessoa pelo que ela lê? Você tem algum preconceito literário?

Polêmica essa, né? Eu acho que todo mundo tem que ler! E que ler é sempre uma boa ideia, seja lá o que for que você estiver lendo. Eu, por exemplo, morro de preconceito de 50 tons de cinza, mas fico feliz de reparar que, lendo isso ou não, de repente pessoas que eu nunca tinha visto lendo estão andando por aí com os livros e lendo em todas as oportunidades. Eu acho que as pessoas tem que ler, seja o que for que elas escolherem. Bem diz a frase que todo mundo gosta de ler, alguns apenas não acharam ainda o tipo de livro que agrade. E outra, é lendo que se acostuma a ler, que se cria os hábitos e expande o horizonte. Quem está “começando” nessa brincadeira de curtir literatura, não vai pegar um Nabokov logo de cara, porque vai odiar. Há de se adquirir maturidade literária. E isso só acontece lendo, e começando com coisas bem despretensiosas! E nem digo apenas começar por isso. Eu adoro inserir altas despretensiosidades no meio dos meus livros. Quero sim ir aos poucos incluindo clássicos na minha estante, mas não vou viver de Kafka e Dostoiévski, porque seria enfadonho! Adoro a vida literária eclética, daquela que transita, sem medo, de Paula Pimenta a Sartre.

20 – Cite 3 livros especiais na sua vida. Fale sobre eles.

Harry Potter e a Pedra Filosofal: Foi meu primeiro livro grande e sem figuras, aos 9 anos. E foi o maravilhoso início de uma paixão irremediável! Agradeço todos os dias pelo meu pai um dia ter decidido me comprar este livro do nada.

Longe é um lugar que não existe: Ganhei aos 7 anos, da minha tia, bem quando estava me mudando de cidade. O livro é curtinho, com uma estrofe em cada página, e todo ilustrado e colorido. Mas não é infantil, ele é uma metáfora maravilhosa sobre a inexistência da distância. Minha tia me deu dizendo, em uma dedicatória linda, que eu não entenderia naquele momento o significado do livro, mas que um dia eu saberia. Fiz meu pai ler comigo pra eu entender, mas eu não lembro se entendi na época. Sei que, em um belo dia, eu de repente tinha entendido. Para estar junto com alguém, basta querer estar. Sendo assim, a distância jamais existirá.

A Culpa é das Estrelas: Singelo, despretensioso, e absolutamente maravilhoso. O melhor livro do ano, e olha que teve concorrentes pesados, mas que jamais se igualariam à sua doçura. A dor precisa ser sentida, e esse livro precisa ser lido.

21 - Cite 3 personagens literários favoritos. Fale sobre eles.

Eu me apaixono pelos personagens quando eles são bem delineados. Quando são humanos acima de tudo, demonstrando qualidades e defeitos. AMO os personagens de JK Rolwling por serem tão ‘pessoas’, acima de qualquer outra coisa. Por serem covardes às vezes, por chorarem por um coração partido no meio da guerra, por criarem coragem de se declarar, por lembrarem de um feitiço que sempre quiseram usar, mesmo em uma hora fatal. Não consigo responder essa pergunta indicando 3 pessoas, e nem vou me bater por causa disso. Meus personagens incríveis da vida são de J.K.Rowling. Pois mesmo os que eu odeio, são apaixonantes por terem conseguido me causar raiva absoluta.

domingo, 21 de outubro de 2012

Hoje é dia de Marina!

Deu meia noite. Há exatamente um ano, a essa hora, eu estava de papo com as minhas primas, e o foco era todo a barriga da Cinthia. A Marina iria sair dali em mais ou menos 8h. A roupinha já estava escolhida, de oncinha. Claro que ela seria a nenezinha mais diva do berçário.

E então ela chegou! Chegou linda e polaca, com um rostinho redondinho e uma preguiça sem fim de abrir os olhões! Em 1 ano muita coisa aconteceu. Ela abriu os olhos. Os dela, e os nossos, que, acostumados que éramos com uma neném calma que foi Anna Beatriz, fomos aprendendo aos poucos a lidar com uma Marina enérgica! Bichinha braba que só, eu já pego ela no colo à força, fazendo contagem regressiva pra ela berrar. Não tem paciência, ela quer sair correndo para dar conta do mundo rapidinho!

Nina. A nossa polaquinha que na verdade virou ruiva, tem o cabelo vivo de um laranja intenso, e duas bolotas azuis no lugar dos olhinhos que antes nem abriam.

Marina. Que eu chamo de Weasleyzinha, ou de filhote de viking. Marina que eu amo apertar. Marina que eu amo olhar aquela cor de cabelo. Marina que tem um sorriso e uma gargalhada tão deliciosos que fazem o mundo parar pra assistir. Marina menina que hoje faz 1 aninho!

Minha flor de laranjeira, como é bom ter você na minha vida. Como é bom poder te apertar, mesmo você querendo correr dos apertões. Como é bom você existir! Desejo que sua vida seja sempre iluminada! E que seu sorrisão impere em muitos, muitos momentos! Feliz aniversário! Que Deus abençoe sempre o seu caminho! Obrigada por existir!

IMG_6827

- Ah meu Deus, lá vem essa louca me apertar de novo!

domingo, 14 de outubro de 2012

PartyHard literária, parte II

10

Continuando o meme literário de um mês, cuja primeira parte está aqui. Sigam-me os bons.

08 – Cite um livro que você nunca gostaria que acabasse. Por que?

A culpa é das estrelas. Porque é um livro tão doce, que eu terminei e fico até hoje olhando pra ele na prateleira com muitas saudades. Enquanto eu lia, eu fechava de repente, só para tentar me controlar e ler mais devagar, para que ele não acabasse… Não funcionou muito, eu acabei em coisa de 2/3 dias, e foi difícil começar outro livro pensando que eu poderia ficar eternamente mergulhada naquelas páginas maravilhosas.

09 – O que você acha dessa moda de livros que acabam virando séries? É a favor, contra, não fede nem cheira? Diga o por quê.

Não sou fã de séries. Amo Friends e fica eternamente por isso mesmo, porque eu tenho sinceras preguiças de começar outras. Então, não penso muito no assunto, mas acho que não deva ser algo ruim, porque sempre reclamamos que cortam as histórias dos livros pra fazer os filmes né.. Com séries, supõe-se que se cortaria menos… Mas não sei. Ainda prefiro um bom filme!

10 – Spoilers te assustam? Fica triste quando lê algum sem aviso prévio ou não faz diferença saber detalhes essenciais da história?

Na verdade é bem melhor sem Spoilers. Adoro quando consigo ler algo inteirinho sem spoilers e me choco com o final. Mas não sou daquelas que se mata se descobrir algo antes, até porque, se eu sei que minhas amigas sabem de alguma informação que eu ainda não sei, eu fico enchendo o saco até elas me contarem. Eu não resisto!

11 - O que faz um grande escritor? O que faz um grande livro? Quais são as qualidades essenciais em ambos, na sua opinião, para que eles estejam entre os melhores?

Nossa, difícil essa. Mas acho que o que faz um bom escritor é saber contar/narrar a história, seja ela qual seja! A força que o escritor tem com as palavras é capaz de prender totalmente o leitor. E eu sinceramente não sei o que faz um grande livro. Pode ser a magia, como em Harry Potter, ou a simplicidade, como em A culpa é das estrelas.

12 - Você prefere livros narrados em primeira ou em terceira pessoa? Na sua opinião, o tipo de narrador pode influenciar a história do livro? Fale sobre o assunto.

Não tenho uma opinião formada sobre o assunto! Acho que em alguns casos a primeira pessoa pode te ajudar a se sentir muito mais próxima da história, como no caso de ACEDE (alguém me obrigue a parar de usar esse livro como exemplo?). Mas em alguns casos, a narração feita em primeira pessoa por um personagem que você não curtiu pode acabar com a história, como disse a Anna sobre a Katniss aqui. Acho, novamente, relativo. Depende da força do escritor e de como ele consegue lidar com o estilo narrativo.

13 – Cite um trecho de um livro que você gosta

2

“Não tenha pena dos mortos, Harry. Tenha pena dos vivos. Principalmente daqueles que vivem sem amor”. – Dumbledore

14 – Você costuma frequentar bibliotecas? A biblioteca municipal? A da faculdade? Quantos livros costuma pegar? Fale um pouco sobre o assunto.

Não, e não me orgulho disso. A biblioteca da minha faculdade é enorme, mas fica longe do meu bloco e eu tenho preguiça de ir até lá. Na municipal eu nunca entrei. Mas quando eu era criança eu amava, vivia enfiada na biblioteca da escola, já passei altos ‘recreios’ da minha vida quietinha na biblioteca lendo! Não necessariamente por solidão, mas por vontade de estar acompanhada pelas histórias...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

There’s no life without a midnight swim

Depois de um dia com prova na faculdade (incluindo pérolas do Gustavo, falando que a URSS ficava na “Rússia” e não na Europa), dois ensaios no mesmo horário, trabalho do estágio sendo feito fora de hora por falta de tempo, e um trabalho gigantesco de teatro sendo feito com as amigas em casa em meio a pratos bem servidos de um macarrão *estiloso* que minhas amigas insistem em chamar de Massa, estava eu no Tumblr.

Sim, porque eu ainda tenho 12938913 trabalhos pra fazer, incluindo repassar texto para as duas estreias dessa semana, dar umas boas lidas nos textos das peças que estreiam no fim do ano, escrever 8 resenhas, procurar inspiração para escrever uma matéria e correr atrás de fontes que  tomam chá de sumiço. Mas eu não tenho vergonha na cara, e, portanto, estava mesmo no Tumblr. Aí achei essa imagem:

E fiquei satisfeita ao descobrir que minha vida é mais completa do que poderia, simplesmente porque já nadei à meia noite. E então acabei lembrando cuidadosamente do curioso acontecimento. Era véspera de Natal.

Véspera de Natal é uma parada tradicional na minha família. Porque vovô faz aniversário brilhantemente no dia 24 de dezembro. E então sempre tem a nossa festa, onde todo mundo se junta depois do ano todo longe. Pra mim, véspera de Natal sempre foi apenas aquilo. Aquilo que sempre foi o meu tudo. Comer salgadinhos, roubar docinhos, trocar presentes, rir no amigo secreto (que no Espírito Santo a gente chama de Amigo X), e depois continuar papeando com os primos mais resistentes, na varanda da vovó, já de pijamas, até então, resolver deitar no chão da sala para dormir, debaixo do ventilador, agradecendo pela noite linda e desejando uma próxima ainda mais especial.

Acontece que adolescente inventa moda. Já havia uns 2 anos em que minha prima saía logo depois do parabéns do vovô para ir à uma tal de To a toa, uma festa “tradicional” da cidade, sempre na madrugada da Véspera de Natal. Ela resolveu me chamar pra ir e chalenge accepted eu resolvi aceitar, porque devia ser extremamente cool sair da casa da vovó para ir a outra festa na véspera do Natal. Ana Luísa, you’re doing it wrong.

Muitos erros porque eu já aceitei o convite com um peso no coração de “saber que eu estava arrumando coisa errada pra fazer”. Muitos erros porque na hora de sair da casa da vovó pra ir na festa deixando meus tios e outros primos fazendo farra no quintal, meu coração apertou em dobro. Muitos erros porque pegamos as amigas da minha prima e ela tinha muitos papos com eles, e embora tentasse exaustivamente me incluir, eu me sentia por fora. E o erro principal, gente, caso vocês ainda não tenham notado: O nome da festa é TO A TOA. E ficar à toa na festa de Natal é tudo o que eu definitivamente não faço, porque se tem uma certeza que eu tenho na vida, essa certeza é a festa de Natal da casa da minha avó. Mas eu fui na festa.

Reclamei de dor no pé o tempo inteiro, enquanto pensava, saudosa, que deveria estar sentada nas cadeiras de plástico do quintal da minha avó, com os pés no colo de algum primo. Comi pequenos saquinhos de pipocas em quando lamentava, esfomeada, que poderia estar comendo quilos de docinhos na casa da vovó. Ouvia o som de um tal de DJ MOISÉS enquanto pensava que o Léo provavelmente estaria tocando violão lá na varanda da vovó. Fiquei perdida nas conversas dos amigos da minha prima enquanto chorava internamente a vontade de estar quieta no meu ninho.

Tesei tanto a paciência da pobre da Rafaela que ela acabou indo embora “cedo” da festa por minha causa, e se tem um peso na consciência que eu guardo até hoje, é esse. Porque eu resolvi fazer a besteira de ir na festa e ainda por cima estraguei a festa dela. Mas tudo bem. Fomos embora por volta das 2h30. Chegamos na casa dela e olhamos de rabo de olho para a piscina.

Só pra constar que entre eu e a Rafaela, eu sempre fui a animada da relação quando, obviamente, não estão incluídas na conversa festas aleatórias na minha noite de Natal. Eu passei a minha vida inteira sugerindo um milhão de atividades aleatórias, tipo apresentações de danças para os nossos tios, gincanas em volta da casa, ou mesmo brincar de casinha, e a Rafaela fazia muito doce para aceitar minhas propostas. Gato escaldado tem medo de água fria, e pelo que eu me lembro, não fui eu que ousei propor um mergulho àquela hora. Acho que simplesmente nos olhamos e decidimos. Portanto, tiramos os vestidos e saltos e ao invés de colocar pijamas, colocamos biquínis e fomos pra piscina.

Se eu já tinha achado a festa o maior programa de índio da história dos meus Natais, tentem imaginar o que foi aquele banho de piscina de madrugada. A água estava fria. Eu botava a cabeça pra fora dela e batia o queixo. Rafaela, idem. Para completar o cenário, passavam morcegos voando sobre as nossas cabeças. E eu tremia de medo e frio. Acredito que tenhamos ficado no máximo 10 minutos curtindo essa aventura do mergulho zoombie, para então, subirmos e passarmos muito mais tempo embaixo de chuveiros para tirar o cloro desnecessário no qual tínhamos tido a impulsiva ideia de mergulhar nossos cabelos devidamente escovados e preparados para a festa de Natal. E foi assim. Pelo menos eu sei que minha vida é mais completa depois dessa experiência. E que eu tive alguma história bizarra pra contar.

Claro que no natal seguinte eu tratei de deixar ela ir curtir a festa sozinha e fiquei bem de boa na calçada da minha avó até as 3h da manhã rindo de bobeiras e cantando com meus primos, com as pernas devidamente esticadas e já de havaianas ao invés do salto alto. E meu Deus, como eu estava feliz!

Festa errada no dia de Natal: Peso na consciência + R$30,00 no PapaiCard
Mergulho Zoombie: Medo, frio, e uns R$XX,00 de água e shampoo no PapaiCard
Ter uma vida mais completa e histórias para contar: Não tem preço.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Morando na lua

Até onde sei, ela foi nascida e criada no Rio de Janeiro. Mas mora na lua. A lunática carioca mais fofa do mundo, cujo sotaque, incrivelmente, é fofo ao invés de incomodar. Até por que, dizer “FISH” ao invés de “FIZ” dá todo um toque a qualquer conversa cheia de amigas e permeada por pizzas, bem depois da hora da janta.

Ela é aquela pessoa cuja luz dos olhos é infinita, mesmo quando ela acha que não. Olhos esses que se situam confortavelmente bem instalados em cima de duas super bochechas. Bochechas que não se cansam de sorrir. Ou pelo menos, não deveriam se cansar. A impressão que ela passa para as pessoas, saltitando pela paulista com uma sacola de livros na mão e cantarolando legião urbana, é a de que todos os dias é dia de ser sonhadora. O Sol, então, parece se tornar seu réles criado, enquanto ela grita, lá da lua, fazendo o mundo dançar de acordo com sua música.

Para as outras bilhões de pessoas no mundo, ela pode parecer ser somente Milena. Pra nós, ela é tantas outras mil. E ao mesmo tempo, é uma só. Não tem um codinome beija flor, mas tem um codinome Miloquinha mesmo. Nem sabemos porque. Só sabemos que ela tem cara disso.

Quem sabemos? Nós. As amigas. Ou: Quem deu a sorte de esbarrar com ela por aí. Ela que hoje está fazendo aniversário! Ela que vai ter que ser chamada curiosamente de Passarinha Preta só porque eu recebi a missão de encaixar essa denominação no texto e não tinha ideia de onde usar.

Milena, hoje nós estamos aqui para desejar FELIZ ANIVERSÁRIO todinho pra você! Ainda é cedo, seu dia mal começou. Então curta muito! Mais do que sempre, mais do que nunca! Lembre-se que alguns infinitos são maiores que outros, e que o infinito da nossa amizade é muito grande! Onde quer que você esteja brilhando hoje, estaremos soprando velinhas com você! Ah, claro, somos excelentes na trollagem, então, vamos empurrar sua cabeça no bolo, tá bom? Depois fingiremos que foi quase sem querer. E você vai dormir feliz depois de ter a cara toda lambuzada de brigadeiro, mas saiba que isso foi só pro dia nascer feliz!

Quando você acordar, todos os sonhos que você sonhava, e até os que você nem sabia que sonhava, ter-se-ão tornado realidade! E então vamos estar todas saltitando na areia da praia, dançando, de vestidos coloridos, o momento em que teu Gus Waters estará olhando pra você, e embalado pelo pôr-do-sol carioca, de tomará pelos braços e dirá Preciso dizer que te amo. Nós estaremos ali emocionadas com o beijo lindo que será dado depois, e então, cairemos todas juntas na pista de dança pra comemorar a vida! Comemorar todos esses lindos anos de vida!

E claro, comemoraremos com música, porque não costumamos brincar em serviço.

Micapa

MilenaCapa2

http://www.4shared.com/rar/XGbpqu8H/Milena_Tape.html

Das suas amigas: Analu, Tary, Dedê, Annoca e Renata.

sábado, 6 de outubro de 2012

PartyHard literária

10

Eu já gosto de um fervo né. É. E eis que surgiu um fervo novo no meu blogroll esse mês, que eu nunca tinha ouvido falar porque sou desatualizada, porque segundo fontes confiáveis, a brincadeira rola 1 vez por ano. Eu sei que me apaixonei pelo nome do blog organizador, porque gente, HAPPY BATATINHA é algo extremamente genial. E aí comecei a ler as respostas pipocando por aí. E fiquei bem confortável, sentadinha em cima do muro, sem saber se entrava ou se corria da brincadeira. Porque eu não queria ter que postar todos os dias de outubro, ainda mais sobre o mesmo assunto. E então eu fiquei ali parada matutando em cima do muro enquanto a água os livros rolavam embaixo da ponte. Só que a gênea da Anna, além de ser uma fonte confiável, teve uma ideia brilhante! A de reunir as respostas do meme por semanas, e postar 7 respostas em um post só, uma-vez-por-semana! E aí, claro, eu grito, arranco os cabelos, penso em como diabos não tinha pensado nisso antes, faço cara de gatinho do shrek, agarro na barra da calça da Anna e peço para copiar a ideia. O bom é que eu faço questão de dar os créditos. Então, lá vamos nós, às 7 primeiras perguntas do meme! (Adoro como eu consigo ser prolixa em parágrafos introdutórios. Só que não.)

01 - Que livro você está lendo? Sobre o que é? Você está gostando?

cotoco

Sim, podem rir. Comecei terça-feira de noite a ler um livro chamado Cotoco. Brilhante. Mais genial que o título só o motivo desta intitulação. Mas tenho que confessar que tirando o fato desse título me fazer ficar roxa de vergonha quando as pessoas perguntam que livro eu estou lendo, eu estou me divertindo. Porque assim, comprei de bobeira, na bienal, no meio do fervo, porque ele estava custando míseras 5 dilmas. A Marie notou ele ali, custando tão pouquinho, eu saiu DISTRIBUINDO Cotocos para todas que ainda estávamos na fila. E mesmo com uma pequena pilha de livros no colo, adicionei mais esse, porque uma infame só não faz verão, então somos infames todas juntas.

02 - Qual o último livro que leu e qual o próximo que lerá? Fale um pouco sobre eles.

porisso

Me animei toda pra embarcar nesse livro, porque quem escreveu é o mesmo autor de Desventuras em Série, e cara, eu amo essa série. Pra completar, a Marie (novamente, acho que ela anda recebendo pra fazer propaganda) leu esse livro tinha um tempinho, e estava praticamente trabalhando em um processo de lavagem cerebral para que todas lêssemos. Pintou aí o amigo secreto literário de aniversário da máfia, e a linda da Gab me mandou de presente. E eu amei ganhar. Acarinhei e cheirei horrores, porque o cheiro das páginas dele é delicioso. E ele é esteticamente LINDO. Todo ilustrado, eu ficava minutos sem conseguir virar as páginas, só pra namorar as ilustrações. É, a essa altura todo mundo já percebeu que eu estou enrolando. Eu dei 3 estrelas pro livro no Skoob por causa das ilustrações, senão, tinha dado duas. O livro é lindo. De ser folheado. Mas não gostei do texto! Achei fraquíssimo! Totalmente não Lemony Snicket. Acho que o Daniel se dava melhor atuando como seu pseudônimo. Ou não, pode ser cagada da tradução também, mas não sei. Como eu disse antes, a Marie amou o livro. E eu amei ter ganhado da Gab. E amei pra sempre a estética do livro e o cheiro dele. Mas, infelizmente concluo: poderia ter passado sem o texto.

linhas

O próximo livro que eu vou ler foi um ato totalmente impulsivo, do qual eu ainda não me arrependi. Porque eu estava sem nada pra fazer, achei a resenha desse livro no blog da Honey Pie, achei a capa dele maravilhosa e a história muito bonitinha. Pra completar, ele estava em promoção no site das Livrarias Curitiba. Aí eu fui lá e comprei, ué. Estou feliz da vida porque descobri que o site das Livrarias Curitiba vive em promoção, e que eles entregam super rápido. E me apaixonei ainda mais pela capa do livro quando recebi ele nas mãos. Então, to pagando pra ler. Tomara que seja bom!

03 - Como você escolhe seus livros? Por autor? Por indicação? Por sinopse? Fale sobre isso

Que pergunta difícil! Eu acho que não sou muito difícil de decidir livro. Eu queria ler o mundo. Então eu procuro algum motivo que me faça querer ler o livro, e não algum motivo que me faça não querer. Então eu posso querer ler pelo título, pela capa, pela pessoa que indicou, pelo autor, ou simplesmente porque eu acordei inspirada e me deu vontade. Por mais que eu me ferre algumas vezes, gosto de seguir minha intuição. Porque eu não gostava de livro de poesia, até o dia que acordei com vontade de ler Florbela Espanca só porque o nome dela era incrível. E então no dia seguinte eu estava com a poesia completa dela em mãos. E o resto.. vocêssabem.

04 - Você costuma ler livros só por que estão em voga? Você é do tipo que lê o que todo mundo está lendo ou segue seu próprio estilo de leitura?

Não tenho nada velado contra ou a favor de bestsellers! Mas sempre fico curiosa quando eles fazem boom, e então, procuro saber se o assunto me interessa ou não. Confesso que gosto de me apaixonar junto com a galera e de repente estar empolgadíssima com um assunto que todo mundo quer falar sobre. Tipo com A Culpa é das Estrelas. Fui da onda do Harry Potter, da onda do Crepúsculo, e da dos Jogos Vorazes também. Mas se não me interessa, eu não leio só pra entrar na onda. Tipo com 50 tons de cinza. Não me apeteceu, não vou ler. E é isso!

05 - Você costuma ler graphic novels e/ou gibis? Gosta? Não gosta? Tem algum que seja favorito?

Eu cresci viciada na banca de jornal, lendo o máximo possível de gibis da Turma da Mônica que eu conseguia convencer meus pais e meus avós a me comprarem! E eu achava que não ia sair dessa fase nunca, quando de repente, parei de comprar. Sinto uma nostalgia gostosa quando passo pelas banquinhas e vejo aquilo, mas resolvi comprar uns 2 esse ano e não terminei de ler o primeiro. Talvez eu não estivesse inspirada na hora. Ou talvez, infelizmente ou felizmente, as fases passam.

06 - Um livro que todos deveriam ler ao menos uma vez.

Eu podia citar uma porção dos meus livros favoritos no mundo todo. E olha que eu tenho. Mas sou obrigada a tomar uma decisão e indicar um livro que passa uma mensagem que é superior ao fato de eu simplesmente amar o livro com todo o meu coração. Não sei se a mensagem só é tão importante pra mim porque eu tive que me mudar de cidade muito nova e aprender a lidar com as dores da distância ainda menina, mas eu acho que Longe é um lugar que não existe é um livro extremamente necessário pra vida. Porque foi nele que eu aprendi que não existe o fato de você estar indo até um amigo; se quer está com ele, já está. E isso acalma o coração.

07 - Você já pensou em escrever um livro? Se sim, sobre o que seria?

Sabe que eu acho que já. Mas um sonho extremamente abstrato, do tipo, sonhar em pegar na livraria um livro escrito por mim. Isso e apenas isso. Nunca consegui levar a sério nenhuma vaga e possivelmente concreta ideia de algo que poderia ser o mote de um livro meu. E pra ser sincera, não sou boa com histórias longas. Acredito que eu tenha um talento bem forte de me perder imensamente no meio dela, e deixar coisas pra trás, detalhes perdidos, sem nexo.. Se um dia eu lançar um livro, provavelmente será de contos! O que implica no fato de que eu tenho que aprimorar e muito minha habilidade de contista. Por enquanto eu tô mais na onda do: “Quer dizer que preciso plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro, né.. O blog conta?”

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A arte de comer tortuguitas

Era um dia comum no trabalho quando alguém fez o favor de colocar no instagram uma foto comum e corriqueira de um ‘lanchinho da tarde’. Só que o lanchinho da tarde da pessoa era uma caixinha minúscula de Nesquik de morango. Que me deixou maluca desde então. Porque eu aguei com aquilo. Aguei de tal forma que no intervalo entre o fim do estágio e o começo da aula eu resolvi ir ao shopping procurar o tal do Nesquik nas lojas Americanas.

Não tinha. Fiquei frustradíssima, mas resolvi que já que estava lá, ia começar a levar minha dieta a sério, e comprei uma caixa de barrinhas de cereal de morango lights. Fui orgulhosa até o caixa, quando dei de cara com um mundo de tortuguitas. Eu não consigo ver uma tortuguita. Eu tenho que comprar. Então eu comprei. Cinco.

Fina, diva, cara-de-pau e seguindo a dieta, sai desfilando das lojas americanas tomando um kapo de chocolate no canudinho (pra disfarçar a falta do nesquik), e carregando minhas barras de cereal e minhas tartaruguinhas de chocolate. Conclui, aliás, que elas seriam uma excelente ajuda na minha dieta, porque assim, ao invés de comer muito chocolate por dia, meu consumo diário desse alimento divino teria o limite de uma tartaruguinha.

Voltei pra escola, e ainda faltava um tempinho, então sentei no sofá toda animada e fui comer uma barrinha de cereal. Primeira mordida e minha boca entrou em choque com aquilo. Era horrível. Mas eu amo morango. Lembrei do morango da foto da embalagem e pensei: #ChalengeAccepted. E encarei uma segunda mordida. Mastiguei, mastiguei, mastiguei, mastiguei, e quando finalmente consegui engolir aquela porcaria, enrolei o resto na embalagem e joguei fora. Mando muito bem nessa história de “alimentos saudáveis”.

Mais tarde, chegando em casa, resolvi comer a minha primeira tortuguita da série. Abri, e lá fui eu, feliz e contente, cumprir a tradição: Patinhas-Rabinho-Cabecinha-Corpinho. E fiquei muito feliz. Eu amo todo esse procedimento e abrir e comer uma tortuguita.

Sim, porque você abre a embalagem, e ao invés de quadradinhos clichês, você encontra uma tartaruguinha sorridente, com 4 patinhas gordinhas, um rabinho minúsculo, e uma cabecinha feliz. E eu não consigo pensar em que tipo de ser humano deve ser aquele que abocanha uma dessas como se fosse uma simples barra de Garoto, ou sei lá, um Bis. Não se come tortuguita abocanhando. E é por isso que comer tortuguita é uma arte.

É uma arte porque você é obrigado a controlar sua ansiedade. Primeiro comendo as patinhas gordinhas, uma a uma. Depois, o rabinho minúsculo. Aí vem a cabecinha sorridente, que é tipo a prévia do paraíso. E então você se depara com o corpinho redondo na sua mão. Só ele. Gordo e cheio de chocolate dentro. E então, não resta mais nenhuma regra, a não ser a de dar uma bela mordida e degustar o recheio. Há quem ache sem graça. A Dona Gabriela, inclusive, comete a heresia de comer a cabecinha antes de todo o resto, e além disso, renega o corpinho.

3

Eu se fosse você ficava esperta, Gab. O deus das Tortuguitas está de olho em você.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ricardo

Setembro passou esquisito e se arrastando, mas o importante é que outubro chegou. Outubro chegou e chegou com você! Quer dizer, você começou a chegar lá em julho, quando eu estava lanchando com a minha amiga e sua mãe ligou pra me contar que tinha te descoberto. Eu fiquei chorando no telefone feito uma besta. E desde esse dia eu imaginei você no meu colo.

Você vai chegar de verdade lá pelo fim de março. Faltam no máximo 181 dias. Só mais 181 dias sem você, meu amor. Que bom. Porque a espera foi longa. E que bom que isso não importa mais. Não importa mais porque hoje eu te vi. Hoje eu te vi numa tela grande, lá na sala do laboratório. Eu te vi abrindo e fechando a boquinha, te vi passando a mãozinha no rosto, te vi com 94 gramas, 9 centímetros, e 5 dedinhos nas mãos! Te vi abrindo as perninhas pra mostrar pro mundo de uma vez que de Elisa você nunca teve nada! É isso aí, meu amor. Mostre pro mundo o príncipe que você é. Eu sabia desde o primeiro dia que você era você.

Ricardo, eu vivo apertando você já dentro da barriga da sua mãe. Vivo falando com você, dizendo que vou morder seu pé, e rezando por você todas as noites. E vou fazer muita, muita coisa quando você chegar. Tipo cumprir as promessas de morder o pé. E vou morder também o nariz, as orelhinhas, a barriguinha e as bochechas. Mas é tudo mordidinha de amor, prometo que não dói. Eu te amo muito e vou fazer questão de que você tenha certeza disso todos os dias da sua vida. Mas hoje eu só queria te contar que quando a médica ligou, sem avisar, o seu coraçãozinho no auto-falante, a sala ficou preenchida com um dos sons mais bonitos que eu já ouvi na minha vida. O som da vida. E não o de qualquer vida. O da sua. Que já é, com certeza, uma das vidas mais importantes do mundo.

3

Ocupe-se, então, em bater esse coraçãozinho com muita força aí dentro, porque o nosso, aqui fora, tá batendo todinho por você.